Unsolved escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 18
Two steps to paradise and five to hell.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores ♥
Demorei um pouquinho, mas voltei!
Espero que gostem desse capítulo, e desculpe se houver erros de ortografia.
Come on.



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Assim que entrei no quarto pude escutar o barulho do chuveiro no banheiro – me sentei na cama, minhas mãos estavam suando frio.

Meu olhar estava fixo na porta do banheiro – mordi o lábio nervosa – as nossas conversas quase sempre eram ruins.

Andrew abriu a porta saindo apenas com a toalha enrolada na cintura – virei meu rosto para direção oposta evitando o contato visual.

— Andrew... – chamei sua atenção depois de vê-lo saindo do closet usando apenas uma calça de moletom cinza, ele ia dormir em casa?!

Minha dúvida era se isso é bom ou ruim em nossa situação atual.

— O que é?! – respondeu grosseiro, ele parou de frente pra mim, eu ainda estava sentada na cama, levantei minha cabeça para olhar seu rosto.

— Eu posso explicar... – fui interrompida por ele.

— Eu já disse que não gosto de ser enfrentado, você faz isso pra me irritar garota? – ele olhava-me com ódio, Andrew pegou em meu braço com força.

— Me solta, Andrew – pedi assustada.

— Cala boca, caralho! – gritou, ele me puxou fazendo meu corpo se erguer, agora eu estava de pé contra minha vontade.

— Por favor... – pedi sentindo meus olhos arderem. 

Ele estava transtornado, seus olhos eram muito frios, e eu estava com medo.

— O que eu te disse sobre o Harris?! – perguntou – EM! – ele gritou quando eu não respondi.

— Para mim ficar longe dele. – falei tentando parecer mais calma.

— Então porque você me desobedeceu? É por prazer de me irritar?! – ele me olhava ameaçadoramente, seu aperto em meu braço se tornou mais forte e eu mordi o lábio contentado um pouquinho a dor.

— Eu só estava arrumando as coisas, e ele me ofereceu ajuda – tentei me explicar, ele estreitou os olhos me analisando – eu tentei recusar a ajuda, mas ele insistiu – falei por fim – me solta por favor, Andrew...

— Não sei se devo acreditar em você. – disse ainda segurando meu braço.

— Porque eu mentiria?! – falei – eu não teria motivos...

— Nunca se sabe, Clarissa – falou olhando em meus olhos, parecia estar em duvida se acreditava em mim ou não. – vou ser bem claro com você – Andrew aproximou seu rosto do meu, ficando bem próximo a mim – eu não tolero traições.

Sua frase me soou absurda! Como o homem que não “tolerava traições” poderia me trair todos os dias, com inúmeras mulheres diferentes?!

Eu me sentia magoada, mas do que nunca! Ele duvidou da minha palavra, e ainda me diz isso.

No nosso casamento os direitos iguais eram tão existentes quanto sua lealdade para comigo.

— Como pode me dizer isso?! – falei sentindo a raiva crescer dentro de mim.

— Você é surda?! – ironizou – eu não vou admitir ser traído por você!

— Hipócrita! – gritei.

— Fala baixo! – seu tom era de ameaça, mas eu estava tão irritada que não pude sentir medo.

— Como você consegue me exigir isso?! – gritei – solta meu braço, seu idiota do caralho! – gritei novamente, ele pareceu surpreso.

— Parece que a garotinha mimada sabe falar palavrão... – falou sorrindo cínico.

Céus! Andrew era um idiota! Como ele conseguia?

— Me solta! – gritei – AGORA!

— Pronto. – ele me soltou, Andrew prestava total atenção em mim, parecia se divertir com aquilo.

— Você não tem o direito de me pedir isso! – falei passando a mão pelo meu braço.

— Eu tenho o direito de fazer o que quiser! – falou olhando-me – você é casada comigo, eu te protejo, tenho sua guarda...

— Me poupe! – falei interrompendo-o, ele me olhou irritado – Você saí todas as noites dorme com outras mulheres e vem achando que pode me pedir algo assim, Andrew?! Achando que pode ordenar algo assim pra mim?! Eu não sou seu brinquedinho!

