Destinados ▸ Jasper Hale escrita por Woodsday


Capítulo 11
Capítulo XI.


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas! Como vocês estão? Peço desculpas pela demora, mas cá estou com um cap novinho pra vocês! Ainda em semana de provas, não sei porque, escrevo melhor nessa época hahaha Estou procrastinando (palavra nova, achei chique) Hahaha.
Enfim, quem mandou ser estudante de direito? Tem alguma de vocês ai que me entende?
Enfim, amo vocês, vou responder todas, prometo, sério. Acho vocês lindas, estão em meu coração.
Agradeço a Bella pela recomendação, eu amei de todo o meu core. Muito obrigada de verdade linda! Jamais esperei três recomendações nessa história e tantos comentários assim, vocês são perfeitas!
Espero que goste desse cap, Bella. Ele é pra você!



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|Capítulo 11|

Certo. Bem, eu não sabia o que fazer ou o que pensar. Me sentei na minha cama encarando a parede e esperando milagrosamente por respostas. Uma luz ou uma ideia, qualquer coisa.

Jasper era doce, gentil e quente e eu estava apaixonada por ele. Tudo bem, não precisa surtar. Eu estava apaixonada, já me apaixonei e desapaixonei muitas outras vezes antes. Posso fazer de novo.

Posso, certo?

Eu me joguei sob o colchão, deixando as pernas para fora da cama. O teto continha algumas teias de aranha. Talvez eu pudesse fazer uma limpeza em algum dia. Peguei meus fones, colocando a música alta para abafar meus pensamentos. Eu não sei se queria pensar agora. Talvez eu devesse ser só uma adolescente. Comum, com problemas comuns, com paixões passageiras e crises familiares.

Sem vampiros, sem antepassadas igual a mim, sem amores épicos.

Acho que eu queria ser normal. Queria viver a minha vida sem grandes mistérios, isso era tão ruim assim? Acho que devia ser. Todas as garotas sonhavam com isso. Bella sonhava com isso. Um amor épico, verdadeiro que atravessasse barreiras, mas isto realmente era para mim? Não sei dizer. Eu queria estar dentro de um conto distorcido de Anne Rice? Não sei. 

Não sabia de nada no momento.

Fechei meus olhos, cantarolando a cancão. Eu queria sumir, desaparecer no meu próprio colchão, derreter e descer ralo abaixo. Meu coração estava doendo com a ideia de ser uma substituta. Uma cópia. 

Talvez eu devesse dar a Jasper o beneficio da dúvida, certo? Deixa-lo me explicar como tudo aconteceu e como ele se sente com isso, eu deveria acreditar nos sentimentos verdadeiros que ele me mostrou.

É o que uma pessoa sensata faria, certo? Uma pessoa adulta, eu acho.

Mas eu estava apavorada, para dizer o mínimo. Só queria sair correndo para um lugar seguro, os braços da minha mãe, talvez quem sabe descansar um fim de semana sob o sol confortável da Califórnia, colocar meus pés na água e esclarecer a minha mente.

Pensar em deixá-lo doía profundamente, mas ficar me causava confusão. Eu não sabia o que fazer. 

Acabei adormecendo naquela posição e quando acordei, Bella estava se desfazendo do par de sapatos. Ela estava corada e parecia agitada demais. Eu a espiei através dos meus cabelos e ela sorriu para mim. Estava resplandecente, parecia mais jovem, adolescente e apaixonada.

— Você dormiu em uma posição bem estranha. — Comentou displicentemente. Pensei em contar a ela, tudo, mas parecia estranho por todas aquelas informações em voz alta. Eu estava letárgica, sei lá. Não quis respondê-la, assenti com a cabeça e me ajeitei sob as cobertas. — Cassie, eu descobri. — Ela se sentou aos meus pés. — Entendo você, me desculpe por tudo... Edward me contou que você conversou com ele.

Assenti outra vez e sorri para ela. — Foi só um empurrão.

— Ainda assim, obrigada. — Ela tocou minha perna, sob a coberta. — Você é uma boa irmã.

Suspirei, encarando os fios de costura e pegando-os com a ponta dos dedos. — Vou voltar para a Califórnia, Bella. 

Ela piscou, arregalando os olhos. O sorriso e o brilho dos olhos morreram rapidamente em seu rosto. — O que?! Porquê? E Jasper? E eu?! Você não pode! Não agora, não pode me deixar! — Bella tremeu, os olhos enchendo-se de lagrimas e eu me assustei, apressando-me a confortá-la.

