I'm the Last - Ruínas de Akhalen escrita por LinePhanie


Capítulo 6
Lembranças ao Norte


Notas iniciais do capítulo

E, eu ia postar a quinze minutos, mas na hora que cliquei pra postar o wifi sai e eu perco toda a correção -_-
Finalmente, esse capítulo saiu e eu perdi até a explicação do porquê ter demorado tanto -_-
Ai, ai. Bem, probleminhas foram tomando proporções ainda maiories e fiquei sem tempo para sentar e escrever com calma.

Obs: Se você chegou até aqui sem entender muito ou praticamente nada, saiba que daqui pra frente tudo ficará mais claro (assim até eu espero).



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"Não só monstros se abrigam nas sombras. Um sorriso não é um porto seguro. A solidão não é um inimigo..."

Somos os protagonistas de nossas próprias histórias, das quais unidas tomam proporções ainda não descobertas. O simples ato de unirmos dois seres já transforma a jornada deles ainda mais complexa do que tudo que já viram antes sozinhos. Agora, os fugitivos solenes do sul, o qual os perceguia com a luz que a muito queimava toda a impureza que era antes fincada na terra. Porém, há muito as sombras evoluiram aos truques celestes, e assim tornaram-se aqueles que a luz atravessam, contaminados pelo Obscuro.

Sombras abomináveis que agora, rastejando-se e esgueirando-se com seus corpos rasgados, magricelos em carne viva entre as pedras cortantes que o tempo punia sem piedade, obervavam com os olhos em chamas aquela pequena nave como cães demoníacos famintos e sarnentos da qual os que ali dentro estavam mal sabiam o terrível perigo que corria a metros de distância, cercando-os sem esperança a não ser seu quieto protetor que lá fora habitava sozinho com estas bestas. O alvo mudara assim que o avistaram, pela primeira vez há não muito tempo. Carne fresca, era isso que ansiavam. Carne disponível, com pouco esforço se deliciariam por séculos.

Cansados estavam, há tempos aquele planeta pareceu estar em um sono profundo, parado e monótono, a escuridão suprema havia se calado e a eles abandonado. Esqueceram-se completamente do ser que há tantos e tantos séculos enfrentaram com tudo de si, sedentos por uma carne inalcançável.
Isto, soou claro a jovem que não muito longe dali e sem qualquer disfarce ou abrigo os via sem compreender bem por que sua existência já não era mais válida ao paladar insaciável. Mas a sensação de tensão aumentava conforme ali estavam e se aproximavam cada vez mais da nave que abrigava o homem. Teria então que enfrenta-los mais uma vez? Enxota-los dali, a violência não seria enconomizada e suas forças esgotariam. Pois ali haviam muitos, muitos mais que já enfrentara ou perseguira. Este fato a deixou inquieta, estavam esperando as luzes apagarem ou diminuirem ao menos. O homem não seria burro ao ponto de gastar toda sua energia, ali havia luz durante as poucas horas do 'dia' mas a estação de luz estava no fim e este precisaria de muito para retornar para casa caso não quisesse ser devorado vivo.

Apesar de que, logo mais esta provavelmente viria a eles, talvez mais escassa hoje pois o tempo havia sido mudado subitamente sem qualquer explicação clara. Algo, alguém, estava brincando com forças obscuras.

Em meio a este sinistro momento, o silêncio fora rasgado com uma forte ressonância que despertará imediatamente as criaturas sombrias de seu transe hipnótico. Todos ali e em qualquer parte daquele mundo direcionaram sua atenção para o norte. Uma região que se encontrava logo atrás da garota, adiante das terras de ninguém, ela que conseguia ouvir minimamente o som que parecia transmitir uma mensagens curta, não consguia desifra-lá porém. Aguda e quebrada. Sem antes que mais atenção nela tivessem, um movimento súbito a atentara. Todas aquelas criaturas aos tropeços e quase se estrunchando sozinhas correram se desinbestando para sua direção, a mesma abaixou-se atrás de uma pedra, contudo, por ela passaram violentamente ignorando-a completamente. Como se algo fosse mais forte a capturar de todos suas atenções. Pôde notar que não apenas aqueles daquela região se moveram, mas em toda Akhalen. Onde nela cresciam as raízes que partiam o tempo. Tal movimentação despertou a ela profundo temor , e ainda mais raro, sua curiosidade.

Apenas uma coisa era mais importante que a sobrevivência miserável das bestas para si mesmas, e isso a dava arrepios que tão pouco seriam cessados facilmente.

"...mas sim uma aliada, para aqueles em que o tempo..."

