Encadeados escrita por Nipuni


Capítulo 17
Corja de Corvos


Notas iniciais do capítulo

Depois de 7 meses de hiato, veio outro de quase dois anos. Por muito tempo mesmo achei que não iria continuar mais a escrever - nem essa estória, nem qualquer outra -, até que, depois de reler Encadeados e querer me lembrar como eu queria que ela terminasse, decidi fazer isso mesmo: terminá-la.

Não, esse não é o último capítulo! Fiquei alguns dias re-estudando o que eu já havia escrito e tentando me lembrar dos planos que eu já tinha. O que eu não lembrei, criei de novo.

De qualquer forma, dessa vez é pra valer. Essa estória foi criada em 2017, quando eu estava eu um momento totalmente diferente da minha vida, e agora, depois de quase três anos, quero saber quem sou eu escrevendo-a. Minha vontade inicial era começar do zero, reescrevê-la completamente, mas acho que seria injusto; bom ou ruim, o que eu escrevi foi por um motivo e acho que quem começar a ler hoje tem o direito de ver como a estória evoluiu e evoluirá. Para quem retorna, espero que goste e fique até o fim!

Então, sem mais delongas, aqui vai o 17º capítulo de Encadeados.



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Província de Edo, Japão Central.

1031 D.C.

 

Estava chegando perto, perto, cada vez mais perto. A grande serpente destruía tudo em seu caminho enquanto se rastejava violentamente rápido. Sakura corria entre arbustos e árvores, fugindo com todo seu fôlego da grande besta que a perseguia. O chão ficava mais duro a cada passo que dava, cansada, à medida que o som da destruição seguia seu encalço, apertado.

Finalmente, sem mais forças para continuar, ela caiu. A última coisa que viu foram os grandes chifres na cabeça da cobra, seus olhos verdes afiados, e sua grotesca boca aberta cheia de presas, pronta para engoli-la inteira.

Ao abrir os olhos novamente, desesperada por ar, estava em seu quarto, Sasuke já ajoelhado prontamente ao lado de seu futon.

Foram alguns segundos de silêncio. Tudo havia sido só um pesadelo, mas cada sensação foi absoluta – ainda sentia onde os galhos baixos haviam lhe arranhado, o hálito quente e putrefato da serpente, o frio da noite.

A impressão de ter sido engolida.

Sakura se sentou sob as cobertas, virando o rosto para olhar a Sasuke. Ele não havia dito nada ainda. Sua expressão mostrava que ele ainda não tinha certeza se ela estava acordada. De certa forma, ela também não sabia se estava ou se continuava sonhando.

Ainda assim, mesmo que sentisse o fervor da adrenalina e do medo, o alívio que seguiu ao perceber que não estava sozinha foi inabalável.

— Tive um sonho muito ruim. – seu timbre rasgou o quietude da noite. Acrescentou – De novo.

Sasuke tomou sua mão de seu colo, enlaçando seus dedos.

— Quer me contar?

— Uma cobra estava me perseguindo. – ela se virou, abandonando as cobertas. – Era muito maior do que qualquer coisa que já vi, e tinha chifres enormes como se fosse um tipo de dragão. Eu tropeçava e ela me engolia.

Um arrepio gelado desceu suas costas ao se lembrar da sensação quente e úmida de descer pela garganta daquela criatura.

Sasuke abaixou o olhar. De fato, havia algo muito mais perigoso do que qualquer serpente atrás dela – e pior, demandava que fosse ele quem a entregasse.

— Foi só um sonho ruim. – ele disse, elevando sua mão e beijando seus nós dos dedos. – Vai amanhecer em poucas horas, você pode voltar a dormir. Não sairei do seu lado.

Sakura balançou a cabeça.

— Não acho que conseguiria dormir de novo. – e se ergueu sobre o futon – Preciso sair daqui, respirar ar puro. Você vem comigo?

Sasuke se levantou logo em seguida.

