Retorne Ao Remetente escrita por Mandy-Jam


Capítulo 13
Come Together


Notas iniciais do capítulo

Mais um para vocês!

Muito obrigada por acompanharem, viu? Vocês são maravilhosos ♥

Boa leitura!



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HERMES

 

Meu pescoço estava tenso e minhas costas doíam.

Ainda pensava nas palavras de Hera para mim, mesmo já tendo passado horas que a ouvira. Agora, sentado no chão do corredor, eu pensava em como fora rude com Jenny e como ela não merecera aquilo. Mas o que eu podia fazer? Ela não podia continuar tirando fotos de monstros, isso era certo. Uma hora isso viraria contra ela, e aquela mortal nem mesmo conseguiria se defender.

Olha só para mim, pensei de repente. Estou preocupado e todo protetor com uma mortal.

Suspirei pesadamente e amaldiçoei meu pai por demorar tanto.

Poderia ser pior, é claro. Sempre pode. Como da vez que Zeus se deitou com a esposa de Anfitrião e fez com que eu vigiasse a porta e Apolo arrastasse o Sol mais devagar. Três dias. Três dias. Ainda me surpreendo por aquela mulher ter tido tanto fôlego e disposição, e também por meu pai não ter ficado assado por séculos.

Se ficou, eu também prefiro não saber.

— Levante do chão, garoto. — Ergui os olhos para encontrá-lo na minha frente. Demorei alguns instantes para obedecer sua ordem, que saíra com palavras mansas. Zeus era outra pessoa depois de uma noite de amor, e eu sempre me esquecia disso.

De pé, vi a porta atrás dele se abrir uma vez mais. A mulher — agora nua dos pés a cabeça — escondia-se precariamente atrás da porta e ria para ele, enquanto falava algumas coisas em francês que eu não vou traduzir para vocês crianças.

Zeus virou-se com um sorriso no rosto e pegou a gravata que ela jogara para ele.

— Não me faça voltar aí. — Ronronou ele.

— Sim, não o faça. — Resmunguei cansado. Zeus ignorou-me e se aproximou da amante, beijando-lhe a mão de maneira charmosa.

Au revioir, mon amour. — Falou e ela fechou a porta com dificuldade. Se tinha uma coisa que meu pai tinha era jeito com as mulheres. Podia ser um grande cafajeste, mas as mortais caíam aos pés do senhor dos deuses toda vez que ele jogava seu charme para elas.

— A propósito, sua esposa mandou seus cumprimentos. — Declarei desejando destruir aquele maldito sorriso apaixonado de seu rosto. Se eu não podia ser feliz com Jenny, ninguém mais poderia ter sucesso amoroso, isso com certeza. Especialmente extraconjugal.

Zeus mudou ao ouvir aquilo. Seus olhos se arregalaram para mim com um misto de medo e raiva, e seus músculos ficaram tensos.

— O quê? Ela esteve aqui? — Perguntou atônito e eu confirmei com a cabeça. Sua voz saiu como um rosnado de um cão raivoso — E porque não tocou o alarme de incêndio como eu ordenei?

— Ah, claro! O alarme de incêndio! Isso não seria nem um pouco suspeito, não é mesmo? — Respondi em sarcasmo e toquei a porta de madeira atrás de mim — Não se preocupe, eu enrolei ela. Aparentemente, meus truques são melhores que os seus.

Zeus respirou fundo e pensou sobre o caso por um instante, concluindo que já que tudo acabara bem, não havia porque prosseguir com a raiva. Aliviou-se com a sensação de segurança e começou a ajeitar a gravata, olhando para os dois lados do corredor.

— Bom trabalho. — Declarou e ofereceu-me um sorriso de satisfação.

Difícil trabalho. Lidar com Hera não é nem um pouco simples, e se ela descobrir que eu estou acobertando os seus namoros, estou perdido. — Insisti no mau humor. Zeus somente riu.

— Você se preocupa demais, garoto. — Falou começando a andar para o elevador, e eu o segui — Fazemos isso há milênios, eu e você, e sempre deu perfeitamente certo. Tenho sorte de ter um filho tão astuto, sua mãe ficaria orgulhosa.

— Minha mãe foi uma das suas amantes. Não acho que ela ficaria orgulhosa em me ver te ajudar a transar com outras mulheres mortais. — Resmunguei, mas nada abalava a felicidade de Zeus.

— Sua mãe foi uma das amantes mais sensatas que eu tive. Ela sabia muito bem que não poderia ficar comigo, nunca foi ciumenta. — Contou com um ar nostálgico — Tudo que importava para ela era o seu bem-estar e segurança. Pergunto-me como ela está esses dias. Talvez deva visitá-la algum dia.

