Unsolved escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 22
Do not me away.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, cês tão bem?
Aproveitem o capítulo, desculpe se houver erros ortográficos.
Nós vemos nas notas finais.



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Andrew Narrando.

A única coisa que definia meu humor hoje era irritação!

Clarissa me levava ao extremo da minha paciência, por isso achei melhor dormir em outro quarto.

Acordei mais cedo do que de costume, me arrumei rapidamente e saí sem fazer barulho – mesmo estando em outro quarto, não queria correr o risco de ser visto.

Decidi que era melhor ela não saber de nada, não queria ninguém no meu pé chorando e fazendo cena de drama, não suporto essas coisas.

Assim que cheguei ao escritório já encontrei todos os garotos reunidos – os de minha confiança – menos Harris, estou pensando ainda sobre ele.

Nós terminamos os últimos detalhes para o assalto, e planejando para que tudo saísse como o combinado.

— Nick você vai na van com o Harris. – falei repassando parte do plano – eu vou em um carro e Dave em outro.

— Certo – ele confirmou. – eu vou ficar com a van estacionada a algumas ruas do banco, assim que o dinheiro estiver em suas mãos, o Andrew vai me avisar pelo ponto eletrônico que está no ouvido de cada um de vocês, e ai eu vou estacionar perto da porta dos fundos do banco, vocês colocam o dinheiro na van e eu levo para o local seguro.

— Assim que você parar a van eu entro no carro com o Andrew, certo?! – Harris falou e Nick confirmou com a cabeça.

— Não se esqueçam, nós teremos pouco tempo, eu vou estar de olho em algumas câmeras dos quarteirões e já tenho acesso as do banco. – falou em tom de aviso – e não deixem o gerente apertar o botão de segurança que fica em baixo da mesa.

— Se ele tentar eu arranco a mão dele fora – falei frio.

— Vamos então? – Dave disse com pressa.

— Não se esqueça que você vai nos dar cobertura, Dave – avisei-o.

— Eu já vacilei alguma vez?!

— Não.

Entrei no meu carro e vi Dave entrando no dele, Nick e Harris foram para van.

Não demorou até que chegássemos no local, parei o carro do lado da van e Harris entrou, olhei-o rapidamente analisando-o.

— Porque me escolheu ao invés do Dave? – ele perguntou quando estacionei o carro na frente do banco.

— Porque sua mira é melhor. – falei sem emoção. – Nick, está ai? – testei o ponto eletrônico.

— Sim, estou na escuta. – respondeu – está tudo limpo, sem sinal de policia, mas tem dois seguranças na entrada.

— Você escutou. – falei para Harris, peguei a máscara que cobriria meu rosto e preservaria minha identidade. – eu vou acabar com eles.

— Não precisa falar duas vezes, Nick – ele respondeu o outro e assim como eu colocou a máscara.

Abaixei um pouco o vidro escuro do carro e posicionei minha arma, estava concentrado, pronto para puxar o gatilho.

— Vai fazer isso de longe? – Harris perguntou quase me desconcentrando.

— Não faz diferença, eu sou muito bom para errar – falei impassível.

Voltei toda minha concentração e mirei bem na cabeça do primeiro – puxei o gatilho e sem mais demora mirei e atirei no outro.

Acertei os dois bem na cabeça, assim que a bala atravessou o vidro e os atingiu, as pessoas começavam a se desesperar, essa era a hora de agir.

— Vamos! – falei e saímos do carro rapidamente.

Entramos pela porta da frente e avistei uma mulher com o celular na mão, mirei em sua direção e ela me olhou com pânico.

— Larga essa porra! – gritei – agora! – ela colocou o aparelho no chão assustada – agora joga na minha direção – ela empurrou o celular e o mesmo parou na minha frente, pisei no aparelho destruindo-o. – Se alguém tentar alguma coisa eu não vou ter dó de meter um tiro na cabeça!

Olhei ao meu redor e vi Harris andar entre os reféns e ver se alguém estava fazendo algo suspeito, vi Dave dentro do banco perto da porta nos dando cobertura.

— Três – falei com o Dave, era assim que nós chamávamos quando estávamos nesse tipo de “missão” nossos nomes eram números, eu sendo o Um, Harris o Dois, Dave o Três e Nick o Quatro. – recolhe todos os aparelhos de celular, e qualquer outro tipo de coisa eletrônica. E fica vigiando cada um deles, entendeu?

