Unsolved escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 10
Andrew Black.


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem? Espero que gostem desse capitulo.
Desculpe os erros.
Come on.



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Eu corri o mais rápido que pude, ainda escutei Jensen/ Andrew me chamar, o ignorei. As lágrimas agora banhavam meu rosto sem pudor.

Eu já estava na rua, corria sem rumo, não sabia pra onde ir e também percebi que ele já não estava mais atrás de mim.

Assim que virei a esquina um carro passou ao meu lado. Não vi quem era, mas pedi mentalmente que não fosse ele. O veiculo parou mais lá na frente e eu gelei – o medo agora tomava conta de mim, pensei em voltar, mas provavelmente encontraria ele. Então continuei andando apressada, quando estava próximo do carro um homem com uma cicatriz horrível no rosto desceu com um sorriso sombrio.

Ele veio até mim, que ainda tentei correr. Mas com sua rapidez ele pegou em meu braço e logo senti um pano com um cheiro horrível vindo de encontro ao meu nariz.

Tudo escureceu e ultima coisa que escutei foi uma frase horrível dita por aquele homem.

— Essa vai valer uma grana muito boa – logo depois não vi mais nada.

Andrew Narrando

A primeira coisa que você tem que saber sobre mim, é que meu nome nem mesmo é “Jensen”. Esse nome nem ao menos combina comigo, isso tudo faz parte de um negócio ou um plano, se prefere ver assim. Foi necessário para fazer a garota cair na história. Sei que não foi honesto da minha parte mentir meu nome, mas quando ela mesma vive dentro de uma vida que foi construída com base em mentiras, faz diferença?!

O casamento com aquela pirralha tomou todo meu tempo. Tive que ficar afastado dos meus “negócios” por um mês, e como se não bastasse a mãe dela me inventa de morrer.

Aquela velha me paga quando chegar ao inferno.

Nós tínhamos um acordo, um ano com a garota, protegendo-a e ela me dava mais da metade do controle que tinha sobre o tráfico e prostituição. Esse era o acordo, até ela se foder em um acidente de carro e eu ter que ficar com o peso todo nas minhas costas.

Ela estava recebendo ameaças de um velho inimigo do passado, e pelo que me contou, a ameaçada não era ela, e sim Clarissa – o grande alvo deles. Eu a questionei sobre ela ser tão poderosa e ter recursos para proteger a garota, mas ela disse que esse inimigo estava roubando seu espaço na máfia americana e até mesmo influenciando outros a trabalharem contra ela – ele ganhava forças e ela estava ficando sem saída – mesmo sendo filha do maior mafioso do País, o velho Goldstein, que já queima no inferno uma hora dessas. Ela estava perdendo as forças. Era óbvio que o poder estava lhe escapando pelos dedos, e quando soube que o neto de um dos amigos de seu falecido pai estava tomando parte do poder, ela me procurou. Vi vantagem em ajudá-la. Seus negócios eram bons e me renderiam dinheiro, mas não era só isso, nunca é. Algo muito além me motivou, vingança.

Eu dei um jeito na garota mandando-a pra longe, ela aqui por perto só me atrapalharia e me daria o trabalho de continuar fingindo.

— O velho Andrew voltou! – Dave acabará de entrar em meu escritório sem bater na porta. Isso me irritava, porque se tem uma droga de porta ali, é para a pessoa bater.

— Você enganou a garota direitinho em – Harris entrou depois dele, e assim sendo seguido por Nick.

— Primeiro, achei que tinha sido claro sobre bater na merda da porta – falei.

— Calma cara, pra que tanto mau humor? Já está com saudades da mulherzinha? – Dave começou a rir, mas depois de olhar minha expressão de quem não estava achando a menor graça, ele parou – fica feliz cara, hoje tem festa!

— Imagina o tanto de mulher – Harris falou malicioso.

— Imagina o tanto que vamos faturar – Nick disse.

— Você ainda tem motivos pra esse mau humor todo? – Dave falou.

— Tenho, vocês me irritam.

