Unsolved escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 24
Andrew was my problem.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!! Que saudades!! ♥
Demorei um pouquinho, mas voltei, e espero voltar com a rotina normal de postar uma vez na semana. Com as festas de fim de ano e também por ter ficado sem internet, adiei um pouco a postagem dos capítulos, mas agora estou de volta!
Obs: recomendo que se você não se lembra exatamente do capítulo anterior, que dê uma relida rápida, ok?!
Boa leitura anjos, e desculpe se houver algum erro de ortografia.
Come on! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/731749/chapter/24

Clarissa Narrando.

Acordei não me lembrando muito de como vim parar no quarto – ontem era um borrão na minha mente – só me lembro de pegar no sono no sofá da sala e acho que fui carregada por Andrew.

Esfreguei os olhos me sentando na cama – toquei meus pés no chão frio e com certa preguiça me levantei.

Fui caminhando lentamente até o banheiro e quando toquei a maçaneta a porta se abriu.

— Andrew? – perguntei surpresa, era estranho vê-lo em casa a essa hora.

— O que foi? – falou grosseiramente passando por mim.

Fiz questão de não responde-lo, apenas entrei no banheiro e bati a porta com força, deixando clara a minha insatisfação – agora seria assim, esse era o jogo; Eu ia trata-lo de acordo com o tratamento que eu recebesse, com Andrew eu tinha que ser mais firme.

Tomei meu banho e quando saí do banheiro ele já não estava mais por aqui. – troquei de roupa, coloquei um short jeans branco meio rasgado e vi uma blusa preta do Andrew que chamou muito minha atenção. Eu tinha um gosto particular por blusas masculinas – elas eram mais confortáveis – não resistir e vesti a peça, gostei muito de como ficou no meu corpo. – A blusa era preta, e tinha um desenho de uma grande caveira, ela passava das minhas coxas.

Amarrei meu cabelo de qualquer jeito e sai do quarto, segui para cozinha para poder tomar o café da manhã.

— Bom dia, Clary – fui recebi por Amélia, que tinha um sorriso alegre no rosto.

— Bom dia, Amélia – fui até ela beijando seu rosto carinhosamente – posso saber por que tanta felicidade? – perguntei curiosa.

— Ah, não é nada! – ela sorriu levemente envergonhada.

— Me diga vai! Por favor! – pedi ainda sorrindo.

— Eu conheci um homem muito interessante em uma rede social! – Amélia disse, olhei-a com surpresa mas logo depois sorri contente.

— Sério? – perguntei e ela confirmou sorrindo ainda mais.

— Só pode ser brincadeira né mãe! – Andrew entrou na cozinha fazendo-me virar para sua direção – você não tem mais idade pra isso, caralho!

— Cala boca, Andrew! – Amélia olhou-o brava e ele revirou os olhos. – me respeita!

Sem prolongar a breve discussão, ele olhou para mim pela primeira vez, mas seu olhar era estranho.

Nostálgico; Como se uma lembrança inundasse sua mente, mas ainda sim, era frio, o azul ficou ainda mais escuro, seu maxilar estava travado.

Eu não entendia o porque.

Andrew Narrando

Decidi me dar uma folga – um dia sem mim, aqueles porras iriam aguentar – e também uma vingança pelo Dave ter atrapalhado minha pré-foda.

E por mais um motivo… Eu queria irritar a Clarissa, confesso que gosto do jeito como ela fica brava e depois se entrega pra mim. Se ela não fosse uma garotinha chata e que se apaixona facilmente, nós até poderíamos ter algumas noites bem interessantes juntos.

Meu celular tocou, olhei quem era: Dave.

Inferno.

— O que é? – falei grosseiramente.

— Você não vem né, seu bosta?! – Dave ria do outro lado da linha.

— Não Dave, eu já estou ai do seu lado, não está vendo? – falei irritado.

— Calma! – ele falou divertido – não te liguei pra isso.

— Então fala logo merda!

— É hoje a festa de comemoração, do assalto, você lembra não é?!

— Sim – resmunguei quase inaudível.

— Vai ser na boate, e sua participação é importante, hoje vamos fechar aquele negocio…

— Eu sei, Dave, estarei lá – falei desligando o telefone.

Dave estava parecendo mais minha secretaria.

Levantei da cadeira do escritório e fui até a porta – mas voltei até minha mesa e peguei minha arma, coloquei-a na cintura e segui o caminho até a cozinha.

