~ Narrado por Emma ~

Quando finalmente o sinal da última aula toca a porta da sala se amontoa de gente, parecia que havia um incêndio ou algo assim, mas não é que ninguém aguentava mais aquela tortura, bem que a Ruby falou mesmo o professor de História é um porre, estava quase pulando pela janela e correndo pra fora dali, mas todos sobreviveram sem grandes danos.

— Vamos logo Emma

— Calma lobinha, você não vai conseguir sair agora ta vendo aquele monte de gente ali tentando sair desesperadamente daqui – Aponto pra porta.

— Quero sair logo daqui também, achei que ia chegar o dia de ação de graças mas essa aula não ia acabar

— Já vamos embora, vamos almoçar e ajudar no restaurante, mas temos um tempo ainda, deixa esse mundo de gente sair – Vejo a menina da boate e uma loirinha se aproximando da Ruby – Bom lobinha você tem companhia, acho que vou indo pro restaurante certo.

— Deixa eu te apresentar primeiro Emma – Antes que eu pudesse protestar ela me puxa pelo braço e olho para as três – Re, Tinker, essa é a minha prima Emma, Emma essas são minhas melhores amiga Rose ou Tinker e essa é a Regina

— Oi muito prazer – Sorrio de forma simpática e logo deixo o sorriso morrer.

— É um prazer te conhecer, bem vinda a escola

— Obrigada o prazer é meu – Sorrio simpática pra loira.

— É seguro te cumprimentar ou você tem uma copo de bebida ai prontinho pro meu uniforme – Vejo claramente sua ironia e reviro os olhos.

— Infelizmente meu copo de bebida ficou na minha outra mochila, mas posso jogar outra coisas se você quiser – Falo ironicamente.

— Vamos parar as duas em, que coisa feia duas moças fazendo essas coisas, a Emma derramou bebida em você sem querer Re.

— Ta tudo bem Lobinha, vou indo nos encontramos mais tarde, foi um prazer Rose – Beijo a testa de Ruby e saio sem me despedir de Regina e escuto ela me chamando de mal educada e um sorrio nasce em meu rosto.

Saio da sala e vou ate meu armário e pego alguns livros que ia precisar e deixo outros que não ia usar e sinto alguém tocando em meu ombro.

— Olha que coincidência, a garota misteriosa da boate estuda no mesmo colégio que eu – Me viro e dou de cara com a Lilly.

— Acho que não sou misteriosa, sou Emma e você é Lilly certo?

— Isso mesmo, vejo que já procurou saber quem eu era.

— Na verdade não, apenas comentaram comigo – Acho que aquilo saiu mais rude do que deveria.

— Você quer fazer algo hoje a tarde? Posso te mostrar a cidade. – Odiava meninas atiradas e isso pelo visto era uma “qualidade” da Lilly.

— Infelizmente não posso, acabei de me mudar e tenho muitas coisas para arrumar com meus pais – Fecho o armário e olho de volta para a Lilly – Quem sabe um outro dia não é, ate mais Lilly – saio de lá sem ter tempo pra ouvir a resposta dela.

Ta certo o povo daquela escola era extremamente oito ou oitenta, uns normais e outros completamente louco, eu tava no lugar mais louco do mundo, quando você pensa que já viu de tudo pode colocar na sua cabeça que você vai ver algo mais louco.

De manhã não tive muito tempo de pegar muitas informações sobre a escola então volto até a secretaria, adoraria me inscrever em uma atividade extra do colégio, nada de líderes de torcida nem nada relacionado a isso, não tenho paciência pra isso, eu sou boa em esportes mas isso não é uma opção muito viável pois ficaria exposta em, bom em algumas áreas.

Quando chego na secretaria me informo e vejo que a escola tinha coisas mais relacionados a esporte, parece que o basquete era o orgulho daquela escola, mas me interesso muito por músicas e por coisas relacionados a mídia, vejo que estavam precisando de uma pessoa para o grupo de mídia da escola, eu adorava fotografia, tanto que no meu aniversário de quinze anos ao invés de uma festa meus pais me deram uma câmera profissional e um curso, na outra escola eu também participava então acho que era a única coisa que se encaixava pra mim ali, pego as informações com a secretaria e saio do colégio indo direto para a Granny’s.

— Cheguei mãe – Me aproximo e beijo o rosto da minha mãe.

— Oi filha, como foi seu primeiro dia no colégio?

— Foi tranquilo mãe, me inscrevi no grupo de mídia na escola, começo amanhã tudo bem?

— Claro eu sim filha, isso é ótimo, igual você fazia em Nova York.