— É… isso só pode ser saudades da esposa – Dave começou a rir acompanhado dos demais.

— Dave, se você não quer levar um tiro entre as pernas, é melhor calar a boca. – falei e ele levantou as mãos em sinal de rendição.

— Não tá mais aqui quem falou. – Dave segurava o riso. Eu estava ficando irritado, mas isso era normal com ele. Acho que Dave tinha o prazer de fazer piadinhas que me irritavam muito.

— Mas cara – Nick disse – até quando acha que vai conseguir enrolar a Clary?

Eu não estava entendo onde Nick queria chegar – de todos nós, ele era o mais “romântico” – e por ser o mais próximo a mim, sabia que eu não gostava de falar desse assunto.

— Até onde for necessário – falei seco.

— Ela é uma garota tão legal, não merece isso. E também acabou de perder a mãe, Andrew. – eu o olhei mortalmente, Nick estava quase me tirando do sério.

— É você ou sou eu que tem que aturar aquela garota? – falei – até onde eu me lembro, sou eu. Clarissa é responsabilidade minha, e eu a trato da forma que bem entender! – disse, cortando o assunto.

As horas se passaram rápido enquanto resolvíamos alguns “negócios”. Já era noite quando algumas garotas começaram a chegar. Todas trabalhavam para mim (não pense que eu as obrigava a se prostituir, todas estavam aqui por vontade própria).

A festa estava rolando, como o planejado, muitas mulheres e estávamos vendendo muita droga e bebida. Por esse motivo resolvi escolher uma das minhas garotas para comemorar.

Todas elas se insinuavam para mim, vantagem de mandar nas coisas por aqui. Eu sabia que era por interesse, mas isso não me importava.

Escolhi uma bela mulher,  seu cabelo era preto e longo e liso, dando destaque a sua pele extremamente branca, sua boca era marcada por um batom vermelho extremamente forte, ela usava um vestido tomara que caia curto. Mostrava suas coxas, marcava sua bunda e deixava bem amostra seu decote.

Ela veio até mim, e sentou no meu colo – os outros que estavam em meu escritório, rapidamente se retiram, percebendo o que ia acontecer. – sua pequena mão foi até meu membro já duro, e ela passou a mão por cima da minha calça.

Segurei em seu pulso fazendo-a parar – eu gostava de estar no controle – ela me olhou levemente assustada, então sorri malicioso.

— Tira a roupa – falei, e ela apenas levantou e me obedeceu – fica só de calcinha.

Ela voltou a se sentar em meu colo, uma mão minha se enroscou em seus cabelos, enquanto a outra passeava por seu corpo, até tocar sua intimidade.

Escutei um barulho da porta sendo aberta – imaginei ser Dave, eu sabia que ele era safado, mas não ao ponto de querer me ver foder uma garota de programa. – levantei minha cabeça a fim de xingar quem quer que fosse por me interromper.

A única coisa que consegui dizer foi o nome dela.

— Clarissa? – o que ela fazia aqui? Como? Eu cuidei perfeitamente para que ela não retornasse pra cá.

Ela nada falou – seus olhos estavam vermelhos, assim como seu nariz. O rosto pálido e notei que uma lágrima descia. – Clarissa deu as costas e saiu correndo.

— Sai – falei para a garota, mas ela ainda tentou me agarrar – SAI PORRA! – gritei assustando-a. Tirei ela do meu colo de forma bruta e me levantei,  fui em direção a porta e senti alguém puxar meu braço.

— Você vai me deixar por causa daquela garota? – a prostituta me olhou indignada.

— Tira a mão de mim – falei alterando-me. Ela somente obedeceu.

Fui atrás daquela pirralha, mas não a encontrei, estava saindo até dar de cara com Nick na porta.

— Cara você não sabe quem estava aqui – ele disse assustado.

— Eu já sei – falei – e se você sabia porque não me avisou?

— Eu tentei, mas perdi ela de vista!

— Eu preciso achar aquela garota! – gritei socando a parede, chamando a atenção de todos.

