Destinados ▸ Jasper Hale escrita por Woodsday


Capítulo 39
• 2° - Capítulo XVIII.




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Jasper realmente me ajudou na caça, foi muito reconfortante saber que eu não precisava ficar praticamente nua após me alimentar. A queimação em minha garganta, no entanto, continuava lá. Era como um inseto que nunca parava de me perturbar e me desviava o foco em alguns momentos. Era realmente difícil focar-me em tantas coisas ao mesmo tempo, mesmo que tudo fosse instinto, muitas coisas me chamavam a atenção. Jasper me orientou a bloquear todos os demais sons, até sua presença, o que era além de tudo, a coisa mais difícil de se fazer.

Os sons dos pássaros, dos animais, da água, da voz de Jasper, os cheiros que vinham da floresta, dos animais, muita coisa para alguém que ainda está se adaptando.

— Você consegue. — Jasper me incentivou. — Feche os olhos e não pense, apenas sinta o cheiro do animal. Suas passadas, sua respiração. Escute. — Orientou e eu fechei meus olhos, aumentando ainda mais meus demais sentidos. — Agora desligue, só foque em minha voz e no perfume. Consegue sentir? É um leão da montanha.

Eu puxei o ar suavemente e o perfume adentrou minhas narinas. Não tão saboroso quanto o humano, mas ainda assim muito apetitoso. Meus instintos me guiaram como da primeira vez e foi fácil encontrar o grande animal. Era um macho grande com o coração pulsante que fazia minha sede aumentar ainda mais.

Ele lutou bravamente e de uma forma aterrorizante, isso fazia mais divertido alimentar-se dele. Eu enfiei meus dentes em sua jugular sem conseguir pensar o quanto a atitude era nojenta, meus dentes atravessaram a sua carne como se fossem facas afiadas. O liquido viçoso e quente preencheu minha garganta de forma saborosa, lentamente acalmando a queimação.

Quando terminei, minha roupa estava um pouco melhor do que a vez anterior. — Pelo menos ainda estou vestida. — Brinquei enquanto tocava a barra da minha camisa branca.

Jasper riu, tocando minhas mãos em um gesto rápido e suave, que no entanto, fez com que eu sentisse uma descarga elétrica me percorrer. Eu estava surpresa por ansiar tanto o seu toque e o sangue parecia fazer meu corpo fluir de uma forma diferente que eu sinceramente não entendia. Quando Jasper e eu nos aproximamos, lentos demais para a nossa condição de natureza, eu estava totalmente focada nele, nas cores que brilhavam através das emoções, no seu perfume, suas imperfeições tão bonitas.

É como se o tempo nunca tivesse passado. Sem feridas, partidas ou estragos. Era como sempre foi.

As mãos de Jasper tocaram meu rosto, e ele me segurou com delicadeza, sem deixar de ser apaixonado quando seus lábios finalmente tomaram os meus, sedentes de desejo tanto quanto eu estava por ele. E era tão bom! Como finalmente beber água ou respirar ar fresco depois de uma longa caminhada sob o sol quente. Uma dessas sensações deliciosas, era o que se resumia poder sentir sua boca sobre a minha outra vez. Suas mãos me apertando sem nenhuma reserva nesse corpo novo e duradouro, era enlouquecedor.

Jasper empurrou-me em direção a uma árvore e o tronco cambaleou com a nossa força, mas isso não dos distraiu, minha perna enroscou-se em torno da sua cintura enquanto as mãos grandes de Jasper passeavam pela minha pele, deixando um rastro de excitação que ia direto para o meu centro pulsante.

Eu realmente o queria. Aqui, agora.

— Eu não quero atrapalhar, mas...! — O som dos gritos de Alice atravessaram a floresta e nós rosnamos juntos, irritadiços. Jasper deixou meus braços caírem e eu os apoiei em seus ombros, pulando para o chão outra vez. — Desculpem! — Ela finalmente apareceu entre as árvores e nós suspiramos juntos. — Bella está em casa e quer conversar com todos nós.

Franzi o cenho, preocupada. — Aconteceu algo?

— Nada de grave. — A baixinha deu de ombros. — Mas ela quer que todos estejam presentes para uma votação muito importante. — Declarou já nos dando às costas. — Vocês podem fazer sexo depois.

— Alice! — Exclamei chamando sua atenção.