— Sempre.

[...]

Já estava quase amanhecendo quando terminei de limpá-lo. Quando Sasuke apareceu no templo, seu corpo e suas roupas estavam sujos de poeira, terra e sangue. Parte do sangue vinha de feridas que já haviam cicatrizado, mas haviam manchas estranhas que provavelmente pertenciam a outra pessoa. Ou outras pessoas.

— Ele não machucou ninguém para chegar aqui. – Itachi entrou no pequeno quarto em que Sasuke dormia, como se pudesse ler meus pensamentos. – O corpo dele é destruído e recomposto várias vezes quando Susanoo tenta assumir o controle. Por isso tanto sangue.

Meus olhos não saíram de Sasuke. Seu semblante adormecido era calmo, inexpressivo na verdade. Ele estava apenas dormindo – mesmo que fosse um sono muito diferente de qualquer coisa que eu sentiria na minha vida. Fiz que sim com a cabeça para Itachi, colocando o último lenço ensanguentado no balde com água ao meu lado.

Itachi se aproximou mais, se ajoelhando ao meu lado.

— Você precisa também dormir. – Sua voz, estoica, falou mais uma vez. Balancei a cabeça negativamente, mas ele continuou – Já está quase dormindo sentada. Precisa descansar. Quando Sasuke acordar, teremos que sair daqui o mais rápido possível.

Entendi o que estava implícito em sua fala. Ele não sabia quando teríamos tempo para parar e descansar novamente. Sasuke e Itachi, de um jeito ou de outro, não eram dependentes do sono como eu, Karin e Temari. Elas, pelo menos, já tinham conseguido dormir por boa parte da noite. Ainda assim, resisti.

— Esse não é meu primeiro plantão, muito menos a primeira noite que viro acordada. – Tentei dar um sorriso, mas acabou saindo mais patético do que eu esperava. – Vou ficar bem, mas obrigada pela preocupação.

— Sakura. – Ele colocou a mão sobre meu ombro, e me assustei em como sua voz pareceu com a de Sasuke ao falar meu nome. Foi a primeira vez que o olhei desde que Sasuke havia chegado. – Ele é meu irmão. Não vou deixar que nada aconteça enquanto ele dorme. Mas você pode por todos nós em perigo se não conseguir acompanhar quando sairmos daqui.

Meu olhar desceu novamente. Não se tratava de perigo ou de fuga. Eu precisava estar lá quando ele acordasse, e essa não era uma questão que estava para debate.

— Como eu disse, estou bem, mas obrigada. – Itachi continuou me olhando, então me fiz clara. – Não vou sair daqui.

Ele suspirou, olhando para o irmão mais uma vez antes de se levantar.

— Achei que viver tantas vidas te faria perder um pouco dessa teimosia. – Itachi respira fundo, me olhando como quem desaprova. – Parece que não.

E saiu, fechando a porta atrás de si.

Os primeiros raios de sol começavam a escapar por entre as árvores, e uma brisa matinal fresca entrava por entre as frestas das portas de papel antigas. Sasuke continuava a dormir, inabalado pela conversa ou por qualquer outro barulho que viesse a surgir. Eu só podia imaginar a proporção de seu cansaço.

Deitei ao seu lado no futon, tirando alguns fios de cabelo de seu rosto. Meu próprio sono não me tentava mais. Meu único objetivo agora era estar lá quando ele voltasse a si.

Minha atenção voltou para a Marca em seu pescoço. Ela ainda se movia, devagar como se movem as nuvens num dia sem brisa, mas tão inquestionavelmente quanto elas. Minha atração também continuava, imutada, mas dessa vez vinha unida ao receio de chegar perto demais. A memória de quando a toquei ainda estava encravada fresca em minha mente.

