O Diário de um Caçador de Monstros escrita por Taylor8353100
Notas iniciais do capítulo
Eu sei, em Maio eu prometi um capítulo por mês, já é Julho e só agora saiu hahaha, desculpem, os capítulos vão ser mais frequentes agora.
Capítulo 2
John
Três meses depois
Minhas férias passaram mais rápido do que eu imaginei, Mark foi enterrado e eu não tive coragem de ver o enterro, na primeira semana chorei bastante e Jared conseguiu se escapar de ir para o conselho tutelar graças a seus pais que são ricos e provavelmente devem ter subornado alguém. Meus pais me mandaram para um psicólogo, ele disse que tenho Transtorno de Personalidade Antissocial
— Pessoas com transtorno de personalidade antissocial tendem a mentir, quebrar as leis, agir com impulsividade e desconsiderar sua própria segurança ou a de outras pessoas – disse o Psicólogo
Meu pai, Rick não se preocupa com isso, ele diz que tudo isso é bobeira e não acredita em problemas mentais.
— Eu acredito que depressão e essas coisas aí não existe, é falta do que fazer – dizia ele já irritado arrumando seus cabelos negros e piscando seus olhos verdes
—Já minha mãe, Kate acredita que depressão e transtornos existem e ela se preocupa muito com isso.
- Como assim? Acha que seu filho depois de um trauma desse jeito vai agir normal? – dizia ela arrumando seus cabelos negros e com seus olhos castanhos com aparência irritada.
Eu apenas suspirava, eu não sentia vontade de me matar e nem de matar outras pessoas, só o Jared
. - Você está bem? – Perguntou minha irmã
Não respondi.
Minha irmã, Sophie tem cabelos loiros e olhos verdes iguais ao do meu pai, em compensação meus olhos castanhos são iguais ao da minha mãe.
— Sente alguma coisa? – ela continuou
— Não, só quero ir embora – eu disse enquanto ouvia meus pais discutirem entre si e com o psicólogo O Psicólogo receitou vários remédios e minha mãe me obrigou a toma-los. Já meu pai não estava nem ai se eu morresse ou não. Teve uma época que eu ia todos os dias para o lugar onde Mark foi morto, aquelas mordidas em seu pescoço me fizeram me sentir estranho. Eu falei para as pessoas sobre isto. Mas...
— Você estava apenas imaginando coisas para suprir a dor do suicídio de seu amigo – dizia o psicólogo - Mordidas? Acho que você estava cansado demais – dizia minha mãe
- Mordidas? Você tem que parar de ver filmes, ele se matou e pronto. – dizia meu pai
— Tipo...Vampiros? – dizia minha irmã
— Não, isto seria ridículo, mas alguma coisa mordeu ele – eu disse
- Acho que deve ter sido sua imaginação – ela disse por fim
Ninguém acreditou, até mesmo a pessoa no necrotério que havia limpado o corpo, ou pelo menos fingiu que não acreditou.
Passei os três meses em casa, agora minhas aulas voltaram. Consegui entrar em um colégio com um campus enorme e alguns dos meus antigos colegas também.
— John? Sou eu Mary – ouvi uma voz quando eu sai do ônibus
Olhei para ela e sorri, foi o sorriso mais sincero que eu dei em três meses.
— Como vai você? – eu perguntei
Ela me olhou com aqueles olhos azuis e sorriu.
- Ótima, e olha sobre aquela festa. Meus pêsames – ela disse fechando o sorriso
Eu olhei para baixo e disse:
- Obrigado
A escola era totalmente cercada por portões enormes, quando eles abriram os portões eu pude ver. Existiam vários prédios onde estavam as salas de aula, refeitórios, banheiros e muitas outras coisas.
- Vamos? – Mary disse tirando o cabelo ruivo dos olhos e pegando minha mão
Eu sorri novamente.
- Vamos. Ficar perto de Mary é diferente, é como se toda minha tristeza de três meses fosse sugada e substituída por alegria. Acho que eu gosto dela.