Alice deu uma risadinha. — Você sabia, Cassie, que sexo ajuda na sede de sangue? É porque distraí. — Ela me deu uma piscadela e eu fechei a cara.

O pensamento de Alice e Jasper fazendo sexo me trazia um amargo na boca, uma sensação de ciúmes enlouquecido e ira que não era saudável. Jasper me olhou com o cenho franzido e por fim sorriu convencido, ele estendeu-me a mão em um convite silencioso. Eu sorri de volta, terrivelmente encantada por ele estar me dando uma opção. Eu o quero na minha vida, é tão complicado e confuso, mas quero. Coloco minha mão sobre a dele e caminhamos juntos em direção à casa da família Cullen.

Quando chegamos à sala de estar, todos já estavam lá, inclusive Bells e Edward. Eu me encaminhei rapidamente para a janela aberta e Bells sorriu de orelha a orelha.

— Oi Cassie, tudo bem? — Questionou apreensiva.

Eu dei um breve sorriso. — Melhora com o tempo. — Dei de ombros, porque mesmo alimentada, Bells ainda cheirava muitíssimo bem e ainda fazia minha garganta arder.

A sala era exatamente como eu me lembrava — o piano, os sofás brancos e a escada pálida gigantesca. Nada de poeira, nada de lençóis brancos. Edward chamou os nomes com o mesmo volume que usaria numa conversa normal.

— Carlisle? Esme? Rosalie? Emmett? — Eles ouviriam.

Carlisle desceu as escadas rapidamente e pude ver Bells piscar surpresa. Ele parou a lado de Alice, onde Esme também estava.

— Bem vinda de volta, Bella — ele sorriu para a minha irmã de forma suave. — O que podemos fazer por você essa manhã? Eu imagino, pela hora, que essa não é uma visita puramente social.

Bella balançou a cabeça, olhando para todos nervosamente. Eu podia ouvir o coração dela disparado e podia ver as gotículas de suor que se formavam em sua testa. Ela me olhou por um segundo e em seguida olhou para Edward, respirou fundo e soltou o ar.

— Eu gostaria de falar com todos de uma só vez, se estiver tudo bem. Sobre uma coisa importante.

— É claro. — Carlisle disse, encarando a Edward profundamente. Todos nós sabíamos o que Bella queria com essa conversa. Uma votação, Alice dissera. — Porque não falamos na outra sala? — Carlisle guiou o caminho pela sala de estar clara, e pela curva para a sala de jantar, ligando as luzes enquanto passava. As paredes eram brancas, o teto era alto, como nasala de estar. No centro da sala, embaixo do candelabro baixo, havia uma grande masa polida, oval cercada por oito cadeiras. Carlisle segurou uma cadeira pra Bells e todos a seguiram sentando-se. Exceto por Rose e eu, ela para ser do contra e eu para continuar próxima a corrente de ar. Eu nunca havia visto os Cullen usando a sala de jantar antes — era só um adereço. Eles não comiam na casa. Carlisle se sentou á direita, e Edward á esquerda. Todos os outros se sentaram silenciosamente. Alice estava sorrindo animadamente, já a par de tudo. Emmett e Jasper pareciam curiosos, e Rosalie sorria de forma desafiadora, até parecia que os seus dentes cairiam se fosse simpática com Bells. Nossos olhares se encontraram e o sorriso breve morreu, formando-se em uma expressão de lamento. Se eu fosse uma Cullen, Rose seria minha irmã favorita, é verdade, por isso dói tanto que ela tenha feito tão pouco caso da minha dor e da minha presença. Desvio o olhar quando Carlisle incentiva minha irmã a começar.

— Bem. Eu espero que Alice já tenha lhes contado tudo o que aconteceu em Volterra?

— Tudo. — Alice assegurou.Eu joguei um olhar significativo pra ela porque ela não havia me contado porcaria nenhuma. — Mas eu ainda contarei para a Cassie. — Continuou espeficicamente para mim. — Ela estava um pouco ocupada. — Surtando, quase pude ouvir o resto da frase. — Então, eu tenho um problema, Alice prometeu aos Volturi que eu me tornaria uma de vocês. Eles vão mandar alguém pra checar, e eu tenho certeza de que isso é uma coisa ruim — uma coisa pra ser evitada. E então, agora, isso envolve vocês todos. Eu lamento por isso.

Eu olhei chocada para Alice.

