Unsolved escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 16
Complex.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores ♥
Eu espero muito que gostem desse capítulo, já vou avisar que terão palavreados não muito agradáveis por parte ser narrado pelo Andrew.
Divirtam-se e desculpe se houver erros ortográficos (o sono já me dominou).
Go.



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— Minha resposta não muda nossa situação! – falei tocando em suas mãos na minha cintura.

— De onde tirou tanta certeza? – perguntou.

Afastei minha testa da sua – olhei bem em seus olhos, ainda me pareciam cobertos pelo frio – ele poderia estar só brincando comigo.

— Você me faz ter tanta certeza. – tirei suas mãos da minha cintura e caminhei em direção as escadas, subi para o quarto e logo depois que entrei, escutei seus passos atrás de mim.

— A gente ainda não terminou de conversar… – ele disse fechando a porta.

Fechei os olhos respirando pesadamente.

— Isso não é importante, Andrew! – falei evitando olha-lo.

— Mas eu quero falar sobre isso! – insistiu autoritário, ele estava com as mãos no bolso e sua expressão era impassível.

— Porque? Eu já disse que não muda nada! Nosso casamento vai continuar a ser esse desastre!

— Esse é o problema, então? – ele perguntou sorrindo sarcástico.

— Você não entende! Céus Andrew! – falei irritada – eu não tenho mais ninguém além de você e esse casamento fracassado. – ele fitava-me atento.

— Eu não posso te dar o que você quer, Clarissa! – disse depois de alguns segundos – você quer um marido apaixonado, uma família, e eu não posso fazer isso! Eu não quero fazer isso!

— Eu não estou te cobrando isso! – me defendi – só que você sempre me magoa, e eu estou cansada…

— Não está me cobrando, mas se eu me permitir fazer o que você quer, você vai me cobrar.

— O que eu quero? – perguntei olhando-o nos olhos – o que, Andrew?! – dei um passo a frente ficando mais próxima dele.

— Você não sabe? – perguntou sério, ele se aproximou ficando a centímetros de mim.

— Eu quero que você diga – falei.

Senti sua mão se enroscar em meus cabelos, seu hálito estava próximo do meu – menta e cigarro, porque era tão inebriante? – fechei os olhos quando seus lábios roçaram de leve os meus – sua outra mão apertou minha cintura contra seu corpo – sua boca encontrou com a minha, e naquele momento o inevitável aconteceu, Andrew me beijou. 

Era quente, e intenso, no começo apenas seus lábios tocavam os meus, mas sua língua pediu passagem e eu concedi, o que começou um pouco calmo, atingiu intensidade. – minhas mãos foram até seus cabelos e eu os puxei de leve, Andrew descia sua mão sorrateiramente até minha bunda e a apertou – enquanto nossas línguas se moviam em total sintonia, o beijo ficou quente, meu corpo ansiava por mais dele, e ele parecia senti o mesmo que eu.

Quando o ar nos faltou tivemos que nos separar, mas antes disso, ele mordeu meu lábio inferior me arrancando um gemido baixinho.

Abri os olhos e o encontrei olhando-me profundamente – sua olhar era pura de malicia, enquanto Andrew mordia o lábio inferior olhando fixamente para minha boca.

— É isso que você quer, mas não pode ter sem se apaixonar – falou afastando-se de mim – o que me faz lamentar muito.

Andrew Narrando.

Eu só poderia estar perdendo a cabeça, caindo no meu próprio jogo com aquela garota!

Se eu fizesse ela confessar que estava apaixonada por mim seria mais fácil faze-la perder as esperanças, porque eu nunca ficaria com a Clarissa, mesmo com essa maldita atração.

Eu não media as consequências dos meus atos, deixei minha vontade falar mais alto do que a razão, aquele beijo poderia alimentar as esperanças dela.

E essa era a última coisa que eu queria.

Uma paixão poderia estragar todo meu plano, meu combinado era somente manter a garota viva, e se ela se apaixonasse por mim, só ficaria no meu pé me atrapalhando. 

E sem falar que, eu não me apaixono mais, isso é coisa de gente fraca.

Ela me olhava confusa depois do beijo – seus lábios estavam vermelhos e inchados, me fazendo querer beija-la de novo, me fazendo querer fode-la.

