Perdida em Seoul escrita por Kang SoRa


Capítulo 4
Hasta la vista, baby


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora.
É que eu fiu abduzida por grandes aliens verdes de olhos grandes e...
NÃO SEI MENTIR, ENTÃO SÓ VAI LER MESMO.

(Estou tão animada. Esse é um dos meus capítulos preferidos. Kyaaa)
Se vocês virem algum "z" durante a leitura é porque eu escrevo primeiro e depois dou nome aos personagens. Então, z=Chloe. Por favor, comuniquem se ainda tiver um erro assim. Ah, com erros de português também, claro.



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Faz um mês desde que cheguei à Coréia do Sul e já estou totalmente entregue a uma rotina. Bom, pelo menos o máximo que meu espírito livre consegue se prender a uma. Acordo, como algo e já começo o processo diário de preparação para a audição da YG, algo que, muitas vezes, tenho feito junto com Chloe. Esses ensaios em conjunto envolvem, principalmente, dança, já que cantar é uma coisa que fazemos a todo o momento.

Logo depois do almoço, vamos trabalhar. O trabalho revelou-se como algo até que bem agradável. Até agora, vi o Key e o Taemin do SHINee, mas eles não foram atendidos por mim devido a política hierárquica do lugar que é aplicada quando os idols são coreanos. Fora isso, o que vale é se a língua que você domina é a língua nativa da celebridade em questão. É nesse ponto que tenho vantagem.

Os negócios estão para fechar agora, às 21h. É comum que sobre por último um novato e algum funcionário experiente para que ambos possam fechar o café. Logo, estamos eu e Chloe, que pegou o horário para podermos ir juntas para casa, visto que se eu quebrasse a parede da minha sala, brotava na sala dela.

—Hey! Já pegou suas coisas? -falo para a loli Chloe que mexia no celular.

—Hum...?

—Vai pegar suas coisas!

—...

Arranco o aparelho de sua mão e ela finalmente olha para mim.

—Você. Eu. Casa. Agora. -falo, enquanto gesticulo com as mãos.

No caminho para casa, passamos por uma barraquinha que vendia uns bombons super fofos, daqueles que dá até pena de comer. O que chamou a atenção de Chloe, no entanto, não foram os doces, mas algo com a moça que os vendia. Seguindo os olhos vidrados da menina pude notar para onde olhava: os bótons.

—Chloe, vamos para casa. Você está a 8 min olhando essa...

Num rápido movimento, Chloe sobe na mesinha dos bombons e se atira sobre a menina que, finalmente, tira os olhos do espécime de Candy Chush, no qual se encontrava absorta horas antes, para dar um berro que arrancou a alma do meu ser. O que demônios está rolando?

—Chloe...

A lolita agarra um dos bótons da mochila da moça e sai correndo. Eu, como não tinha o que fazer, corro para alcançar Chloe, sendo seguida, imediatamente, pela roubada-dos-chocolates que começa a gritar para Deus e o mundo:

—Ladrão!!! Ladrão!!!

Todos começam a olhar para nós e eu cubro meu rosto, pois quem via a cena achava a perseguida era eu e não a lolita uns 10 metros adiante. Sério, qual é o problema com Chloe?

Dois minutos depois, uma multidão encontra-se amontoada a calçada em frente a um edifício. Passamos trombando nas pessoas e avançando uma fita de contenção, na qual Chloe tropeça e, consequentemente, também a minha pessoa.

O negócio é que não tenho aquele negócio- como se chama mesmo?- conhecido como sorte, então não só tropeço, como vôo, aterrissando, com tudo, em alguém que começa a gritar de dor. Olho para o ser abaixo de mim e... nesse momento, resolvo declarar meu ódio a todas as lolis dessa vida.

 

—Ei, moça, pode sair de cima de mim... -um Chenle -sim, aquele fofinho do NCT— com os olhos cheios de lágrima fala para mim.