— Sim, mas prometo que não vou descumprir minha promessa, vou continuar ajudando aqui - Quando meus pais conversaram comigo e com o meu irmão sobre se mudar para Storybrooke o principal motivo era que minha vó já estava idosa e ela trabalhava sozinha pra cuidar do restaurante, claro ela tinha suas garçonetes e a Ruby sempre ajudava, mas ela não tinha ninguém de confiança pra ajudar ela ali lado a lado, minha tia fazia isso, mas quando ela morreu minha vó ficou sozinha novamente e meus pais conversaram e decidiram voltar para a cidade onde haviam sido criados, minha mãe era professora em Nova York e meu pai tinha a sua empreiteira, minha mãe ia dar aula somente meio período na escola infantil da cidade e meu pai ia se dedicar ao restaurante e cuidar da empresa dele em Nova York a distância, e o combinado foi de eu e o Eric ajudarmos no restaurante sempre que possível.

Eu confesso não gostei de deixar meus amigos e Nova York mais sabia que era pelo bem da nossa família, meu irmão por outro lado odiou a ideia, reclamou e continua reclamando por tudo, desde se mudar pra cá, mas também com o fato de ter que ajudar no restaurante, serio não entendia meu irmão, ele as vezes parecia que fazia ruindade por puro prazer, era estranho, mas evitava ficar questionando pra não ter problemas e nem brigas.

— Certo, você comeu ou quer algo daqui?

— Depois eu faço alguma coisa mãe, precisa de ajuda?

— Por enquanto não, os pedidos estão todos entregues, mas se quiser pode vir aqui atrás e me ajudar a organizar.

— Ajudo, vou só guardar minhas coisas – Beijo o rosto da minha mãe – A Ruby já chegou?

— Achei que ela viria com você

— Não mãe, ela estava com as amigas dela, preferi deixar ela vir com elas.

— Ele deve estar chegando logo.

— Cade o papai e a vovó?

— Eles saíram junto com o Eric, sua vó foi mostrar a rotina dos fornecedores para eles, assim ela não precisa ir mais.

— Você viu como ela está toda feliz por estarmos aqui?

— Se vi? Ela quer fazer uma festa para comemorar nossa chegada – Rio ao ouvir aquilo, aquele era bem o estilo da vovó mesmo.

— Me surpreenderia se ela não quisesse – Vejo Ruby entrando no restaurante.

— Me deixou pra trás sua loira de farmácia

— Hey sou natural ok, e além do que você estava com as suas amigas não queria atrapalhar.

— Deveria ter me esperado, a irmã da Regina estava esperando ela e a Rose ajuda no abrigo de animais.

— Desculpa lobinha, da próxima vez eu te espero certo? – Levanto e pego um avental – Nada de fugir pode vir ajudar

— Não vou fugir pode deixar – Ela pega outro avental e fica do meu lado – Você foi muito má com a Regina

— Eu? Eu fui educado ela veio com ironia, só continuei a ironia dela – Rio e vejo que um casal se acomodou e aguardava para ser atendido – O trabalho me chama – Caminho ate o casal e cumprimento simpática e anoto o pedido deles.

O dia passou bem rápido, depois de umas duas horas meu pai chegou com a minha vó, mas sem meu irmão ele já tinha conseguido fugir, todos os cliente que chegavam minha vó fazia questão de falar que meu pai e minha mãe tinham voltado pra cidade e apresentar a neta dela, era engraçado ver minha vó assim, mas confesso que ela fofa.

Por volta de umas 17:00 estava na cozinha ajudando lá com a Ruby e escuto minha vó me chamando, vou ate ela.

— Venha querida quero te apresentar algumas pessoas.

— Vó chega de apresentações por hoje – Falo manhosa isso sempre funcionava com a minha vó.

— Prometo que esses são os últimos por hoje querida – Rio ao ouvir ela falar: por hoje.

— Ta bem vovó quem são as pessoas? – Caminho até o salão principal e vejo meus pais próximo de onde minha vó estava me levando.

— Ela está aqui filho.

— Filha vem cá quero te apresentar uma família muito especial – Meu pai me abraçada pelo ombro e sorrio simpática – Filha essa é a Cora, prefeita da cidade e a família dela – Aceno para a senhora e digo um ola simpático – Esse é seu marido Henry – faço o mesmo com ele – E suas filhas Zelena e Regina – Regina? Meu pai falou Regina? Mas será possível? Ela esta me perseguindo só pode não é mesmo.

— Emma esta na mesma escola que a Regina? – Acordo da minha loucura interior e olho a senhora – Na verdade fazemos algumas aulas juntas senhora Mills.

— É mãe estamos em algumas aulas juntas, e bom a Ruby é minha melhor amiga então fomos apresentadas já.

— Sejam bem vindo a cidade, e que bom que vocês voltaram, sua mãe sentia muita falta de vocês – Ela volta a falar com o meu pai e encaro Regina.

— Não seja boba Cora, ele vai pensar que ficava chorando pelos cantos com saudades deles.

— E não ficava?

— Sim mas eles não precisavam saber disso – Sou despertada dos meus pensamentos quando escuto as risadas. A família Mills se acomoda em uma mesa próxima e meu pai pede para eu anotar os pedidos e faço um lembrete mental de matar meu pai mais tarde.

Peço licença para a família Mills para eles poderem escolher e quando vou me afastando vejo o olhar da irmã da Regina sobre mim e ela comenta algo com a Regina e olha novamente pra mim e sorri, muito estranho.