Destinados ▸ Jasper Hale escrita por Woodsday


Capítulo 28
• 2° — Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, como vocês estão? Não deixem de entrar no grupo. ♥
https://chat.whatsapp.com/6fXM849zwqSEWa9J0PulVG
Ou deixem seus números se preferirem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/732110/chapter/28

(grupo whatsapp). ENTREM AMORES!

|Jacob Black|

• Capítulo 7 •

Você levou tudo, mas eu ainda estou respirando.

Estou viva! (...)

 

Eu fui para casa na viatura de Charlie, ele insistiu que depois mandaria alguns dos meninos para buscar meu carro, infelizmente eu não pude discutir como queria então acatei as suas ordens e entrei na viatura quentinha.

Agora que eu estava afastada da faculdade e de volta à Forks, comecei a pensar no que faria durante todo o meu dia. Provavelmente eu precisaria de um trabalho e talvez alguma atividade. Talvez eu pudesse me dedicar de verdade aos treinos de futebol, Port Angeles não era tão longe e eu ainda tinha o contato de um treinador de lá que realmente gostou de mim. Ou talvez fotografia, eu sempre gostei de fotografar.

Suspirei, olhando pelas árvores através das janelas do carro. Eu precisava urgentemente colocar minha vida em ordem e acho que deixá-la parada por causa de Bella foi um erro, claramente minha irmã está insana e isso não se resolve com um pouco de atenção. 

— O que foi, querida?

Eu olhei para Charlie que me observava atento. — Acho que preciso de algo para fazer. São quatro meses parada, afinal.

— Vai voltar para a faculdade em maio?

Dou de ombros. — É o que eu pretendo. Quero dizer, são quatro meses não é? É o bastante para Bella.

— Você não precisava ter feito isso. — Charlie disse e mordi a língua para não discordar. Bella não estava nada bem. — Sua irmã é adulta.

Realmente, vendo por esse lado, ela é adulta e se soubesse da motivação das minhas escolhas provavelmente ficaria bastante irritada.

— Mas eu quis. — Respondi a ele só então percebendo a sinceridade das palavras. — Tudo bem, são só quatro meses, eu tenho a vida toda.

— Certo, garota. — Charlie pigarreou e eu quis pular pela pequena fresta do vidro do carro. — E então, Paul Lahote hã?

— Pai!

Charlie até sorriu. — O que?! Não que eu goste dessa conversa, mas eu sou seu pai e sua mãe está bem longe.

— Mamãe com certeza não precisa saber de nada sobre Lahote, pai. E nem você. Não há o que saber.

— Vocês pareciam bem íntimos...

— Nós já estamos chegando, pai? 

Charlie gargalhou com animo. — Eu estou um pouco abaixo do permitido para essa via, sou um policial filha.

— Está fazendo de propósito para me interrogar?

— Claro que não! — Ele negou com falsidade e eu revirei os olhos. — Então?

Bufei, afundando no banco. — Nós só nos beijamos, só isso.

— Hum. Eu até gosto do garoto, é meio nervosinho mas parece um bom garoto.

— Nós não vamos namorar, pai. — Respondi incrédula. — Não fique achando nada.

Charlie riu outra vez. — Está na hora de seguir em frente, querida. Fico feliz por isso.

— Eu estou bem.

— Cassie, Jasper e tudo o que houve..?

— Pai, não quero falar disso. Sério, eu estou bem. 

Papai bufou e respirei em alívio ao ver que estávamos estacionando na garagem de casa. Já passava das oito da noite, então fiquei surpresa ao ver o carro esporte caríssimo parado em frente a minha casa. Meu queixo caiu ao ver o moreno lindo e sensual descer do carro como se estivesse em câmera lenta, eu sorri espontaneamente quando Dew jogou a franja para o lado. Ele se aproximou de mim e Charlie com os passos firmes e seguros de um homem que sabe que é o terror das calcinhas. 

— Olá, senhor Swan. — Prendi o riso quando ele esticou a mão para Charlie, o tom grave e bastante másculo. Eu já tinha visto Dew agindo assim perto do pai, mas nem de longe pareceu tão sexy.