Fiz uma careta de desgosto e o mesmo som que uma criança faz quando engole um remédio ruim. Zeus riu para mim, estendeu sua mão e bagunçou meu cabelo como se eu fosse novamente o bebê que aparecera na sua frente acusado de roubar o rebanho de seu filho favorito.

— Talvez um dia você entenda o que o amor é, filho. — Era tão raro ser tratado como um filho por Zeus, que fiquei sem reação — Arrume uma mulher para si mesmo e tenha um pouco de diversão. Tenho certeza que não vai se arrepender. — Zeus apertou o botão do elevador e depois pensou por alguns instantes — Ou talvez um homem, se preferir.

— Essa conversa acabou. — Declarei com um resmungo — E eu vou de escada.

 

 

Não dormi aquela noite.

Passei todas as horas que tinha adiantando meu trabalho na Hermes Express, digitando no computador, rastreando pedidos, anotando as datas de recebimento, preenchendo documentos, coisas que as ninfas jamais fariam com tamanha habilidade.

Quando o Sol se ergueu, fui para meu templo e troquei de roupa. Tentei ajeitar meu cabelo castanho rebelde, mas de nada adiantou. Nas revistas mortais que eu lera na tentativa de ter conhecimento para conversar com Jenny dizia-se que a melhor coisa para assentar seus fios — e ficar super bacana — era passar gel. Eu me recusava, é claro. Parecia nojento demais para mim.

Vesti meu colete por cima da camisa branca, calça jeans, tênis e fui para a França novamente.

Cedo demais, tive que ficar em pé na porta do café que eu sempre encontrava Jenny, esperando que ele abrisse. Quando uma senhora passou por mim oferecendo um bonjour e abrindo a porta para que eu entrasse, disparei para o interior rapidamente, buscando um lugar bom para sentar. Todas as mesas estavam disponíveis, por isso pude escolher qualquer uma. Optei pela do canto, um pouco mais reservada e sentei-me para esperar.

Aos poucos o lugar foi enchendo, mas não o suficiente para ficar insuportável. Toda pessoa que passava pela porta fazia meus olhos se erguerem na esperança de ser Jenny. Passei mais de uma hora esperando, mexendo a perna inquieto.

Será que ela não vem mais aqui?, pensei ansioso. Será que ela vai me evitar para sempre agora?

A mera ideia fez meu estômago se retorcer, e isso foi mais ou menos na hora em que ela entrou.

Vestindo meia calça, botas pretas, e um sobretudo cheio de botões, Jenny entrou com um olhar taciturno. Seu cabelo repicado parecia o da Joan Jett, cantora que eu escutara bastante para poder um dia fazer uma referência casual em uma conversa com Jenny.

Agarrei a xícara de café a minha frente, tentando acalmar minhas mãos nervosas, e enchi-a de café quente. Meus olhos estavam fixos na mortal, que não me notara ainda. Quando por fim os olhos azuis de Jenny me encontraram, meu coração deu um pulo.

O que eu faço agora?, pensei. Levanto a mão e aceno? Sorrio?

Fiz os dois e de forma desajeitada e vergonhosa. Meu sorriso parecia mais um derrame, contorcendo metade do meu rosto para cima e a outra para baixo. Meu braço travou na metade do caminho, como se eu não fosse capaz de levantá-lo completamente.

Voltei-o para baixo e tornei a segurar o café.

Jenny não sorriu de volta para mim. Parecia que estava olhando para um completo estranho e não para o homem com quem quase dormira na noite passada. Achei que ela me ignoraria e se sentaria em outra mesa como uma forma silenciosa de me ofender em retorno. Ou que talvez corresse para fora do café, e eu teria então que segui-la.

Como o deus das corridas e dos ladrões, eu estava sempre pronto para uma perseguição, mas isso não foi necessário. A mortal andou na minha direção com passos lentos mais firmes, e eu senti cada vez mais atração conforme a distância ia se encurtando.

Ela devia sentir também, presumi. Quando estávamos perto um do outro, era como se tivesse uma corda nos puxando um contra o outro, e depois enlaçando. Não conseguia ficar longe dela, e ela aparentemente não conseguia ficar longe de mim.

— Desculpe, madame, mas você é extremamente familiar. Eu te conheço? — Perguntei, na tentativa de quebrar o silêncio desconfortável que estava prestes a se instaurar. Jenny demorou alguns segundos para responder.

— Pareço? — Perguntou, fingindo dúvida. Seu rosto continuava sério, mas não tanto quanto antes. Assenti com a cabeça olhando-a de cima para baixo, mas depois estalei o dedo e apontei para ela — Ah, claro! Joan Jett!

Jenny foi pega de surpresa e deixou um riso escapar. Tentou ficar séria, mas foi difícil, por isso desviou o rosto e encolheu os ombros.

— Uau, você me descobriu. — Falou entrando na brincadeira — O que quer? Um autógrafo?

