Unsolved escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 11
My salvation.


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores(a), tudo bem?
Antes de tudo, agradeço por cada comentário no capítulo passado, vocês são os melhores ♥
Já quero avisar que o capítulo é um pouco pesado, pensei muito em como escreve-lo, mas ai está ele.
Obs: troquei a capa, mas isso não é muito importante, rs.
Boa leitura e desculpem os erros.
Come on.



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Clarissa Narrando.

Tudo girava, minha cabeça doía horrores – abri os olhos, eu estava em um local com pouca luz, era um quarto sujo e pequeno. Eu me encontrava no chão.

Me levantei devagar por ainda estar meio tonta – me apoiei na parede – olhei ao redor e vi uma porta, fui até ela e como esperado, estava trancada. Não havia janelas, somente um buraco tampado com tabuas que entrava um pouco de luz.

A porta se abriu rapidamente e um homem muito alto e grande me pegou pelo braço com força.

— Onde estou? – perguntei, ele apenas me olhou e ignorou.

Ele praticamente me arrastou por um longo corredor. Abriu uma porta e entramos em outro corredor, porém esse era mais “luxoso”. Havia números nas portas dos quartos e ele abriu um e me jogou lá dentro.

— Oi querinha – uma mulher já na casa dos trinta anos estava sentada na cama.

— Quem é você?

— Eu vou te preparar – ela disse levantando-se. A mulher vestia um vestido vermelho justíssimo e extremamente curto, sua maquiagem era forte e seus cabelos eram pintados de loiro.

— Pra que? Eu só quero ir pra casa… – falei, e ela começou a rir debochadamente.

— Caso você não saiba, você não vai voltar e segundo, você está prestes a ser vendida – ela disse com um sorriso mal, eu congelei – ah claro, só se o cliente gostar de você.

— O que? – perguntei incrédula, aquilo só poderia ser uma brincadeira de mal gosto.

— Você é surda? –perguntou irritada – vem logo aqui, que eu preciso te arrumar.

— Não – neguei com a cabeça – você não vai tocar em mim – gritei, meus olhos ardiam, tudo o que eu queria era chorar, mas eu tinha que ser forte, pra sair daquele lugar imundo.

— Garota, não faz a difícil.

Fui até a porta e comecei a bater pedindo socorro, a mulher veio até mim e pegou em meu braço, mas eu me soltei de seu aperto e acertei um tapa em seu rosto.

— Sua vadiazinha! – ela me olhou furiosa – você acha que isso vai ficar assim? – ela pegou em meus cabelos e me arrastou até a cama me jogando lá. Cai deitada, em seguida ela pegou algumas peças de roupas e jogou em cima de mim – não vou arrumar você, espero que o cliente te odeie, assim você ficará aqui e eu farei da sua vida, um inferno – ela saiu batendo a porta, corri atrás dela para tentar sair, mas sem sucesso.

Fui até a cama vendo qual era a “roupa” que ela havia jogado ali. Era um conjunto de calcinha e sutiã, mega pequenos, da cor vermelha.- Eu não vou usar isso – disse a mim mesma depois de colocar o conjunto ao lado. – o que vai acontecer comigo? – falei abaixando a cabeça. Deixei lágrima escorrerem pelo meu rosto.

O medo tomava conta de mim e eu sabia que quando aquela porta se abrisse, eu estaria perdida.

Não demorou nem dez minutos e a porta se abriu. Um homem por volta de uns trinta anos entrou fechando a porta atrás de si, trancando-a. Ele olhou-me dos pés a cabeça, e deixou um sorriso doentio escapar.

— Bem que o Colton me avisou que eu gostaria de você, docinho – ele disse mordendo os lábios.

Me levantei da cama, eu o olhava assustada com o rosto ainda molhado do choro recente.

— Eu não estou a venda! – falei em um ato de coragem.

— Então porque eu paguei por você? – ele riu e se aproximou perigosamente de mim. – eu paguei, e vou usa-la. – recuei mais meus passos enquanto ele se aproximava mais, senti a parede bater em minhas costas quando percebi que não tinha mais pra onde ir. – não tente fugir – ele falou sorrindo malicioso – vai ser pior pra você. – ele aproximou seu rosto do meu e eu cuspi em resposta – então é assim que você quer? – falou com raiva, logo depois senti um tapa ardendo contra meu rosto. Ele se afastou e foi até a cama pegar a lingerie. – veste! – mandou.

— Não! – neguei com lágrimas já se formando em meus olhos.

— Então tá – senti ele pegando em meu braço com muita força, ele praticamente me arrastou até a cama e me jogou nela.

— Por favor não – gritei – por favor não faça isso! – lágrimas rolavam por todo meu rosto.

— Pode gritar o quanto quiser docinho, não vou parar – ele se colocou em cima de mim e comecei a tentar empurra-lo com as minhas mãos – já vi que você é difícil – ele sorriu de forma doentia e pegou na parte de cima da minha blusa rasgando-a, deixando a mostra meu sutiã. Me olhando como se eu fosse um objeto ele começou a passar a mão pela minha barriga – não vou me arrepender de pagar por você.

— Nojento – gritei em meio as lágrimas. – me solta! – tentei empurra-lo novamente.

