Destinados ▸ Jasper Hale escrita por Woodsday


Capítulo 13
Capítulo XIII


Notas iniciais do capítulo

Oi amores! ♥
Quem está pronto para mais um cap do nosso casalzinho? Haha.
gente, eu estou pensando seriamente em postar a história lá no watts, que acham hein?
Bom, quero agradecer à linda da Vicky pela recomendação, eu amei bebê, mesmo! Esse cap é pra você. Muitos beijos!!!



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Cassie diz:  "Você acha cedo?" 

Eu enviei a mensagem para Ellie, roendo as unhas enquanto aguardava sua resposta. Bella não era a pessoa ideal para esta conversa e mamãe estava ocupada demais em um ensaio. Além de ser meio constrangedor ter esse tipo de assunto com ela. Já podia imaginá-la escolhendo as melhores lingeries e lembrando-me de usar preservativos. Seria no mínimo, terrível. 

Eleonor diz: "Você quer?"

Cassie diz: "Sim"

Eleanor diz: "E ele?"

Cassie diz: "Acho que sim também"

Eleanor diz: "Então não vejo como pode ter um tempo certo para isto, garota"

Eu sorri para o celular. Esta era minha melhor amiga.

Cassie diz: "Eu te amo, obrigada ♥"

Eleanor diz: "Eu sei, hahaha"

Eleanor diz: "Tira as teias, amiga!"

Sai da conversa, levantando-me e observando Bella enfiar-se em um suéter e um jeans surrado. Do pior tipo. Suspirei, lamentando por ela. Quando a campainha tocou, ela deu um pulo, corou e pegou a bolsa descendo as escadas como um furacão. Bella cora até quando ninguém vê, acho que Edward tem sorte de não poder ler os pensamentos dela. Eu ri baixinho e fui até a janela do nosso quarto. Edward e ela trocaram umas palavras até Bella sair e fechar a porta.

Cuide dela muito bem, Edward Cullen. Eu joguei o pensamento e Edward olhou para cima e sorriu. E usem camisinha. Brinquei e ele revirou os olhos enquanto entravam na lata velha de Bella. Esse carro estava bem velho e era um perigo para ela. Bella deveria ser menos teimosa e ter aceitado irem no carro de Edward, mas quem consegue teimar com ela? Vi o olhar sofrido de Edward para mim e sorri, acenando. 

Depois que eles partiram, eu juntei minha própria peça de roupa em cima da cama. Uma bonita lingerie vermelha que ia se destacar em minha pele. Era bom mesmo que Charlie não estivesse em casa, ele teria um ataque se soubesse que eu dormiria fora ou que Bella saiu com Edward, sozinha. Separei um vestido preto para o nosso jantar e um casaco para usar por cima. O sol estava alto hoje, surpreendentemente, mas eu achava que logo mais ele se esconderia novamente. Melhor prevenir. Fiz um bilhete atencioso para Charlie, salientando que eu era uma adolescente muito perto da maior idade, que era bastante responsável e por isso contava com sua compreensão e confiança para passar a noite na casa de uma amiga chamada Eleanor. Deixei o número de Ellie anotado e esperava que ele não ousasse ligar para ela, a conta seria especialmente cara se ele o fizesse. 

Mandei uma mensagem para Jasper, dizendo estar ansiosa para nossa noite. E ele me respondeu com outra pedindo-me para fazer uma pequena mala. E "saudades" no fim da mensagem.

Suspirei como uma boba e sorri, correndo para o chuveiro.

Passei o dia entretida entre ficar bem depilada, cheirosa, macia. Deixei meus cabelos se tornarem cachos perfeitos, fiz as unhas e me dei um dia de rainha.

De máscara no rosto eu ouvi música e deixei o jantar de Charlie pronto — fiz seu prato favorito, para agrada-lo um pouco mais — estava com os separadores de dedos — para as unhas não mancharem, é claro e bobes no cabelo. Conversei com Ellie na chamava de vídeo porque esses momentos sempre são das amigas, então demos nosso jeitinho.