Ouvi uma conversa entre Clarissa e minha mãe que fez meu estomago embrulhar – minha mãe com um suposto “namorado” ela não tem mais idade pra isso, por favor.

Olhei para Clarissa, ela usava uma blusa minha – por um segundo pensei ter visto-a... Angel.

Viajei até lembranças que eu jurei enterrar.

“Abri a porta de casa e lá estava ela, um cigarro entre os dedos e uma taça de vinho na pequena mesa da sala.

— Porque está usando minha blusa favorita, Angel? – falei fingindo estar realmente bravo, ela sorriu provocante e se colocou de pé na minha frente.

— Não gosta que eu a use, Drew? – Angel chegou mais perto, olhei-a com malicia, percebi que ela só usava minha blusa e uma calcinha.

— Não… – sorri malicioso.

— Então que tal assim? – ela tirou a blusa do seu corpo, deixando-me totalmente hipnotizado.

— Bem melhor. – puxei-a pela cintura beijando-a de forma quente.

— Andrew… – Angel me olhou intensamente – eu te amo. – suas palavras demoraram até fazer sentindo, Angel nunca havia dito, muito menos eu, mas de certa forma, nós sabíamos sobre isso.

— Eu também, Angel – falei, ela olhou-me irritada saindo dos meus braços, sorri provocando-a.

— Idiota! – ela pegou a blusa e vestiu-a novamente.

— Eu amo você, Angel. – falei baixo, mas firme. – mesmo que o amor seja uma droga.

— O amor não é uma droga! Somos nós que estragamos tudo. – ela disse se aproximando novamente – não quero estragar isso, Andrew…

— Nem eu… – falei e depois beijei-a novamente.

Angel sorriu depois do beijo, olhei seu sorriso e tive certeza de que não queria estragar isso, mesmo que o amor fosse uma droga.”

— Andrew? – a voz baixa e confusa de Clarissa me trouxe de volta das lembranças que eu não queria ter trazido a tona.

Olhei-a com raiva – a culpa era dela, porque ela foi colocar essa maldita blusa?

— ONDE VOCÊ ACHOU ISSO? – gritei, ela se assustou e demorou alguns segundos para entender do que exatamente eu falava.

— O que…? – Clarissa ainda parecia confusa.

— Tira essa porra! AGORA! – mandei me aproximando dela, ela recuou um passo pra trás.

— Para com isso, Andrew! – minha mãe aproximou-se de nós dois.

— Não se mete! – gritei.

— Eu me meto sim! – ela gritou de volta, enfrentando-me.

— Amélia, não tem problema. – Clarissa disse.

— EU MANDEI VOCÊ TIRAR! – Olhei-a mortalmente.

— ELA NÃO VAI TIRAR NADA! – Minha mãe me enfrentou pela segunda vez, me deixando mais irritado.

Clarissa puxou a blusa para cima e a tirou – ela jogou o tecido no chão, olhando-me com magoa.

— Qual é o seu problema? – ela sussurrou de forma baixa, com raiva, passou por mim e saiu da cozinha.

— O que foi isso? Você é maluco? Porque a tratou assim? – Amélia olhava-me furiosa.

— Isso não é da sua conta!

— Era só uma blusa, Andrew!

— Não, não era! E você sabe disso.

Ela pensou por um momento, até parecer se lembrar.

— Ang…? – minha mãe sussurrou.

— NÃO FALA ESSE NOME! – gritei de forma agressiva.

— A Clary não sabia…

— Eu não me importo! – falei irritado.

— Peça desculpas a ela!

— Nunca! – falei grosseiramente.

Eu precisava sair dali, minha cabeça estava explodindo e eu estava extremamente irritado.

Que inferno!

Clarissa Narrando.

As vezes eu tinha a forte certeza de que o Andrew me odiava! Céus, nada do que eu fazia estava bom.

Uma simples camisa foi o motivo – fútil – dele gritar agressivamente comigo, de certa forma eu me sentia desgastada, e culpada por ainda gostar dele.

Amélia veio atrás de mim pouco tempo depois, ela pediu desculpas e disse que se sentia envergonhada, eu não soube como responde-la, já que não era ela o problema.

Era ele.

Andrew era meu problema.

