Destinados ▸ Jasper Hale escrita por Woodsday


Capítulo 5
Capítulo V.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, ansiosos? Eu também estou hahaha Quero tanto esse casal logo, minha nossa!
Gente, a música desse capítulo é a minha favorita, apesar de ser velhinha. Caso queiram ouvir [https://www.vevo.com/watch/daughtry/waiting-for-superman/GBE431300093]
Enfim, espero que gostem do capítulo!



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|Capítulo 5.|

Eu pisquei diversas vezes, meus olhos se acostumando lentamente com a claridade ofuscante. Com rapidez surpreendente meu cérebro conectou todos os acontecimentos e eu olhei ao redor, procurando por qualquer pessoa que pudesse me informar onde estava minha irmã.

No momento perfeito, um homem alto e loiro entrou pela porta do quarto, o jaleco branco deixava claro que ele era um médico e o meu alívio foi instantâneo. 

— Vejo que já acordou, Cassie. — Ele sorriu e eu assenti minimamente, minha cabeça ainda latejava como se um jogador tivesse feito embaixadinhas com ela. — Sou o doutor Cullen, como se sente?

— Onde está a Bella? — Disparei a pergunta, tentando me sentar um pouco. Gentilmente o doutor Cullen me ajudou, o toque gelado causando um alívio rápido a minha dor. — Minha cabeça ainda dói.

— Bella está bem, ela não sofreu nenhum dano. — Começou gentil. — Cassie, ainda não falei com Charlie, mas precisamos conversar seriamente. 

Assenti, esperando e o doutor Cullen se posicionou em uma cadeira, ao lado da minha cama.

— Quando fui administrar os antibióticos, você teve uma reação muito peculiar a eles, por isso tomei a liberdade de fazer um teste... 

Droga, eu já sabia onde isso daria.

— Doutor Cullen.

Ele suspirou e os olhos dourados me encararam tão sérios que eu soube que não teria escolhas se não contar a verdade. — Porque você está tomando anti-psicóticos, Cassie?

— Eu não... 

— Serei obrigado a informar a Charlie. — Me cortou sério. — Você está se drogando?

— Não! — Exclamei tão rápido e o doutor Cullen assentiu, esperando por uma explicação como Charlie ou como Jason fariam. Me senti uma criança, imprudente e mais uma vez, envergonhada. Principalmente por ter que contar a ele sobre minhas loucuras, meus problemas esquisitos. — Você não vai contar isso pra ninguém, certo? Existe uma coisa de sigilo com os médicos, não é?

O doutor Cullen assentiu. — Pode me contar, Cassie.

— Eu tenho alucinações, entende? No começo eram só sonhos, depois se tornaram imagens e eu pensava que eram lembranças, mas como eu poderia ter lembranças que não me pertencem? Então elas começaram a ficar mais fortes e a me cegar, eu comecei a perder a direção do carro ou tropeçar enquanto jogava. — Suspirei, silenciando-me. — Até a noite passada, quando eu tive uma alucinação tão real que eu podia jurar que senti alguém me tocar. — Franzi as sobrancelhas, tocando automaticamente a pele do meu pescoço. —  Eu não estou me drogando, doutor Cullen, eu sou louca.

— Pode me chamar de Carlisle. — Ele sorriu compadecido, tocando uma das minhas mãos. — Mas gostaria que me desse a chance de tentar ajudá-la.

— Você vai me internar? Contar a Charlie?

Ele balançou a cabeça como se a ideia fosse absurda.

— Não irei te internar e podemos manter isso entre nós. — Disse depois de alguns minutos. — Desde que você venha a visitas regulares para conversarmos sobre isso.

Eu assenti. Pior que estava não poderia ficar.

— E não quero que tome mais esses remédios, Cassie. Você teve uma parada cardíaca. — Carlisle balançou a cabeça como se a ideia fosse realmente assustadora para ele. — Foi muito perigoso.

— Não vou. — Prometi rapidamente, assustada com a informação. — Eu posso... Bem, eu posso ver o seu filho? Quero dizer, ele está bem? Ele estava... Eu acho que ele me ajudou. 

Pela primeira vez senti que podia corar como a Bella, os olhos de Carlisle brilharam e ele sorriu amplamente; Mais uma vez como se houvesse sido chamado, os cachos loiros surgiram na porta, meu coração disparou vergonhosamente e a máquina apitou como louca. Ele deu um sorrisinho e quis me estapear por tal reação sem sentido, mas os olhos ainda aflitos de Jasper pareciam causar a mesma aflição dentro de mim, quis outra vez tocá-lo, pedir a ele para que se acalmasse mas as palavras não saiam de mim. Jasper avaliou cada pedaço de mim naquela camisola horrível e o alívio tomou conta do seu rosto, transformando a sua expressão em algo suave outra vez. Logo senti o alívio tomar conta de mim também e suspirei, soltando o ar.