Tomei um chá de camomila para me acalmar, já que meu estômago estava cheio de borboletas e perto das seis, quando Jasper estava quase para vir, eu me troquei. Soltei os cachos, coloquei a lingerie e arrumei o salto nos pés. O vestido era até abaixo dos joelhos, uma espécie de tubinho que me deixa mais velha. Eu o achava um charme, porque a parte dos ombros é cheio de bordados de renda, descendo até os pulsos. Um lindo, sensual e elegante vestido. 

É lindo. Estou linda, afirmo a mim mesma olhando no espelho.

Quando a campainha toca, eu não faço muito diferente de Bella. Pego minha bolsa-carteira e a mala de mão e desço as escadas praticamente correndo, deixo tudo sobre o sofá e tenho a surpresa de ver Jasper em minha porta, esperando-me lindamente.

Ele está de smoking, o cabelo bem penteado para trás e um lindo buquê de rosas vermelhas nas mãos.

Eu abro um sorriso, sentindo-me emocionada e pego o buquê, dando um passo para frente para jogar meus braços ao seu redor.

— Você está maravilhosa. — Ele diz em meu ouvido, dando-me um beijo nos lábios.

Eu pisco, sorrindo ainda mais. — Você também não está nada mal.

— Pronta para ir? — Ele me estende a mão e eu suspiro, pousando a minha sobre as suas.

Sim, estou pronta para ir com ele a qualquer lugar. 

— Onde vamos?

Jasper me olha divertido. — Seattle.

— Seattle? — Arqueio a sobrancelha, surpresa.

Ele abre um sorriso lindo, piscando para mim. — Sim, aproveite a viagem, senhorita. — Os dedos finos se esticam para ligar o rádio e eu me recosto sobre o banco, ouvindo a melodia que soa aos meus ouvidos. Nina Simone, com sua voz tão linda e envolvente canta sobre amor e liberdade, sobre suas experiências e não posso deixar de pensar em como isso é lindo.

— Como era a época?

Jasper parece atento ao que digo, ele suspira e me olha. Na escuridão da estrada, o velocímetro marca quase 180 km/h. 

— Era complicado. — Ele diz parecendo relutante. — Quero dizer, hoje em dia cada um pode dizer o que pensa, as mulheres tem direitos claros e suas opiniões são ouvidas, naquela época não era assim. 

— É como os livros dizem?

Ele dá de ombros. — Acho que não tão romântico. Toda época sem seu lado bom e ruim, de toda forma. Os homens possuíam um nível forte de opiniões machistas. Minha mãe, por exemplo, foi uma mulher muito inteligente, meu pai a ouvia, a amava e respeitava as suas palavras, sempre me ensinou que teria que ser assim, era um pensamento estranho para a época. Eu via muitos dos homens serem cruéis e abusivos com suas esposas e isso era relevado na época, pois eles eram senhores de suas esposas.

— Isso é horrível. — Eu suspiro tristemente. — Não é como a Julia Quinn descreveu.

Jasper ri baixinho.

— Não é mesmo. Mas é um romance, então tem que ser assim certo?

— Como eram seus pais?

— Minha mãe era doce. Mas era forte. — Jasper sorri e sinto sua saudade. — Seu nome era Marion. Ela era muito linda. — Ele olha para mim por um momento. — Tinha os cabelos loiros como o seu, parecia ouro puro e os olhos estavam sempre brilhando. Nunca vi minha mãe chorar até eu decidir ir para a guerra. 

— Teve irmãos?

Ele balançou a cabeça. — Eu tive somente um irmão. Anthony, mas ele faleceu quando criança. Uma terrível infecção de ouvido que levou sua vida aos poucos.

— Isso é horrível. — Lamentei tocando em sua mão sobre o volante. Jasper apertou meus dedos por um momento e nos separamos. 

— De fato é. — Balançou a cabeça. — Mas ele teve uma vida boa e feliz. Meu pai, James, foi um homem muito amoroso e honrado. Eu voltei para vê-los após a minha morte, infelizmente a solidão o maltratou demais.

— Não é sua culpa, Jasper.

— Às vezes penso que não, às vezes penso que sim. Acho que se tivesse sido mais obediente e tivesse dado ouvido à eles, nada teria acontecido. Não teria os matado de tristeza, abandonado a todos e nem perdido a... 