— O que você fez, Alice? — Rosnei para ela.

— Não tínhamos escolha. — Retrucou Edward entredentes, levantando-se e batendo na mesa.

— Não rosne para mim, seu idiota. Você condenou a minha irmã!

— Cassie!

— Não, Bella! — Olhei incrédula para ela. — Rosalie tem razão, sempre teve. É isso que você quer? Essa vida que quer para você? Olhe para mim, olhe para todos! Estamos parados, estacionados e infelizes.

— Fale por você. — Rosnou Edward.

— Você é malditamente egoísta, Edward. Está amaldiçoando a minha irmã...

— Chega, Cassie! — O grito de Bella foi alto e estridente, reverberou dentro de mim. Olhei para ela chocada, indignada que estivesse gritando comigo, a pessoa que estava defendendo-a. — Eu quero, você não pode mudar minha decisão. Sinto se não é o que você queria ou o que Rosalie queria, mas eu quero. E eu vou, você querendo ou não. — Ela ergueu o queixo, olhando-me decidida.

— Certo. — Me afasto lentamente voltando a parede. — Você é adulta.

Bella abriu a boca para responder-me, mas por fim suspirou, olhando ao redor para os demais vampiros na sala.

— Mas se vocês não me quiserem, então eu não vou me forçar pra vocês, esteja Alice querendo ou não. — Ela continuou baixinho. — Todos vocês sabem o que eu quero. E eu tenho certeza de que também sabem o que Edward quer. Eu acho que a única maneira justa de decidir é por uma votação. Se vocês decidirem que não me querem, então... eu acho que vou para a Itália sozinha. Eu não posso deixar que eles venham até aqui.

Eu bufei de irritação e Edward rosnou para minha vez. Me imaginei enfiando a cabeça dele em uma privada e deixando-a entalada lá. A imagem me rendeu um sorrisinho divertido.

— Levando isso em conta, então, que eu não vou colocá-los em perigo de nenhuma das formas, eu quero que vocês votem sim ou não no caso de eu me tornar uma vampira.

— Só um minuto. — Edward interrompeu. — Eu tenho algo a adicionar antes de votarmos. — Sobre o perigo ao qual Bella está se referindo, — ele continuou. — Eu não acho que precisamos ser exageradamente ansiosos. — A expressão dele ficou mais animada. Ele colocou a mão livre em cima da mesa brilhante e se inclinou para a frente. — Vejam —, ele explicou, olhando ao redor da mesa enquanto falava, seus olhos focando-se em mim por um momento. — Havia mais de uma razão pra eu não ter apertado a mão de Aro lá no final. Há uma coisa na qual eles não pensaram, e eu não queria precavê-los disso. — Ele sorriu.

— Que era? — Alice estimulou porque o esquisito do Edward não falava de uma vez.

— Os Volturi são super confiantes, e com uma boa razão. Quando eles decidem encontrar alguém, isso não é realmente um problema. Lembra de Demetri? — Ele olhou pra Bells que assentiu rapidamente. — Ele encontra pessoas — esse é o seu talento, por isso eles o mantêm. Agora, durante todo o tempo em que eu estive com cada um deles, eu estava vasculhando no cérebro deles por qualquer coisa que pudesse nos salvar, eu estava pegando toda a informação que fosse possível. Então eu ví como o talento de Demetri funciona. Ele é um perseguidor — um perseguidor mil vezes mais talentoso que James era. — Estremeci com o pensamento de alguém pior que James. — A habilidade dele é levemente relacionada á minha, ou o que Aro faz.Ele capta... o gosto? Eu não sei como descrever isso... o tenor... da mente de alguém, e depois ele a segue. Isso funciona a distâncias imensas. Mas depois do pequeno experimento de Aro, bem... —, Edward levantou os ombros.

— Você acha que ele não será capaz de me encontrar. — Bells concluiu.

— Eu tenho certeza disso. Ele se baseia completamente nesse sentido. Quando ele não funcionar com você, eles estarão todos cegos.

— E como isso resolve alguma coisa?

— Obviamente, Alice será capaz de dizer quando eles estiverem planejando uma visita, e eu vou te esconder. — Ele disse profundamente agradado, como se minha irmã fosse uma fugitiva. — Será como procurar uma agulha num palheiro.

Ele e Emmett trocaram um olhar e um sorriso. Isso não fazia nenhum sentido.

