Unsolved escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 44
Battlefield.


Notas iniciais do capítulo

Olá ♡

Estava muito ansiosa para postar esse capítulo, espero que gostem!

Boa leitura.



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Andrew Narrando

Os Acionistas sabiam que eu não iria aceitar a proposta deles. Sabiam que eu não entregaria a Clarissa. – E foi exatamente por isso que eles vieram atrás de nós, nos cercando dentro desse hotel.

Sentia o ódio passear pelas minhas veias enquanto colocava o silenciador na minha arma.

Estava com ainda mais raiva pelo fato de Clarissa estar com medo. – Esses malditos iam pagar.

— O que vamos fazer Andrew? – Nick pergunta.

Estamos no corredor do quarto, chamo os seguranças para poder passar o plano.

— Dois de vocês vão ficar aqui, não podem deixar ninguém entrar no quarto. Protejam a Clarissa... – explico. – Os outros dois vão para o terraço, subam a escada e se abaixem atrás da porta, atirem a distância e eliminem o maior número de homens, entenderam? – eles afirmam que sim. – E os dois que sobraram, vão descer comigo e com o Nick.

Nós quatro descemos até o saguão do hotel, percebo que já não há mais nenhum funcionário por aqui e que provavelmente eles evacuarão o lugar. – Nos abaixamos atrás de um balcão e dou uma analisada no local.

A quantidade de seguranças é grande. – Os Acionistas estão sendo protegidos por eles. - Noto que David, o pai da Julie, também está entre eles. – De qual lado ele está? – Se estivesse do lado deles, por que me avisaria da invasão?

— Quando vamos atirar? – Nick indaga baixo.

— Só quando todos os que estão no terraço forem eliminados.

— Você acha que os nossos homens vão conseguir?

— Eles foram treinados pra isso! – respondo. – Alguém na escuta?— digo no ponto eletrônico para os nosso seguranças que estão no terraço.

Senhor Andrew? Eliminamos mais da metade dos homens, a quantidade era pouca aqui em cima.— Me informa.

Me avisa quando acabar.— digo

Vejo quatro homens armados se aproximarem do local onde estamos. – Aponto a arma com firmeza na direção deles. – Se os seguranças não me avisarem, terei que atirar antes do tempo.

Um deles está bem perto do lugar onde estou escondido. Me preparo para atirar nele, mas escuto o aviso que estava esperando.

Senhor Andrew, acabamos. – sou informado pelo ponto eletrônico.

Um sorriso maldoso paira sobre minha boca.

— Que a brincadeira comece! – aviso com frieza.

Assim que o homem entra no meu campo de visão, atiro na cabeça dele, o vejo cair no chão e sinto satisfação. – Nick e os outros também começam a atirar. E a recepção vira um verdadeiro campo de batalha.

Me protejo atrás de uma pilastra enquanto dois homens atiram contra mim. – Pelo canto dos olhos vejo Samantha e Jones saírem da recepção. – Quero ir atrás deles, pois temo pela segurança da Clarissa, mas se eu sair daqui agora sem cobertura vou levar um tiro.

Vejo pelo outro lado David – O pai da Julie – atirando nos homens que estão do lado dos Acionistas. – Ele atira no homem que estava atirando contra mim e eu elimino o outro.

Nesse momento fica claro de que lado David está. – Um dos Acionistas mira nas costas de David e eu atiro na cabeça dele.

Corremos até outra pilastra e nos escondemos lado a lado.

— De que lado você está? – indago com a arma na mão.

— Jurei lealdade a Candice Goldstein, e mesmo com a morte dela, isso não mudou. – responde ofegante. – Protegerei a filha dela!

Continuamos a eliminar o maior número de homens, mas ainda restavam mais do que nós.

— Você precisa pegar o líder deles. Só assim vamos para-los... – David fala. – O Jones, mate ele!

Aceno com a cabeça e peço cobertura para poder ir atrás do Jones.

Adentro mais o hotel e o procuro primeiro no andar de baixo. – Olho pela brecha de uma porta de um cômodo. – É a cozinha do hotel. Dois seguranças armados estão de pé e atrás deles Jones segura uma arma com pouca firmeza. – Covarde.

