Betrayed Friendship - Jily escrita por Vitória Serafim


Capítulo 11
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Eita! Olha eu aqui dois dias depois de ter postado o capítulo anterior. Eu não consegui não escrever rápido sdhuashdsauh (até porque ficou bem curtinho). Vou deixar os recadinhos pra dar no final.

Boa leitura ♥

[Capítulo revisado]



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                Já era dia de Ação de Graças (nos EUA, pelo menos) e mamãe estava colocando as tortas no forno. Tudo estava correndo perfeitamente bem.

                Imagino que você esteja se perguntando o que aconteceu com Marlene; se meu pai foi descoberto; se Snape ficou sabendo das novidades, no final das contas ou até mesmo o meu relacionamento com Petúnia, Dorcas e James. Estou realmente ansiosa para contar sobre o dia do jantar nos Potter, mas temo que se essas questões supracitadas não forem esclarecidas você fique um tanto quanto zangado. Então, aqui vamos nós...

As duas semanas antes da Ação de Graças passaram mais rápido do que qualquer um possa imaginar, afinal, foram duas semanas de muitas coisas acontecendo.

Logo depois da conversa que tive com Potter — na frente do chafariz do museu — voltei para casa de bicicleta e acabei dando de cara com Marlene (o que eu achava que ocorreria mais cedo ou mais tarde, já que eu morava sobre o teto de sua casa). Ela me disse que uma coisa muito importante havia sumido do seu quarto e me perguntara se eu tinha a ver com isso. Era nítido que McKinnon sabia que fora eu quem havia furtado a fotografia, já que esta havia sumido na mesma tarde em que estive em sua casa. Ela tentou me ameaçar dizendo que tinha uma cópia da foto, mas eu insisti para que a guardasse para si, já que Sirius não iria gostar nenhum pouco quando soubesse do que a loira havia feito (mais tarde avisei a James para que não contasse a Black, ele acabaria descobrindo sozinho). Amedrontada, ela voltou para dentro de casa e nunca mais a vi desde então. Ela realmente tinha medo da reação do garoto caso descobrisse que ela era uma troglodita irreverente.

Mesmo que meu pai não merecesse a misericórdia que teve, acabou não sendo entregue à polícia. Entretanto, entramos em contato. Não foi necessário que eu pedisse uma explicação a ele sobre o motivo do tráfico de drogas. Ele me disse alguma coisa sobre precisar de dinheiro para ajudar a irmã de Mariele numa cirurgia caríssima no olho, mas, pelo que ele dissera, a mulher nem estava em situação de urgência e, convenhamos, se há necessidade de dinheiro, vender drogas definitivamente não é a solução. Ele ficou bastante afetado com a frieza de suas filhas, certamente não era fácil lidar com o meu desprezo por ele e a saída de Petúnia de sua casa na mesma semana. Mas acabou sendo assim, era justo. Mamãe soube do que ele fez e nunca pôde estar mais grata por não ser mais sua esposa e por Petúnia vindo morar com a gente.

Severo voltou a comer todos os dias na mesma mesa de intervalo que Dorcas e eu, ele acabou sabendo de tudo. Não parecia muito decepcionado no final das contas, apenas estava contente em saber que eu estava segura e satisfeita com o rumo que as coisas tinham tomado. Continuamos sendo muito amigos, marcando umas partidas de xadrez de vez em quando para nos atualizar das coisas que aconteciam na Paris Hogwarts High.

Com a migração de Petúnia lá pra casa, mamãe comprou uma cama adicional e nós fizemos um acordo onde podíamos dividir o quarto, contanto que ainda sobrasse espaço para os meus quadros.

As encomendas ficaram mais frequentes depois que a poeira abaixou, ainda mais por conta da minha inspiração, meus trabalhos estavam saindo cada vez mais bem feitos e aqueles que os recebiam diziam a outros e assim o negócio começou a construir um alicerce, de verdade, em apenas quinze dias de trabalho duro.

Dorcas e eu estávamos nos vendo com cada vez mais frequência, tínhamos montado um cronograma de estudos para enfrentar os testes que já haviam começado e estava funcionando perfeitamente como o planejado. O mais legal era que ela tinha feito amizade com Petúnia e nós três marcávamos um filme ou um dia para ficarmos falando de garotos (sobre Vernon, na maior parte do tempo, já que ele tinha decidido passar alguns meses em Paris numa casa de aluguel para ficar mais próximo da namorada), eventualmente.

E sobre James... Bem, James Potter é um ser complicado. Sempre acabávamos nos encontrando no colégio, ainda sentávamos um atrás do outro e, de vez em quando, ele me chamava para dar uma volta assim que eu terminava meu turno no Evans’. Apesar de estar claro um no olho do outro que nos gostávamos (pelo menos no meu estava transparente), não tínhamos tentado nada além de alguns abraços de saudação e despedida, até a quinta do jantar.

[Quinta-feira, 23 de novembro de 2017 – Dia de Ação de Graças]

Depois que mamãe, Petúnia e eu chegamos à residência dos Potter, Euphemia e Fleamont nos acolheram muito bem, recebendo os assados de mamãe com afeição e gratidão. James demorou um pouco para aparecer, se fosse para arriscar um palpite eu diria que ele estava indeciso sobre que roupa usar no jantar. Só nos vimos quando sua mãe avisou do andar de baixo que nós tínhamos chegado.