Fui até o closet, era melhor ficar longe dela hoje.

Caralho Clarissa!

Troquei de roupa rapidamente e voltei para o quarto – eu sabia que se saísse ela ficaria irritada e magoada, e isso a faria pensar que aquilo não significou nada pra mim, o que não era mentira, esse beijo só aconteceu por atração.

— Vou sair – falei obtendo seu olhar, Clarissa pareceu triste.

— Tudo bem, eu já estou acostumada – deu de ombros tentando disfarçar.

Fui até a boate ver como as coisas estavam, encontrei Dave.

— Eai, tá melhor cara? – perguntou.

— Eu não me lembro de estar doente ou machucado. – respondi grosseiro.

— Ele está falando de ontem – Nick veio até nós.

— Então ele tem que perguntar isso para o cadáver, porque eu não me machuquei – falei fazendo Dave rir.

— Ele parece estar bem, não acha Nick?! – Dave falou.

— Se livrando do filho do Colton, quem não estaria? – Nick perguntou dando um gole em seu drink.

— Como estão as coisas aqui? – perguntei querendo saber sobre os “negócios”.

— Muito bem! – Dave sorriu.

— E como está a Clarissa? – Nick perguntou, ele pareceu meio desconfortável.

Eu não gostava de falar dela.

— Viva. – falei tentando cortar o assunto.

— Nossa Drew! Assim a gente vai achar que a garota vive infeliz. – Dave provocou.

— Até onde eu sei, tenho que manter ela viva, não feliz.

— Credo! Talvez se você fizesse ela feliz, você também estaria um pouquinho mais feliz — Dave falou malicioso – se é que me entende.

— Vai se foder, Dave! – falei irritado.

— Para de ser chato, cara! – falou sorrindo – olha a Megan ali, vou lá…

— Já te avisei pra não se apaixonar por putas – falei e ele apenas me deu dedo. – infantil…

— Como se você não soubesse – Nick comentou.

— Cadê o Harris? – perguntei notando a ausência do idiota.

— Deve estar fodendo alguém por ai – Nick deu de ombros.

— Ele não faz nada além disso – comentei.

— É verdade – confirmou.

— Eu vou indo, você toma conta das coisas por aqui? – perguntei, ele me olhou surpreso.

— Já?! A noite ainda nem começou.

— Não estou afim de ficar aqui hoje – falei – vai tomar conta ou não?

— Sim.

— Valeu – falei e não demorei muito para ir embora.

Hoje eu não estava com vontade de ficar ali, estava cansado e eu sabia que não conseguiria foder uma dessas putas, porque aquela pirralha não saia da minha cabeça.

Inferno!

Cheguei em casa e abri a porta sem fazer barulho, fiz a mesma coisa subindo as escadas, girei a maçaneta da porta do quarto e abri sorrateiramente. 

Tive certeza de que Clarissa estava determinada a fazer da minha vida um inferno de provocações, era difícil conter a vontade de foder aquela garota.

Fiquei parado no batente da porta somente admirando aquela porra de visão, eu me perguntava se era proposital as coisas que ela fazia, porque se fosse na inocência, seria muito pior. Ela estava apenas de calcinha – não notou minha presença por estar de costas, assim também me privando da visão de seus seios, mas ver aquela calcinha preta tão pequena nela, me deixou tão excitado que a calça começa a me incomodar, meu membro estava ficando rígido. 

Ela começava a colocar uma camisola curta de renda preta por cima, e eu me mantive quieto admirando seu corpo. – mordi o lábio imaginando de quantas maneiras eu poderia fode-la. A camisola tampou seu corpo, mas não fez meu desejo diminuir, eu ainda a queria. –  Clarissa soltou seu cabelo que estava preso em um coque, sua ação a fez ficar ainda mais sensual.

Enfim ela se virou e assim que me viu quase deixou um "grito" de susto escapar, ri de sua atitude, causando surpresa nela. 

 - Faz tempo que você está aí...? – perguntou corando.

 - Só o tempo necessário – respondi olhando-a maliciosamente. Ela mordeu o lábio, parecia pensar no que iria dizer, mas aquilo só me provocou ainda mais, aquela garota estava me deixando louco. 