Esse desgraçado é tão covarde que deixa seus homens lutarem sozinhos e se esconde como um rato de bueiro.

Sei que vou ter que ser rápido para elimina-los. Então miro no primeiro e atiro, não espero e atiro no segundo.

Sinto a satisfação me invadir ao ver a cara de pânico do Jones.

Empurro a porta e entro. – Ele aponta a arma pra mim enquanto sua mão treme.

Vou até ele com a arma mirada em sua direção.

— Seu desgraçado! – Jones grita e eu sorrio friamente.

— O contrato expirou. – digo.

A arma dele está apontada para o meu peito e a minha para a cabeça dele.

— Acha que ganhou moleque? – fala com desdém. – Isso ainda não acabou!

— Mas vai acabar! – sou mais rápido que ele e dou uma coronhada na cabeça dele, fazendo Jones largar a arma.

Me abaixo rapidamente e pego o revólver, guardando-o na minha cintura.

Jones parece estar tonto e tenta se apoiar no balcão da cozinha. – Escuto sua risada de desdém se espalhar pelo cômodo. – Não entendo do que esse maldito está rindo.

— Qual a graça filho da puta? – indago alto sentindo tanta raiva que atiraria nele agora mesmo.

— Você! Você é a graça! – Ele continua rindo. Perco a paciência e encosto o cano da minha arma na cabeça dele.

— Ainda pareço engraçado pra você?! – grito ameaçadoramente e vejo o olhar de pânico dele. – Eu matei muitos dos seus homens, acha que não tenho coragem de matar você? Seu saco de merda!

— A graça não é essa! Quero dizer... Você sabe o “porquê” aquela vadia da Candice escolheu você pra cuidar da filha dela? – estreito os olhos analisando-o. Ele está tentando me desestabilizar. – Não é porque você é muito forte ou poderoso, Andrew. Não não! – Ele debocha. – O motivo é simples... aquela maldita estava morrendo de câncer e ela queria não alguém para proteger a filhinha dela, mas alguém que se apaixonasse por ela! Porque só assim a pessoa poderia proteger a garota de verdade.

Sorrio com frieza quando ele termina, Jones me olha sem entender.

— Então ela escolheu a pessoa errada! – digo.

— Tem certeza? – Jones continua. – Ela investigou toda a sua vida, sabia que você já havia perdido alguém que amava e se aproveitou disso. Era o plano perfeito da Candice... Ela iria morrer de qualquer forma, então ela escolheu você.

— Quem me garante que isso é verdade? – indago impassível.

— Aquele filho da puta do David, o braço direto da Candice... ele pode te confirmar isso.

Me sinto usando e com raiva. – Aquela velha da Goldstein planejou tudo isso? – De qualquer forma não posso pensar nisso agora.

Miro na perna dele e antes que Jones possa perguntar o que vou fazer atiro. – Ele grita de dor e consequentemente cai no chão.

— Levanta! – mando autoritário, ele me olha com ódio.

— Por que fez isso seu desgraçado? – indaga segurando a perna recém ferida.

— Pra você não tentar fugir... E pra caso tenha mentido! – explico com um sorriso. – Levanta e vamos! – Aponto a arma pra cabeça dele e com muita dificuldade ele se levanta.

Seguimos pelo corredor, escuto o som de tiros e os gemidos de dor desse desgraçado.

Quando entramos na recepção do hotel – que é de onde vem os tiros. – Vejo três dos cinco acionistas mortos no chão, alguns outros homens também.

Aponto a arma para a cabeça do Jones e o faço de escudo para entrar no campo de visão dos homens dele.

Assim que somos vistos os tiros param. – Um dos seguranças dele faz menção de se aproximar, mas eu o mando ficar onde está.

— Senhor Jones... – O mesmo diz.

— Abaixem as armas! – Jones manda. – Nós perdemos, abaixem! – volta a dizer.

Eles colocam as armas no chão com receio, ainda olham para Jones como se esperassem outra ordem. – David sai de trás de uma das pilastras e assim que olha para Jones da um sorriso de satisfação.

