Outra Dimensão escrita por ACLFerreira


Capítulo 22
Névoa Mortal


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde!!! Voltamos com mais um capítulo de nossa amada história.



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Jiraya se encontrava em uma das extremidades da Aldeia olhando o horizonte. Não conseguia dormir há várias noites tentando entender o que estava acontecendo. Quais eram as intensões dos estranhos visitantes?

Estava inclinado a acreditar na história que estavam contando, mas tinha de admitir que era uma péssima hora para uma situação dessas acontecer. Se as outras Aldeias soubessem o que estava acontecendo, era possível que se aproveitassem para uma invasão. Odiava pensar que era justamente o que estava acontecendo naquele momento.

Será que eram malucos o suficiente para provocar uma reviravolta tão profunda assim? Por via das duvidas, o Hokage enviara Anbus para investigar junto as outras nações sobre desconhecidos. Infelizmente, sem poder chamar atenção.

O guerreiro suspirou, pensando sobre os últimos acontecimentos.

— Ficar sem descansar não vai ajudar…

Ele se voltou, se deparando com o homem misterioso.

— Você disse que sua geração enfrentou uma guerra… Diga-me, quantas mais teremos de enfrentar antes que as pessoas consigam entender que nada se resolve com armas? Só trás mais morte, mais tristeza, mais ódio, é um círculo vicioso.

Sasuke suspirou, encarando o horizonte.

— Em uma época não muito distante eu seria bem capaz de rir de sua afirmação, Jiraya-sama. Uns diriam que eu fui vitima da “Maldição do Ódio”, mas a verdade é que meu problema era megalomania. Achava que ninguém, até mesmo meu irmão, tinha o direito de ser mais forte do que eu, que minha obrigação era ser cada vez mais forte, pois somente assim poderia proteger minha família e minha Vila. Muito embora a lógica era que eu não era o mais forte da minha geração.

— Não?

O homem deu um meio sorriso.

— Um jinchuuricki, um dos últimos representantes do lendário Clã Uzumaki… Quem você acha que venceu essa disputa? Aceitei a muito tempo que nunca conseguiria vencê-lo em uma luta justa e, se tentasse, ou morreria ou morreríamos os dois.

— É interessante pensar que, em sua época, existem shinobis com tamanho poder. Quanta diferença em apenas duas gerações…

— É porque você não tem ideia das habilidades da discípula favorita de Tsunade e do Kazekage atual. Acabou que fomos obrigados a sentar e tentar resolver nossos problemas diplomaticamente uma vez que uma disputa acabaria por destruir o mundo. De onde viemos, tirando alguns atritos isolados, vivemos em paz.

— Porque foram obrigados a isso…

— Descobrimos que somos mais fortes juntos do que separados. A última guerra mostrou isso a todos da maneira mais cruel. Os Kages foram obrigados a formar uma Aliança contra um inimigo em comum que nenhuma das Vilas conseguiria vencer sozinha.

— E descobriram que tinham mais em comum do que pensavam…

— Pode-se dizer que sim! O Hokage e o Kazekage são amigos tão próximos que ele veio me pedir pessoalmente que considerasse o pedido de Shinki para namorar Sarada.

Jiraya riu, logo percebendo que Shinki só podia ser filho do Kazekage.

— E você aceitou?

— Até poderia… o problema é que o Boruto chegou primeiro.

Jiraya riu a valer, mas ficou sério ao perceber que o homem não ria.

— Qual o primeiro nome daquele homem, o Kato?

— Dan, por quê?

Sasuke nada respondeu, apenas continuou olhando o horizonte.

— Somente a nossa presença já está alterando os fatos.

— Por que diz isso? Por acaso, ele conseguiu casar com a Tsunade?

Sasuke negou, suspirando.

— Mas perdê-lo quase a destruiu. Ou pelo menos deveria ser assim, já não tenho mais certeza.

— Ela gosta dele tanto assim?

Os olhos negros do homem o sondaram e disse, muito sério:

— Eu acho que o que ela amava era a imagem que ele lhe mostrava. Palavras da minha mulher…

Jiraya voltou-se para onde estava olhando. A historia deles começava a ficar confusa e isso podia ser consequência indireta de sua presença ali.

