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Lúgubres

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A porta destrancou-se magicamente no instante em que Sirius encostou a ponta dos dedos na maçaneta.

— Merda, ao que parece ainda sou um Black — Sirius sussurrou.

A despeito das esperanças que ele vinha acalentando, a Mui Antiga e Nobre Casa dos Black o reconheceu como seu legitimo dono, e bastou um pequeno empurrão para que a porta girasse sobre as dobradiças, permitindo sua entrada na mansão.

O lobisomem esperou, um, dois minutos, mas Sirius não fez menção de seguir em frente. Remus tocou-lhe as costas, sentindo os músculos tensos. Havia sido ideia de Sirius ir até ali, mas desde quando as ideias dele eram boas?

— Adiante, Padfoot — incentivou. — Estou aqui.

Sirius procurou seu olhar antes de assentir. Entraram, Remus logo atrás, mas não foram muito longe. Bastaram dois passos e o mundo explodiu: pendurado na parede, o retrato da Senhora Black começou a gritar insultos a plenos pulmões.

Ao menos o susto pareceu romper a tensão que pesava sobre Sirius. Por um instante as pragas dele soaram junto com as da mãe, e então ele mostrou o dedo médio para a pintura.

— Nada como o amor materno, não é?

Apesar da ironia, Remus nunca vira os olhos dele tão lúgubres.