— Companhia seria suficiente, acredito. — Respondi. Seus olhos voltaram para mim, agora sérios novamente.

— Eu não namoro com fãs. — Respondeu — E também não durmo com eles.

— É, disso eu sei. — Respondi lembrando da noite anterior. Jenny mudou o peso do corpo de um pé para o outro, e eu suspirei — Olha, vamos esquecer isso, tudo bem? Vamos começar de novo.

Quando um deus fala que vamos fazer alguma coisa, é porque é uma ordem que deve ser obedecida sem questionamento. No entanto, com Jenny tudo era diferente. Ela não sabia que eu era um deus e muito menos parecia inclinada a me obedecer.

— Por favor? — Peguei-me dizendo, contrariando toda a minha existência como olimpiano. Jenny suspirou dando-se por vencida e sentou na minha frente. Sorri para ela e depois olhei para a garçonete, gesticulando para que trouxesse mais café — O que você quer? Pode pedir qualquer coisa, eu te dou. É o meu esforço para tentar apagar a noite passada da sua mente.

— Acho que seu vinho quase fez isso. — Respondeu.

— Você bebeu ele todo? — Perguntei surpreso. Jenny riu e negou com a cabeça.

— Não sou uma alcoólatra. — Declarou e depois acrescentou — Metade.

Prendi o riso e quando a garçonete se aproximou, pedi o cardápio. Dei-o para Jenny e insisti que ela pedisse qualquer coisa.

— Tudo bem. Já que você foi um completo babaca de uma hora para a outra, eu aceito. — Assentiu com a cabeça e eu lutei contra o impulso de jogar contra ela o quanto ela tinha sido uma babaca também — Quero uma fatia da torta mais cara, e quero calda de chocolate extra. Pode trazer também waffles com geleia de morango.

A garçonete foi embora, e Jenny sorriu para mim.

— Agora que eu te dei prejuízo financeiro, podemos tentar de novo. — Declarou feliz.

— Prejuízo financeiro? — Repeti e ri da ideia — Pode pedir toda torta que eles têm na casa que não fará nem cócegas em mim, cherie.

Jenny ergueu as sobrancelhas, surpresa.

— Então estou saindo com um homem rico? — Falou assentindo com a cabeça — Quem diria?

— Ah, então está saindo comigo. — Sorri para ela, satisfeito em ouvir isso. Jenny abriu a boca, tentando protestar, mas repensou antes de fazê-lo.

— Presumo que sim, estamos saindo juntos. — Murmurou — Por enquanto.

— Não precisa parecer agressiva, eu sei que você é uma flor delicada. — Retribuí me divertindo, e Jenny riu para mim.

— Uma flor delicada? Eu? — Repetiu como se a graça só aumentasse. No momento em que a garçonete chegou, ela prosseguiu — Você que é o garoto virgem.

Ri de nervoso para a garçonete e balancei a cabeça, levemente constrangido ao vê-la prender o riso.

— Ela está brincando. — Disse e depois percebi que talvez fosse melhor enfatizar isso em francês, mas as palavras me escaparam. A mulher foi embora ainda com vontade de rir, e eu olhei para Jenny — Eu sou o fálico, esqueceu? Não tenho nada de virgem.

— Não precisa se fazer para cima de mim, Hermes. — Disse fingindo me consolar — Eu te aceito do jeito que você é.

— Ora, cala a boca. — Reclamei recuando meu braço. Jenny gargalhou e depois olhou para a comida na frente dela com felicidade.

— Não quis magoar os seus sentimentos. — Falou cortando um pedaço da torta com a colher e esticando para mim — Aceite esse humilde pedido de desculpas por eu ter ofendido sua virilidade.

Olhei para o pedaço de torta com calda de chocolate, e aceitei. Cheguei meu rosto para frente a deixei que ela me desse o doce na boca. Nossos olhos se encontravam comprovando que ambos estávamos sentindo o erotismo por trás daquela pequena brincadeira. Quando voltei para trás, gemi provando o sabor do chocolate, ciente de que Jenny me observava. Passei o dedão pelo lábio inferior, fingindo limpar um resto de calda que não existia.

— Pedido aceito. — Respondi para ela. Levei minha mão até sua colher e cortei mais um pedaço de torta, e ergui-o no ar — Agora é minha vez.

Jenny chegou seu rosto para frente, pronta para que eu lhe desse a torta na boca. Seus lábios macios se abriram pouco, mas o suficiente para provocar um formigamento entre minhas pernas. Ao invés de dar-lhe a colherada, levei-a para a minha própria boca e gemi sonoramente perante o queixo caído da mortal.

— Ei!

— Hmmm! — Fiz novamente e depois ri — Agora você sabe o que é ficar na vontade. Isso é pouco comparado ao que eu sofri ontem a noite.