Ficamos um bom tempo conversando, até ela ir embora – era ruim ficar tão sozinha aqui, Megan estava ocupada hoje, não poderia vim, Amélia foi embora, e Andrew…

Era por volta de oito horas da noite quando a porta do meu quarto se abriu – eu lia Orgulho e Preconceito (meu livro favorito) – e Andrew entrou, ele nem ao menos me olhou, passou diretamente para o banheiro.

Fechei os olhos deixando o livro de lado – Andrew me frustrava.

— Se arruma, nós vamos sair. – escutei sua voz, olhei-o com certa confusão.

— Como? – perguntei, ele olhou-me levemente irritado.

— Você quer ficar a noite toda sozinha? – ele perguntou com uma sobrancelha arqueada – nós vamos sair as dez, não se atrase! – disse e foi para o closet.

O que foi isso? – confusão me definia no momento.

“- Não espere um pedido de desculpas querida, Andrew não o fará! Ele é muito complicado e orgulhoso.”

Lembrei-me do que Amélia me disse durante nossa conversa de mais cedo.

Talvez esse fosse o “pedido de desculpas” dele.

Mesmo contrariada me levantei e fui tomar banho – só tinha um jeito de saber onde isso ia parar, indo com ele.

Mas indo pra onde?

Nem isso ele me disse!

Andrew com toda certeza é o meu problema.

Mesmo muito desconfiada, me arrumei – ele não tinha falado para que ocasião, então coloquei uma calça jeans preta de cintura alta, um cropped branco, acompanhado por um salto preto fechado.

Deixei meu cabelo solto e passei um batom vinho – somente isso, acho que assim estava bom.

Dei um ultima olhando no espelho e respirei fundo, sai do quarto a procura do Andrew, desci as escadas e vi a porta do escritório entre aberta.

Fui até lá meio receosa – depois do surto dele de manhã, eu poderia esperar qualquer outra briga.

Assim que cheguei perto da porta, ela se abriu – Andrew estava lá, de pé, na minha frente.

Olhando assim nem parece que parte meu coração.

Seu olhar se encontrou com o meu – desviei, eu não estava afim de joguinhos, Andrew havia me magoado.

Eu não me entregaria facilmente.

Sabia que seu olhar estava sobre mim – ele me analisava maliciosamente – sentia minhas bochechas esquentarem.

— Podemos ir, então?! – perguntou.

— Uhum – afirmei ainda sem olha-lo.

— Clarissa – Andrew chamou-me assim que entramos no carro, ele dirigia e eu estava no banco ao seu lado, com o rosto virado para a janela. Não o respondi, apenas olhei para ele. – garanto que suas tentativas de me ignorar iram falhar miseravelmente.

— Eu não ligo! – dei de ombros fingindo realmente não ligar.

— Não sei porque ainda insiste em mentir pra mim! – falou sorrindo convencido, eu o olhei uma última vez antes de voltar a olhar pela janela.

Demoramos um pouco para chegar, apesar de muita curiosidade, não perguntei nada.

Mas alguns minutos se passaram e enfim chegamos – em uma boate, era muito bonita, com um clima bem “dark”, era luxuosa.

Tinha em torno de quatro seguranças na porta, e uma fila média de pessoas se formava ali.

Descemos do veículo e um dos seguranças veio até nós.

— Senhor Black, posso guardar seu carro?

— Não sei porque ainda me faz essa pergunta. – Andrew falou grosseiramente com o homem, que apenas pegou a chave do veículo e retirou-se dali. – vamos Clarissa!

Segui-o, não entramos na fila – mas todas as pessoas que estavam ali nos olhavam.

Ele andava com certa rapidez, o salto que eu estava me atrapalhava um pouco, por isso fiquei mais atrás dele.

Odeio saltos.

O fluxo de pessoas era grande no local, a pouca luz me fez ficar levemente desnorteada.

Andrew não parecia ainda ter chegado ao seu destino final, já que continuava andando rapidamente na minha frente, eu tentava acompanhá-lo sob o olhar curioso de muitas outras garotas.

Paramos de frente a mais uma porta, era como a entrada de outra boate, estranhei.

Havia mais dois seguranças ali no local.

— Senhor. – um deles cumprimentou Andrew com quase uma reverência enquanto o outro abria a porta rapidamente.

Eu estava certa sobre a outra “boate”.

— Achei que a área VIP fosse na parte de cima daquele lado – falei para ele enquanto olhava o local.

— Lá é a área VIP, da boate. – Andrew explicou-me – aqui é o outro lado. – ele sorriu com certo orgulho e frieza.