Por um momento, pensei em tudo que Sasuke passou por ter algo tão pequeno e aparentemente insignificante como aquilo gravado em sua pele. Pensei no que ele me disse – em todos os anos que ele viveu procurando uma solução, todas as pessoas que ele conheceu e perdeu, em todas as vezes que foi obrigado a me assistir receber o mesmo destino, de novo e de novo.

Me perguntei como ele ainda aguentava. Se me ressentia por isso.

Continuei a assistir seu rosto por mais ou menos uma hora, repassando em minha cabeça todo que estava acontecendo e me preparando para tudo que poderia acontecer, quando seus cílios começaram a se agitar, como o bater de asas de uma mariposa. Logo, ele abriu os olhos.

Recostei-me sobre os cotovelos para vê-lo de cima. Seu olhar logo me encontrou, ainda cansado, e a sombra de um sorriso orgulhoso atravessou sua face. Exalei o ar pela primeira vez em horas, sentindo como se estivesse segurando a respiração por todo esse tempo sem perceber. Ele ergueu a mão e escorreu a ponta dos dedos sobre a minha maçã do rosto, seguindo para colocar uma mecha rebelde de cabelo atrás de minha orelha. Respirou fundo antes de falar.

— Você é tão linda.

Mordi o interior das bochechas. Mesmo acabando de acordar de um semi-coma, Sasuke ainda tinha um jeito inédito de me embaraçar.

— Como está se sentindo? – segurei sua mão, que começava a se afastar de meu rosto.

— Como se um trem tivesse passado por cima de mim. – ele se sentou e fiz o mesmo. Notei que, mesmo estando acordado, a Marca ainda estava se movendo. Sasuke percebeu em meu cerne o que eu pensava, logo levando a mão ao pescoço para escondê-la de mim. – Tá tudo bem. Aquilo não vai acontecer de novo.

Balancei a cabeça positivamente.

— Sasuke, eu– a abertura abrupta da porta me interrompeu. Me virei para ver Itachi na passagem, segurando em sua mão uma xícara de plástico fumegante.

Ele entrou e me entregou.

— Sakura, preciso conversar com meu irmão. – ele parou.

À sós, é o que queria dizer. Meu olhar seguiu Sasuke, que assentiu com a cabeça. Claramente, mesmo depois de tudo, os segredos continuariam. Mesmo que relutantemente, aceitei. Poderia tirar minhas satisfações depois – o que importava agora é que Sasuke havia acordado e estava bem. Eu daria um jeito de descobrir o resto.

Levantei com meu café e saí do quarto, encostando a porta atrás de mim. Finalmente senti o sono arrebatador que Itachi havia me alertado. Hora de tomar meu café e esperar sairmos daquele lugar abandonado.

[...]

— Sabe Sakura, de todas as pessoas com quem você poderia se envolver no Japão, não precisava ter escolhido alguém que é caçado pela máfia, sabia? – Temari levou os hashis com macarrão instantâneo à boca enquanto falava. – E sobra logo pra mim. Porra, eu não tenho nada a ver com essa história.

Quando ela acordou após quase ter sido morta pelo colar enviado pelo sacerdote, eu não estava por perto pra explicar tudo que estava acontecendo, desde a invasão ao apartamento até o motivo pelo qual precisávamos ficar debaixo do radar. Sobrou pra Karin contar a ela alguma desculpa para que ela não fizesse perguntas demais – e aparentemente, inventar um envolvimento com a máfia foi a primeira coisa que passou por sua cabeça.

Suspirei, virando para olhá-la.

— Eu sei, mas você não pode voltar pro apartamento, não é seguro. Podemos te deixar na casa dos seus pais, se você preferir.

Ela engasgou com o macarrão.

— E levar essa bagunça até eles? Nunca! – Temari colocou o pote de plástico com seu café da manhã sobre o chão empoeirado, evitando olhar na minha direção.

— Sinto muito te envolver nisso. – engoli em seco.

Temari fechou os olhos por um segundo. Parecia incerta sobre o que responder a seguir.

