Betrayed Friendship - Jily escrita por Vitória Serafim


Capítulo 4
Capítulo III - Sensação pós-desgraça


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem apareceu, não é mesmo? HAHA
Bem, esse capítulo não tá muito grande (tá bem pequeno, pra ser franca), mas eu não tava mais aguentando ficar sem postar, até porque já faz uma década que não apareço por aqui (considerando que só agosto foram nove anos).
Só estou feliz por ter finalmente acabado minha outra Jily "Green Eyes" e que apesar de toda a correria do cotidiano da minha vidinha eu ainda vou estar por aqui postando e me dedicando totalmente à essa fanfic ♥ Fiquem felizes por isso! hihi.
Bem, não tá grande coisa... Mas aí vai!
Espero que gostem :D

[Capítulo betado por Aline lacre ♥]



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“Esse quadro... Como vou entregá-lo a James?”, pensava comigo enquanto deitada na cama de meu quarto em meio às cobertas. Quanto tempo fazia que estava ali? Cinco minutos? Uma hora? Nem sabia mais dizer.

                Em meu celular havia vinte e cinco mensagens de Dorcas que talvez nunca fossem lidas. Falando nela... Precisava alterar o nome na qual salvei o contato dela, tirar aquele coração ridículo, que obviamente ela não tem.

                Depois de quase vomitar minhas tripas na lixeira da escola, agradeci Marlene mais uma vez pela ajuda e nós trocamos nossos números, não fiz muito caso. No momento era inimaginável para mim que eu conseguisse arranjar uma nova amizade.

                Como podia aguentar duas bombas no mesmo dia? Tinha que lidar não só com o fato de que tinha dado meu primeiro beijo, mas também com o fato de que Dorcas tinha pegado James Potter, o meu primeiro beijo. E é aí que as coisas se revelam injustas. Afinal, existe alguma coisa na vida que seja justa?

                Meus olhos ardiam de tanto encarar os pequenos desenhos feitos à mão que preenchiam as paredes de meu quarto. Era uma sensação terrível. Tinha certeza que passaria ao menos umas duas semanas ali deitada na cama feito uma debilitada a procrastinar sobre a noite de hoje.

                Meu celular vibrara. Era Severo. Ele me dissera que não seria uma boa ideia ir à festa, devia tê-lo ouvido. Apesar de saber que ele era meu melhor amigo e que era meu confidente de todas as horas, não fiz menção nenhuma de atender. Assim que a ligação caiu na caixa postal o visor do celular mostrou que já eram 00:01.

Segundos depois, ouvi a porta da frente bater.

Mamãe.

Não estava nenhum pouco fácil. Mamãe trabalhava demais e mesmo que ela contratasse alguns funcionários para auxiliá-la, sempre acabava mais sobrecarregada. Sentia-me culpada por não fazer mais por ela, mas era difícil quando se tinha matérias da escola para se colocar em dia e encomendas para serem entregues dentro do prazo.

Os passos nas escadas estavam abafados, ela pensava que eu já dormia. Assim que ouvi a porta do quarto de abrir, fechei os olhos e fingi o sono. Ela beijou-me no rosto delicadamente e saiu, desligando a luz que estava ligada. Mal sabia ela que eu não dormiria nas próximas setenta e duas horas.

Na manhã seguinte, o dia amanheceu nublado, para ajudar o bom humor da pessoa aqui. Levantei-me da cama e caminhei como um ébrio até o banheiro, tamanha era a fadiga de minhas pernas ao tentarem sustentar-me em pé. Olhei-me no espelho e percebi que não havia removido a maquiagem do dia anterior, como poderia lembrar-me disso? Dormir umas duas horas no máximo e olhe lá. Decidi que tomar um banho seria uma boa ideia.

Depois disso, vesti meu velho e adorado pijama de panda e retornei à cama. Enganava-se quem pensava que tomar banho desperta certa disposição. Eu simplesmente queria enfiar-me num buraco e só sair de lá quando sentirem falta, que era nunca.