— Traidor! – David grita.

— Seu maldito! – Jones responde com ódio.

— Você ainda não recebeu o que merece por trair a Senhora Goldstein!

— Aquela vadia já está morta, David!

— Quando fazemos um voto de fidelidade, ele dura até depois da morte! – David diz nos olhando. – Andrew... O que traidores como o Jones merecem?

— A sentença é a morte! – puxo o gatilho da arma.

O sangue espirra, alguns segundos depois vejo o corpo do Jones cair sem vida no chão. – O sangue dele me sujou, maldito.

Os seguranças fazem menção de pegar as armas no chão.

— O Jones caiu! Quem manda aqui sou eu! – falo com autoridade. – Aqueles que não me obedecerem terão o mesmo fim que ele. – chuto o corpo dele no chão.

Eles se entreolham, mas acabam cedendo e não dizem mais nada. – David vem até mim, mas eu aponto a arma pra ele.

— Andrew? – diz me olhando sem entender.

— É verdade que a Candice estava morrendo? – indago.

— O Jones te disse isso...?!

— É verdade? – pergunto impassível.

— Sim. – Ele confirma.

Estou com tanto ódio por ter sido enganado. – Aquela maldita deve estar queimando no inferno uma hora dessas, isso é o que me conforta.

— Acho que a sua patroa esqueceu de mencionar isso no contrato!

— E o contrato importa agora? – Indaga. – A Candice estava doente! Ela já ia morrer de qualquer jeito...

— Então ela resolveu me enganar... – Ele me interrompe.

— Ela confiou a vida da Clarissa a você. Isso é tudo o que importa agora! – David fala.

Abaixo a arma ao me lembrar da Clarissa. – Preciso saber como ela está.

— Nick! – vou até ele que está ajudando um dos nossos seguranças que levou um tiro.

— Andrew a Samantha sumiu! – David vem atrás de nós. – Ela pode ter fugido ou ido atrás da Clarissa! Eu fico aqui com o Nick, vai ver se a garota está segura...

Saio apressado pelo hotel. – Se alguma coisa acontecer com a Clarissa eu vou matar aquela vadia da Samantha! – Ela tem que estar segura.

Clarissa Narrando

Sentei encolhida na cama escutando os barulhos de tiro. – O pânico estava tomando conta de mim.

Só conseguia pensar se o Andrew estava bem. – Já fazia muito tempo que ele havia saído por aquela porta.

Me assusto quando ouço um barulho de tiro muito próximo do quarto. – Respiro fundo me lembrando que Andrew deixou dois seguranças na porta.

Mais dois tiros cortam o silêncio e depois não ouço mais nada. – Alguns segundos depois tiros penetram a porta e ela é aberta bruscamente.

O rosto delicado da dona da arma não combina com aquela situação. – Antes dela fechar a porta vejo os corpos dos dois seguranças no chão do corredor.

— Se lembra de mim? – Ela indaga com frieza. O batom vermelho pintado em seus lábios agora casam perfeitamente com o sangue nas mãos dela.

— Samantha. – digo seu nome baixo, quase inaudível.

Um sorriso maldoso está em seus lábios. – Me levanto da cama e ela aponta a arma pra mim.

— Nem pense em fazer alguma coisa, garotinha. – diz ameaçadoramente.

— Abaixa essa arma... – peço e ela sorri com deboche.

— Lamento, mas eu não obedeço suas ordens. – diz ironicamente. – Sabe, Clarissa eu trabalhei pra sua mãe, meu pai também trabalhou pra ela... – Samantha parece vagar por lembranças. – E ele morreu protegendo ela, por que era fiel demais pra não entregar a vadia da sua mãe pros inimigos dela! – sinto a raiva subir ao ouvi-la dizer isso. – E quando eu decidir trabalhar pra ela, foi só pra arruína-la, mas não tive o prazer de fazer isso! – Ela se aproxima de mim com a arma apontada para a minha cabeça.

Minhas mãos estão trêmulas. – E sinto medo ao olhar dentro dos olhos dela. – Samantha parece tomada pelo ódio.