Os poucos restantes, os pequenos feixes agora atravessam as grossas massas brutas que como um véu negro e nublado cobria todo o céu que uma vez fora calmo, tocando com dificuldade o solo e as grandes placas erguidas pela nave prateada. Ao contrário de todos os outros mundos em que o homem estivera, este enigmaticamente era capaz de produzir sua próprio luz, irônico à situação em que o mesmo se encontrava a milênios. Porém, não sozinho estava neste poço. E mesmo que o ser que o acompanhava naquele lugar fosse um tanto rude a primeira vista, não era ela o que o amedrontava.

A garota era importante naquele mundo e agora sabia ela que não havia tempo a ser disperdiçados, as sombras se moviam rapidamente apesar dos inúmeros obstáculos mortíferos que o norte apresentava a seus visitantes. Apenas uma coisa seria possível de ali viver. Assim a jovem tão depressa correrá a encontro mais uma vez do que para ela era uma imensidade prateada, e para ele uma pequena lata velha.

Não sabia ao certo como chamar atenção, nunca antes havia visto tal coisa, tentou por fim jogando pedras na lataria. O que pareceu ser eficiente depois de algum tempo, até porque ela não medirá esforços para assim obter suas atenções. O que exatamente ela estava fazendo indo a ele? Pois, sabia ela, que da última vez que tantas feras enfrentará sozinha, isto causou-lhe sua solidão concreta, que durente cinco milênios isto custou a ela mais forças das quais imagina. Mas ele veio a ela, vestindo aquela roupa branca e estranha em passadas longas e pesadas em sua direção a fazendo precisar recuar um pouco, notará nele uma tensão, por mais que seu rosto não conseguisse ver e sua respiração ouvir, ela sabia da confusão que sua mente poderia estar a enfrentar.

Ele, no entanto, parecia saber mais do que aparentava. Mesmo não entendendo praticamente nada da atual situação, não perdeu tempo para pesquisar o máximo possível daquela terra destruída. Mesmo sabendo que estava sendo vigiado, tão pouco sabia sobre aqueles que querem infecta-lo com o medo, mas são estes que mal sabem o que verdadeiramente o faz temer. Senão a si mesmo. Vindo a frente de sua adversária como assim gostava de pensar, fora logo golpeado por suas palavras frias.

— Escassez de energia. Logo mais a noite completará seu ciclo e novamente dominará cada canto deste planeta. Você porém não tem energia suficiente para voltar para casa. Suponho eu, tão logo que o desespero já se infiltrou em sua mente.

Suas palavras foram mais rápidas, e frias, que as dele, que carregadas com um sentimento incômodo devido ao fato de estar levemente irritado às ações dela. No entanto, fora das espectativas da garota, ele tomará pouco tempo de analisar suas palavras antes de colocar seus olhos definitivamente para o norte.

— Sim, está certa. Contudo, sei que há nesta terra vazia uma região com sobra de energia. Suficiente para cinco viagens de ida e volta. Este lugar, é para onde aquelas coisas foram?

O silêncio a envolveu da maneira que sua mente lembrasse de algo a muito esquecido, na verdade, algo que ela lutava para esquecer com todas as suas forças. Engoliu suas memórias a seco, e manteve sua postura diante da pergunta.

—  Correto.

Novamente o atordoante silêncio, o homem havia posto as mãos na cintura como se digerisse a resposta pensando cuidadosamente toda aquela situação. Olhava para os lados tentando escapar da realidade. Medo? Longe disso. A estas ações continuas que gastavam desnecessariamente seu precioso tento, ela pensará que não havia nada a ser feito. Por um momento achou que algo poderia mudar.

— Eu vou ao norte.

A resposta não foi tão surpreendente. Os seres conseguem fazer de tudo para manterem-se vivos. A qualquer custo. Mas isso correu a ela um pequeno sentimento diferente dos que tinha normalmente. Algo mais, leve.

— Você não veio aqui apenas para me dizer o quão sou azarado não é? Ora vamos.

Ela não pôde responder, pois ele deu meia volta e novamente entrará em sua máquina mas não fechou a comporta da qual era um tanto pequena com poucos degraus portáteis que ela não ousava por os pés. Um estranho fato a perturbou assim quebrando totalmente aquele pequeno sentimento que a pouco tivera, olhando para seus pés, para o chão. A terra e as pedras se moviam para o norte. E seu olhar pessou com os mais terríveis sentimentos.

"...confiam a palavra..."

Não demorou muito para que ele retornasse a ela, a trazendo novamente a realidade, se aquilo fosse realmente a realidade. Não vinha sozinho, consigo tinha uma pequena, não tão pequena, máquina que o seguia e emitia sons baixos e eletrônicos.

— O que...

— Preciso de um estoque de oxigênio sabe. O arzinho que me faz viver. O que neste planeta não há, infelizmente outro não habitável... Suas últimas palavras foram curtas e baixas, como em ar de lamentação. Algo que ele já esperava mas mesmo assim fora atingido pela decepção.