Jasper parou e eu soube o que ele ia dizer.

— Cassandra.

— Você. — Me olhou por um segundo e fechou os olhos, provavelmente captando minha contrariedade. — Ela, sim, a Cassandra.

— Não sou ela, Jasper.

— Acho que não. — Murmurou ele pensativo, mas então sorriu. — Por isso me apaixonei por você.

— Conte mais. — Eu digo desviando-me do assunto, e Jasper começa a me contar mais detalhes sobre as próximas épocas. Fiquei encantada quando ele contou sobre os anos '60s, descrevendo perfeitamente como eram as roupas e as músicas, como fez amigos e alguns inimigos naquela época. Contou sobre coisas que estudou e aprendeu, sobre Paris da época e sobre a Grécia, que segundo ele, foram os lugares que mais o encantaram, as culturas mais ricas e os povos mais amistosos. Eu fiquei fascinada, nem mesmo notei que já estávamos dentro da cidade. Jasper pegou a quinta avenida que levava ao centro da cidade e eu me animei rapidamente. Vinte minutos depois estávamos em frente ao 5th Avenue Theatre. Meu queixo caiu.

— Não acredito! — Exclamei observando a figura imponente do enorme teatro à minha frente. Havia cartazes espalhados em frente um deles anunciava o musical mais lindo que já existiu: A Bela e a Fera. — Jasper! — Eu abri um sorriso para ele, completamente animada.

Meu namorado riu, e saiu atravessando o carro para abrir a porta para mim. Outra vez eu estava sorrindo boba. Ele estendeu o braço em minha direção, e eu passei o meu ao seu redor. 

— Você me disse que seu conto de fadas favorito era este.

— E é! Não acredito que fez isso! — Exclamei abobalhada. — Deve ter custado uma fortuna! 

Jasper revirou os olhos. — Um pequeno gasto para uma eternidade de investimentos. 

— Obrigada. — Beijei seus lábios, apertando nossas mãos e ele sorriu enviando ondas de seu amor e de desculpas para mim. Nós entramos no teatro e eu fiquei maravilhada, mamãe amaria toda essa estrutura. Apesar de ter crescido em lugares como este, o único espetáculo que jamais tive a oportunidade de ver foi 'A Bela e a Fera' e é justamente este que eu sempre quis assistir.  Um sonho de criança. 

Nós nos sentamos em uma das cabines laterais e privativas, tínhamos completa visão do espetáculo. Haviam binóculos chiques nas poltronas e um folheto explicando o espetáculo. Jasper segurou a minha mão e eu sorri para ele.

Estava completamente emocionada.

Quando a atriz começou a cantar a primeira música clássica do filme, meu sorriso era gigantesco. Eu mal tirava meus olhos do espetáculo e quando começou a clássica música da Bela e da Fera, eu já estava chorando. Cantarolando baixinho a cancão apaixonante. 

Jasper ao meu lado sorria, encantado e divertido. Podia sentir que ele achava muita graça da minha emoção e ficava encantado por meu envolvimento com algo que para ele é tão comum. É impressionante, para mim, como eu conseguia lê-lo com facilidade.

Quando a peça terminou, nós nos levantamos e aplaudimos de pé. Os atores agradeceram e as luzes se acenderam. Eu lamentei um pouco o fim da peça, mas fiquei animada quando Jasper sussurrou ao meu ouvido que tinha outra surpresa incrível para mim.

Nós saímos juntos para a frente do teatro, onde o manobrista rapidamente trouxe o carro de Jasper. Eu sorri de novo quando ele abriu a porta para que eu entrasse.

— Todo galanteador. — Eu brinquei com graça — Não ache que com isso vai me deixar nua, porque não vai.

— Droga. — Jasper rosnou mas eu podia sentir seu divertimento. 

Revirei meus olhos e ri. — Onde vamos agora?

— Surpresa, madame. — Ele piscou e voltou a dirigir. Nós seguimos em direção a baia de Elliot, que era uma das principais de Seattle. Eu sabia disso porque já estive aqui uma vez, quando mamãe inventou de fazer um cruzeiro que fez uma parada no porto de Seattle. Nós estacionamos no porto e um homem de terno, com um pequeno crachá se aproximou de nós.