— Mas eles podem encontrar você", eu o lembrei e Edward olhou-me irritado, Bella assentiu concordando.

— E eu posso cuidar de mim mesmo. — Respondeu suavemente para ela.

Emmett riu e se inclinou por cima da mesa na direção do irmão, estendendo o pulso.

— Excelente plano, meu irmão. — Ele disse com entusiasmo. Edward esticou o braço pra bater o pulso de Emmett no seu.

— Não. — Rosalie assobiou.

— Absolutamente não. — Eu concordei quando uma empolgação irritante me tomou e Jasper exclamou um "Legal". Olhei para ele irritada e para Edward ainda mais irritada. Mas nem morta eu permitiria Jasper correndo riscos porque Edward era um bundão suicida que arriscou a vida de todos nós.

— Idiotas. — Alice murmurou. Esme encarou Edward.

— Tudo bem, então. Edward ofereceu uma alternativa pra vocês considerarem. — Bells disse secamente. — Vamos votar. Alice?

— Sim.

— Jasper? — Ele me olhou por um segundo, a expressão indecifrável mas eu podia sentir sua confiança em ondas.

— Meu voto será o de Cassie. — Ele sorriu gentil para minha irmã, que retribuiu.

— Rosalie? — Ela hesitou, mordendo o seu lábio inferior cheio, perfeito.

— Não. Eu não estou querendo dizer que tenho aversões ater você como irmã. É só que... essa não é a vida que eu teria escolhido pra mim. Eu queria que houvesse alguém pra ter votado não pra mim.

— Emmett?

— Que inferno, sim! A gente pode arrumar um outro jeito de arrumar briga com esse Demetri.

Ela se virou para Esme. — Sim, é claro, Bella. Eu já penso em você como parte da minha família

— Obrigada, Esme.

— Carlisle? — Ela questionou.

— Edward? — Ele disse.

— Não! — Edward rosnou. A mandíbula dele estava muito apertada, seus lábios curvados na frente dos seus dentes.

— É o único jeito disso fazer sentido. — Carlisle insistiu. — Você escolheu não vier sem ela, e isso não me deixa outra escolha. Cassie está conosco, Bella também precisa estar.

Edward marchou pra fora da sala, rosnando por baixo do fôlego como um menino mimado.

Carlisle sorriu para Bells. — Eu acho que você sabe o meu voto. — Carlisle suspirou.

Finalmente ela olhou para mim. Os olhos cheios de súplica, de carinho e esperando minha aceitação. — Minha irmã?

Suspirei, inclinando a cabeça e encarando-a tristemente. — Gostaria que você tivesse filhos, gostaria de ter sobrinhos, queria que papai pudesse brincar com netos um dia. — Fiz uma pausa. — Mas se é o que você quer. Meu voto é o seu voto. O que decidir, eu vou te apoiar. Você é minha irmã e eu te amo. Vai ser um privilégio passar a eternidade ao seu lado.

Bella sorriu, os olhos cheios de lágrimas. Por fim lentamente ela se aproximou e eu sorri, abrindo os braços. Foi cheia de saudade que me encaixei no abraço da minha irmã.

— Não quero a hora de parar de querer te matar! — Cantarolei.

Ela riu e fungou. — Eu te amo, Cassie.

— Eu também te amo, Bells.

— Bem. — Ela se afastou, com um sorriso. — Onde quer fazer isso, Alice?

Alice estava chocada e apavorada, e eu também! Um erro e Bella era sugada.

— Não! Não! NÃO! — Edward rugiu, entrando na sala de novo. — Você está louca? — ele gritou. — Você perdeu completamente a cabeça? — Bella se afastou, com as mãos nos ouvidos, enquanto Esme o repreendia.

— Humm, Bella. — Alice se intrometeu com uma voz ansiosa. — Eu não acho que estou pronta pra isso. Eu vou precisar me preparar...

— Você prometeu. — Bella lembrou ansiosa, olhando por baixo do braço de Edward.

— Eu sei, mas... Sério, Bella! Eu não faço idéia de como não matar você.

— Você pode fazer isso. — Bella encorajou animada. — Eu confio em você. — Edward rosnou furioso. Alice balançou a cabeça rapidamente, parecendo em pânico.

— Carlisle? — Bella tentou outra vez, eu acompanhei a conversa com interesse. Edward agarrou seu rosto com a mão, a forçando a olhar pra ele. A outra mão dele estava levantada, com a palma levantada pra Carlisle. Carlisle ignorou isso.