O que ela não compreendeu com clareza, viverá toda sua vida naquele planeta de tamanho mediano comparado a outros mais há vizinhança. Não apenas ela mas milhares de pessoas, porém, o fim destas veio cedo quando ela apenas era uma criança. As coisas que ele fazia e tinha deixavam sua mente confusa como um labirinto barulhente. Certamente, era mais interessante que o caos implantado pelas sombras. Ele estranhamente conversava carinhosamente com aquela máquina, como se fosse algo realmente querido, importante. Ele perguntava coisas que ela daria respostas muito melhores e eficientes do que uma lata velha. Sabia muito mais que algo que nem vida possuía.

Tempo demais gasto. E entre os dois passou rispidamente, e sem dizer nada apenas caminhou rapidamente como os deixando para trás caso não se apressassem a segui-lá. A máquina a alcança-la sem esforço. Ele porém ainda configurou um campo de proteção a sua nave, deixando a ela energia para não "desfalecer". Mas logo apressadamente foi em direção a elas pelo caminho traçado, estreito, ele era novo mas deveras revirados. Pegadas com garras esfolavam a terra batida que inplorava por paz. Seguiram assim até os feixes irem sumindo pouco a pouco.

Umpor um, se apagando. Se não fosse a luz a iluminar o caminho certamente sua visão ficaria cega, a dele pelo menos. Ele pediu descanso quando chegaram aos imensos paredões de pedra, não mais conseguia ficar de pé e se assim continuassem suas reservas esgotariam certamente. Ela a contragosto aceitou este fato, não mais queria mortes em suas costas. Apesar do longo caminho percorrido, ela não dava sinais de cansaço. O que era surpreendente a ele.

Sob o céu opaco, sem estrelas ou vento. Sem som, sem vida, que rla observava tão atentamente. Adormeceram recostados a uma parede, lentamente.

"...corra..."

— Que informalidade, não acha?

Em um ritmo menor do qual tinham tido inicialmente, para eles agora a dificuldade se supria de enermes rochas pelo caminho entre os paredões sombrios que nele ecoavam silenciosos gritos noturnos. Ainda mais escassos penetravam entre pequenas frestas finos feixes de luz, ela era fraca mas já os ajudava em suas caminhadas. As grandes pedras formavam túneis em suas extremidades mais altas, o que deu a ele a impressão de estar sendo observado de longe.

— Nem ao menos fomos apresentados...isso não é comum de onde vim. Bem, devo dizer pelo menos meu nome, correto? Então...

— Não quero saber.

Heh?

A resposta um tanto quanto estranha o fez parar imediatamente. E questionar-se mentalmente antes de fazer o mesmo para ela.

— Por quê?

— Um nome, não é apenas um palavra que pode ser dita livremente. Um nome é o que nos define como ser alguém.

— Ora, todos temos um nome.

Desta vez, as palavras que pareciam resoar entre aquelas imensas paredes e prolongar seu tempo de existência. A fizeram para, ficando assim por um tempo.

— Não quer meu nome? Bem. Astronauta é longo demais para ser dito. Precisamos de algo mais fácil, caso aja imprevistos...Ah, que tal, Astro? Eu gosto de Astro.

— Imprevistos?

— Acidentes acontecem. E, quem é você?

— Eu sou o último deste mundo. É isto que eu sei. É isto que eu sou. É isto que sempre fui e sempre serei. Os imprevistos somos nos mesmos que criamos indiretamente.

Ele entendeu a mensagem. Nada dali era do conhecimento dele, ela para ele é a coisa mais enigmática que já encontrará em seus oito anos de viagens espaciais.M Masde algo sabia.

— De onde vim, há uma palavra que a define bem. Uma palavra curta, fácil de ser pronunciada. Uma palavra...solitária porém forte. A que desperta o melhor em nos mesmos, pois nos faz ver o quão necessitados de nós mesmos estamos neste universo. A medida que o ouvia, a jovem lentamente ia virando-se para ele, mas sem encara-lo em momento algum. Havia nela porém uma aura que passava a ele uma sensação, do tempo em que a jovem estivera sozinha, enfrentando tudo aquilo sem ao menos ser reconhecida como alguém.

— Meu nome...

Last. Este é seu nome.

O som agudo era agora ainda mais forte, e as pequenas mas muitas escrituras gastas cravadas nas paredes velhas tornaram-se a brilhar sutilmente, ao momento em que o guardião finalmente receberá um nome.

"...de que a mentira que não vence."


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Notas finais do capítulo

Talvez eu tenha perdido alguns pontos importantes da primeira correção. Peço desculpas por isso, mas logo mais irei corrigi-lo novamente mais atentamente.
Enfim, obrigada se você leu até aqui. Até a próxima amoras amadas ♥



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