— Você sabe que é meu brinquedinho e que eu posso brincar a hora que quiser – falou aproximando-se de mim sorrindo cafajeste.

— Vai para o inferno! – lágrimas de raiva escorriam pelo meu rosto – vai pro inferno você e suas vadias!

— Você não é tão diferente delas... – falou, olhei-o com magoa – já que até com seu motorista você teve um caso.

— Você não tem o direito de falar de mim! – gritei entre lágrimas – e pelo menos ele me tratava bem, pelo menos ELE não me trocava por prostitutas!

— Então porque você não ficou com ele?! – Andrew gritou irritado.

— Porque eu fui obrigada a me casar com você!

Seus punhos estavam fechados, seus olhos transmitiam a raiva que ele sentia, o maxilar travado – ele me olhava com tanta raiva que achei que fosse me bater.

Mas quando fechei os olhos me lembrei que ele disse que nunca me machucaria – eu me agarrava nisso.

Ele não me machucaria por fora, mas por dentro, Andrew estava acabando comigo.

— Porque você sempre me magoa? – perguntei sentando na cama, as lágrimas molhavam meu rosto.

— Porque eu não sou o que você quer! Eu não estou apaixonado por você e nem pretendo! Você acha que eu te magoei porque colocou expectativas em um relacionamento que não existe. – ele fez uma pausa e caminhou até a cama deitando nela – você se magoa sozinha, Clarissa.

Limpei as lágrimas e me levantei da cama, fui até a porta abrindo-a.

— A onde você vai?! – ele perguntou mais eu apenas ignorei suas palavras.

Muitas coisas passavam pela minha cabeça, eu estava magoada, me sentia sozinha, e para piorar tudo, sentia muita falta da minha mãe.

Submersa nesses pensamentos caminhei pelos corredores, eu iria dormir em um quarto de hospedes.

As lágrimas começavam a embaçar minha visão.

Senti ele me puxando pelo braço, eu nem tinha ouvido seus passos – Andrew me virou de frente pra si.

— Vamos para o quarto – falou autoritário.

— Me solta! – gritei – me solta! – comecei a estapeia-lo, tentei pelo menos. Quem sabe isso aliviaria minha raiva, mas ele me segurou pelos pulsos.

— Já chega! – gritou me assustando – eu não vou aturar suas crises existenciais!

— Eu não pedi pra você vim atrás de mim! – falei encarando-o – eu estou cansada de você!

— Então fica sozinha! – ele soltou meus braços e como todo meu peso estava sobre ele acabei caindo no chão.

Andrew se virou pra mim mais uma vez quando escutou o barulho do meu tombo. – ele veio até mim, parecia um pouco preocupado.

— Não toca em mim! – falei tentando me levantar.

— Fica quieta! Você já me irritou demais hoje! – contra minha vontade ele me pegou no colo e me levou para o quarto.

— A onde você vai?! – perguntei depois dele ter me colocado na cama, não que eu quisesse saber, pra mim se ele dormisse fora seria até melhor.

— Ficar bem longe de você! – ele disse antes de sair e bater a porta com força atrás de si.

Fechei os olhos, eu não tinha mais forças pra chorar. Mas hoje, eu me sentia destruída, a cada dia que passava Andrew me destruía mais.

Porque está com ele era como subir dois degraus para o paraíso e descer cinco para o inferno.

Andrew Narrando.

A Clarissa me levava ao extremo, eu achei que hoje iria esgana-la.

Felizmente, para sorte dela, eu não chegaria a esse ponto, ela não merecia.

Cheguei quase ao meu níveo máximo de irritação, primeiro ela fica sozinha com aquele filho da puta do Harris e depois se acha no direito de questionar a forma que eu vivo minha vida.

Se eu traio ela, é porque tenho meus motivos – e isso não da o direito dela o fazer também – talvez minha lógica não faça sentindo, mas eu não me importo.

