Outra Dimensão escrita por ACLFerreira


Capítulo 36
Adeus, minha Amiga!!!


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, companheiros!!!!!!!
Venho por essa esclarecer para quem nos acompanha desde do início. Eu não mudei o caminho da Sakura no meio do caminho, ela sempre foi um membro do Clã Senju, mesmo que não fosse legítima. No início da fic, o Orochimaru chegou a se questionar sobre o fato de seus dois filhos serem tão fortes apesar dela não ser alguém de destaque.
Quem leu, agora compreendeu o porquê.
Vamos a continuação das aventuras de nossos amigos.



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Explosões em série poderiam ser ouvidas por todos os lados, mas os ninjas sensoriais não conseguiam especificar de onde vinham ou quem estava envolvido. Parecia que o domo estava interferindo de alguma forma na percepção e, em um lugar onde as construções eram tão juntas, ninguém sabia bem o que fazer.

O grupo de apoio se deteve, analisando as opções.

— Vamos ter de nos separar – comentou Asuma, parecendo muito contrariado. Pela quantidade de explosões e pela distância entre elas, poderia supor que a equipe original também se dividiu em pelo menos quatro times.

Agora, por quê?

— Isso não está me cheirando bem – disse Shikamaru, olhando ao redor através da chuva incessante. – Dividir uma equipe dessas seria suicídio e Jiraya-sama deveria saber disso.

— Por isso que tudo está me parecendo muito estranho – disse o líder, voltando-se para os demais. – Cada uma das equipes vai em direção a uma das explosões.

Todos assentiram e rapidamente se separaram.

 

Jiraya e os seus companheiros escutavam as explosões, mas não tinham tempo de se preocupar com os outros. Depois que os primeiros foram facilmente derrotados, parecia que Shimura buscava vencê-los pelo cansaço. Vários guerreiros apareceram de todos os lados ao longo do caminho.

Ao longo dos últimos anos, parecia que o velho havia angariado os mais diversos Renegados para o seu grupo. Assim, havia desafios a cada esquina a medida em que avançavam para o centro da Aldeia.

Sakura suspirava, exausta, olhando para o caminho forrado por corpos. Aquilo não iria terminar nunca.

Isso é loucura, não sairemos daqui desse jeito, disse Inner, como sempre mal-humorada.

Sério mesmo? E o que sugere?

Sua companheira inseparável ficou em silêncio e imediatamente Sakura achou estranho. Ela não era de ficar em silêncio daquele jeito.

Inner?

Esquece!

— Você está bem? – perguntou Konan, ao seu lado.

— Estou! Temos que ir.

Mas sua exaustão era visível, seu nível de chakra estava perigosamente baixo e ela sabia disso. E, em sua mente, a sombra que sempre a acompanhava somente a observava em silêncio, os punhos cerrados.

Uma hora você teria de fazer essa escolha.

A voz a fez se voltar e ver a conhecida figura do tigre branco.

— Você bem que podia ajudar também.

Infelizmente, não. Esse campo de força não somente está mantendo-os presos aqui como também está afetando nossa ligação. É como se estivesse isolando-os de tudo ao redor, não consigo nada mais do que pode ver agora.

— Se continuar desse jeito, nenhum deles permanecerá vivo no fim de tudo isso.

Você os subestima demais, mas, se realmente não houver esperança, sabe o que fazer.

— Vou desaparecer se o fizer.

Não é como se você existisse realmente.

Dizendo isso o tigre desapareceu, deixando-a pensativa.

Foi justamente nesse momento que um enorme dragão de fogo foi lançado contra elas e, num movimento instintivo, Sakura ergueu uma parede de água para deter o ataque, mas isso pareceu drenar o que restava de sua energia e ela mal percebeu quando Konan lançou seus papéis-bomba contra o ninja.

Ela foi caindo lentamente, amparada pela companheira.

Você não tem bom senso! Poderia ter nos matado, sua maluca.

Resolveu voltar a falar?

Inner cruzou os braços e balançou a cabeça. De repente, ergueu a mão direita e um símbolo surgiu no alto da onde elas estavam.

O que diabos é isso?

É a minha forma real. Eu sou a representação física do Selo colocado em você no dia em que nasceu.

Um Selo? Por que me selariam?

Eu não sou a melhor pessoa para te dizer a verdade. Só o que eu posso dizer é que a pessoa que colocou esse Selo em ti o preparou para se romper a sua vontade… ao contrário de seus últimos três antepassados. Ele retém seu chakra a metade de seu nível real.