— É só por um fim de semana, Bella. — Menti, pegando seu rosto entre minhas mãos. — Estou morrendo de saudade da minha família, é só um fim de semana.

— Oh! — Ela corou, pegando minhas mãos entre as dela.  — Desculpe, é só que... Nunca tive amigas antes, e eu... Não sei o que faria se te perdesse, Cassie.

Eu sorri para ela.

— Também não sei o que faria sem você, Bella. — Eu dei uma risadinha. — Quem diria hein?

Ela balançou a cabeça. — Eu provavelmente não. Você e Jasper...?

— É complicado. — Dei de ombros. — Ele talvez não me ame. 

— O que?  Cassie, dá pra ver nos olhos dele que ele ama você.

Suspirei e comecei a contar a ela toda a história, em dado momento Charlie passou para nos dar boa noite e Bella e eu continuamos a conversar, ela se deitou comigo embaixo dos cobertores e ficamos de frente uma para a outra, conversando. Nunca pensei em ter uma irmã, mas era bom. De mãos dadas para Bella, consegui finalmente expor tudo que eu sentia, toda a confusão. E se Jasper não me amasse? Eu, Cassie, século 21? E se ele só sentisse uma reprodução do amor forte que sentiu pela Cassie do século 17? Eu não sei, não poderia lidar com isso. Queria alguém que me amasse por mim, minhas manias, meus defeitos, eu, meu cabelo meio de palha, meus olhos castanhos cor de papelão, eu atrapalhada e encrenqueira.

— Entendo você, mas como sabe que ele não ama você e não ela? Você não o deixou se explicar Cassie.

— Me assusta. — Confessei para Bella. — O que sinto por ele me assusta porque nunca senti isso antes. E nunca pensei em sentir, eu só tenho dezessete anos. Como posso amar alguém assim? Como posso saber amar alguém assim?

— Cassie...

— Me assusta que talvez eu não seja eu, entende? Que eu seja só um fruto de uma mulher do passado. 

— Isso é ridiculo. — Bella começou. — Você é você, tem suas experiência, sua vida, seus caminhos, só precisa se focar e encontrá-lo.

— E se eu não conseguir?

— Você vai. — Ela afirmou com um sorriso. — Você o ama, não o perca Cassie.

Suspirei, fechando os olhos sem saber como respondê-la.

— Não tenha medo. — Bella tocou meu rosto com carinho. — Você sabe, nem todas as pessoas tem a sorte de encontrar um amor verdadeiro. Você não o quer?

— Não sei o que eu quero. — Sussurrei. — É errado?

Bella deu de ombros. — Você é jovem. É normal. — Suspirou. — Acho que uns dias com sua mãe vai te fazer bem. Renné sempre me faz bem.

Acho engraçado como Bella se refere a Charlie e Renné por seus nomes e não como mãe e pai.

— Sim, sinto falta da mamãe.

Ela sorri e sei que acha engraçado também como chamo meus pais de mamãe e papai, mesmo que já seja praticamente adulta. Eu retribuo seu sorriso e por incrível que pareça, adormecemos juntas, de mãos dadas. No meio da noite, em algum momento, senti o amor de Jasper me envolver como um cobertor quente e um beijo frio tocar minha testa.

Soube no fundo da minha mente tomada pela letargia do sono: Jasper estava ali naquela noite. Quis mostrar para ele que o amava, apesar de toda a confusão do sentimento. Quis que ele soubesse que precisava de tempo, mas que eu o amava. 

Mesmo sem entender como ou porquê. 

E ainda assim, eu parti.

 

 

A música estava alta, o sol estava quente, tudo era animado na Califórnia e isso era bom. Havia um grupo de adolescentes jogando vôlei de praia, salva vidas bonitões que observavam tudo - e que não mais me chamavam a atenção. Um grupo de garotas ofereciam sorvetes e outros doces gelados vestidas de biquínis, o que fazia com o que os caras caíssem em cima loucos por uma atenção. Eu estava na praia, vestindo um biquíni tão minusculo quanto que faria Jasper enlouquecer com certeza. O sol me deixava alegre, animava meu estado de espírito bem triste. Eu estava com tanta saudade e tristeza que até mamãe notara, o que era muito, já que mamãe era a pessoa mais desligada que existia. A nossa casa era em um condomínio chique na praia de Malibu. No fim das contas, era bem legal ser rica. 

Mamãe tinha voltado imediatamente quando eu disse a ela que precisava passar uns dias em sua companhia, me deu uma sermão breve sobre deixar as aulas de lado, assim como Charlie, e soou ao extremo de preocupada, querendo saber se aprontei algo ou se aprontaram comigo. Quem magoou o coração da minha garotinha? Ela questionou puxando-me para seus braços quentes.