— Eu posso fazer isso — Ele respondeu a Bells. — Você não correr nenhum risco de que eu perca o controle.

— Pra mim parece ótimo. — Comentei satisfeita.

— Cale-se. — Edward rosnou para mim e em seguida olhou para Bells. — Espere. — Edward disse por entre os dentes. — Não precisa ser agora.

— Não há razão pra não ser agora.

— Em cerca de duas horas, Charlie vai estar aqui procurando por você. Eu não duvidaria que ele chamasse a polícia. — Edward argumentou. — Ainda nem decidimos o que fazer a respeito da sua irmã. Não é uma boa hora, Bella.

— Realmente, Bells. — Eu concordo, porque me esqueci de Charlie. Estou chocada. — Não disseram nada ao meu pai ainda?

Carlisle olhou para mim em lamento, balançou a cabeça e suspirou. — Estávamos esperando você acordar, Cassie. E quando você acordou...

— Eu explodi. Sei. — Passo os dedos pelos meus cabelos. — Como ele está, Bella?

— Arrasado. — Ela disse. — Ele está procurando por você desesperadamente.

— Não é uma boa hora, Bella. — Edward usa isso ao seu favor e vejo o semblante da minha irmã cair. Estamos pensando a mesma coisa, Charlie jamais aguentaria perder duas filhas. Eu penso o que seria pior, ele procurar incansavelmente por mim ou saber que estou morta. Ter algo para enterrar, uma despedida.

Minha cabeça explode, mais uma vez eu odeio estar onde eu estou. Meu querido pai, com quem não tive tempo suficiente. Tudo está errado.

Eu suspiro por força do hábito enquanto sou observada por todos na sala.

— Eu preciso pensar. Com licença. — Olho para todos na sala mais uma vez, meu olhar parando em Bella por um minuto inteiro. — Podemos conversar, Bells? Você pode ficar à uma distância segura. — E discreta. Acrescento mentalmente.

Ela assente e Edward me olha apreensivo, mas se afasta deixando com que Bella passe. Nós duas caminhamos para a floresta e sei que ele está nos seguindo de perto.

— Bells, eu amo você, mas eu espero que você entenda minha decisão.

— O que foi, Cassie?

Ela segura a minha mão, obrigando-me a encará-la. — Decidi que vou partir, quero ir para outros lugares, conhecer um pouco do mundo, talvez. Não quero me despedir de Charlie, então vou ligar para ele e dizer que eu quis viajar, que quis desaparecer por uns tempos. A volta dos Cullens vai dar alguma veracidade à mentira.

— Cassie. — Bells me olha com os olhos cheio de lágrimas. — Por favor, não vá.

Pego suas mãos entre as minhas, tão quentinhas e tão humanas. — Fico feliz que você queira essa vida para você, que tenha certeza e tenha escolha. Mas eu nunca quis, Bella. Nunca tive escolhas. E eu estou confusa demais para estar aqui. Estar perto de Jasper é ainda pior. Se você soubesse... — balanço a minha cabeça. — Sei que o Edward vai cuidar bem de você, apesar de ser um idiota. — Bella entorta os lábios, mas assente. — Mas quero que me ligue a qualquer momento. Vou estar com um celular novo do qual ligarei para você. Você é a minha irmã e volto no momento em que me chamar.

— Cassie... Não. — Bella soluçou, abraçando-me apertada entre os seus braços. — Você vai ficar bem?

— Quando eu voltar, estarei muito bem. Eu te amo, não se esqueça. — Beijo seu rosto com carinho. — Cuide do papai e cuide de Jasper.

Edward se aproximou entre as árvores, e eu o olhei seriamente, sem nenhum deboche. — Você não vai se despedir dele?

Balanço a cabeça lentamente. — Não posso... Eu não aguentaria dizer adeus se pudesse vê-lo... Senti-lo... Diga a ele que eu o amo e sempre vou amar. E que peço perdão. Cuide dele para mim, Edward.

Edward assente lentamente. — Cuide-se, Cassandra.

— Cuide da minha irmã. — Eu murmuro. — Adeus, Bells. — Deixo outro beijinho em sua bochecha e desapareço da floresta seguindo em direção à mais um lugar. A unica despedida que farei além da minha irmã.

 


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