— Se é assim que você quer – ele pegou um dos pedaços da minha blusa que havia rasgado a pouco e amarrou meu braço na cabeceira da cama.

— NÃO! – gritei – pare, pare com isso! – ele acertou mais um tapa em meu rosto.

Senti minha calça sendo desabotoada – fechei os olhos bem apertados, desejando que tudo fosse um pesadelo – ele puxou-a com força tirando de uma vez.

— Agora você é minha – ele voltou a se colocar em cima de mim. Sorrindo de forma perturbadora.

Ele enterrou sua cabeça em meu pescoço, beijando-me de forma nojenta – minha vontade de vomitar a cada momento aumentava mais – senti uma de suas mãos percorrer por meu corpo, ela descia cada vez mais perto da minha intimidade. – então comecei a gritar socorro a plenos pulmões. Alguém me escutaria, alguém tinha que escutar.

Sua mão foi até a barra na minha calcinha, senti ele descendo-a – fechei os olhos em um choro silencioso, o que eu faria agora?

— O que é porra? – escutei o homem gritar irritado, quando um barulho alto veio da porta.

Virei meu rosto, vendo minha salvação entrar pela porta.

Lá estava ele.

— Você tem um segundo pra sair de cima dela, seu bosta! – Andrew gritou.

— Quem é você? – o homem levantou saindo de cima de mim – olha aqui eu paguei por essa putinha... – a cena foi tão rápida que meus olhos mal acreditaram no que viram. Andrew andou tão rápido até o homem, acertando-lhe um soco que o fez cair.

O outro tentou revidar, mas já era tarde demais. Ele ficou por cima do homem e lhe distribuiu muitos socos, foram tantos que no chão, havia se formado uma poça de sangue.

— Já chega Andrew! – vi Nick entrar acompanhado de mais um outro homem.

— Esse filho da puta... estava quase estuprando ela! – ele gritou, não era raiva em sua voz, era ódio, muito ódio.

—Andrew! – Nick foi até ele quando viu o outro acertando um forte soco no homem já quase inconsciente. Com muito esforço e com a ajuda do outro homem que estava com eles, Nick o tirou de cima dele – você tem outra pessoa pra se preocupar, não acha? – Nick disse olhando nos olhos dele.

Andrew olhou-me, pela primeira vez desde quando entrou no quarto – mais lágrimas desciam por minha bochecha, molhando completamente meu rosto.

— Droga, Clarissa! – disse vindo até mim. Ele tirou uma faca da cintura e cortou o pano que amarrava minhas mãos.

Em um ato impensado, abracei-o com força, ele demorou para retribuir – achei que nem ia – até que senti suas mãos apertando-me mais contra seu corpo.

— Não querendo atrapalhar o casalzinho, mas nós temos que ir – escutei o outro homem que estava com ele dizer, eu ainda não sabia seu nome.

— Consegue andar? – ele perguntou pra mim que assenti que sim. – você não pode sair assim – tirando seu casaco ele me entregou para que eu vestisse – vamos! – levantei-me, mas minhas pernas cederam, fui segurada a tempo – vem cá, vai – disse impaciente me pegando no colo, encostei minha cabeça em seu peito, escutando seu coração bater disparado.

— Então ela é sua mulher? Você é um mole mesmo pra deixar ela ainda ser virgenzinha – escutei a voz do homem nojento dizer quando estávamos atravessando a porta. Andrew parou na hora.

Ele colocou-me de pé apoiada no batente da porta e puxou uma arma da sua cintura.

— Não olhe, Clarissa – disse. Virei meu rosto bem a tempo de escutar o tiro saindo do revolver.

Ele havia me pegado no colo mais uma vez, nós passávamos por um corredor cheio de corpos caídos no chão. Eu não estava mais aguentando, se eu ficasse de olhos abertos vomitaria.

Saímos daquele local e chegando na rua, vi dois veículos parados.

— Eu vou leva-la pra casa – disse para os outros dois.

— Vai lá cara – o garoto que eu não sabia o nome disse.

— Clary, eu sinto muito – escutei Nick dizer, apenas olhei-o com um olhar de agradecimento.

Andrew abriu a porta do passageiro e me colocou sentada, dando a volta no carro ele entrou. – encostei minha cabeça no vidro e fechei os olhos.

Não trocamos uma palavra, eu sabia que deveria dizer algo, mas meu corpo estava fraco demais, eu não aguentava mais, e tudo o que queria era que esse dia acabasse.

Senti alguém me pegar no colo, abri os olhos – eu tinha adormecido no trajeto.

— Você está bem? – ele me perguntou enquanto caminhava comigo em seu colo para dentro de casa.

— Estou – respondi sonolenta – você foi a minha salvação – falei pegando no sono novamente.


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Notas finais do capítulo

Gostou? Comente! Me digam o que vocês estão achando.
Já quero deixar avisado que a partir do próximo capítulo, revelarei algumas verdades e ai vamos ver mais a convivência do Andrew e da Clary, quero focar bastante nos dois e construir uma história bem sólida.
Obs: aos que acompanham minha outra fanfic (I Love Charlie) quero deixar avisado que postarei o novo capítulo hoje também.
Grande beijo ♥
tt: @sttydiazinha.