Levanto e olho ao meu redor, vendo o próprio NCT DREAM. Alguns olham para mim como se não entendessem o que estava acontecendo -compreensível, nem eu sei- e outros focavam no menino que chorava e não se mexia. MEODEOS. Ferrou bonito.

Percebendo que, apesar de ser a culpada pelo problema, ninguém me nota, tento fugir da situação de forma sorrateira -ninjamente falando. Pego uma máscara -aprendi a estar preparada para as situações na qual a vida insiste em me colocar-, coloco-a no rosto e saio da muvuca, sem me dar ao trabalho de olhar onde Chole estava. Aquela filha da mãe ainda me paga.

Mas não é como se as coisas fossem ser tão fáceis assim: os seguranças finalmente notam a BR aqui, que, claramente, se realça na paisagem coreana. E, assim, inicio outra corrida pela minha vida.

Entretanto, dessa vez fui impedida por um braço, vindo da lateral de um edifício vizinho ao do ocorrido, que me puxa para dentro, jogando-me contra uma parede e tapando a minha boca.

Obviamente, não aceito a situação. Num rápido movimento, seguro o braço do projeto de sequestrador, girando-o por cima de sua cabeça e dando-lhe uma gravata.

—Ei, estou tentando te ajudar, sabe?

—Ah, tá. Perdão. -solto o bom samaritano, que se encontra totalmente de preto, até com touca e máscara. Parece que tenho um imã de pessoas estranhas em mim. -Quem é você?

—Eu. -lanço-lhe um olhar de tu-tá-de-brinks, mas depois compreendo o desejo pelo anonimato o que não me deixa muito confortável- E você?

—Eu. -é como dizem: segue o fluxo.

—Hum...

—Então por que resolveu ajudar essa... -começo, logo sendo cortada.

—Abaixa!

Dois seguranças, diferentes dos que me seguiam antes, passam ao lado do lugar onde estamos que, olhando agora, parece uma espécie de loja de roupas.

—Juro que estou tentando respirar, mas está um pouco difícil, garota. -fala o cara, pois acabamos nos abaixando juntos e espremidos à parede com suas costas coladas a ela.

—Desculpa. -respondo friamente.

—Não acha que está sendo um pouco rude seu salvador? -decido não estabelecer um diálogo com ele, pois ainda estou meio receosa: e se estiver lidando com um pervertido?

Ele começa a se aproximar.

—Tchau. -Começo a sair pela porta de forma compulsiva e desesperada.

—Ya!

O "senhor salvador" segura-me pelo braço, novamente. Estou ficando com medo desse cara.

—Me solta!

Um dos seguranças passa à frente da loja, deixando-me estatítica a ponto de parecer um dos manequins. Ele, devido a graça divina, não repara.

—He, he. -ri o "salvador", fazendo uma cara de "eu bem que falei".

Deixo o medo de lado, e resolvo que é estou lidando apenas com um retardado mesmo. Logo, apenas lanço-lhe um olhar de desprezo e abro a porta.

—Lá fora está mais agradável. Hasta la vista, baby.

Saio, dramaticamente, para a escuridão.

 

 

Chego em casa e nem procuro por Chloe. Apenas deito na cama e tento dormir sem pensar no ocorrido.

Fiquei tão ocupada pensando na última parte da aventura que nem pensei no fato de que posso ter quebrado o braço de um idol, além de ser considerada cúmplice de um roubo. É depressivo ver sua vida ir para o lixo sem, ao menos, ser culpa sua.


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Notas finais do capítulo

loli/lolita- trata-se de um estilo bem associado à cultura japonesa, onde tudo é fofinho e amorzinho. Kawaii :3
https://i.pinimg.com/736x/83/0c/d4/830cd4c325b13d3814d938404b2d26c0--harajuku-fashion-kawaii-fashion.jpg

Mais uma coisa, estou com uns capítulos escritos dessa fic, então vou liberando aos poucos. E também estou escrevendo! VAMOS SAIR DESSE HIATUS, GALERA"!!!



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