Quando cheguei me tomou em seus braços e foi a melhor sensação do mundo. Estar em casa, finalmente. Eu já considerava Forks o meu lar, mas estar em casa, a casa que cresci desde pequena não tinha comparação alguma.

Amanda, minha babá desde sempre preparou meu almoço favorito e mamãe desmarcou todos os compromissos por uma semana, que é o tempo que eu ficaria por aqui.

Papai também se limitou a ficar no escritório somente pela parte da manhã e Joe, meu vira-lata do qual eu sentia tantas saudades estava comigo, sentado na manta tomando sol. Eu de vez em quando jogava sua bolinha para que ele pegasse, mas o meu bebê também estava com saudades, já que nos três dias que fiquei aqui, ele esteve grudado comigo até no banheiro, praticamente.

"Edward e eu vamos sair amanhã! Cadê você aqui?!"

A mensagem desesperada de Bella me fez rir, abri a mensagem, chamando uma mensagem de vídeo. Ela estava no meio do refeitório e eu podia ouvir o burburinho enquanto ela saia para fora. O contraste era gritante, as cores amarelas e radiantes da Califórnia para o opaco cinzento de Forks.

— "Olha só você!" — Cantarolou com um sorriso. — "Que inveja dessa pele bronzeada, Cass". Lamentou com um suspiro. Bella me disse uma vez que não conseguia se bronzear, tudo que conseguia era a pele vermelha e ardida.

— Bella! Que saudade. Como estão as coisas ai?

Minha irmã suspirou. — "Também já sinto sua falta. Quando volta?"

— Essa semana. Só tenho mais dois dias aqui.

— "Certo, bem, as coisas estão bem. Edward e eu vamos ter um dia só nosso amanhã e estou muito mais que ansiosa. Queria que estivesse aqui para me acalmar, parece que só você consegue."

Eu sorri para a tela. — Você vai se sair bem, é só ser você mesma.

— "Você é ótima. Quer saber de..."

— Sim. — Pedi ansiosa, minhas mãos suando frio, apesar do calor de quase quarenta graus. — Como ele..?

— "Bem, ainda está solteiro." — Bella brincou e eu fechei a cara. Ela deu uma risadinha. — "Ele está abatido, Cassie. Acho... bem, tenho certeza que sente sua falta. Edward disse que ele deixa todos em casa tristes, porque bem, você sabe, o dom dele, ele está sufocando a todos com a saudade, por isso tem se mantido afastado."

O relato de Bella doeu em mim, porque eu sentia a mesma saudade. Eu estava aqui nesse sol escaldante mas não conseguia pensar direito.

— Sinto falta dele.

— "Porque não volta então?" — Questionou ansiosa.

— Tenho medo, Bella. 

Ela suspirou e sei que me abraçaria se pudesse. 

— "Eu também Cassie, mas o seu medo é maior que o amor que sente por ele?" — Ela sorriu suavemente. — "Bem, pense nisso. Eu tenho que ir agora, mas conversamos por mensagem. Aproveite seus três dias, ele vai esperar por você. Volte quando puder."

Volte quando puder queria dizer "volte para ser feliz", eu sabia, entendia a linguagem de Bella. Encerrei a chamada, voltando a me deitar na manta. A praia estava movimentada, já que apesar de ser um condomínio caro, a praia era liberada ao público. Ainda não eramos o presidente, infelizmente.

— O que eu faço hein? — Perguntei para o nada.

— Esperando uma resposta do além? — Questionou a voz infantil e sarcástica ao meu lado. Meus olhos encontraram os cabelos negros cacheados e a pele morena também em um biquíni minusculo.

— Ellie! — Eu me joguei em seus braços, mesmo que não estivéssemos conversando por longos meses.

— Oi garota! — Ela me apertou e eu sorri, quase querendo chorar. — Que saudade, me desculpa, de verdade. Eu perdi meu celular e você trocou de telefone naquela cidade idiota e a sua mãe estava sempre longe, não consegui falar com você, porque a Mandy empacou que não podia me dar o numero do seu pai verdadeiro e eu...

— Tudo bem. — Eu a silenciei e sorri. — Senti muita a sua falta. 

— Não sei, você parecia muito intima da sua amiga nova. — Ellie fingiu descaso, mas ainda tinha um sorriso na ponta dos lábios.

— É a minha irmã. — Revirei os olhos.