Desde que as coisas sejam do meu jeito, da forma que eu quero, pra mim, faz sentido.

Fechei os olhos massageando as têmporas – aquela garota me dava dor de cabeça, literalmente.

Achei que seria melhor dormir aqui no meu escritório, mesmo estando na mesma casa que ela, aqui eu não seria incomodado.

“ – Andrew, eu vou me atrasar – ela disse sorrindo, um sorriso tão lindo que sempre me fazia agir como idiota. – me solta! – falou mandona.

— Só se você me der mais um beijo – puxei-a mais pela cintura contra meu corpo.

— Você é muito teimoso, meu Deus! – Angel sorriu, então eu não resistir e a beijei. – pronto agora você tem o beijo, e eu preciso ir.

— Você fica muito insuportável e mandona de manhã – falei rindo, ela apenas revirou os olhos. – isso é falta de educação.

— Fica quieto – falou, ela se remexeu entre minhas mãos, estava tentando se soltar de mim, apertei mais sua cintura contra meu corpo – Andrew... – seu olhar encontrou com o meu, eu sorri malicioso, ela sabia o que eu queria. – não tenho tempo pra isso.

— A gente sempre tem tempo pra isso — respondi dando um beijo em seu pescoço.

— Para – Angel pediu baixinho, mas ao mesmo tempo suas mãos agarram meu cabelo.

— Você não quer que eu pare, eu te conheço – disse e depois sorri contra sua pele, era tão macia.

— Por favor, Drew – Angel pediu tentando recobrar a consciência, enquanto eu distribuía beijos por todo pescoço dela. – é sério! – ela tentou me empurrar, eu olhei irritado pra ela e Angel começou a rir – você até que fica fofinho assim.

— Cala boca – soltei sua cintura e ela aproveitou a oportunidade que eu me distrai para me empurrar em direção a cama, ainda consegui agarrar seu braço e a levei junto.

— Idiota! – Angel falou olhando-me séria, mas depois de dois segundos nós começamos a rir.

— O idiota que você infelizmente tá apaixonada – Angel parou de rir e voltou a olhar séria pra mim.

— Eu gosto de você – ela disse, me surpreendi ao escutar ela assumindo assim. – mas não sei se você...

— Eu também gosto de você – falei antes dela terminar a frase – até parei de dormir com as outras por sua causa. – ela revirou os olhos mais uma vez – ou seu sexo é muito viciante, ou eu me apaixonei por você, Angel.

— Eu acredito que os dois tenham acontecido – Angel sorriu doce e me beijou”

— Angel – falei seu nome abrindo os olhos, inferno! Eu estava sonhando com essas lembranças de novo.

— Andrew... – Clarissa estava na minha frente, ela me olhava curiosa.

Notei profundas olheiras, seu nariz estava vermelho, ela parecia estar chorando.

Essa garota só sabe fazer isso, chorar,era irritante.

— O que você quer? – falei me ajeitando na cadeira, acabei dormindo aqui.

— Nada, só achei que não estivesse em casa – falou e logo em seguida mordeu o lábio inferior nervosa.

Inferno! Depois de toda aquela briga eu ainda me sentia atraído por essa pirralha irritante.

— É só isso? Pode sair! – falei me levantando da cadeira.

Ela me olhou com tristeza – o que ela quer de mim? Que droga!

— Desculpa o incomodo – falou e foi até a porta – eu não vou ficar mais aqui, se você não quiser. – Clarissa saiu e fechou a porta.

Inferno! Mais um problema.

Como se não me bastasse esse passado me atormentando dia após dia, eu ainda havia arruma essa garota. Onde eu estava com a cabeça?

Clarissa era um problema.


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Notas finais do capítulo

Seu comentário é importante pra mim! ♥♥♥
Obs: não me matem por essa treta, porém ela seria inevitável, essa é a forma do Andrew de demonstrar seus "sentimentos", ciúmes? Muito provável, rs.
Obs²: Mostrei um pouquinho do "passado" dele, quem será a "Angel"? rs.
Grande beijo ♥
@sttydiazinha.



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