— Outro? — Charlie me olhou surpreso e eu o repreendi com o olhar.

— Pai, este é o Delawre, meu amigo da faculdade.

— Amigo, hã? — Charlie examinou Dew com a mão direita sob a arma na cintura e eu segurei a vontade de rir, eu via na cara de Dew que ele estava morrendo de medo de Charlie, mas estava indo muito bem fazendo a egípcia. — Vou entrar, mas estou de olho. — Charlie se afastou sem falar com Dew e quando eu vi que papai já estava lá dentro me joguei nos braços do meu melhor amigo.

— O que está fazendo aqui?!

— Gata, eu precisava de te ver, não acredito que você me abandonou!

Suspirei, puxando-o para o degrau de entrada de casa. Dew se sentou e puxou-me para o seu colo. — Eu precisava né, Dew. — Respondi enfiando meu rosto na curva do seu pescoço. — Esse perfume é bom.

— Eu sei, eu ganhei do Josh.

— Josh?! — Praticamente gritei em choque. — Dew. — Dei um tapa nele, me levantando. — Não acredito que está se encontrando com aquele cretino!

— Ah! — Ele gemeu acariciando o lugar. — Cassie! Espera ai, vai.

Eu marchei para dentro, afastando-me dele. — Não! Você merece alguém que te ame e não aquele idiota, quantas vezes terei que dizer?

— Cassie, eu te amo, mas precisa me deixar fazer minhas próprias escolhas. — Dew suspirou tristemente e eu revirei os olhos. — Tem que me deixar quebrar alguns corações e ter o meu quebrado algumas vezes.

— Não é agradável. — Eu me aproximo, passando meus braços ao redor de sua cintura. — Eu só quero o seu bem.

— Eu sei disso. — Dew beija os meus cabelos e eu aperto mais em meus braços. — E acredite, eu deixo você socar a cara dele depois, se der errado.

— Pode apostar que eu vou. 

Nós dois rimos e eu puxei Dew para dentro. — Vem, eu tenho novidades para te contar. 

Levei Dew para meu quarto, sob o olhar desconfiado de Charlie e uma ordem ameaçadora de deixar a porta aberta, luzes acesas e Bella lá dentro, se possível. Mas minha irmã foi bem gentil e categórica ao dizer que preferia ficar na sala vendo o jogo com papai. Passei cerca de uma hora com Dew contando a ele sobre toda aquela movimentação repentina em minha vida à cerca de Paul Lahote. Meu amigo exclamava vários adjetivos para me dizer o quanto estava chocado e eu precisava admitir, que também estava. Depois de algum tempo, papai subiu e o mandou embora, na cara de pau e eu tive que assistir Dew partir da porta sob o olhar atento do chefe Swan. 

Bella não estava falando muito comigo, mas eu vi ela informando ao papai que amanhã passaria o dia na reserva, junto de Jacob Black. 

— Porque você não vai também, Cassie? — Questionou Charlie quando eu estava subindo as escadas.

Eu titubeei, sem saber o que responder. — Vai ser legal. — Disse Bells em expectativa.

— Hã, tudo bem. — Foi minha resposta nervosa antes de correr escadas acima. Eu tomei um banho rápido antes de me deitar sobre a minha caminha confortável. Respondi as mensagens da mamãe, algumas da Ellie e outras de Dew que avisou chegar bem em casa. Me surpreendi ao ver um número desconhecido ali em meus contatos.

Havia cinco chamadas perdidas em horários diferentes e eu tentei me lembrar de quem era o tal número, mas sem sucesso algum. Estava prestes a discar e retornar a chamada quando Bells entrou no quarto, sentando-se em minha cama. Eu guardei o celular, sentando-me também e a encarando confusa.

— Nós somos diferentes. — Ela começou puxando os fios do meu cobertor. — Você e eu. Somos muito diferentes, Cassie. Você é tão chata e tão mandona e tem esse espírito livre e empolgado.

Eu sorri. — Obrigada pelos adjetivos, Bells.

Ela sorriu também. — Mas eu aprendi a te amar. Nunca fomos irmãs antes e agora você está aqui e fica agindo como uma irmã mais velha muito chata. Eu te amo demais, Cassie, por isso... Obrigada.