— Agora gostamos da Bella? — Ela estava verdadeiramente surpresa. As sobrancelhas grossas se arquearam conforme eu juntava minhas coisas na bolsa de praia.

Eu dei risada, me levantando para entrarmos em casa. — Sim, gostamos da Bella.

— Então estou ansiosa para conhecê-la. — Ellie passou seus braços pelo meu. — Me diz, quem é o cara?

— Quer mesmo saber?

— Sem dúvida, loira. 

Eu ri e comecei a contar para Ellie sobre Jasper. Ellie era a minha melhor amiga, desde que nascemos juntas e tia Georgia estava grávida, eu a chamava de tia, porque ela era melhor amiga da mamãe também, crescemos juntas e Ellie esteve comigo em todos os meus momentos.

Por isso fiz a loucura de dividir com ela tudo, mesmo correndo o risco de ser chamada de louca. Exceto a parte dos vampiros — porque Jasper tinha me contado sobre a tal realeza esquisita — mas reformulei a história, contando a Ellie sobre Jasper ser exatamente como o cara dos meus sonhos barra visões e sobre eu ter encontrado detalhes sobre Cassandra Abernathy na biblioteca municipal. Ellie fazia caras e bocas e soltava exclamações como "Cara!" e "Meu Deus!" e "Sim!" ou até o "Não!". Era engraçado e bom estar com ela mais uma vez e foram os melhores conselhos.

— Se você tá cheia das ideias, volta e se mostra para o cara, amiga! Você é gostosa, você é quente, é linda e cara, você é inteligente demais, sabe de tudo! Não dá pra competir. 

Eu ri, abraçando-a.

— Se você ama esse boy, corre atrás, antes que alguma branquela de cidade pequena corra.

Eu suspirei teatralmente, jogando minhas pernas em seu colo. Eleonor fez um som de engasgo e jogou elas para fora, dizendo que eu estava cheia de terra.

— É porque você não viu a ex dele. Ela parece uma super modelo. — Gesticulei com as mãos. — Linda, cabelo lindo, gentil, fofa, amorosa. A mulher é de matar. 

— E ainda assim ele deixou ela por você. Deve significar alguma coisa. — Foi sua resposta com um gesto de mãos.

Dei de ombros, concordando e encerramos o assunto.  Continuamos conversamos sobre as demais coisas, Ellie me atualizou sobre todos os babados barra bafões dos nossos colegas ricos, e me contou sobre seu mais recente interesse amoroso, segundo ela era um nerd.

— Dá pra acreditar nisso? — Se indignou enquanto tomávamos uma vitamina. Mamãe estava no telefone resolvendo alguns problemas com umas atrizes revoltas enquanto eu e Ellie a esperávamos para dar uma volta para o pier. Estava doida por um tempo a mais com as duas. — O cara é um nerd, de marca maior. Ele vai para o MIT e o que acontece com a Eleonor? Sim, faz papel de trouxa, outra vez.

— Porque não fala pra ele que você ama ele? Sabe que tem faculdades ótimas lá que dariam menos de uma hora de carro, Ellie.

Ela revirou os olhos. — Eu sei, mas eu queria continuar aqui, com minha mãe e você sabe... Ele é só um cara. — Ela deu de ombros.

Falsa.

— Não parece só um cara pra você. — Joguei na cara, recebendo um olhar indignado de volta.

— Mas eu sou só uma garota pra ele, só tipo, férias de verão. Não é legal. 

— Porque não fala com ele sobre isso? — Incentivei tentando animá-la. — Se não rolar, ele volta pra Massachusetts e você continua aqui, com os gatinhos e o sol. Você é gostosa e quente e linda. — Imitei sua voz com um sorriso.

— Faltou o inteligente. — Resmungou de volta.

Fiz um gesto de mãos. — Isso com certeza você é. Você tá apaixonadinha. — Dei uma risada. — Devia se declarar.

— Ele é só bom de cama. — Ela disse com descaso, como se o garoto se resumisse a isso. — E inteligente, claro. Ele também é bem fofo, quero dizer, nenhum cara nunca me levou em uma roda gigante, e cara! Estamos em Malibu, tem uma em casa esquina, sério, eu só... Não sei...

— Está apaixonadinha! - Cantarolei e recebi um bolinho sendo jogado em minha direção.

— Cheguei meninas! — Mamãe se aproximou, abraçando-me pelos ombros, trazia na mão um copo de bebida que eu nem queria saber qual era. — Como estou? — Ela girou mostrando seu vestido de verão.

— Linda, mamãe. — Eu elogiei ao mesmo tempo que Ellie disse "Arrasou tia Lena". 