Sakura não podia acreditar no que estava ouvindo.

Se você é apenas a representação física desse Selo, se eu rompê-lo…

Eu vou desaparecer, eu sei, mas, como Lilith sabiamente me lembrou, nunca fui real. Sou uma parte de você, é o que eu sempre fui, então não vou desaparecer realmente.

Sakura analisou o Selo atentamente, pensativa.

Sakura… Uma coisa que você tem que saber. Há muito mais dentro de você do que imagina. Então, não se deixa ser capturada, tá legal?

Lentamente, a figura foi desaparecendo.

É só elevar seu chakra até seu suposto limite e ele se romperá sob pressão.

 

Konan foi jogada para trás quando o corpo de sua companheira brilhou e seus ferimentos um a um foram se fechando. Sakura se sentou segurando a cabeça e olhou ao redor ao mesmo tempo em que uma lágrima solitária rolava pelo seu rosto. Inner podia ser uma chata de galochas, mas, por muito tempo, fora sua melhor amiga, a única que a compreendia.

— Você está bem?

— Vou ficar assim que sairmos desse lugar.

A mulher de cabelos roxos ajudou-a a se levantar, ainda tentando compreender o que estava acontecendo, mas não era uma boa hora de questionar sobre o que estava acontecendo.

As duas seguiram jornada, mas Konan não tirava os olhos dela.

 

Não muito longe dali, Kakashi e Sasuke haviam conseguido capturar um dos ninjas de Danzou. Apesar de toda a preparação, ele não foi páreo para o Mangekiou e rapidamente o descartaram.

— Não estamos muito longe do local – revelou Sasuke, deixando-o deslizar até o chão. – Mais meia hora, estaremos lá. Se corrermos até chegaremos antes.

Seu antigo sensei assentiu.

— Tem economizar seus olhos agora que possui o Mangekiou.

— Eu sei, mas não é hora de me preocupar com isso. Meu pai tem um estoque inteiro destinado a essa situação.

— Mas nenhum com um Mangekiou. Que eu saiba apenas Shisui e Itachi, nos últimos cinquenta anos, possuíram a forma evoluída do Sharingan.

— Além de você…

— Eu tenho apenas um e ainda me questionam como foi que eu consegui com apenas um. Outras pessoas conseguiram esses olhos, mas nunca conseguiram evolui-los.

Sasuke parou subitamente.

— Pergunte logo o que quer saber…

— Quando aconteceu?

O rapaz desviou o olhar e prosseguiu a caminhada.

— Quando cheguei a Aldeia do Som, eu tinha o nível dois do Sharingan e pouco após consegui chegar ao nível três. Orochimaru-sensei tentou me ajudar a chegar ao Mangekiou, mas as formas convencionais não funcionaram. Quando voltei, eu ainda tentava lidar com o fato de que talvez nunca conseguiria. Somente se eu perdesse alguém muito próximo a mim eu chegaria lá.

— Hummm… Acho que eu entendi! Na luta com a Konan, não é?

— Como foi que você conseguiu?

Kakashi ficou em silêncio por um longo tempo antes de revelar:

— Eu já contei a vocês como eu consegui o Sharingan? Meu melhor amigo era um Uchiha e ele me deu depois de ficar mortalmente ferido tentando me salvar. Sabendo que não havia como sair dali vivo, agonizando, ele pediu a médica de nossa equipe que retirasse o único Sharingan dele que ainda se encontrava intacto e substituísse pelo meu olho que tinha sido danificado naquela mesma batalha. Ele só pediu que eu o usasse para protege a Aldeia e a Rin, a garota que ele amava – disse, chamando a atenção de Sasuke que o olhou pelo canto do olho. – Um ano depois, desgraçadamente, a Rin também veio a falecer.

— Foi quando o Sharingan dele evoluiu para Mangekiou.

— Pois é! Era como se ele olhasse por nós todo aquele tempo e esse olho representasse toda a dor e a decepção que ele sentia por mim. Meu único consolo é que eles estão juntos agora no outro mundo… esperando que eu vá me juntar a eles algum dia.

Sasuke nada disse, apenas seguiu, mas não conseguiu deixar de pensar que havia muito mais debaixo daquela máscara do que aparentava.


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Notas finais do capítulo

Desculpem-me se quebrei um pouco o ritmo, mas esses fatos servirão de pano de fundo sobre o que acontecerá daqui para frente.



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