Chéri escrita por AnneWitter


Capítulo 9
La moitié de Janvier


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a mega, mas mega mesmo para postar.
Havia deixado de lado essa fanfic por causa de inspiração, não estava conseguindo fazer um capitulo que passasse aquilo que realmente queria, então essa semana finalmente a grande inspiração veio, ainda não esta como queria, porém ficou bem próximo ao que esperava. espero que gostem!



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La moitié de Janvier

Isso era loucura, puramente loucura. Como ela poderia se deixar levar por algo tão banal como aquilo? Ela é inteligente suficiente para entender as artimanhas que os homens gostam de realizar somente para provocar. Ela era prova viva disso e ainda assim, estava daquele modo. Foi pega facilmente na brincadeira de um garotinho. E além do mais, havia o simples e imudável fato de que ambos não tinha compromisso algum.

Definitivamente estava ficando louca.

Respirou profundamente e olhou para a porta que levava para a loja. Tinha deixado um grupo de empolgados clientes a espera dela, e isso tudo porque não conseguira controlar seus sentimentos. Não que estivesse completamente entregue a alguma coisa em relação a aquele garoto. O fato era que ele mexia com ela de forma inquietante, além de ter o fato da garota que estava com ele. Ela, é claro, entendia perfeitamente a razão dele a escolher, estava mais que visível isso, ao menos diante de sua concepção.

Voltou a respirar profundamente, já sabendo que demoraria a sair do porão da loja, certamente ficaria ali até o horário dos alunos voltarem para o castelo. Algo que lhe pareceu bastante razoável naquele momento perturbador.

Determinada a fazer isso, ela se sentou numa cadeira que havia ali, próxima a escada, ficando de costas para esta. Havia um longo dia pela frente naquele lugar de iluminação escassa e paredes frias. Por isso, com a varinha, conjurou um feitiço para aquecer ao seu redor. Ela poderia se privar de outras companhias sem serem dos funcionários da loja, mas não passaria frio desnecessário.

Então a porta se abriu. Devagar, aborrecida de ser atrapalhada, virou-se em direção a mesma. No topo da escada a olhando com um sorriso maroto nos lábios estava ele. Scorpius. Embora para morena naquele instante não era ele quem encontrava ali. Não com aquele sorriso a brincar em seus lábios. Para Hermione quem se encontrava no topo daquela escada a debochar de sua tristeza, como nos velhos tempos de Hogwarts, era Draco Malfoy.

Brada ela levantou-se levando a cadeira ao chão. Ignorou o estrondo que aquilo causou. Estava furiosa. Lembrou-se do dia que estava diante de Draco Malfoy no terceiro ano e lhe deu um tapa, era exatamente isso que ela queria fazer.

Um tapa pela falta de tato daquele que estava descendo a escada a lhe encarar travessamente.

Quando Scorpius parou diante dela, Hermione não pensou em mais nada, senão naquele tapa de anos atrás. Um tempo tão remoto, que era quase como um sonho para ela naquele instante. Um sonho extremamente necessário.

Antes que pudesse realizar o seu desejo a mão de Scorpius foi mais rápida, segurando seus braços; como que prevendo o que poderia acontecer, e a puxou para perto de si.

Lá estava os dois, sozinhos naquele porão frio, presos em suas emoções e necessidades. Atados um ao outro.

Scorpius quebrou toda a distancia que ainda existia entre eles a abraçando forte, prendendo os braços dela abaixo dos seus.

–Ficou com ciúmes?- indagou divertido.

Hermione sentiu seu rosto pegar fogo. Seu sangue fervendo com aquela voz zombeteira a lhe sussurrar.

Ainda com a varinha em mãos, conjurou um feitiço não verbal o empurrando para longe, fazendo Scorpius cair aos pés da escada. O sorriso sumiu dos lábios dele com aquela atitude a fazendo se sentir relaxada. Ela realmente precisava daquilo.