— Sim – Dave foi fazer o que eu tinha mandado.

— Dois, você vem comigo. – fomos andando pelos corredores – Quatro, na escuta?

— Estou aqui – Nick respondeu – assim que vocês virarem no corredor irão encontrar um segurança e duas funcionárias.

— Entendido. – nós esperamos alguns segundos escondidos até que eles virassem o corredor, não esperei  para atirar na cabeça do homem. – Se vocês pensarem em fazer escândalo eu vou fazer a mesma coisa com as duas! – ameacei-as. – Levem-nas daqui! – olhei rapidamente para Harris.

Segui em frente sozinho com a ajuda das coordenadas do Nick, encontrei alguns outros funcionários no caminho, atirei nos seguranças e em alguns homens que tentaram ser heróis.

Até chegar na sala do gerente.

Arrombei a porta sem cerimonias, o homem já um pouco velho olhou-me assustado.

— Nem pense em apertar esse botão em baixo da sua mesa! – falei calma e friamente quando vi sua mão desaparecer da minha vista.

— O-o que você quer? – o homem perguntou transparecendo medo.

— Você já sabe o que eu quero. – sorri perigosamente pra ele – eu quero dinheiro e acho bom você colaborar.

— S-sim – o homem suava frio.

— Me leva até o cofre! RÁPIDO. – mandei e ele levantou da cadeira e veio caminhando até mim – vai na frente – assim que ele passou por mim apontei a arma em sua cabeça – se fizer alguma coisa, já sabe.

Fomos andando até o cofre, nesse meio tempo Harris me alcançou, o homem pareceu ficar ainda mais apavorado.

— Eu sei que só vai abrir se você colocar a senha e a sua mão ai, então vai logo! – mandei assim que paramos de frente para o cofre.

Tremendo ele começou a digitar a senha, mas deu incorreta – olhei irritado para ele e pressionei a arma contra sua cabeça.

— Eu sei que se você errar três vezes o alarme vai disparar, e a policia vai vim diretamente pra cá, então acho bom para o bem da sua mulher e dos seus filhos que você não erre de novo, caralho! – falei ameaçadoramente.

— Co-como sabe sobre a minha família? – ele perguntou desesperado.

— Eu não sabia, mas agora que você me contou acho ainda mais interessante.

Ele voltou a digitar a senha e dessa vez deu correto, depois colocou a mão e o cofre abriu.

— Pronto, eu fiz o que você queria. – o homem falou apavorado.

— Sim, mas não posso deixa-lo ir, você entende não é?! – sorri perverso antes da dar uma coronhada nele. – vamos, logo!

Começamos a encher os sacos de dinheiro, era muito grana, meus olhos brilhavam de malicia ao olhar tudo aquilo.

— Andrew? – Nick falou no ponto – Quinze minutos, a policia já percebeu a movimentação.

— Filhos da puta! – xinguei. – pode vim buscar o dinheiro. – avisei-o.

— Já estou aqui fora, Harris já vem trazendo o dinheiro pra van. – Nick mandou.

Harris pegou alguns sacos e começou a leva-los, eu continuei enchendo mais e mais, e ele voltava pra buscar e eu continuava pegando mais dinheiro.

— Andrew, dez minutos! – Nick falou nervoso.

— Já estou indo! – falei enquanto enchia um saco de dinheiro.

Harris veio mais uma vez levou mais alguns sacos.

— Vamos logo, porra! – Harris falou.

— Sem perigo não tem graça! – sorri e peguei alguns sacos e o segui saindo pela porta do fundo.

Encontramos Nick – jogamos os sacos que restavam dentro da van e assim que fechamos a porta avistei um segurança que eu não tinha eliminado, ele sacou a arma e apontou para o Nick, assim que o desgraçado apertou o gatilho eu empurrei Nick para o lado – o tiro que pegou no braço era pra ter acertado o coração.

— Filho da puta! – gritei com ódio e puxei minha arma atirando bem na cabeça dele. – Leva ele daqui Harris! Eu vou despistar a policia, leva ele pra minha casa e depois leva o dinheiro para o local seguro! – mandei e ele assim fez. – Dave, na escuta? – perguntei voltando a entrar no banco, meu carro ficou na parte da frente.

— Na escuta, tive que sair primeiro, eu estava em maior visibilidade – Dave respondeu – estou a duas ruas do banco, o que vai fazer?

— Vou despistar a policia – comecei a correr pelo banco até chegar na parte da frente, algumas pessoas me olhavam assustadas.