— Bells... Pelo que? Por ser chata?

— Porque você é péssima com palavras, mas estava certa. Foi uma loucura. Eu não vou fazer nada tão louco assim de novo.

— Obrigada. — Eu suspiro. — Porque eu odeio ser a responsável. — Bella riu, me dando boa noite e pulando para sua cama. Eu me deitei novamente, enrolando-me sobre os cobertores e sentindo o cansaço do dia finalmente cair sobre mim. Adormeci sem dificuldades naquela noite. 


A casa dos Black era vagamente familiar, uma pequena casa de madeira com janelas apertadas, a pintura fraca desgastada a deixava parecida com um celeiro. A cabeça de Jacob apareceu na janela antes mesmo que eu pudesse sair da caminhonete com Bells. Sem dúvida o barulho familiar do motor o havia avisado da nossa chegada. Jacob Black, segundo Bells me contou, ficou realmente agradecido por Charlie ter comprado a caminhonete de seu pai, evitando que ele tivesse que dirigi-la quando tivesse idade pra isso. Eu concordava com o garoto, aquela lataria era praticamente um museu e não entendo como Bella pode ter tanto amor por ela. 

— Bella! — Jacob Black sorriu grandemente para Bells e eu dei um cutucão nela, que me cutucou de volta. Nós descemos da caminhonete e ele sorriu mais contidamente ao me ver. — Você é a Cassandra?

— Pode me chamar de Cassie, Jacob. — Eu estiquei a mão e Jacob a apertou gentilmente. 

Ao olhar para minha irmã, um sorriso grande e excitado cresceu no seu rosto, seus dentes brilhantes formavam um vívido contraste com a cor ruiva escura da sua pele. Eu nunca tinha visto o cabelo dele fora do rabo de cavalo antes. Parecia que uma cortina de cetim estava cobrindo os dois lados do rosto largo dele. Jacob havia crescido consideravelmente desde a última semana quando eu o vi. Era difícil se referir a ele agora como um garoto. Ele já havia passado daquela fase em que os músculos suaves da infância ficam sólidos, naquela estrutura magra dos adolescentes; seus tendões e veias haviam ficado proeminentes embaixo da pele dos seus braços e mãos. Tinha um rosto doce, apesar dele ter as maçãs do rosto mais altas, sua mandíbula quadrada, todos os traços de infância desapareceram. 

— Oi Jacob! — Eu me senti um pouco intrusa ali, entre o olhar intenso e o sorriso entusiasmado que Bells dava a ele. Eu até gostei de vê-la assim, imediatamente simpatizei com Jacob. — Você cresceu de novo! — Bells praticamente acusou o garoto.

— Um e oitenta e sete — ele anunciou satisfeito.

— Será que isso vai parar? Você está enorme. 

— Mas ainda sou um varapau. — Jacob fez uma careta e eu sorri. — Entrem! Vocês estão ficando molhadas.

Ele guiou o caminho, enrolando o cabelo nas mãos enquanto andava. Ele puxou um elástico do bolso e o colocou no coque. 

— Ei, pai! — Ele chamou enquanto se curvava pra passar pela porta da frente. — Olha que veio parar aqui. — Billy estava na pequena sala quadrada, um livro nas mãos. Ele colocou o livro no colo e se empurrou pra frente quando me viu. Arqueando as sobrancelhas como se dissesse 'olha se não as garotas que eu avisei'. 

— Bem, mas quem diria! É bom ver vocês, garotas! — Ele saudou a mim e Bella. A minha mão ficou perdida na mão grande dele. — O que te trás aqui? Está tudo bem com Charlie?

Questionou Billy Black quando Bella rapidamente se esgueirou para algum lugar com Jacob me deixando só com o velhote.

— Sim, absolutamente. Bella queria ver a Jacob e eu vou aproveitar para conhecer a praia.

— Ainda não teve oportunidade, Cassie? — Billy recostou-se sobre a cadeira, olhando-me mais paternal do que da outra vez.

— Não ainda. Mas eu pretendo ir lá agora, se me der licença.