— Certo, preciso passar no shopping, hoje é aniversário do Jay, quero dar uma coisa especial para ele. — Mamãe piscou com cara de sem vergonha e Ellie e eu fizemos som de nojo. — O que?! Vocês não transam? Até parece! Bem sei que são umas safadinhas!

— Mãe! 

Mamãe revirou os olhos, rindo abertamente. É, é dessa forma que eu fui criada, é o que acontece quando só tem mulheres na casa. Pobre Jay. — Querida, eu bem vi quando você tinha quinze anos aqueles filminhos no seu quarto.

Eu corei até a raiz dos cabelos enquanto Ellie ria de se contorcer. — Eram da Eleonor. A idiota estava curiosa.

— Sim, claro, sei. — Ela piscou para nós duas. — Eu testei. — Sussurrou como um segredo e nós duas gememos outra vez. — Muito criativos. Pena que não tenho mais idade para aquilo. — Ela lamentou com um suspiro e nós rimos juntas. — Ah, mas vocês tem! — E piscou.

— Chega mamãe! — Eu a empurrei em direção a saída e ela passou cada um de seus braços por mim e Ellie. 

Eu olhei para ela e sorri, seu cabelo loiro reluzente e o chapéu exagerado. Mamãe era tão exagerada e sorridente. Eu realmente a amava.

Quando saímos o sol já estava se pondo e foi divertido, mamãe, Ellie e tia Georgia era para mim o significado de família. Nós rimos no pier, compramos lembrancinhas para que eu levasse para Forks, tomamos sorvete e em seguida pina colada — muitos pinas colada. Estavamos tão alegres que estávamos rindo de tudo e todos. Em dado momento, Ellie encontrou seu incrível garoto nerd. Ele tinha os cabelos cacheados e usava óculos de armação grande. Carregava uma mochila nas costas e pela forma como encarava minha melhor amiga, eu soube que seus sentimentos eram recíprocos. Eles se afastaram em direção a praia e eu me sentei na areia, longe o suficiente para ficar sozinha. Mamãe e tia Georgia também tinham engatado em uma conversa e eu havia ficado para trás.

Me deitei sob a areia, mesmo que ela fosse grudar em todo meu vestido. Estava calor, mesmo sob a noite, então eu estava com um vestido branco de renda e sandálias baixas. Meu celular mostrava algumas mensagens de Bella e senti tantas saudades de Jasper que quis ligar para ele, dizer que o amava e sentia sua falta. Mas sufoquei o desejo, limitando-me a encarar o mar bravo e escuro. 

Eu estava pronta para me levantar quando o vulto passou por mim, assustei-me perdendo o equilíbrio, mas antes que eu caísse, braços fortes me envolveram. O perfume veio até mim, envolvente e eu quis chorar pela saudade que sufocava meu peito.

— Jasper! — Me agarrei em seu pescoço, depois do choque e jamais pensei que me sentiria assim. Era como respirar outra vez, como estar se afogando e finalmente encontrar o ar. — Está aqui. — Eu estava tão surpresa e tão feliz por estar em seus braços.

— Me desculpa. — Ele segurou meu rosto entre as suas mãos. — Eu tentei te dar um tempo, mas não pude esperar. Sinto sua falta, Cassie. Sua, você, século 21. Sinto falta da sua malícia e do seu corpo, do seu toque atrevido e da forma como você sorri abertamente pra qualquer um, o que me deixa louco de ciumes porque você não é minha ainda, mas quero que seja. Sinto falta de você me chamar dormindo e das suas piadas maliciosas, sinto falta do seu beijo e do amor que ele transborda dentro de mim. Merda, Cassie, amo você. Você. Posso ter visto ela quando te conheci, pensei que fosse ela, mas então eu descobri você e não há nada no mundo que valha mais que isso, eu não te trocaria por nada. Por favor, acredite em mim. 

Os olhos negros me encaravam com suplica e paixão e eu sorri emocionada. — Eu acredito. — Sussurrei para ele. — Amo você também, Major. 

Jasper sorriu lindamente para mim e eu sorri de volta. — Por favor, diga que quer namorar comigo? Diga que quer ser minha!

— Claro que sim, Jasper! — Beijei seus lábios, rindo um pouco. — Você é louco, aqui faz um sol danado!

Ele deu de ombros, confuso como se não tivesse percebido isso. — Eu precisava vir te buscar.

Meu coração saltou com as palavras e a emoção contida nelas. — Sim, vamos voltar para casa então.

Casa. Com Jasper. Meu Jasper.


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