Outra Dimensão escrita por ACLFerreira
Notas iniciais do capítulo
Bom tarde, companheiros!!! Acho que já devem ter adivinhado quem era a adversária do capítulo anterior como bons fãs de Naruto, não é? Agora apresentaremos seus dois amigos e o que acontecera a eles na minha versão do Naruto Shippuden.
— Jiraya-sensei? – perguntaram os dois rapazes ao mesmo tempo, em choque.
Jiraya piscou várias vezes como se não pudesse acreditar no que estava vendo.
— Jiraya-sensei? – perguntou Naruto, olhando para o Mestre, em duvida. – Você os conhece?
O velho Sanin franziu os olhos.
— Yahiko? Nagato?
O homem de cabelos laranja baixou as mãos, rosnando.
— Não sabíamos que eram seus amigos. Sentimos muito – disse o ruivo, sustentando a companheira.
— O que aconteceu aqui, Yahiko? – perguntou o Sensei ao jovem de cabelos cor de laranja, olhando a mulher e reconhecendo com dificuldade a menina que sempre andava com os dois. – O que aconteceu com a Konan?
— Ela tentou nos matar, quase matou a Sakura – rosnou Sasuke, esfregando os olhos fora da linha de visão dos outros.
— Isso é verdade?
— Pensamos que eram inimigos – alegou Nagato, caminhando em direção a margem e colocando Konan deitada na areia. – Como os homens que devastaram a Aldeia treze anos atrás.
— Devastaram? Quer dizer que não há ninguém aqui? – perguntou Jiraya, olhando enquanto os dois homens o fitavam com tristeza.
— Desculpem, realmente foi um terrível mal-entendido – disse Nagato, inclinando-se em respeito.
— Hinata, pode dar uma olhada nela? – pediu Jiraya, para espanto da jovem Hyuuga, mas ele a olhou firme. Ela simplesmente se aproximou e, depois de suspirar, começou a examiná-la.
— Eles são inimigos…
— Sasuke, na verdade são meus alunos – disse o Sanin para o espanto do jovem Uchiha. – Eu os treinei quase trinta anos atrás e a ultima vez em que tive noticias deles foi quando foi noticiado que eles tomaram o poder na Aldeia da Chuva depois de derrotarem Hanzo Salamander.
Yahiko apenas os encaravam enquanto Nagato observava de perto a jovem de cabelos negros cuidar de sua amiga.
— O que aconteceu?
— Depois da queda de Salamander, vivemos dias de paz. Estabelecemos um governo e um Conselho nos moldes de Konoha na intenção de cimentar nossa condição de Aldeia shinobi – disse Yahiko, suspirando cansado. – Muitos não aceitavam muito bem o fato de querermos estabelecer uma Aliança com a Aldeia da Folha devido as muitas perdas que tivemos na guerra e para complicar o Senhor Feudal não via com bons olhos o que houve aqui. Levamos alguns anos para convencer vários de nossos shinobis desgarrados a voltar para casa e o Senhor Feudal a formalizar uma Aliança. Fazíamos pequenos trabalhos, apenas o suficiente para manter a Aldeia funcionando, e caminhávamos bem. Foi quando tudo aconteceu…
— O Senhor Feudal nos convocou para uma reunião onde supostamente iria ser formalizado a nossa aceitação como parte do País da Tempestade, mas, quando chegamos lá, descobrimos que não havia encontro algum – completou Nagato, os punhos cerrados. – Fomos enganados, ficou claro, e voltamos o mais rápido que conseguimos… Tudo para encontrar nossa Aldeia do jeito que vocês viram hoje.
— Isso aconteceu há doze anos – disse Yahiko, fechando os olhos.
— Por que não me procuraram?
— Não sabíamos em quem confiar. E há outra situação também – disse Nagato, jogando algo aos pés deles. Quando Jiraya se abaixou, viu que era uma máscara. – Foi a única coisa que encontramos nos escombros da nossa Aldeia.
— Uma máscara da Ne – disse Shisui, compreendendo finalmente o comportamento da mulher de cabelos roxos. – Danzou Shimura.
— Até onde sabíamos eram parte da Anbu de Konoha – completou Yahiko, fitando os estranhos um a um. – O Senhor nos ofereceu abrigo na Capital, mas, vez ou outra, voltamos…
— Para guardar sua casa – disse Jiraya, percebendo que Sakura lentamente despertava. – Hinata, qual o prognostico?
— Algumas costelas quebradas e o pulmão direito lesionado – avisou a menina de olhos brancos, balançando a cabeça com pena dos três. Provavelmente, ela não reagiria diferente se se deparasse com aqueles que julgava carrascos de sua gente. – Estou tentando coloca-la em condições de viajar e encontrar um hospital.