— Está tudo pronto, senhor Whitlock. — Ele estendeu para Jasper um molho de chaves. 

— Obrigada. — Jasper assentiu e passou o braço por minha cintura. — Deixei meu carro pronto para domingo, ao entardecer.

— Estarei no aguardo, senhor. — O homem se afastou após assentir e nós caminhamos juntos pela entrada de pedestres que seguia para os barcos.

— O que é isso, senhor Whitlock? — Eu provoquei com malícia. — Vamos andar de barco?

— Achei que ia gostar de aproveitar o calor. — Ele sorriu da mesma forma para mim e eu suspirei, sentindo as pernas bambearem e meu coração bater mais forte. — E do mar.

— Um barco? — Eu abri um sorriso gigantesco. — Não acredito! Quem é você?! Christian Grey?

Jasper jogou a cabeça para trás em uma gargalhada. — Não acredito que disse isso!

— Nem eu! — Fiz uma careta envergonhada. — Não venha com amarras e mordaças, ok?

Jasper outra vez riu com gosto. — Não sei se posso prometer isso. — Eu tremi com a onda de malicia e desejo que correu meu corpo. Estava tensa e queimando. Isso não era muito normal, eu acho.

Nós chegamos em frente a uma embarcação gigantesca, e Jasper abriu a ponte e pulou como se fosse a coisa mais simples do mundo. Meu queixo caiu para o tamanho daquele iate. É meu estranho perceber que meu namorado é podre de rico.

— Isso é seu? — Eu questionei chocada.

— Sim. — Ele deu de ombros enquanto eu caminhava pelo barco. 

— Seu mesmo? Tipo, só seu?

Jasper outra vez deu de ombros. — Eu, bem, amo os Cullens, mas nunca me senti completamente parte da família. Por isso sempre mantive meus negócios e meus próprios hobbies. Como navegar.

— Oh! Você quem vai pilotar?

Ele sorriu dessa vez. — Não confia em mim? 

— Claro que sim. — Eu ri. — Vamos lá, Major. — Cantarolei sensualmente e tremi com o desejo latente de Jasper sobre mim. 

O Iate era lindo por dentro, simplesmente um nível comprometedor de sofisticação. Não parecia a cara de Jasper, quem o vê na escola, fechado e tão silencioso não imagina o homem sedutor e divertido que se esconde naquela cidade tão desanimadora. Ele me serviu com uma porção deliciosa de peixe, preparada por ele mesmo, à propósito.

— Está delicioso! — Eu elogiei praticamente gemendo sobre meu prato. — Deus do céu, preciso dessa receita. 

— É segredo. — Ele piscou para mim e eu beberiquei minha taça de vinho. Era estranho ser a única a comer e beber. — O que foi? — Questionou diante do meu desconforto.

— São os sapatos. — Menti descaradamente, ignorando suas sobrancelhas franzidas. — Vou tirá-los, no quarto. — Eu disse levantando-me e seguindo em direção a uma das cabines.

Havia uma cama gigantesca lá. Os lençóis eram brancos, mas estava tudo coberto de rosas vermelhas e havia velas para todos os lados. Meu queixo caiu observando tudo aquilo. Era a coisa mais linda e romântica que já vi. Meu desconforto voltou, acompanhado do medo. Eu não era como Bella, ela mal conhecia Edward e já estava disposta a abrir mão da sua vida para estar com ele. Eu não sabia se podia lidar com isso... Com a morte. Jasper e eu jamais tivemos essa conversa e acho que este também não era o momento.

Empurrei todos os questionamentos e dúvidas para o fundo da minha mente quando senti sua presença no quarto. Ele me encarava com intensidade e fome. Uma fome tão sensual e animal que eu estremeci. Eu engoli em seco, com o estômago cheio de borboletas e o coração acelerado. Me virei de costas, jogando o cabelo para frente, dando a ele a visão do zíper do meu vestido.

— Achei que não fosse ficar nua hoje. — Ele sussurrou ao pé do meu ouvido e eu estremeci com o hálito frio. 

Eu me virei um pouco para olhá-lo e sorri. — Irei, mas não serei a única.


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