— Você tem dois minutos, estou escutando a sirene já – Dave avisou-me.

— Desgraçados – falei assim que saí do banco e entrei no meu carro.

Dei partida e acelerei o veículo – olhei no espelho retrovisor e vi as malditas viaturas pararem na frente do banco, mas cinco delas ainda estavam na minha cola.

Inferno!

— Andrew, está ai? – Dave falou no ponto eletrônico.

— Sim, preciso de um favor.

— Estou ouvindo.

— Eu vou entrar na avenida principal, me acompanha pelas ruas alternativas, mas não deixe que eles percebam – falei enquanto olhava o retrovisor, eles ainda estavam atrás de mim.

— Ok.

Acelerei mais e entrei em uma rua movimentada, passei na frente de outros carros deixando as viaturas para trás.

Virei entrando na avenida principal – o transito estava até favorável para uma perseguição – sorri com esse pensamento.

Tinha três viaturas se aproximando e duas mais distantes – eu precisava de um plano – vi o sinal ficar vermelho e acelerei ainda mais – o semáforo abriu para os carros que vinham a minha direita, por pouco não colidi com dois – mas o plano deu certo, a primeira viatura bateu em um dos dois carros que vinham a direita, seguida pelas outras que não conseguiram parar.

— Filhos da puta! – falei sorrindo perverso.

Olhei no espelho e duas ainda estavam atrás de mim, parcialmente longe, mas eu não queria mais prolongar essa perseguição. E foi quando eu vi um caminhão vir na contra mão que o plano perfeito surgiu.

— Dave?

— Estou aqui.

— Ainda está me seguindo? – perguntei sem tirar o olho do trânsito a minha frente.

— Sim.

— Você pode ver a próxima rua que faz ligação com a avenida onde estou?!

— Posso, o que quer que eu faça?

— Quero que venha até aqui, eu tenho um plano.

— Conta rápido!

— Eu estou vendo um caminhão a poucos metros na contra mão, vou colidir com ele.

— Você ficou louco? – Dave gritou quase me deixando surdo.

— Cala boca, porra! – gritei irritado – é por isso que preciso da sua ajuda quando eu bater com o caminhão, vou saltar do carro e preciso da sua carona.

— Esse é um péssimo plano! – Dave falou.

— Você tem um melhor?! – Ironizei. – Vem pra avenida, agora!

— Já estou bem próximo.

— Estou a pouco distância dele, quando eu saltar do carro, eu te aviso. – falei.

— Ok. Toma cuidado Andrew! – Dave disse preocupado.

— E desde quando eu preciso de cuidado?!  – sorri sarcástico.

Acelerei mais o carro e quando vi que estava a pouquíssima distância do caminhão entrei na contra mão, acelerei ainda mais e virei o volante para que o carro ficasse de atravessado na avenida – olhei pela janela e vi o carro em que Dave estava.

— Agora! – avisei-o pelo ponto e não esperei para abrir a portar e jogar meu corpo para fora do veículo.

Dave entrou na avenida e parou o carro rapidamente – ele abriu a porta e eu me joguei pra dentro do mesmo.

— Cara você é maluco! – Dave exclamou assim que me viu.

— Sem adrenalina não tem graça! – encostei minha cabeça no acento e soltei a respiração.

— Você acha que eles nos viram?

— Com certeza não. – falei olhando para trás e vendo o acidente que causei ficando longe – e se eles tivessem nos visto, não conseguiriam alcançar a gente nessa velocidade que você está.

— Melhor prevenir. – Dave sorriu vitorioso – nem acredito que você fez aquilo, sempre soube que você era doido, mas não a esse ponto!

— Eu preferia morrer ao ser pego por eles! – falei friamente – agora eu preciso ir pra casa.

— Ver a esposinha né, entendo... – ele falou começando a gargalhar.

— Cala essa porra de boca! – irritei-me.

— Não tá mais aqui quem falou! – ele continuou rindo.

Fechei meus olhos ainda com a cabeça encostada no banco do carro – pensei que a uma hora dessas Clarissa já sabia de tudo e que provavelmente ela surtaria.

E a última coisa que eu precisava era daquela garota no meu pé.

Não conversei mais com Dave o restante do trajeto até chegar em casa. Fui informado por um dos meus seguranças que Nick já havia chegado.