— Não, a culpa não é sua. – ela engatinhou até mim, se sentando ao meu lado e me puxando pra um abraço sem jeito. – Se eu estivesse de rolo com algum traficante, também ia querer minha melhor amiga no fundo do poço comigo.

Acabei soltando uma mistura de risada com tosse.

— Sasuke não é traficante.

— Aposto que ele te falou isso.

O barulho de passos descendo o corredor fez com que nós duas levantássemos do chão. Sasuke e Itachi apareceram na entrada do templo onde estávamos, ambos mortalmente sérios.

— Nós já vamos. – Itachi anunciou. Deu dois passos na direção de Temari, e percebi minha amiga se encolhendo dentro de seus sapatos. – Tem algum lugar para onde você possa ir?

— Uh, posso ficar no Centro. Pegarei um trem pra qualquer lugar de lá. – a voz de Temari falhou e quis rir. Ela sempre ficava tensa na presença de homens seguros demais, e Itachi definitivamente fazia o perfil.

Ele assentiu com a cabeça, indicando para que ela o seguisse. Temari sussurra pra mim antes de ir.

— Mas que genética é essa? – seus olhos estavam arregalados. Sua boca gesticulou um “uau”, e ela correu escadaria abaixo atrás de Itachi.

Dei uma risada antes de me virar para Sasuke. Seu semblante estava mais relaxado agora que estávamos à sós, quando ele caminhou até mim e ergueu meu rosto.

— Você parece cansada. – suas sobrancelhas estavam levemente franzidas.

Ri.

— Bom saber.

Ele se aproximou mais.

— Não foi o que eu quis dizer.

— Eu sei. – balancei a cabeça. – Vou descansar quando puder. Agora, eu só quero sair desse lugar.

Dei uma última olhada no templo, só agora percebendo a corja de corvos que se agrupava sobre o telhado.

— Eles costumam seguir o meu irmão aonde ele for. – Sasuke explicou. – É bem bizarro quando você para pra pensar.

Assenti.

— E você, tem algum animal que te segue aonde você for? – brinquei.

Ele deu uma risadinha, passando o braço sobre meu ombro e me puxando pra perto.

— O que você ia dizer mais cedo? Antes de Itachi entrar no quarto.

Inconscientemente, acabei hesitando. Na verdade, eu queria me desculpar – era minha culpa Kabuto tê-lo atacado, afinal, o que causou todo esse caos. Fui eu quem se descuidou em deixar a arma longe, fui eu quem não teve o cuidado de checar o quarto para ver se estava seguro. Foi a minha irresponsabilidade que poderia ter custado algo muito caro.

Mesmo sentindo a culpa, não conseguir falar. Meu impulso era de sair daquele lugar o quanto antes, e isso significava ter que deixar as conversas importantes pra outra hora.

Fiz que não com a cabeça, sorrido.

— Não era nada demais. – puxei sua mão, liderando o caminho para a escada e para longe daquele lugar. – Mas e aí, quando eu vou poder participar das reuniões exclusivas dos homens Uchiha?

Sasuke riu, apertando minha mão dentro da sua.

— Você mesma acabou de falar, são exclusivas dos homens Uchiha. – ele disse, me ajudando a pular um tronco caído na escadaria. – Então a menos que você seja um debaixo dessas roupas, não acho que possa participar.

Dei uma risada pequena, parando no caminho.

— Sasuke. – Ele me levantou o olhar, alguns degraus abaixo de mim. Estava expectante – Eu sei que me contou a verdade, ou pelo menos parte dela. Mas para que isso funcione, você não pode omitir mais nada de mim. – Dei um passo à frente, segurando seu rosto com firmeza – Estou pronta pra ouvir tudo. Confio minha vida a você, mas preciso que você confie em mim de volta se vamos ter uma chance pra consertar essa bagunça.

Vi seu maxilar se retesando. Sasuke desviou o olhar, observando a floresta que nos cercava.