Billy gesticulou com um sorriso. — Fique à vontade, Cassie. 

Eu dei um sorriso sem graça, afastando-me novamente para a saída da casa. Caminhei por alguns cascalhos até finalmente me encontrar com a primeira praia. Era bem sem graça, considerando que não havia o sol para dar cor em tudo, mas era estranhamente reconfortante. Eu me sentei sobre um tronco que havia ali bem de frente para o mar e fechei os olhos, apreciando o som calmante das gaivotas e das ondas batendo contra as rochas ao norte. 

Eu me deitei sobre a grama, colocando a mochila atrás da minha cabeça, olhando para o céu cinzento por tempo suficiente para que sentisse meus olhos pesarem de sono. A praia estava deserta e silenciosa, mas ao fundo comecei a ouvir um breve som de risos infantis.

Percebi que estava sonhando quando a luz ao meu redor se tornou amarelada, havia um sol sorte que brilhava acima da minha cabeça e eu estava com meus pés descalços sobre a grama verde e macia. Parecia que eu podia senti-la. Me abaixei, tocando o chão com meus dedos, sentindo a textura úmida das pequenas folhas. Uma sombra surgiu sobre mim e eu ergui meus olhos, observando o lindo vestido da mulher à minha frente. 

— Cassandra! — Arfei observando a imponência que ela exibia, era estranho ainda olhar para ela, era como ver uma versão mais velha e assustadora de mim mesma. Cassandra usava um vestido vinho com lindos bordados, as mangas eram curtas e os cabelos estavam presos por uma fita, parte deles escorriam em longas madeixas até sua cintura. Negros e lindos. Eu pensei em como tentei me parecer com ela e como jamais consegui. Havia algo de diferente nesta mulher em minha frente, algo que a tornava ainda mais bela que eu, mesmo que tivéssemos a mesma aparência. — Você desapareceu. — Eu acusei com chateação.

— Me desculpe, minha querida. — Ela se aproximou, tocando meu rosto com uma mãos como uma mãe que sente saudades. — Eu sinto muito por você.

— Ele me deixou. — Lamentei a ela. — Eu não... Ele se foi.

Cassandra balançou a cabeça. — Ele nos ama.

— Não diga como se...

— Digo, porque é verdade. Você é eu e eu sou você, minha doce menina. E ele voltará para nós.

Eu franzi o cenho em pesar. — Daqui a cem anos? 

— É claro que não. — Ela sorriu, erguendo o vestido minimamente e sentando-se ao meu lado sobre a grama. De onde eu estava, podia ver duas crianças brincando. Vestiam roupas um pouco mais antigas do que a de Cassandra e imediatamente reconheci as feições de Jasper no pequeno garotinho. Sorri imediatamente quando os cachos escuros da garotinha se agitaram sobre as tranças.

— Éramos amigos? — Eu estava tão surpresa.

— Eu descobri pouco tempo depois que ele partiu. A mente humana não é tão favorável com as lembranças como gostaríamos. 

— Não é mesmo.

Cassandra tocou minhas mãos suavemente. — Você ficará bem. Nós vamos ficar. — Ela sorriu antes de se levantar e ir até os garotinhos. — Se cuide, minha querida. — Murmurou e antes que eu pudesse me despedir, despertei sob os lençóis confortáveis. Tateei ao meu redor, levando algum tempo para reconhecer o lugar onde eu estava e finalmente notei que era o quarto de Paul. 

Suspirei, olhando pela janela e constatando que já era noite. Eu podia sentir uma dor horrível nas costas e meus olhos ardiam, mas eu ainda sentia o toque suave de Cassandra sobre minhas mãos. Eu procurei pela minha bolsa, lembrando-me finalmente do meu celular, havia duas chamadas perdidas de mamãe e mais quatro do mesmo número desconhecido de ontem.

Confusa, eu disquei primeiro para o número enquanto dava alguns passos observando o quarto de Paul. O telefone chamou incansáveis vezes até cair na caixa postal. E eu estaquei, dividida entre o choque e a surpresa.

— Você ligou para Rosalie Hale, por favor, deixe seu recado após o sinal. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destinados ▸ Jasper Hale" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.