Ele estava tão... ele. Usava uma camisa xadrez azul e uma calça jeans, os cabelos cortados e devidamente cortados (Euphemia devia ter insistido para que ele o fizesse). Trocamos um sorriso e depois de alguns minutos de uma conversa muito agradável, o jantar foi servido. O irmão de Fleamont era bem extrovertido e era difícil não rir a cada cinco palavras que saíam de sua boca, devia a noite inteira a ele (e a Potter, que tinha arranjado tudo aquilo).

A mesa estava farta: peru, purês de batata, pães e geleia de cranberry faziam parte do cardápio do jantar, sem contar com as tortas de abóbora, limão e maçã que mamãe havia feito especialmente para aquela ocasião. Também eram servidos vinhos de diferentes essências, champanhe e o famoso suco natural àqueles que não se davam muito bem com álcool — como eu. A comida estava ótima e eu não hesitei em experimentar um pouco de cada coisa.

Por um bom tempo eu achei que seria apenas um jantar na casa dos Potter, onde eu teria algumas horas com o garoto mais lindo que já vira e depois voltaria à minha vida normal no final do dia. Mas como era de se esperar, James Potter nunca faz as coisas por acaso.

Quando todos já estavam para lá de satisfeitos, Euphemia acompanhou mamãe e Petúnia até a sala e, lá, conversaram sobre assuntos femininos como a experiência horrenda que era a menopausa, como os homens eram complicados e coisas do tipo. Petúnia não falava muito, mas parecia intertida com a conversa.

Foi então que me vi completamente sozinha observando através da janela da sala de estar. Não demorou muito para acontecer exatamente o que eu planejava.

— Hum, hum — Potter pigarreou. — Então? O que achou do jantar? — ele perguntou recostando-se sobre o peitoril da janela.

— Achei ótimo. Sua mãe cozinha muito bem — sorri amistosa. — Foi uma experiência sem igual. Nunca havia provado geleia de cranberry, gostei.

Ele sorriu de canto e depois de uns três minutos observando o topo da Torre Eiffel (onde eu estava apenas tentando espiar o rapaz bem ao meu lado com a visão periférica, por sinal), proferiu:

— Quer dar uma volta? — ele perguntou fazendo questão de abrir um sorriso sugestivo. Essa era a pergunta que mais nos ocorria nos últimos dias. Assenti e nós saímos (certifiquei-me de mandar uma mensagem à Petúnia antes para que mamãe não ficasse preocupada).

— Onde estamos indo? — indaguei depois de algum tempo caminhando em silêncio. Ficar perto dele por muito tempo me fazia ficar avoada o tempo todo. Era como uma bússola sendo confundida por um ímã.

— Você vai ver. Já estamos chegando — ele disse e eu pude sentir seu braço roçando brevemente no meu, fazendo-me estremecer por um instante. O safado sabia provocar.

Já passavam das dez da noite e o céu estava surpreendentemente muito estrelado. Demoraram mais cinco minutos para que chegássemos numa enorme praça. Em poucos instantes já estávamos deitados no gramado.  

Era impressionante como a vista do céu era incrível dali.

— Eu nunca tinha parado pra ver as estrelas assim — disse e pude ver um sorriso de satisfação se formando no rosto de James.

— Sabia que gostaria — acrescentou e eu pude sentir o calor de sua mão esquerda ao se encontrar com a minha, que estava descansando sobre a grama. Imediatamente olhei para ele, um pouco sobressaltada.

James Potter olhava tão fundo nos meus olhos que por um momento eu cheguei a achar que ele poderia ler tudo o que se passava pela minha cabeça. Era assustador e ao mesmo tempo excitante, mas tinha alguma coisa errada, havia de ter. Ergui meu olhar e voltei a observar as estrelas.

— Não precisa fazer isso se não quiser — comentei, sentando-me, e ele soube exatamente sobre o que eu me referia, mas tentou bancar o inocente.

— Isso o quê? — perguntou ele, agora também sentado, me fitando com curiosidade enquanto se aproximava e passava uma madeixa ruiva por detrás de minha orelha.

Isso... Você sabe... — estremeci. — Nós.

Foi então que ele fez a última coisa que eu esperaria que ele fizesse: riu.

— Qual é a graça?

— Quer parar de se importar com tudo e relaxar? — pediu ele entre risinhos, seu rosto a centímetros do meu.

— É só que nós somos amigos e...

— Ah, cala a boca, Evans — exigiu antes de acabar com o espaço que havia entre nós.

Foi o beijo mais mágico que havia provado (mesmo que todos que já tenha provado fossem do próprio James), afinal, ambos sabíamos que não éramos amigos coisa nenhuma. Só fui ter certeza disso quando cheguei em casa na mesma noite e chequei que o bolso do casaco estava com um desnível incomum. Era o cartão do correio elegante que havia enviado a Potter na festa de Halloween. Abaixo da mensagem codificada, escrita por mim, lia-se numa letra garranchada: “Hey, I love you too”.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAA Acabou ;-;
Estou orgulhosa de você que chegou até aqui, de verdade ♥
Eu só tenho a agradecer por todo o retorno que todos vocês me dão, até aqueles que leem e não comentam... Obrigada!
Mais uma jily chega a cabo e eu nem sei como me sentir. Satisfeita, talvez?
Fiquem sabendo que vocês me trouxeram uma felicidade enorme durante a escrita dessa fic e que devo ela inteirinha a vocês!
Talvez eu volte com uma oneshot muito em breve, vou começar trabalhar numa original então não tenho muita previsão de postagem, mas vocês saberão quando eu postar história nova ♥

Nada mais a declarar, apenas sentir.
MUITO OBRIGADA MESSMO ♥
Nos vemos por aí... ;)



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