Narrado por Emma

Fazia três meses que estava presa em casa, desde o incidente do colégio não estava saindo muito além de ir para o hospital e a fisioterapia, minha perna havia ficado bem machucada então estava pedindo um cuidado bem maior e a longo prazo.

Você deve estar curioso sobre o que houve de fato comigo, assim como meus pais, a Ruby, minha vó, a família da Regina e principalmente a Regina e a minha insistência em não falar desse assunto foi temas de muitas brigas entre eu e a Regina nos últimos meses, ela sabia claramente que eu estava mentindo, havia mentindo até para o sheriff, mas não podia falar desse assunto, meus pais não tocavam nesse assunto comigo, mas com Regina era muito diferente ela insistia que eu precisava contar quem havia feito aquilo, e não vou negar ela está certa eu precisava falar sobre aquilo para quem fez aquilo tivesse o devido castigo se posso falar assim, mas pensa comigo por um instante como eu vou chegar e falar para a minha família “mãe, pai a turma do Killian me deu uma surra por eu ser quem eu sou... Ahh... É o Eric quebrou a minha perna e me segurou enquanto eles me batiam”.

Fala sério, isso acabaria com a minha família, meu pai jamais perdoaria o Eric por aquilo e nem sei se eu vou perdoá-lo, mas mesmo assim eu não iria falar nada, quando o Sheriff veio até mim no hospital me questionar sobre o ocorrido eu apenas disse que havia sido golpeada por trás e não tinha visto nada, o caso foi encerrado aparentemente não tinham provas para acusar ninguém, naquela ala da escola não tem câmeras e a única “testemunha”, eu, não havia visto nada.

Então em resumo dos últimos meses tem sido cama, e hospital, a uma semana havia começado a caminhar de novo mais ainda estava difícil, ainda doía bastante e eu precisava de um esforço enorme.

Minha família tem sido incrível esses últimos meses claro tirando o Eric, mas o resto tem me apoiado de todas as formas, me ajudado, a família da Regina então, eles tem nos ajudado muito, Cora havia feito questão de trazer um fisioterapeuta de fora da cidade para cuidar de mim pessoalmente, mesmo eu e meus pais falando que não era necessário, ela fez questão, Regina me acompanhava a todas as consultas, me ajuda a nos exércitos e quando era possível ela dormia comigo, nos primeiros dias após eu sair do hospital, ela ficou e cuidou de mim, ela saia apenas para ir para a escola.

Em alguns dias já seria liberada para voltar para o colégio e minha família já estava preparando toda uma logística para que eu não ficasse sozinha de forma alguma, meus pais cogitaram me mandar para uma escola particular, pela suposta segurança, mas eu neguei, não queria mudar de colégio, deixar minhas coisas e meus amigos para ir para uma escola diferente faltando poucos tempo para o ano terminar, meus pais conversaram com os professores e eles mandavam as matérias pela Ruby e pela Regina e um professor veio aqui na minha casa aplicar as provas na minha casa, essa última parte foi uma intervenção da Cora, ninguém queria que eu perdesse o ano letivo, eu principalmente eu e Regina já fazíamos muitos planos e reprovar um ano não estava nos planos.

Agora eu estava aqui, havia terminado a fisioterapia e Regina havia me levado de volta para casa e eu queria tomar banho, mas minha mãe não estava nem a Ruby, eu nem havia falado nada e já estava completamente corada e Regina percebeu isso, eu ainda precisava de ajuda em algumas coisas, principalmente após a fisioterapia por eu chegava com muita dor; isso já era esperado, o médico havia falado que pra eu melhorasse ia doer muito, pôr o ferimento foi sério.

~Narrado por Regina~

Você quer um resumo dos últimos meses? Bom eu defino em preocupação, correria, mais preocupação e mais correria, e não posso me esquecer das brigas também, acho que deu pra perceber que a esquenta da relação Emma e Regina, sou eu Regina Mills, não estou falando isso para pensar que eu não tenho paciência com a Emma, ou não seja compreensiva com tudo o que aconteceu nos últimos meses, pelo contrário, eu entendo ela, cuido e ajudo em tudo, mas o que eu falo de brigas é que eu e a Emma brigamos muitas vezes esses últimos meses, porque eu sei que ela mente quando fala do acidente, e ela sabe que eu sei que ela está mentindo e isso já gerou discussões pelo resto do ano, inclusive arrumei briga no colégio e a Emma nem sabe disso.