- Bom dia – alguém gritou atrás de mim
— Opa, desculpa. Será que estou atrapalhando o casalzinho aí? – ele sorriu
— Scott, não cante essa música, por favor. – eu disse
Scott é um dos meus antigos amigos, o nosso grupo era eu, Scott, Mark e Taylor. Scott era o senso de humor do grupo, a sua autoconfiança é tão grande que ele sempre chega nas garotas na balada. Mas de dez garotas, sete davam o fora nele, pelo menos ele não desiste.
- Vou tentar – ele disse
Scott tinha cabelos negros, pele pálida como a minha e olhos negros também. Quando Mark morreu ele foi o que mais ficou irritado, ele que geralmente ajudava Mark a aumentar sua autoestima.
- Onde está o Taylor? – perguntei
— Está ali – disse Scott apontando pelo campus
Depois de alguns minutos encontramos Taylor. Ele tem cabelos loiros, pele pálida e olhos castanhos.
- Taylor – Scott gritava
Taylor era o quieto do grupo, nunca abria a boca para falar nada. Ele é um pouco antissocial e não gosta de contato humano. Não sei como ele se sentiu com a morte de Mark, ele não é de falar as coisas mesmo que lhe perguntem.
— Nós devemos entrar logo, preciso analisar as gostosas da sala – disse Scott
- Para levar um fora pela décima vez no ano? – eu sorri
— Não foi a décima – Scott disse ofendido
— Décima Oitava – Disse Taylor
— Você não está ajudando – disse Scott irritado
— Então... Vocês eram amigos de Mark? – Mary disse entrando na conversa
Nós ficamos em silêncio.
O nome Mark era praticamente um tabu, nós não tínhamos mais falado sobre ele desde o funeral.
- Eu vou lá, não posso me atrasar – disse Scott ignorando Mary
Taylor o seguiu em silencio.
Mary se virou para mim e disse: - Meu Deus... Me desculpe eu...
- Não se preocupe – eu disse interrompendo ela
- Sobre o Mark... Nós não falamos muito dele – eu disse olhando para ela
Ela olhou para baixo.
— Entendo
Olhei para ela e lembrei do dia da balada, se eu estivesse com Mark ao invés nada teria acontecido, mas a culpa não é dela. A culpa é minha por ter beijado ela naquela balada. Segurei sua mão e disse:
- Vamos?
Ela sorriu e me acompanhou.
O dia foi normal. Fomos para a sala de aula, os professores e alunos se apresentaram. E as horas passaram como se fossem minutos. E então chegou a hora da saída. Eu estava esperando o ônibus no portão da escola junto com Scott e Taylor. Mary não havia chegado ainda.
- Eu estive pensando – Comecei a dizer
- John, você pensando? O mundo está perdido – disse Scott com seu sarcasmo habitual
Taylor sorriu.
— A gente nunca mais falou sobre Mark desde aquele dia – Ignorei a piada
Eles ficaram sérios.
- Sei que é difícil, mas faz três meses, ele não ia gostar de ver a gente triste – Continuei falando enquanto fitava o chão
Eles ficaram em silêncio e eu pensei que talvez não concordassem com minha opinião.
- Tem razão – Taylor se pronunciou
Scott olhou para Taylor e olhou para mim e disse:
— Acho que dessa vez você tem razão, John – disse Scott ainda sério
— Acho que a gente deveria ir a uma festa – disse Taylor
Eu e Scott olhamos para ele seriamente.
— Mark morreu em uma festa, acho que ir em uma festa seria o melhor jeito de homenagear ele. Mostrar que mesmo que ele esteja morto, ele está vivo em nossos corações. – Ele continuou falando Eu não falei nada, sinceramente nunca tinha ouvido Taylor falar tantas palavras em sequencia, e muito menos ainda ver ele querer ir a uma festa.
— Taylor... – Scott falou e deu uma pausa
— Essa é a coisa mais brilhante que tu já disse... E também um pouco Gay – Scott sorriu
Eu sorri.
Mark morreu, mas isto não significa que estamos mortos também.
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Até o próximo capítulo!