— Então você é tipo o super-homem? — brinquei arqueando a sobrancelha. Meu coração havia se acalmado e Jasper entrou, sentando-se onde Carlisle estivera. Fiquei envergonhada por não notar sua saída, estava prestando tanta atenção em Jasper que não havia visto o médico sair. O loiro não me respondeu, mas os olhos não saiam do meu rosto. — Porque me salvou? Você nem me conhece.

— Eu conheço você. — Ele sorriu um pouco. — Você é da escola. — Completou finalmente.

Franzi a testa, confusa. — Ninguém faz isso por alguém que não sabe o nome. Você podia... Podia ter se machucado. 

— Eu sei o seu nome, Cassie. 

A forma como ele disse meu nome, parecia que ele já o havia dito muitas vezes antes. Era tão intimo que meu coração se aqueceu em carinho.  Eu ri um pouco, decidida a não brigar com ele ou questioná-lo, apesar da vontade louca de fazer centenas de perguntas.

— Não quer saber como eu cheguei tão rápido?

Eu sorri ainda mais. — Você é o super-homem?

Jasper riu e o som causou sensações estranhas em mim, como se fosse um som que eu não ouvisse a muito tempo, mas como poderia, se eu nem o conhecia? Percebi que a sensação era saudade, uma saudade sufocante e que me fazia querer impulsionar-me para frente para abraçá-lo. Empurrei a sensação para dentro de mim e mais uma vez Jasper e eu nos encarávamos. 

— Acho que eu não sou o herói. — Respondeu finalmente, a ponta dos seus dedos tocaram minha mão suavemente. 

— Acho que você está lendo livros demais. — Brinquei outra vez. — Será que você é um vilão com um mocinho interior? Hum?

Jasper riu outra vez, ele realmente gargalhou e eu sorri contagiada por seu riso. 

— Ah, Cass! Então você não quer saber?

Dei de ombros. — Eu não sei sobre o que eu preciso saber. — Suspirei lentamente. — Às vezes acho que tudo é uma alucinação da minha mente.

— Você não é louca. — Afirmou com convicção.

— Então me conte o que houve.

Jasper estacou, retirando a mão da minha lentamente, me iludi um pouco pensando que talvez ele não o quisesse fazer. Será que ele ansiava por meu toque como eu ansiava pelo dele? — É melhor não ainda.

— Certo, Superman. — Eu sorri. — Mas obrigada por salvar minha vida.

Jasper me encarou mais uma vez, havia tanta coisa em seu olhar que eu fiquei absolutamente confusa. — Eu não poderia per... Deixa-la, Cassie. 

— Estou alucinando com isso também? — Questionei baixo.

— Não.

— Ótimo. Porque não faz sentido algum, você sabe não é? — Jasper sorriu um pouco e assentiu, levantando-se. Me senti imediatamente desapontada e acho que isso ficou óbvio em meu rosto porque ele parecia meio convencido. — Onde está a Bella? Você também a salvou?

Ele negou com a cabeça. — Isso sim foi obra do Super-Homem. — Respondeu com certo deboche e eu assenti, mesmo sem entender. — Sua irmã e seu pai estão aqui, te esperando.

— Certo.

— E por favor, Cassie... Não ande sozinha durante a noite.

Franzi as sobrancelhas, confusa. — Como você sabe disso? — Jasper piscou e saiu do quarto sem me responder. Logo Bella e Charlie entraram, ambos estavam com os olhos vermelhos e pareciam absolutamente cansados. 

— Cassie! Meu Deus, eu estava com tanto medo. — Bella jogou seus braços sobre mim e eu arfei, surpresa com a demonstração de carinho. Charlie tocou meus cabelos gentilmente, depositando um beijo em minha testa e eu abracei Bella com um braço enquanto segurava a mão de Charlie.

— Eu tô bem, gente. — Murmurei enquanto eles se afastavam. Bella sentou-se sobre a cama, no cantinho e Charlie na cadeirinha.

— Cassie, você quase... Foi muito horrível, você dormiu por dois dias, não sabíamos se você ia acordar porque o doutor Cullen disse que você reagiu mal aos remédios simples que ele deu e até mesmo ele ficou sem entender porque seu corpo se rebelou...

— Dois dias? — Fiquei realmente surpresa. — Me conte tudo.

Bella assentiu, contando mais sobre o que Carlisle contou a eles e sobre ela ter saído ilesa do acidente graças a Edward Cullen, Charlie parecia cansado então Bella e eu o convencemos a ir para casa descansar, ele aceitou quando viu que eu estava bem o bastante para fofocar com Bella. 

— Você falou com Edward? — Questionei quando Charlie saiu do quarto, Bella pareceu murchar, meio desanimada e irritada.

— Ele se recusa a contar qualquer coisa. — Bufou. — Disse que eu bati a cabeça forte demais.

— Você bateu, Bella.

— Não, Cassie! — Praticamente ordenou para mim. — Você viu, estava lá! Eles estavam do outro lado, não é... Eu não... Não estou louca. 