— Faça isso!
Sakura finalmente tentou se levantar, gemendo, encarando os dois estranhos que a fitavam com ressalva. Derrotar Konan não era tarefa simples e não era preciso conhece-la para saber que seria um inimigo temível.
— Viemos aqui investigar rumores de que aqui era Sede da Akatsuki, mas não há nada aqui – explicou Kakashi, percebendo que os dois tiveram um sobressalto. – Sabem algo sobre isso?
— Amegakure era uma Aldeia de mercenários, todos sabiam disso, então não podíamos usar seu nome se quiséssemos ser levados a sério. Por isso, criamos a Akatsuki, para arrecadar recursos para manter a Aldeia – disse Yahiko, mordendo o lábio inferior. – Supostamente, ela foi destruída junto com todos aqui.
— Isso explicaria a súbita mudança de paradigma da organização – salientou Shisui, fazendo os companheiros o olharem. – Até algumas décadas atrás, a Akatsuki fazia pequenos trabalhos e ganhou uma boa fama por nunca derramar sangue desnecessário. Trabalho limpo e sem chamar atenção.
— Era o que tentávamos – disse Nagato, passando a mão pela nuca.
— Foram atraídos para uma armadilha – murmurou Konan, chamando a atenção dos demais.
— Por que acha isso? – perguntou Yahiko, franzindo os olhos.
— Eles não sabiam que não havia nada aqui, qualquer um que chegasse aqui tiraria essa conclusão. Então, qual seria o motivo de espalhar uma informação errada?
— Uma armadilha – concluiu Sasuke, olhando o redor, o Sharingan ativado. Hinata fez o mesmo, mas, se eram mesmo membros da Ne, saberiam bem se esconder.
— Levem Konan para o mais longe possível da Aldeia – ordenou Jiraya, olhando para os dois companheiros dela. – O que menos precisamos agora é nos preocupar com alguém ferido.
— Eu ainda posso lutar – disse a mulher, tentando levantar, mas cambaleou e teria caído se Nagato não a sustentasse.
— Eu não apostaria nisso – ironizou Sakura, recebendo um olhar ressentido da outra. – Seus papeis podem tê-la salvado, mas não foram o suficiente para poupar suas costelas. Precisa de um hospital, não de um campo de batalha. Isso se quiser viver para vingar os seus.
Konan estreitou os olhos, mas a outra não se deixou intimidar.
— Vão!
De repente, algo chamou a atenção e, de súbito, uma barreira de energia envolveu a Aldeia formando um domo.
— O que diabos é isso?
— Acho que quer dizer que nosso tempo acabou – salientou Kakashi, muito serio.
Sakura se ajoelhou ao lado de Konan que ainda mantinha a expressão impassível, mas podia perceber que ela sentia dor.
Os dois rapazes apenas observavam, impassíveis, mas sabiam que ela estava ferida e era um peso morto. Se estivessem mesmo enfrentando a Raiz, sua amiga seria um sério empecilho.
— Yahiko, não é? – perguntou Sakura ao rapaz de cabelos cor de laranja e que parecia ser o líder do trio. Quando ele assentiu, ela o questionou: – Tem algum lugar isolado e bem protegido aqui perto?
— O que pretende? – perguntou o homem, desconfiado.
Antes de responder, ela começou a examinar Konan.
— Se querem tirá-la daqui viva, ela tem de estar em condições melhores do que as atuais. Precisamos de toda nossa força de ataque se quisermos sair daqui.
— Pretende operá-la? – perguntou Hinata, espantada.
— Tem alguma ideia melhor?
A jovem morena simplesmente piscou. A única alternativa seria deixa-la ali e seus dois jovens amigos, isso sem contar Jiraya, não aceitariam a sugestão.
— Tem o velho hospital – disse Nagato, chamando a atenção deles. – Não fica muito longe daqui.
— Podem me levar até lá?
Os dois homens assentiram.
— Enquanto isso podemos analisar melhor nossas alternativas – disse Jiraya, voltando-se para os demais. – De quanto tempo precisa?
— Se tiver iluminação, consigo deixa-la em condições mínimas ao amanhecer.
— Sem luz, não conseguiremos ir a lugar algum de qualquer forma – concordou Shisui e Kakashi simplesmente assentiu ao ver que anoitecia.
Usando sua força, Sakura a ajudou a se levantar.
— Obrigada – murmurou Konan de modo que apenas as duas escutassem.
— Não me agradeça ainda! Temos de tirar vocês daqui primeiro.
A mulher de cabelos roxos a olhou pelo canto do olho, tentando entender a que ela se referia.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que será que acontecerá aos nossos amigos, presos em Ame e cercados pelo inimigo?