— Como assim? – perguntei confusa.

— Depois eu te explico, agora vamos logo! – falou impaciente.

Observei o local enquanto andávamos – tinha uma atmosfera totalmente diferente da outra “boate”. Vi muitas garotas dançando em pole dances, alguns homens estavam sentados em sofás onde bebiam, outros beijavam mulheres, jurei até ver um homem usando algum tipo de droga.

O cheiro de cigarro era forte aqui, avistei um bar também.

Subimos uma escada e fomos parar onde seria a área VIP desse “lado”.

Aqui também tinha um bar, algumas outras garotas dançavam seminuas e tinha uma pista de dança mediana.

Reconheci os garotos que estavam sentados nos sofás mais ao fundo.

— Até que enfim.! – Dave veio até nós e cumprimentou Andrew com um toque de mãos.

— Clarissa – ele sorriu e eu sorri de volta.

— Só Clary, por favor – falei, Andrew olhou-me irritado.

— Se você prefere assim – Dave falou, recebendo um olhar de reprovação do amigo.

— CLARY!! – escutei uma voz familiar e logo depois sentir alguém abraçar-me por trás.

— Oi Megan! – sorri e me virei para ela.

Megan estava linda – vestia um vestido preto, um pouco acima do joelho e com um decote generoso que deixava seus seios bem a mostra.

— O que faz aqui? – ela perguntou surpresa assim que Andrew tomou certa distância nossa.

— Eu não sei! Andrew simplesmente quis me trazer – falei.

— Quer dizer então que temos uma evolução nesse relacionamento? – perguntou.

— Não! Ele continua o mesmo estúpido de sempre! – falei levemente irritada – acho que deve ter sido uma forma de se redimir.

— Acredito que não... Ninguém trás a mulher em uma boate de prostituição. – ela falou de forma tão natural, mas me deixou muito confusa e chocada.

— Boate do que...? – perguntei.

— Prostituição, Clary – falou – vai dizer que ele não te contou?

— Desde quando ele me conta algo?! – falei.

— A boate é dele – Megan me explicou – umas das boates né... Porque ele tem outras, digamos que essa aqui é a “central”. A parte da frente que você viu, é só uma fachada, bairro de rico, eles não permitem a prostituição de forma tão “licita” mas se você pagar, igual o Andrew faz, você pode fazer o que quiser.

— Nossa... – falei tentando absorver toda informação.

— Mas hoje é o dia da comemoração do assalto, e ouvir dizer que eles iam fechar um “negócio” importante, acho que por isso ele te trouxe...

— Como? – tudo ficava cada vez mais confuso, esse “mundo” era uma novidade pra mim.

— Ou ele te trouxe só pra te provocar.. – Megan disse e fez um sinal com a cabeça para que eu olhasse em tal direção.

Um nó se formou na minha garganta quando vi aquela cena.

Uma mulher estava sentada ao lado do Andrew, eles conversavam bem intimamente – uma mão dele estava na coxa dela. Automaticamente me lembrei do dia em que descobri a verdade, do dia em que o vi me traindo.

Ele viu que eu estava olhando-os, mas a única coisa que ele fez foi sorrir debochadamente.

Virei-me rapidamente de costas, cravei minhas unhas na palma da minha mão como forma de reprimir a raiva – meus olhos ardiam, o choro era de raiva, e principalmente de tristeza por eu ainda gostar daquele idiota.

— Você é mais forte do que isso, por favor, Clarissa! - Megan falou.

— Mas ele está... – ela me interrompeu.

— Ele esta perdendo a chance de ter uma mulher incrível, você é muito melhor do que qualquer uma que ele possa passar a noite hoje! Não deixe isso te abalar, olhe pra mim – Megan aproximou bem seu rosto do meu – hoje nós vamos nos divertir! – ela sorriu provocativa e depois se afastou pegando na minha mão e me conduzindo até a algum lugar.

Notei que quase todos nos olhavam – principalmente Andrew, ele analisava cada ação minha.

Algo me dizia que a noite seria intensa – não sei se positiva ou negativamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Seu comentário é importante pra mim! ♥♥♥
Obs: Não me matem pelo FlashBack, mas vocês PRECISAM saber sobre o passado do Andrew e sobre os motivos dele ser assim.
Nós vemos daqui alguns dias?!
Beijos ♥
@sttydiazinha :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Unsolved" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.