Narrado por Regina

Depois da minha discussão com Robin ele saiu furioso da minha casa, já que era a casa da minha mãe sugeri que ele procurasse um hotel na cidade, quando volto para a sala Ruby e Emma não estavam mais, os olhos da minha mãe, da Zel e da Ella recaem sobre mim, eu não queria conversar, queria ficar quieta na minha em silêncio, não queria ter que explicar que a minha vida estava uma merda, que eu queria matar o Robin, não estava com a porra de um pingo de paciência; agradeço mentalmente quando Alicia vem correndo.

— Mamãe podemos ir?

— Claro, estava te esperando – Ali abre um sorriso grande e satisfeito e caminho com ela até a porta me despedindo da minha família e falo para não me esperarem para o jantar, eu sempre tirava esses tempos com a Alicia, apesar de trabalhar bastante fazia isso, para ter momentos de qualidade, e ela adorava, em NY morávamos perto do Central Park então íamos lá sempre passar a tarde.

Saio de casa com ela, íamos caminhando mesmo ate o parque não era tão longe assim, quando alcançamos o gramado do parque um tempo depois Alicia solta minha mão rapidinho e vai até os brinquedos que haviam por ali, ainda haviam algumas crianças brincando e em pouco tempo ela já estava enturmada. Pego meu celular no bolso do casaco e escrevo uma mensagem mas acabo apagando e faço isso mais duas vezes até finalmente desistir e abrir outra conversa

[Re: 16::40] Preciso de ajuda podemos conversar?

[Ruiva: 16:40] Claro, você está bem? Bom pudemos ouvir algumas coisas da briga com o Robin

[Re 16:41] Que vergonha ...

[Rui a 16:42] Para de besteira não tem nada do que se envergonhar Regina, você não tem culpa das atitudes dele

[Re 16:42] Tudo bem ruiva, eu preciso de conselho jurídico podemos conversar amanhã?

[Ruiva 16:43] Claro, amanhã vou estar na empresa bem cedo, vai lá na minha sala e conversamos

[Re 16:43] Certo vou indo agora, ate amanhã ruiva

[Ruiva 16:44] Ate Re fica bem

Guardo meu celular no bolso e olho Alicia brincando feliz com as crianças, estava decidido não ia deixar Robin me abater e muito menos deixar ele tocar em minha filha, eu não ia voltar atrás no divorcio, isso já estava decidido e estava fora de discussão, de discussão já estava cheia, eu e o Robin brigávamos constantemente no ultimo ano, quando eu descobri que ele estava me traindo ele me implorou para que tentássemos de novo, começamos a fazer terapia de casal para ver se as coisas ficavam melhores, mas ele não estava disposto a deixar as amantes, os jogos, e eu já tinha cansado de tudo isso, voltar para Storybrooke era o folego de vida que eu precisava, amanhã conversaria com Ruby e assinaria os papeis de vez, ia ver a escola para Ali e ia trazer nossas coisas de NY, ficaria na mansão por enquanto mais depois ia procurar uma casa para nós duas.

Acho que o choque da ameaça de Robin estava passando, e nesse momento poderia ver as coisas mais claramente, e não tinha o que temer, Alicia era minha filha e Robin não ia tomar de forma alguma, mas se você é mãe quando tocam o nome do seu filho ainda mais para o mal, parece que te machuca muito mais, pensar que algo possa acontecer a eles, mas isso também era minha forçar, dar uma vida estável e tranquila para Alicia, e que lugar melhor que Storybrooke certo.

Quando já estava começando a escurecer chamo Ali que vem correndo ate mim com o cabelo todo bagunçado e suada e sento do meu lado

— Mamãe eu to com fome, podemos comer hambúrguer de jantar?

— Eu acho que podemos sim tenho o lugar perfeito para irmos. – Me levanto e Alicia vem segurar minha mão e caminho com ela em direção ao centro da cidade.

— Mamãe quando vou ver o Henry de novo?

— Não sei filha, você gostou dele?

— Sim mamãe ele é muito engraçado e disse que vamos ser amigos agora

— Bom posso ver com a mãe dele se ele pode ir brincar com você de novo.

— Por favor mamãe.

Chego ao restaurante da vovó com Ali um tempo depois e quando passo pela porta Granny fica surpresa de me ver ali, mas rapidamente vem e me abraça de forma carinhosa como ela sempre fez, ela vai comigo e com Alicia para a mesa, e entre conversa matamos a saudade e ela pode conhecer um pouco da minha filha, que ficou extremamente curiosa com o fato de chamarmos a Granny assim, mas ela não era de fato nossa vó, foi engraçado explicar isso para ela, e ela entender que se chamasse ela assim minha mãe não ficaria chateada.

Depois de fazermos nossos pedidos e a Ali comer enquanto eu e a Granny ainda conversávamos, pude contar para ela muitas coisas que aconteceram nesses anos que estive fora e ainda levei uma bronca dela por não ter voltado por tanto tempo, mas ela pareceu entender que era algo necessário; Ali estava quase dormindo na mesa, me despeço da Granny e vou embora com minha filha, chegando em casa já era um pouco tarde então presumo que todos estavam dormindo, pois a casa estava em completo silencio.

/-/

No outro dia como havia combinado de falar com a Ruby cedo, acordo bem mais cedo que todos em casa, me arrumo e deixo Ali dormindo tranquila, deixo um bilhete no quarto da minha mãe avisando que tive que ir mais cedo para a empresa.