— Você tem razão. Não lhe contei toda a verdade. – seu rosto se voltou pra mim, uma unidade indivisível. – Mas tenho um bom motivo pra isso, Sakura, você não está pronta.

Bufei.

— Que tal eu dizer se estou pronta ou não? – soltei seu rosto, assistindo enquanto ele se afastava um passo.

— Vou ter que te falar muita coisa que você não quer ouvir, muita coisa que você não vai acreditar.

Encurtei a distância entre nós, mas não o toquei. Quando Sasuke encontrava um assunto que não lhe agradava, seu corpo reagia por suas emoções, recuando. Deixaria que ele me encontrasse dessa vez.

— Depois de tudo que vi nos últimos dias, acreditaria em você se me dissesse que o céu é vermelho. – respirei fundo. Ele ainda não olhava pra mim. – Não sou um fardo seu pra carregar por aí.

— Eu nunca disse–

— Mas você me trata como um. – o interrompi, áspera. – Estou do seu lado, e quero ajudar. Preciso ajudar. Eu não sou seu problema pra resolver.

Sasuke respirou fundo, passando a mão por seu cabelo enquanto balançava a cabeça. Seus olhos me alcançaram por um minuto, inundando preocupação. Ele avançou, cercando minhas costas num abraço e recostando seu rosto na curva de meu pescoço. Acariciei seu cabelo enquanto o sentia respirando, lentamente, à medida que mensurava suas próximas palavras.

Sasuke se afastou, dando mais um passo à frente, ficando à minha altura.

— Você está certa. – ele engoliu em seco. – Quando pararmos novamente, te contarei tudo. Eu te devo isso.

Sorri, me encostando para beijá-lo. Ele me apertou, forte, tardando em se afastar.

— Você não me deve nada, estamos juntos nessa. Eu só quero a verdade. Toda a verdade. – continuamos a descer os degraus, finalmente alcançando o fim. – Para onde vamos agora?

Sasuke caminhou até seu Mustangue – Karin havia o trazido quando veio com Temari –, tirando algumas folhas mortas do capô.

— Agora, vamos buscar Karin e um amigo, Juugo. Eles estão com uma parte muito importante da minha pesquisa – ele destravou a porta, sinalizando com o olhar para que eu entrasse – Depois vamos para longe de Tóquio. O mais longe possível.

Apertei o cinto de segurança quando o motor do Mustangue rosnou, ligado.

— Podemos passar no meu apartamento? – Sasuke me olhou de soslaio, pronto para rebater. Fui mais rápida. – Preciso pegar algumas coisas muito importantes. Essenciais, na verdade.

— Como o quê?

— Tenho lá um kit de preparo para cirurgias e primeiros socorros.

Sasuke franziu o cenho.

— E como arriscar sua vida pra pegar um kit é–

É essencial, sim! – o cortei. – Eu não sei se você percebeu, mas tem umas aberrações muito estranhas atrás da gente. Eu posso não conseguir competir com você ou com o Itachi no quesito força, mas se tem uma coisa que eu sei fazer é curar pessoas. Preciso ajudar no que posso, e se acontecer alguma coisa, tenho que estar preparada.

Seu rosto manteve a fachada irritada, mas ele acabou assentindo.

— Não tem como discutir com você, tem?

Dei um suspiro, aliviada. Finalmente, era bom ser ouvida.

— Parece que depois de novecentos anos, você finalmente aprendeu.

 Recostei a cabeça na janela entreaberta do carro quando alcançamos a rodovia, sentido Tóquio. Mesmo que meu corpo estivesse esgotado, implorando por qualquer minuto de sono que eu conseguisse, me forcei a ficar acordada.

Seria a última vez que veria Tóquio – bem como toda a vida que eu costumava ter – por um bom tempo.


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Notas finais do capítulo

Todas as críticas construtivas e sugestões são bem vindas!



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