— Vamos perguntar para os seguranças, eles devem ter visto ela sair.

Chegamos até o portão onde perguntei para todos, dando as descrições dela.

— Eu a vi sim – um deles disse rindo – tentou entrar de penetra e depois a vi sair, não sei como aquela menina conseguiu entrar sem ser vista, porque eu a barrei.

— Seu inútil! – gritei com raiva serrando os punhos – porque não me chamou?

— Senhor, eu achei que a menina era maluca, ela disse ser sua mulher. – falou encolhendo os ombros, o seu medo era aparente.

— Eu só tenho inúteis trabalhando nesse lugar! – gritei – você pelo menos viu por qual direção ela foi?

— Pra lá – disse apontando.

— Todos vão procurar por ela – falei – e se não acharem, todos vão pagar!

Como aquela garota chegou até aqui? Eu fui bem claro com a Amélia sobre nunca deixar ela sair sozinha. E o pior era o quanto a cidade podia ser perigosa para alguém como ela.

— Nick, preciso que faça um favor pra mim – falei.

— Qual?

— Quero que você tente rastrear o celular dela.

Eu havia colocado um rastreador no celular dela – sem ela saber, claro – e eu esperava muito que aquela garota burra estivesse com o celular.

Voltamos a entrar na casa – eu estava tão irritado que poderia atirar em qualquer um que me falasse merda.

— O que aconteceu Andrew? – Dave veio até mim.

— Tira todo mundo daqui, agora! – mandei.

— A FESTA ACABOU – Dave gritou, recebendo vaias e algumas pessoas pareceram nem ligar.

Desgraçados! Estavam achando que minha casa era um puteiro.

— SAI TODO MUNDO, OU EU VOU ATIRAR EM UM POR UM – gritei e puxei a arma da cintura – EU MANDEI! AGORA! – todos saíram tão rapidamente, deixando coisas para trás e muito lixo.

—Vou pegar meu notebook lá em cima – Nick falou – vai ser moleza rastrear ela, se ela estiver com o celular.

Passei a mão pelos cabelos nervosamente – eu não poderia deixar nada acontecer com aquela garota – se ela caísse em mãos erradas, eu estava mais do que fodido.

— A gente vai achar ela, cara – Dave disse.

— Eu vou até o inferno pra achar a Clarissa, e quando eu a encontrar – fiz uma pausa serrando os punhos – ela vai se arrepender de ter fugido.

— Nick, conseguiu alguma coisa? – perguntei quando ele estava tentando acha-lá.

— Só mais um segundo e… – Nick fez uma pausa – Andrew, olha isso.

— Eu vou matar esse filha da puta – dei um soco na mesa de vidro, fazendo uma rachadura. – Se preparem, temos alguns caras pra matar hoje.

— Eu mal posso esperar - Dave disse.

— Harris, você fica por aqui, quero que tome conta de tudo - falei ajeitando minha arma na cintura.

— Tudo bem - ele apenas confirmou.

Colton era um traficante de porte menor, quando tomei o controle da cidade, ele tentou uma rebelião, mas sem sucesso. Deixei passar, dando uma nova chance a ele, mas de uns tempos pra cá, investigamos ele e começamos a descobrir que ele estava sequestrando garotas e vendendo-as em leilões. Eu só não o havia matado porque precisamos de provas. Mas agora, eu arrancaria a cabeça daquele desgraçado.

Ele conheceria um lado meu que ainda não tinha visto – eu não costumo ter misericórdia ou piedade, mas o deixei viver. – Um erro, que não vai se repetir.

Hoje ele conheceria o outro lado de Andrew Black.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem!!
Gente, espero que tenha dado pra conhecer melhor o nosso queridinho "Andrew", bem vemos claramente que o nome dele não é o único segredo.
Acho que postarei mais um capítulo ainda HOJE, só depende dos reviews, ok?
Segue nós lá no tumblr, vamos nos conhecer melhor: florgrafei.tumblr.com
Grande Beijo ♥
tt:@sttydiazinha



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