— Acho que não. — Respondi somente, sem saber ao certo o que dizer. Era tudo muito louco, sim e não tinha explicação nenhuma também, mas eu estava cansada e os remédios ainda estavam deixando meu cérebro lento. Talvez eu pensasse nisso depois que saísse desse hospital.

— O que Jasper disse?

Eu olhei para Bella, meio curiosa e ela corou. — Bem, eu ia vir aqui quando vi ele entrando, então resolvi esperar. Você já o conhecia antes?

— Não. — A resposta era óbvia, mas parecia errada. — Porque?

Bella suspirou. — Bem, ele parecia... Alucinado. — Começou baixinho como se fosse segredo. — Eu podia ver que ele parecia muito, muito preocupado, quero dizer, Edward agiu como se não quisesse ter me salvado, mas Jasper Hale parecia... Eu não sei te explicar, Cassie. Ele parecia estranho. 

— Isso é estranho.

Ela assentiu. — O que ele te disse?

— Me disse que não podia me dar uma explicação para tudo, mais nada. Ele só se sentou aqui e trocou algumas palavras comigo.

— Estranho. — Concordamos juntas, por fim.

Naquela mesma tarde Carlisle me liberou para ir para casa, mas afirmou que estaria lá em dois dias para nossa primeira consulta, quando eu o questionei sobre Charlie desconfiar, Carlisle assentiu e então me pediu para que, se eu me sentisse bem o bastante, fosse até a sua casa. Ele anotou o endereço em uma caligrafia perfeita e eu guardei o papelzinho no jeans da minha calça. 

Eu havia recebido o resto da semana de "folga" do colégio, o que era bom e ruim. Bom porque eu poderia aproveitar e dormir algumas horas e bem ruim, porque eu teria muita lição para fazer. Os próximos dois dias se passaram rápidos, eu estava envolvida em não deixar mamãe pegar um avião e vir parar em Forks e convencer Jason a mantê-la. lá, em convencer Charlie e Bella que eu estava ótima para ficar sozinha e só não ia para colégio por pura preguiça e treinos. Aproveitei os próximos dois dias para poder treinar e não perder a forma.

Foi com uma tristeza profunda que a sexta-feira chegou e eu liguei para o consultório do doutor Cullen, torcendo para que ele tivesse um compromisso e desmarcasse nossa consulta, mas para meu desgosto Carlisle parecia bastante feliz, explicou-me com detalhes como encontrar sua casa e eu não tive opções se não concordar e confirmar minha visita.

Quando analisei meu Chevy vi que ele estava em perfeito estado e fiquei aliviada por nada ter acontecido com ele, seria péssimo ficar dependendo de carona outra vez.

A casa do doutor Cullen não foi dificil de achar como eu pensei e apesar de ser meio entre a mata, era uma casa grande o bastante para se destacar. Meu queixo caiu em surpresa quando eu vi toda a estrutura elegante e poderosa. Subi os primeiros degraus, tocando a campainha e logo uma mulher muito bonita apareceu. Ela sorriu amplamente, tinha um rosto gentil em formato de coração. Tinha muito cara de mãe. 

— Olá. — Me mexi nervosamente acenando meio desajeitada.

— Você deve ser Cassie, certo? Carlisle já está esperando-a. — Ela abriu espaço para que eu entrasse. E eu sorri, observando o interior da casa, era bastante amplo e claro, como se tudo ali gritasse leveza. Nunca tinha visto uma casa tão bonita e os meus vizinhos em Santa Mônica eram bem criativos. — Eu sou Esme Cullen, pode me acompanhar.

A casa estava silenciosa e questionei-me se eles não tinham empregados ou coisa assim, mas além da senhora Cullen eu não ouvia nenhum outro som. Provavelmente Jasper, Edward e os demais estavam na escola, o que era bom. Eu não sabia se estava pronta para dar de encontro com os olhos dourados que mexiam ainda mais com meus nervos já meio loucos.

— Obrigada senhora Cullen.

Ela olhou para trás enquanto caminhava. — Pode me chamar de Esme, querida.

— Hum, certo. Sua casa é linda. — Comentei para preencher o silêncio e os olhos dourados de Esme pareceram brilhar quando ela agradeceu. Paramos em frente a uma porta e Esme a abriu silenciosamente, pude ver Carlisle do outro lado e tanto quanto Esme, ele parecia ainda mais paternal dentro daquela casa. Estava sem o jaleco, mas ainda usava roupas em cores pastéis, dava a sensação de que eu poderia falar qualquer coisa com ele.

— Cassie! — Ele se levantou esticando a mão para mim, eu o cumprimentei ignorando a temperatura congelante de sua palma. — Sente-se aqui. — Indicou a poltrona confortável e eu suspirei, aconchegando-me nela. — Fique à vontade para começar quando quiser, Cassie. 

Puxei o ar como se puxasse coragem do  vento, começando para ele minhas loucuras.


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Notas finais do capítulo

Gente, não consegui revisar o capítulo direito, me avisem se houver algo errado.