Fui enfrentar o Killian e seu grupo de babacas, eu sei que foram eles, só eles e algumas meninas pegam no pé da Emma por ela ser ela, e as meninas não teriam força para fazer tudo o que fizeram com a Emma, e Storybrooke é uma cidade pacata, essas coisas de crimes hediondos não cola por aqui, então a história volta de novo pro time de basquete, mas por eles serem os queridinhos do diretor, quando briguei com eles não deu em nada e eu fui suspensa por tentar manchar a imagem limpa e perfeita deles, o pai do Killian inclusive veio na escola, já não basta o filho cretino e o pai também, minha mãe ficou muito brava comigo, a Emma não faz nem ideia que eu fiquei suspensa se não ela me mata, mas eu não consigo evitar, ver aquele dia a Emma daquele jeito machucada e frágil foi horrível e eu achei que ia perder ela, e aquela sensação de vazio não quero nem pensar em sentir novamente, por isso mesmo que acabe tendo brigas as vezes por conta disso eu deixo rapidamente de lado pra aproveitar a Emma a minha namorada, eu a amo e poder cuidar dela nos últimos meses, ajudar e fazer tudo pra ver um sorriso no rosto dela, tem sido minha missão nos últimos dias.

Eu havia acabado de chegar com ela da fisioterapia com boas notícias, apesar de ela ainda precisar de ajuda em algumas coisas poderia voltar para o colégio já, claro teria que continuar ausente da equipe de mídia e legar leve, mas ela poderia voltar. Vi que ela queria algo e estava desconfortável em me pedir e logo saquei o que era, sempre que ela chegava da fisioterapia pedia para a Mary dar banho nela, e não havia ninguém ali só eu, eu sei vocês estão pensando “Ah mas elas são namoradas”, mesmo assim, havíamos apenas dado uns amasso e Emma logo cortava ela tinha receio de algumas coisas e eu preferia deixar ela no tempo dela, mas ali naquele momento via claramente que ela estava com vergonha e ia precisar ser aberta com ela.

— Amor eu vou preparar seu banho e te ajudo tudo bem? – Emma estava muito vermelha e sorrio de leve – Não precisa ter vergonha, você entra de cueca e quando eu sair do banheiro você tira, pode ser?

— Desculpa, não deveria ter vergonha de você

— Não precisa se desculpar amor, eu entendo

— É que cedo ou tarde você vai me ver, deveria me acostumar com isso

— Quando acontecer vamos pensar nisso tudo bem, até lá fazemos isso, não sei aonde sua mãe foi e a Ruby ia ficar na Granny hoje

— Tudo bem podemos fazer assim então – Sorrio e dou um selinho em Emma e vou até o banheiro; a banheira era baixa, ela não ia conseguir entrar ali sozinha, Emma chegava com bastante dor da fisioterapia e sempre era difícil até mesmo para ela sair do carro, quanto mais abaixar para entrar na banheira. Saio do banheiro e vou até ela – Amor eu vou ter que te ajudar mesmo, a banheira é baixa e acho que você não vai conseguir entrar sozinha.

— Amor... – Emma respira fundo e acena com a cabeça apenas, ajudo ela a se levantar e vamos até o banheiro, ajudo ela a tirar toda roupa e pela primeira vez estava vendo ela nua, procuro não ficar encarando para não deixar ela com mais vergonha, mas fala sério, era a visão mais linda que já tive na minha vida.