Saio de casa e no caminho ate a empresa minha mente rodava milhares de pensamentos, além de tudo que precisava conversar com Ruby, só havia me dado conta de uma coisa enquanto estava indo para a empresa, a partir de hoje teria que trabalhar diretamente com Emma, isso significava que ficaríamos muito tempo juntas, mais tempo que eu queria, e teríamos mais contato do que eu queria também, não que eu pensava em demitir Emma, nunca faria isso, sei que ela sempre foi o braço direito do meu pai na empresa, mas não tinha parado para pensar que teria de fato trabalhar um ano inteiro com Emma, não poderia se quer transferir ela, ou voltar para NY e trabalhar a distancia, o testamento estava claro, eu, Emma e Zelena tínhamos que trabalhar juntas ali na empresa.

Quando estaciono o carro em frente a empresa e atravesso as portas, percebo o quanto ali havia mudado, estava maior, com uma decoração elegante e minimalista, me aproximo da recepção a fim de e apresentar, afinal de contas havia anos que não ia ali, mas a apresentação foi dispensada pois a recepcionista sabia bem quem eu era, e prontamente se dispôs a me levar ate a sala do meu pai, recuso de forma educada e informo que iria para a sala da Ruby, e ela me explica aonde ficava, me despeço e sigo ate a sala como ela havia me explicado, chegando ali vejo a porta aberta e coloco a cabeça para dentro

— Posso interromper? – Ruby estava concentrada no computador, mas quando ouve minha voz sua atenção cai sobre mim

— Não esta interrompendo Re, eu estava a sua espera – Me aproximo e Ruby se levanta e a cumprimento com um beijo na bochecha e um abraço – Senta por favor, quer alguma coisa?

— Não, eu estou bem Ruby – Me sento de frente para Ruby – Desculpa solicitar você tão cedo

— Tudo bem, eu costumo chegar cedo mesmo, não tem com o que se preocupar, mas em que posso te ajudar, bom já imagino o que seja

— Quero refazer meus papeis do divórcio, os que eu mandei para NY, estava sugerindo uma possível guarda compartilhada da Alicia, mas não quero isso, quero a guarda total da minha filha, depois de Robin ter ameaçado tirar ela de mim ontem, não quero ele nem perto dela.

— Eu posso fazer isso Regina, ate o almoço os papeis estarão prontos, mas você sabe que o Robin não pode tomar sua filha de você, afinal...

— Afinal ele não é o pai biológico dela, eu sei disso Ruby, mas ontem quando ele me ameaçou com isso, minha mente não trabalhou assim, eu fiquei assustada em perder a Alicia, eu não quero que o Robin tenha contato com ela, pois tenho medo que ele use ela para me machucar.

— Bom Re eu vou precisar dos documentos da Alicia.

— Não, Robin nunca registrou a Alicia.

— Não? Então bom isso simplifica muito, mesmo que fosse algo amigável Robin não teria direito a guarda compartilhada da Alicia, perante a lei ele não é nada dela Re, você não tem com o que se preocupar, será algo simples de ser resolvido – Eu já sabia disso, mas ouvir isso da Ruby me trouxe uma paz – Você vai contar para a Emma...

— Não Ruby... Isso esta fora de questão.

— Mas a Emma é mãe da Alicia...

— Não, eu sou mãe da Alicia...

— Regina você sabe que não é tudo preto no branco, sabe que não é assim...

— É sim, a Emma decidiu as coisas assim

— Ela não...

— Ela sim Ruby, ela decidiu isso, ela virou as costas para mim no momento que mais precisei dela, eu estava assustada e precisava dela e ela não estava ali, ela sempre me prometeu, mas não estava, ela estava longe fazendo você sabe o que, ela não tem direito a nada e nunca vai ter.

— E a Alicia, não merece saber a verdade?

— A Alicia tem eu, sua mãe e só isso que ela precisa saber, e ela sabe que o Robin é o pai dela.

— Mas é uma mentira...

— Ruby eu quem decido o que minha filha vai ou não saber – Vejo que Ruby fica em silencio – Me desculpe... Eu não quis ser grossa

— Não Regina, tudo bem você ta certa eu não tenho o que me meter

— Me desculpa, eu só não quero ter que pensar nisso, a Emma tem a vida dela, o filho a esposa, e eu só tenho a Alicia, pode ser ate egoísta, mas desde o começo foi eu e ela, eu tive que lutar, eu tive que aprender a ser mãe, a cuidar de uma criança e eu ainda era jovem, eu lutei para estudar e ser mãe ao mesmo tempo, ela se afastou, ela escolheu isso, ela quebrou a confiança que eu tinha nela da pior maneira possível, eu preciso tratar da Emma como uma profissional, mas nada além disso, por ela decidiu assim – Ruby fica em silencio depois de me ouvir e acena com a cabeça

— Eu vou agilizar os papeis após o almoço eles já estarão em direção ao hotel do Robin.

— Eu agradeço por isso.

— Não tem que agradecer, vamos conhecer a empresa? Fiquei de ver com você e com a Zel quem vai ficar com a sala do seu pai

— Vamos sim, quando eu vim aqui a empresa era menor.... Sobre a sala, se a Zel quiser ficar tudo bem, não quero ficar com a sala do meu pai, eu fico na sala de reuniões, até que tenha uma sala pronta para mim.

— Claro vou pedir para aprontar uma sala para você então o mais rápido possível, sobre o dia de hoje vai ser um pouco cheio, tem algumas reuniões para vocês poderem se situar e ver como esta a situação de tudo.

— Claro eu imaginei que seria assim mesmo, vou pedir para minha assistente de NY mandar meus projetos para dar continuidade daqui.

— Vai dar certo isso?

— Bom vai ter que dar, lembra o que esta no testamento.

— Claro que me lembro, fui eu que escrevi lembra – Sorrio e aceno com a cabeça, passamos um tempo andando pela empresa, Ruby me apresentava tudo e algumas pessoas importantes.