–Ciúmes? – sibilou a pergunta. – Acredita realmente que senti ciúmes? Malfoy guarda uma coisa em sua cabeça, eu nunca sentirei ciúmes de um garotinho como você. Principalmente um alguém que não sabe jogar limpo.

Seu olhar não desviou um segundo sequer do rosto do loiro. Este a cada palavra adquiria um olhar mais brado e uma expressão nada amigável. Algo que não abateu nem um pouco a Hermione, que continuou a encará-lo duramente, dando a entender que suas palavras eram tão verdadeiras, quanto a magia que erradia livremente entre os bruxos.

–Garotinho? – foi a vez dele sibilar. – Um garotinho que conseguiu mexer com seus sentimentos, você quis dizer, certo? Afinal não sou bobo, posso não ter experiência. Entretanto consigo perceber muito bem as coisas. Tal como consegui compreender claramente seu desejo por mim naquela noite.

Hermione soltou um sorrisinho de deboche. Logo ela, uma nascida trouxa, debochando de um Malfoy.

–Desejo? Sabe realmente o que é isso?

Scorpius levantou-se diante a essa pergunta e voltou a se aproximar dela, entretanto cautelosamente. Voltaram a ficarem frente a frente, um encarando os sentimentos do outro a brincar em seus olhos.

–Sei suficiente para saber que naquela noite, quando estávamos tão próximos como agora, seu olhar me consumia por completo. Algo que se confirmou com o beijo que me deu. – embora cauteloso, o tom provocativo de Scorpius se encontrava entre suas palavras.

–Um beijo? – riu-se Hermione. – aquilo foi tão vazio, quanto ao que deu a pouco.

–Não foi.- discordou Scorpius veementemente. – Eu senti a sua necessidade por mim, por meio daquele beijo. Embora esteja certa sobre o beijo de a pouco. Esse realmente foi vazio, sem qualquer significado para mim.

Hermione voltou a rir amargurada.

–Então, porque a beijou, sabendo que não teria significado algum para você? –indagou levando a conversa para o caminho que queria, apesar que no fundo sentir-se ridícula por estar mantendo um dialogo como este com um garoto bem mais novo.

Scorpius se mostrou sem graça diante a pergunta. Mesmo sem uma resposta ele dera a Hermione a certeza daquilo que pensara, aumentando sua fúria em relação ao acontecimento. Entretanto ela não disse nada, esperou para que Scorpius se pronunciasse, para então falar algo sobre.

Sem jeito ele abriu a boca, um som baixo, como um gemido grotesco de dor, saiu de seus lábios no lugar de palavras. O porão se mostrou ainda mais frio para Hermione diante a fraqueza daquele garoto.

–Eu... – conseguiu ele pronunciar num fio de voz. – quis lhe provocar.

–Provocar ciúmes, você quis dizer, não é?

Envergonhada fez que sim.

–Usou aquela garota para isso? Para tentar me provocar?

Novamente fez que sim.

–Por que? Qual a razão de algo tão baixo?

Ele que anteriormente havia desviado o olhar do dela, voltou-lhe a encarar.

–Queria ter certeza. – disse num tom mais alto.

–Certeza? – estranhou Hermione.

–Sim. Queria saber quais eram seus sentimentos por mim. Embora tenha me beijado, você me evitou depois... E eu fiquei sem ter certeza. – desabafou.

A raiva de Hermione foi diminuindo aos poucos, vê-lo tão entregue ao sentimento deu-lhe razões para deixar o acontecimento de lado. Apesar disso, ela achava injusto fazê-lo. Recuou um passo.

–Não havia outro meio, além disso?

Ele fez que não com a cabeça, embora demonstrasse em seu semblante a vergonhada de a pouco.

Hermione o olhou com compaixão, lembrando-se dos seus tempos de garota, as emoções fervendo dentro de si, o coração aos pulos e sem saber o que fazer com tudo isso. Veio-lhe também a imagem de Lilá e Rony se beijando, a perturbação que aquilo lhe causou, a falta de tato que teve diante aquele acontecimento. Tal como ela naquele tempo, Scorpius era um garoto perdido em seus sentimentos, incerto com os passos que são necessários em dar. Incerto aos sentimentos alheios.