— Ah, é mesmo? — Falou cruzando os braços e debruçando-se um pouco sobre a mesa. Desejei que ela tivesse um decote pelo qual eu pudesse espiar seus seios, mas o sobretudo cobria seu colo até o começo do pescoço.

Achei que Jenny lançaria uma resposta atravessada para mim, mas não foi isso que ela fez. Ao invés disso, sua perna encostou na minha por debaixo na mesa, e começou a acariciá-la. Sorri torto para o rosto dela, que se divertia com a provocação.

— Vontade de quê? — Perguntou sussurrando para mim. Senti meu corpo se arrepiar, e fui tomado por um desejo absurdo de agarrá-la ali mesmo, ignorando a presença dos demais mortais. Jenny subia e descia suas carícias, e eu mantinha meus olhos nela e em seu sorriso travesso — Hein?

— Não posso falar em voz alta. — Respondi, rouco.

— Mesmo? — Falou de volta — Alguém tão inocente pode pensar em coisas assim?

Pisei em seu pé, irritado por estar sendo chamado de virgem de novo. Jenny reclamou de dor e gemeu desconfortável, depois deu careta para mim. Cheguei para frente e sussurrei em seu ouvido com desejo e irritação.

— Se não tivesse me expulsado ontem a noite, teria tido a melhor transa da sua vida.

— Quer ter a melhor noite da sua vida? — Perguntou ela e mordeu o lábio inferior para mim. Ergui as sobrancelhas, e esperei que ela prosseguisse. Jenny recuou na cadeira, ficando longe de mim. Pegou um guardanapo, sacou uma caneta da bolsa e rabiscou um endereço — Hoje vai ter essa festa muito exclusiva, e eu vou trabalhar como fotógrafa. Aparece lá para uns drinques e depois… — Ela sorriu para mim, travessa novamente — Depois a gente vê no que dá.

Assenti com a cabeça, guardando o guardanapo no bolso.

— Vamos ver no que dá? — Repeti.

— Nunca se sabe. — Encolheu os ombros — Ah, mas não estou falando de sexo, é claro. Eu me guardo para o casamento.

Por um segundo, eu congelei. Olhei para ela confuso, e Jenny gargalhou alto.

— Ah meu deus! — Disse rindo um pouco alto demais para o café pequeno — É claro que não! — Ri junto com ela, aliviado. Guardar-se para o casamento era algo que somente Hera defendia, extremamente antiquado e sem sentido para mim. Jenny enxugou uma lágrima de riso.

— Ninguém mais faz isso. — Falei balançando a cabeça — Não acredito que caí nessa.

— Os religiosos fazem. — Falou voltando ao normal, e respirando fundo — Mas acho uma idiotice, sinceramente. Tanto ser religiosa quanto se guardar.

— Não é religiosa? — Perguntei.

— Pareço ser? — Respondeu erguendo as sobrancelhas — Ah, não. Quer dizer, acho que deve ter um deus, mas não acredito nas religiões. Acho que são feitas por pessoas que querem se sentir poderosas e controlar a vida dos outros. E você?

— Eu… — Demorei um pouco para pensar em uma resposta — Acredito em deuses.

— Ah, você é hindu?

— Sou o quê? — Perguntei, estranhando.

— Hindu. Hinduísmo. — Repetiu para ver se ficava mais claro, mas mesmo assim eu não entendia — É uma dessas religiões politeístas. Não conheço muitas, sendo sincera.

— Não, não sou hindu. — Respondi e vi que ela esperava por mais. Pensei um pouco — É complicado.

— Tudo bem, deixa para lá então. — Jenny comeu mais um pouco de torta — Vai ser escravo do seu pai hoje também?

— Todo dia. — Resmunguei — Na verdade, eu já tenho que ir. Nunca se sabe se ele precisa de mim e se vai ficar furioso com a minha distância.

— Dá um pager para ele. — Deu de ombros. Franzi o cenho.

— Um o quê?

— Um pager. — Repetiu e depois sorriu ao ver que eu não sabia do que se tratava — Olha só, o garoto da internet não sabe o que é um pager! Bem, eu te explico. É um aparelho maravilhoso que manda mensagens instantâneas para as pessoas. E você pode carregar ele em qualquer lugar, é desse tamaninho. — Gesticulou com a mão, e meus olhos se arregalaram impressionados — Muito útil. Você não precisa do telefone para entrar em contato com alguém.

Bati as duas mãos na mesa, fazendo tudo balançar. Jenny deu um pequeno pulo de susto, mas eu não liguei.

— Mostra para mim. Agora. — Exigi fascinado.

 


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Notas finais do capítulo

Nos vemos no próximo capítulo, quando Hermes descobrir a magia do pager!

Aguardo os comentários ansiosa!
Beijos e até semana que vem.



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