— Não foi difícil convencer Os Acionistas que a melhor coisa era romper esse contrato e tirar absolutamente tudo de você! – O cano da arma dela está muito próximo de mim. – Porque você não merece isso! Não merece o poder, o dinheiro! Nem mesmo o gostoso do maridinho que ela arranjou pra você. – Quando ela fala do Andrew sinto vontade de lhe acertar um tapa. – Sabia que o plano dela desde o início era entregar você pra ele? Porque a maldita estava doente! – Samantha ri.

Sinto um aperto na boca do estômago enquanto suas palavras me atormentam. – Minha mãe... estava doente?!

— A minha mãe...? – minha voz morre antes de terminar a frase.

— Ela já ia morrer... Candice precisava de alguém que te protegesse de verdade, e ela sabia que os acionistas nunca fariam isso... Então ela investigou a vida do Andrew e viu que ele tinha um ponto fraco, já havia perdido um amor. Então por que não dar outro amor a ele?! Ela queria alguém que se apaixonasse por você. – diz rindo. – É tão ridículo!

Nesse momento me lembro da minha mãe me pedindo pra “tentar fazer da certo" com o Andrew. – Isso se encaixa tão perfeitamente. Como eu nunca percebi? – Ela me dizia que depois de um ano estaríamos juntas novamente, e penso agora como isso nunca poderia acontecer. – Ela morreu naquele acidente de carro, mas já estava morrendo antes disso. E nunca me contou.

Me sinto mais uma vez enganada. – Será que o Andrew sabia disso? – Não... Ele sempre tentou evitar esse tipo de sentimento.

— Cá pra nós... Ela fez uma escolha maravilhosa pra você, não é?! – diz sorrindo maliciosamente. – O Andrew é um gostoso. – olho com desprezo pra ela. – A única coisa que não entendo é o porquê ele se apaixonou por você, sinceramente... – as palavras dela me confundem. O Andrew não é apaixonado por mim! – Mas chega disso, vamos logo ao fim... Não seria justo você morrer sem saber dessas coisas.

Meu coração bate forte e sinto o pânico quando escuto o que ela diz. – Não vou morrer sem fazer nada.

Dou um forte tapa no braço dela e a arma cai no chão. – Não sei da onde tirei forças, mas não vou morrer sem lutar.

— Sua vadiazinha! – Samantha grita indo em direção a arma.

A puxo pelo braço para trás e ela me empurra. – Não a solto e nós duas caímos no chão. – Tento ser mais rápida e fico em cima dela. – Acerto um tapa em cheio no rosto dela.

— Isso é por ter falado da minha mãe! – Acerto outro. – E isso é por ter falado de mim! Não vou te bater por causa do Andrew, eu não desço o nível.

Não esperava que ela fosse tão forte, Samantha me dá um soco no estômago e eu tombo pra trás, caindo no chão. – Ela rapidamente se levanta e eu paro encolhida no pé da cama. – a marca da minha mão está em seu rosto. – Ela me olha com ainda mais ódio.

— Vai ser um prazer matar você! – A arma já está em suas mãos e ela a aponta pra mim.

— Vai pro inferno, vadia! – grito e fecho os olhos com força quando escuto o barulho do tiro.

Sinto as lágrimas molharem meu rosto e nada além disso depois de um silêncio. – Isso é morrer?!

Em um ato instantâneo abro os olhos e vejo o corpo da Samantha cair no chão a minha frente. – Há um buraco na cabeça dela, o tiro atravessou, aquela imaginem me dá enjoo. – Levanto os olhos e vejo um rosto conhecido segurar a arma com firmeza.

Meu coração bate tão forte que penso que vou desmaiar, estou trêmula e não consigo parar de chorar. – O choque em vê-la segurar uma arma e constatar que ela acabou de matar alguém me atinge.

— Traidora. – Julie diz olhando para o corpo morto da Samantha.

 


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Notas finais do capítulo

Faça uma autora feliz, comente ♡

Ps: o que acharam desse final? O que acharam da pequena revelação sobre a mãe da Clarissa? E essa surpresinha da Julie? Haha

Beijos, até ♡



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