–O que você esperava que eu fizesse?

Scorpius desviou o olhar do dela duas vezes, abriu a boca mais quatro, para então deixar formular palavras eloquentes e pronunciá-las.

–Queria que demonstrasse com algum ato o seu sentimento, por isso vim até aqui. Quando a vi saindo daquele modo da loja e seguindo para o porão desta, senti-me vitorioso. Pelo simples fato de que conseguira mexer com você. – disse franco.

Hermione o ouviu atentamente, sentindo um rubro jovial tocar o rosto. Era tudo infantil demais para ela, ainda assim incrivelmente aceitável. Afinal ele estava certo, o beijo que havia dado em Katheren, filha da união que parcialmente destruiu seus sonhos (senão totalmente), não mexera com ela somente por ter sido essa a garota escolhida e, sim porque Scorpius mostrou-se incrivelmente a vontade com ela. O ponto crucial diante daquilo tudo. Ambos eram jovens, Hermione já havia passado daquela face há muitos anos e somente agora analisando melhor percebia o verdadeiro incomodo. Ela tinha medo. Medo de não ser aquilo que aquele garoto queria.

–Não mexa mais comigo. – disse levemente abalada com sua constatação.

–Você só precisa me amar. – disse Scorpius corajoso, matando enfim a distancia entre eles.

Hermione deixou que se aproximasse, como também que lhe abraçasse. Ele a envolveu fortemente em seus braços, mostrava com aquele gesto simples sua necessidade dela. Envoltos nisso ele buscou os lábios dela e no porão entregue ao frio e a uma iluminação escassa imitando a primeira vez, aconteceu o segundo beijo.

Esse foi quebrado com um barulho na porta. Novamente alguém de fora quebrava o mágico momento daqueles dois. Rapidamente os dois se separaram, no topo da escada abruptamente surgiu Katheren. Hermione lembrou-se de Lilá, os cumpridos cabelos loiros caídos sobre seus ombros e aquele ar de garota bela e atraente. Nada disso foi pior do que o sorriso farto e a voz enjoativa.

–Encontrou o que estava procurando?

Por um segundo Hermione achou que ela iria adicionar o Ron, Ron no final de sua fala.

–Sim. – disse seco Scorpius. – A Her... É, a senhorita Granger estava me mostrando o produto novo, por isso acho melhor me esperar lá fora...

–Ah! – exclamou manhosa. – Isabele e Brian estão indo aos três vassouras, gostaria que fossemos com eles.

Scorpius suspirou desaminado, visivelmente se mostrando arrependido de sua ideia de provocar Hermione com aquela garota.

–OK. – confirmou, embora não gostasse da garota e nem um pouco da ideia de se afastar de Hermione naquele momento, ele não poderia fazer outra coisa senão isso. ele era um Malfoy no fim das contas e tinha uma educação bastante rígida sobre o tratamento com as mulheres, apesar de as vezes esquecer disso.

Antes de se juntar a Katheren, ele voltou-se para Hermione.

–Vejo-lhe depois.

–Estarei esperando e... o feitiço estará quebrado.

Não era necessário falar mais nada, as palavras de Hermione, sabia ela, foram suficiente para o garoto entender a mensagem. Sorrindo ele aproximou-se de Katheren para então se retirarem. Novamente sozinha, Hermione voltou a se sentar, perguntando-se onde foi parar seu autocontrole. Como em sã consciência ela pode se deixar levar daquela forma? E como poderia ficar tão abalada por causa de uma garota, como ficara?

Suspirou, apesar disso parecer completamente inaceitável para uma mulher como ela, Hermione não podia negar que estava ansiosa para o ‘mais tarde’.


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Notas finais do capítulo

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Não me castiguem pela demora.



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