De repente, ele deixou de sentir a presença do homem ali e novamente se viu sozinho olhando para o horizonte. De repente, pensou: “Será que essas mudanças são para o bem mesmo?”

 

A noite foi avançando e logo a névoa da manhã tomava conta da Aldeia, enquanto todos dormiam e os ninjas se preparavam para mais um dia.

Após mais uma noite insone, Jiraya caminhava pela Aldeia sonolenta ainda pensando na estranha conversa da noite passada. Sem perceber, se aproximou do hotel onde os estranhos visitantes estavam sendo mantidos. Ainda não compreendia porque Kenji não oferecera ao “neto” uma hospedagem mais adequada, mas algo lhe dizia que a resposta mais correta era “ele não aceitaria”.

De repente, algo ficou estranhamente familiar. Rapidamente, ele cobriu o nariz e a boca mesmo sabendo que aquilo somente seria capaz de lhe dar tempo. Olhou ao redor analisando suas opções até sentir um vulto unir-se a ele.

— Cuidado, a nevoa é venenosa – disse Jiraya, sem olhar para os seus companheiros.

— Hanzo não atacaria a Aldeia, não seria idiota o suficiente para isso – disse Orochimaru, juntando-se aos dois companheiros.

A névoa se tornava mais espessa, mas de repente uma barreira ondulante vermelha os envolveu afastando a névoa, permitindo que respirassem melhor. Quando olharam para cima, puderam ver Sasuke pousando logo ao lado deles junto aos três jovens.

— O que diabos é isso? – perguntou Jiraya, olhando ao redor.

— Susano’o – respondeu Orochimaru, admirado. – É semelhante ao Giro Celestial dos Hyuuga, também considerada uma defesa suprema, em sua forma suprema é quase impossível de ser rompida. Somente os Uchihas com o Mangekiou são capazes de invoca-lo.

— Boruto…

O rapaz concentrou-se e fez a névoa flutuar, subindo e desaparecendo no ar frio da manhã. Jiraya ativou o Modo Sanin, felizmente não houvera mortos, apenas algumas intoxicações fortes, mas levaria tempo para que se recuperassem. Por hora, estavam sozinhos.

Sasuke desfez o Susano’o ao perceber que o perigo havia passado.

— Não acredito que Hanzo faria um ataque desses a Aldeia – disse, olhando ao redor procurando por algum chakra desconhecido. – Ele não tem homens ou interesse em um ataque desse vulto.

— Nossos amigos se cansaram de esperar – disse Sarada, assumindo uma posição de ataque, chamando a atenção dos demais.

Um grupo de homens se aproximava, o líder sorrindo sarcasticamente.

— Devo admitir que é difícil acabar com vocês. Você faz jus a sua fama, Sasuke Uchiha.

— Faço o que posso…

O homem inesperadamente se voltou a Tsunade, Jiraya e Orochimaru, parecendo adquirir subitamente respeito.

— Desculpem-nos o transtorno, mas não somos seus inimigos… Na verdade, viemos ajudar.

— Atacando a Aldeia?

— Acha que nós fizemos isso? – perguntou o líder, seus olhos mudando de cor e sua voz se tornando subitamente grossa. – Pode ter certeza de que não.

Sasuke e seus companheiros guardaram suas armas, surpreendendo os três sanins.

— O que está acontecendo? – perguntou no mesmo tom de voz.

— Digamos que nossa percepção é diferente dos homens. Ficamos cientes das alterações de realidade quase instantaneamente e começamos a averiguar secretamente o que acontecia. Por isso, viemos atrás de vocês… ou você achou mesmo que o menino conseguiria realmente limpar toda a Aldeia?

O garoto corou violentamente.

— Andaram escondendo coisas de mim?

— Não fique bravo com eles, Sasuke – disse alguém se destacando, fazendo os quatro se chocarem.

— Mamãe? – gaguejou Sarada, surpresa.


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Notas finais do capítulo

Alguém voltou dos mortos!!!!!!! Mas agora caminharemos para o desfecho do Arco.



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