Logo afasto meus pensamentos e tiro minha roupa ficando apenas de calcinha e sutiã – Não é justo, pode tirar tudo também

Foi a primeira frase que a Emma falou me olhando nos olhos e rio para deixar as coisas mais leve

— Querendo ver meu corpo nua, senhorita Swan – Término de arrumar o banho e estendo a mão pra Emma –

Assim que falei a frase vi o rosto da Emma fica vermelho o meu também estava, mas conseguir disfarça, ajoelhando no chão para ajuda ela a tirar o tênis ela ainda tinha um pouco de dificuldade em tira por conta do ferimento. Deixei um pouco a vergonha de lado e aos poucos vou ajudando ela a tirar a roupa e fui contando as novidades da escola todos os preparativos para o baile, isso foi deixando a Emma mais relada vi ela fica um pouco nervosa quando foi a minha vez de tirar a roupa e até eu, e com o coração acelerado.

Por sorte havia um banheiro no quarto de hospedes, aonde Emma estava hospedada, porque ela não podia subir escadas, os antigos donos da casa eram escritores e usava o quarto como um escritório assim fizeram ele o mais confortável possível para eles não ficarem tendo que sair do escritório.

Emma ficou encostada na porta enquanto eu preparava a água da banheira para ela, mesmo o médico falando para que ela podia anda um pouco que ajudaria na melhora dela, sei que ela sentia ainda dores no final das sessões de fisioterapia, e a água morna ajudava ela a relaxa um pouco depois de cada sessão então fiz o máximo que pode para deixa a água do jeito que ela gosta.

Virei para ela e vi seus olhos vidrados no meu corpo não querendo me gabar mais sei que tenho um corpo lindo e ver ela me olhando com olhos de desejo me deram algumas ideias, andei em direção a ela erguendo meu braço esquerdo passando em volta dela, deixei as pontas dos meus dedos deslizarem pelo corpo dela vendo sua pele reagir ao meu toque. Apoio o seu corpo no meu para poder entra na banheira aproveitei para pegar ela de surpresa beijando seu pescoço.

O banho foi seguindo sem nada mais acontecer aos poucos as brincadeiras e as conversas foram diminuindo até sem percebe estávamos nos beijando, algo que começou com selinhos mudou caricias mais ousadas, não sei se foi a Emma que me  puxou para a banheira com ela ou foi eu que entrei mas já estava no colo dela e suas mãos tirando o meu sutiã, as mãos de Emma já percorriam meu corpo livremente e o beijo que trocávamos já era muito mais intenso e malicioso do que no início, acho que tivemos noção do que estávamos fazendo quando escutei um gemido de dor saindo da boca da Emma, sem querer botei o peso do meu corpo no joelho ferido dela e chegou uma hora que a dor se tornou insuportável, eu pulei rápido para longe de Emma e pedi desculpas.

Algum tempo depois já tínhamos acabado o banho e estava pronta; achei que ficaríamos na casa dela, mas quando terminei de me arrumar e ela também e saímos para a sala demos de cara o Eric, vou ser bem sincera, nunca comentei isso com a Emma, mas o irmão dela é muito estranho, ele nem foi visitar a Emma no hospital, nunca pergunta se ela tá bem e nunca procurou saber quem fez isso com a irmã dele, eu achava que gêmeos tinham uma ligação incrível e eram super protetor um do outro, mas no caso do Eric não é assim, parece que ele nem liga pra Emma e se posso me arriscar a falar parece que ele nem gosta dela.

— Amor vamos dar uma volta no parque? – Estranhei o que Emma me pediu porque ela não estava saindo muito de casa desde o acidente e ela percebe como olho pra ela – O médico disse que preciso caminhar, lembra?

— Claro vamos amor, mas não esta doendo muito para você andar? – Emma apenas negou com a cabeça, e Eric só ficou nos observando de longe e não disse nenhuma palavra, nem um boa tarde e nem perguntou como Emma estava.

Pego minha bolsa e a chave do meu carro e saio com Emma e quando vou em direção ao carro com ela, vejo que ela fica parada e me olha – Não quer ir mais?

— Quero, mas falei sério de caminharmos um pouco, a Granny’s é perto podemos ir até lá, vemos a Ruby e comemos alguma coisa

— Tudo bem seu pedido é uma ordem – Emma ri e me mostra a língua, tranco o carro e vou até ela e seguro sua mão e caminhamos em direção a Granny’s.