Respirei fundo e vi outra chamada perdida de papai. Prometera a mim mesma que o retornaria, mas não era uma boa hora... Deslizei a barra de notificações e lá estavam dez conversas do WhatsApp, mais de cem mensagens no total. Franzi o cenho. Percebi que ali se encontravam algumas de pessoas que eu nunca tinha falado na vida, além de outras coisas pra lá de estranhas.

—____________________________________________________________________________

Notificações:

WhatsApp:

Fiquei sabendo que pegou o Potter... E aí? Qual foi a sensação? Que sortuda você é!” ~Mary McDonald.

“Você e a sua amiga anjinho estavam demais ontem, huh? Me liga (cara maliciosa)” ~Amos Diggory.

“Amanheceu melhor?” ~Marlene McKinnon.

“Lily, está tudo bem? Por que não atende minhas ligações?” ~Papai.

Lily? Quer, por favor, dizer o que houve ontem na festa? Todos estão falando merda.” ~Severo Snape.

“Você está melhor?” ~ Alice.

“Precisamos conversar” ~Dorcas ♥

Mais 3 conversas.

                Facebook:

                Amos Diggory reagiu à sua foto de perfil.

                Amos Diggory lhe mandou uma solicitação de amizade.

                Frank Longbottom lhe mandou uma solicitação de amizade.

                Bellatrix Black te adicionou ao grupo: “James Potter, eu já peguei”.

—____________________________________________________________________________

                Fiquei uns dois minutos apenas rolando a barra de notificações do meu celular e pouco depois decidi fazer uma ligação.

                — Lily?

                — Oi, Severo — suspirei remexendo-me na cama procurando uma posição mais confortável.

                — Está tudo bem? — perguntou Snape com a voz impassível de sempre.

                Severo era do tipo que não deixa nenhum sentimento transparecer, tudo isso porque ele já havia passado por muito nessa vida e um dos efeitos colaterais disso foi ele ter se fechado para todo o resto da sociedade, exceto a mim. Eu era grata por tê-lo como meu amigo, porque eu também nunca fora de ter muitos amigos na escola, Dorcas era a minha única amiga. Quer dizer, James também era meu amigo, mas sabemos que é totalmente diferente.

                — Hm... — pensei por um instante. — Você tinha razão.

                Imaginei o cenho de meu amigo se contraindo.

                — Sobre o que?

                — Sobre a festa.

                Ele suspirou.

                — Você pode vir aqui em casa? Preciso conversar, mas não é uma boa por celular... — disse, por fim, quando percebi que ele não sabia mais o que falar.

                — O que acha de sairmos para almoçar? — sugeriu.

                Olhei no meu relógio em cima da escrivaninha e vi que já passava do meio dia. Realmente o tempo voa quando se devaneia.

                — Tudo bem. Te encontro no 3Broomsticks’?

                — Certo. Nos vemos em meia hora — confirmou e desligou a chamada logo em seguida.

                Não houve tempo de bloquear o celular para guardá-lo de volta no bolso já que um nome preenche a tela, juntamente aos espasmos que emanavam do aparelho em minha mão. Até em mil anos não conseguiria saber se era minha mão ou o celular que estava entre tremores.

—____________________________________________________________________________

Chamada de James Potter.

Atender                                           Recusar

(Deslize para atender)

—___________________________________________________________________________

                Senti meu coração errar uma batida. Não sabia que atitude tomar: ligar, desligar, ignorar... De qualquer maneira, não faria diferença alguma, já que meus dedos tinham perdido totalmente a noção do que era responder às ordens do meu sistema nervoso.

                Quando fui perceber a chamada já tinha caído na caixa postal. Não demorou para uma notificação aparecer com os dizeres: “Novo correio de voz”. Senti meus dedos se aquecerem de novo e eles foram imediatamente de encontro com essa frase.

                “Oi, Lily. Bem, o aniversário do Sirius já é amanhã e eu queria saber se você conseguiu terminar o quadro... Ah... Em todo caso, me retorne a ligação, por favor.”