Desci do carro seguido por Dave, abri a porta e entramos – assim que coloquei meu pé pra dentro vi Megan descer as escadas desesperada ao nos ver.

— Andrew! – ela colocou as duas mãos no rosto em uma expressão de susto e alivio – graças a Deus! – ela veio até nós dois.

Olhei-a sem entender, Megan não era próxima a mim para ter tanta preocupação.

— Eu também estou aqui, viu?! – Dave disse olhando-a.

— Seu idiota! – Megan olhava pra ele com raiva, ela estava até ficando vermelha quando vi sua mão levantar no ar e atingir em cheio o rosto do meu amigo. – Isso é por ter arriscado a sua vida! – olhei para cara dele e comecei a rir, um idiota apanhando de uma prostituta. – Andrew – ela direcionou seu olhar a mim voltando a ficar séria.

— O que? – olhei-a com confusão.

— É a Clary... – Megan falou e eu balancei a cabeça sem entender, o que poderia ter acontecido com a pirralha?

— O que ela fez? – perguntei levemente irritado.

— Ela não está bem... quer dizer... – Megan procurava palavras, o que me deixou mais irritado.

— Fala logo, merda!

— Ela está em estado de choque! – Megan falou preocupada – nós vimos o acidente na TV, Clary achou que você tinha morrido, isso deixou ela muito mal! É como se ela nem estivesse ouvindo o que está acontecendo ao redor, ela não me responde, seu olhar estava fixo no nada.

— Como? – perguntei ainda processando toda história – Merda! Onde ela está? – falei nervoso.

— Eu acabei de leva-la para o quarto – Megan me informou. – Andrew, ela não está nada bem...

Analisei-a uma última vez antes de subir a escada apressadamente – Megan parecia muito preocupada.

Parei de frente pra porta do meu quarto e girei a maçaneta – eu não fazia a mínima ideia do que aconteceria daqui pra frente – abri a porta e a vi sentada na cama de frente para onde eu estava – seu olhar era vazio, vago, até ela me ver.

Uma lágrima caiu de seus olhos quando ela piscou – parecia ter saído daquele estado de choque. – Notei que seus ombros relaxaram e que ela soltou a respiração, como se tivesse prendido sem perceber.

Fechei a porta atrás de mim e voltei a analisa-la – mas uma lágrima descia por sua bochecha, o nariz levemente vermelho e os olhos penetrantes.

— O que aconteceu com você? – perguntei tentando parecer indiferente.

Mas ela não respondeu – sua boca estava entreaberta, mas nenhum som saiu.

— Clarissa?! – chamei-a me aproximando dela.

Silêncio de novo – seu olhar intenso estava sobre mim, de certa forma me incomodava.

— CLARISSA! – falei irritado – olha pra mim! – peguei em seus dois braços e a levantei da cama onde ela estava sentada. – Clarissa – falei tentando manter a calma, olhei em seus olhos e ela pareceu despertar quando soltou a respiração pesada.

— Andrew? – sua voz saiu tão baixa que se eu não tivesse extremamente concentrado nela não ouviria. – você está vivo?!

— É claro que eu estou vivo! – falei.

Vi seus olhos se encherem de lágrimas mais uma vez, e quando eu achei que ela ia começar a chorar Clarissa sorriu.

— Você está aqui. – ela olhava no fundo dos meus olhos, como se pudesse ver minha alma, eu não gostava desse seu olhar sobre mim.

— Estou. – soltei seus braços e desviei meu olhar do seu.

Ela não se moveu, continuou perto de mim – olhava-me da mesma forma – até que Clarissa fez algo que me deixou sem reação.

Senti sua mão tocar minha bochecha com carinho – fiquei impassível, meu corpo todo congelou. – esse não é o tipo de toque que eu recebo, isso é carinhoso demais, eu não gostava desse tipo de coisa, era algo estranho a mim.

Peguei em seu pulso com força – ela olhou-me assustada.

— Não faça isso! – ameacei-a.

— Não me afaste! – Clarissa soltou seu pulso do meu aperto e surpreendentemente passou seus braços pelo meu pescoço e me abraçou. – não me afasta de você, Andrew.

Não correspondi seu abraço, e ela não me soltou, não sei porquanto tempo ficamos assim.


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Notas finais do capítulo

Seu comentário é importante pra mim xuxu! ♥
Obs: E o nosso Andrew está vivíssimo! Nem precisaram se preocupar, haha.
Até o próximo capítulo, beijos ♥
@sttydiazinha.



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