Fui caminhando rapidamente para o banheiro, fechei a porta com força, se eu ficasse no mesmo cômodo que ela, eu a jogaria naquela cama e a faria gritar meu nome.

Tirei toda minha roupa, eu ia tomar um banho pra aliviar toda aquela tensão.

Constatei o obvio vendo meu membro duro – é sério que era por causa de uma garota de dezessete anos?! – toquei o mesmo, e assim fui aliviando esse maldito desejo.

A visão do corpo dela não saía da minha cabeça, toca-lá era tudo o que eu queria no momento.

Agora eu me sentia um garoto pervertido de quinze anos, se masturbando escondido no banheiro, que inferno!

Caralho, o que estava acontecendo comigo? O que a Clarissa estava fazendo pra me deixar assim?!

Depois que terminei meu banho vesti apenas uma cueca – eu não tinha nenhuma vergonha, até porque eu estou na minha casa – destranquei a porta e saí.

Ela estava sentada na cama, falava ao telefone enquanto brincava distraidamente com uma mecha do seu cabelo.

A observei por um instante antes de seus olhos pousarem sobre mim.

— Eu tenho que desligar – falou para a pessoa no outro lado da linha. Ela estava um pouco vermelha, talvez vergonha por me ver apenas com esses trajes.

— Quem era? – perguntei indo até a cama e deitando-me, joguei meu corpo ali sem me preocupar, e por isso acabei batendo de leve no braço dela.

— A Megan – respondeu colocando uma mecha que caía em seu rosto atrás da orelha – tudo bem ela vim aqui amanhã, né?!

— Não me importo – respondi fechando os olhos.

— Você vai dormir em casa hoje? – escutei ela pergunta com receio.

— É o que parece, não é?! – falei sarcástico, abri os olhos encarando-a, eu gostava de ver suas reações, era engraçado o jeito que ela ficava sob minha presença.

— É que você nunca dorme em casa... – falou encolhendo os ombros. – só achei estranho.

— Talvez eu queira repetir aquele beijo de mais cedo – olhei malicioso pra ela, eu gostava desse joguinho, era fácil faze-la cair.

— Eu achei que já tivesse repetido isso na rua. – falou deitando e se virando de costas pra mim.

— O que eu acho na rua, me agrada mais do que o que tenho aqui! – falei me irritando, eu odiava ser enfrentado, e se ela não caísse no meu jogo, eu também não jogaria.

Ela não disse mais nada, acabei então por me entregar ao sono.

Clarissa Narrando.

Tentar entender o Andrew era a pior coisa que eu já havia tentando fazer, ele era extremamente complexo, difícil de lidar.

Não é comum que alguém te beije e depois te deixe sozinha, ou é?! E depois ainda te magoar com palavras, eu estava cansada dele. Cansada de não entender nem um pouquinho do que se passava naquela mente perturbada.

Eu começava a desconfiar que ele tinha algum tipo de transtorno que causava suas mudanças de humor, essa era a única explicação, me recusei a acreditar que sua personalidade era tão complexa.

De poucas coisas que eu sabia sobre ele, uma eu tinha quase certeza, de alguma forma eu estava mexendo com ele, poderia ser alguma atração física – porque sua malícia era explicita – mas algo estava acontecendo, eu só não entendia direito o que poderia ser.

Naquela noite, ele me viu praticamente nua, eu sabia sobre sua presença, pois vi seu carro chegar pela janela. 

Eu não sei se foi justo, mas eu mostrei que não era só ele que sabia jogar.

Apenas esperei o tempo certo para que ele entrasse no quarto e me visse daquela forma – escolhi até uma camisola “sexy”, como diria Megan. – apesar de estar morrendo de vergonha, valeu a pena. Pois constatei que, no fundo, Andrew Black não me odiava e que talvez, isso fosse uma vontade insana de me ter, e ele provavelmente sabia que era recíproco.

Mas ele era complexo demais, porém, não mais do que nossa relação.


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Notas finais do capítulo

Seu comentário é importante pra mim! ♥
Obs: estou desenvolvendo bem essa relação?! Me digam, por favor! ♥
Grande beijo.
@sttydiazinha.



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