                Ah, claro. Retornar a ligação... Aham. Ele podia esperar sentado, ah se podia... Porque se eu tenho certeza de alguma coisa nessa vida, essa coisa é que eu sou a pessoa mais cagona do mundo, então... Talvez aquele quadro nunca fosse entregue. Tanto tempo desperdiçado... (Interprete como quiser).

                Vesti uma roupa qualquer e saí de casa decidida a tentar afastar James Potter da minha cabeça. Afinal, ele era o motivo da minha vida está de pernas pra lua. (Ok, talvez seja drama, mas poxa... O cara não sai da minha cabeça, tira meu sono... Aí complica, né?).

                É como sempre diz minha mãe: “Nunca deixe algo na sua vida ser tão importante a ponto de deixar isso tomar conta da sua vida.” Talvez eu fosse uma obcecada louca que não soubesse fazer outra coisa na vida e não tivesse nenhuma saída possível para essa situação horrível. Eu era um caso perdido, sem sombra de dúvidas.

                Assim que cheguei ao restaurante combinado, avistei Snape de longe em uma mesa encostada na parede. Fui rapidamente ao seu encontro.

                — Hey — cumprimentei-o com um beijo no rosto e sentei-me à sua frente.

                — Oi — ele sorriu com o canto dos lábios.

                Fiquei em silêncio esperando que ele pronunciasse algo para começar a conversa, mas ele nada disse. A garçonete se aproximou da mesa e perguntou pelos nossos pedidos. Pedi um croissant e um cappuccino para ver se acordava a minha mente preguiçosa, não estava com fome o bastante para almoçar, assim como Snape.

                — Eu tenho tantas coisas para te contar... — comecei. — Mas antes de começar, gostaria que você me contasse primeiro o que disseram sobre mim ontem — coloquei estas últimas palavras para fora como um bêbedo coloca suas tripas após uma madrugada chapando.

                Snape realizou um movimento com a garganta como se a coçasse e meneou levemente a cabeça analisando o ambiente que se enchia aos poucos com a chegada de parisienses para o almoço.

                — Só alguns boatos de que você se embebedou na festa e acabou fazendo besteira — seus olhos indecifráveis me encontraram, senti um arrepio percorrer minha espinha.

Será que ele sabia? Devia saber... Mas ainda não estava pronto para isso ainda.

                — Que tipo de besteira? — perguntei sentindo a obstrução de minha garganta se agravar.

Eu que tinha de contar...

                — Soube que brigou com Dorcas, é só — suspirei.

                Esperei um momento até que minhas vias aéreas ficassem livres antes de prosseguir.

                — Bem, ah... Primeiramente... Eu e Dorcas não brigamos — Snape ergueu uma sobrancelha.

                — Não? — neguei com a cabeça. — Então o que houve? — juntei minhas mãos sobre a mesa e passei a brincar com meus dedos, não respondi. — Lily, você está me deixando preocupa-

                — Eu beijei o Potter! — essa frase pareceu fazer as palavras de Severo descerem todas por goela abaixo. A preocupação que há um segundo preenchia o olhar do rapaz, agora se esvairava por completo, dando espaço para um sentimento de incredulidade e incompreensão diante dos fatos. Se eu estava com dificuldades para entender o que tinha acontecido na noite passada, nem poderia imaginar o que era reproduzido na cabeça de Snape.


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Notas finais do capítulo

HEHEHE. ADORO TERMINAR O CAPÍTULO NAQUELE SUSPENSE MAROTO.
Qual vocês acham que vai ser a reação do Snape? Vai ficar puto sim ou não?
Enfim... Espero que vocês estejam gostando. Próximo capítulo vai ter Taladorcas na narrativa. Slc. Estou sentindo uma treta... (carinha de lua do wpp).
Posso demorar um pouco a retornar (estudos, como sempre), mas eu volto!
Um beijão e fiquem bem! Até o próximo capítulo, lindos de meu core ♥



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