Encadeados escrita por Nipuni


Capítulo 16
Prognose


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus, eu nem tenho o que falar. Fui uma vaca por não ter dado sinal de vida antes, fui uma vaca por ter demorado 7 meses pra continuar, fui uma vaca. Eu não vou deixar essa história sem final, já decidi, mas também não vou postar um capítulo a cada semestre.
Em resumo, me desculpem o HIATUS, não vou deixar que aconteça de novo, mesmo que eu demore um pouco pra postar, não vou desistir dessa história, então se ALGUÉM AINDA LÊ ISSO POR FAVOR ME DESCULPE.
Tentei meu máximo nesse capítulo, então, sem mais enrolação, boa leitura e obrigada por continuar por aqui ♥



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Pela primeira vez na minha vida, eu não tinha ideia do que fazer. Eu olhei para ele, o ar entalado na garganta, e tudo que me veio foi desespero. Nenhum plano B, nenhuma rota de fuga. Sasuke estava inconsciente, vulnerável, e eu não conseguia fazer nada. Me afastei quando a temperatura de sua pele ficou alta demais para que eu suportasse.

O que quer que Kabuto tenha feito, era grave. Eu conseguia sentir dentro de mim. Algo estava errado demais – ao olhar para Sasuke, não o via. Suas pálpebras fechadas tremiam e seus olhos se reviravam loucos por baixo dos cílios extensos. Ele não respirava como uma pessoa, respirava como uma besta. Tropecei para trás com o pensamento de que, o que acontecia ali, dentro de Sasuke, era muito maior do que eu. Era maior que o Izanagi, maior do que qualquer maldição que o Sacerdote poderia ter lançado. Era muito maior do que toda a verdade que eu sabia.

Uma mão puxou meu ombro para trás, me deixando ainda mais distante da cama, e a figura de Itachi passou por mim com uma certeza inabalável em seu rosto. Ele tirou seu próprio paletó e o rasgou no meio.

Não houve tempo para perguntar o que ele estava fazendo.

— Preciso de algo para escrever. Qualquer coisa. – seu olhar incisivo me arrancou do transe amedrontado em que havia me metido.

Corri para fora do quarto sem esperar por uma segunda ordem. Em todos os plantões que já havia trabalhado, todas as emergências que já ajudei a resolver, nunca tive a pressa que me possuía naquele momento. Sabia que Sasuke era apenas uma pessoa, mas algo urrava em mim que mais do que uma vida estava em jogo.

Abri armários e gabinetes, gavetas e portinhas atrás de qualquer coisa. Uma caneta, tinta, tudo parecia ter desaparecido. Como última alternativa, adentrei o quarto de Karin, na minguante esperança que ela tivesse qualquer tipo de maquiagem lá dentro. Vasculhei seu armário, escrivaninha até que finalmente, dentro de um estojo surrado e velho, encontrei um batom. Mal pude comemorar antes de voltar para o quarto de Sasuke.

Minha garganta fechou.

Sobre o colchão, com um pedaço do paletó de Itachi amarrado como uma venda em seus olhos, Sasuke estava completamente amarrado e atado à cama. Sua Marca, antes tão pequena e difícil de notar, havia tomado metade de seu corpo, num tom carmesim que lembrava um fogo cheio de ira.

Itachi tomou o batom da minha mão sem nem se dar o trabalho de olhar pra mim. Sobre o pedaço preto de tecido que mascarava seus olhos, Itachi fez traços rápidos e firmes com o batom. Só pude ler quando ele se afastou novamente.

 

S E L O

 

Respirei fundo antes de falar. Será mesmo que aquela única palavrinha, tão pequena, faria alguma coisa?

— O que é isso? – afastei as lágrimas que ameaçavam se juntar. Não era hora de bancar a vítima, nem de dar pra trás. – O que Kabuto fez com ele?

Finalmente, Itachi ergueu sua atenção até mim. Ele ainda estava sério, impassível, e sua figura distinta não parecia pertencer ao cenário em que estávamos.

— Precisamos ir embora. – ele passou com a calma de quem vai sair pra jantar fora. Ao perceber que eu não saí do lugar, Itachi se voltou para dentro do quarto. – Agora.

Espera. Ele realmente achava que eu iria à algum lugar?

— O que? Eu vou ficar aqui, não vou deixá-lo sozinho! E se Kabuto voltar, ou pior...

— Se ele voltar você vai fazer o quê? Além de que – seu olhar vai além de mim, até Sasuke, levemente se debatendo dentro das amarras. – Kabuto é a menor das suas preocupações agora.

— Como? – minha incredulidade seria cômica senão pela situação.

Itachi deu um passo para dentro do quarto.

— Sakura, não temos tempo. Aquele selo não vai segurar o que há em Sasuke, e se Susanoo despertar não há como–

— Susanoo? – do que diabos ele estava falando? Quem era Susanoo? Ou melhor, o que era Susanoo?

Vi uma sombra de surpresa atravessar sua face.

— Achei que Sasuke tinha dito que te contou a verdade. – sua postura voltou ao normal rapidamente.

Claramente, não contou toda a verdade.

Um estalar – que soou assustadoramente com ossos se partindo – ecoou atrás de mim, e me virei apenas para ver que a Marca já havia percorrido quase todo seu corpo, começando a perder seu tom avermelhado e se escurecer novamente. Sasuke não mais respirava com o nariz, mas com a boca também, num ritmo desorientado e errático engolindo mais ar do que devia. Se meu breve treinamento na residência havia me ensinado algo, era que ele estava hiperventilando. Eu não podia simplesmente deixá-lo ali.

Aproximei-me na tentativa de afrouxar um pouco as amarras e dá-lo mais espaço, quando fui levemente puxada de volta.

— Não há mais nada que possamos fazer por ele. – foi como se Itachi pudesse ler meus pensamentos. – Agora cabe a Sasuke lutar pelo próprio corpo. Não podemos continuar aqui, Sakura. Se Sasuke acordar, vai saber para onde vamos.

Se. Se. Jamais imaginaria que um se poderia me arrebatar daquele jeito.

O tempo estava acabando cada vez mais rápido, e cada segundo que eu passava parada sem fazer nada era um segundo que a Marca se espalhava mais. Fechei minha mão em punho e rezei para cada deus de cada religião para que não o deixassem sozinho. Senhor, sair daquele quarto seria a coisa mais difícil que já tive que fazer.

 

[...]

 

Não consegui olhar para Itachi durante todo o trajeto de carro. Depois que meu desespero havia passado – ou, pelo menos, parte dele – eu havia percebido minha estúpida escolha de acatar à suas ordens. Eu não o conhecia, não fazia ideia de para onde ele estava me levando e, até onde Sasuke havia me contado, eles não estavam em bons termos.

Mesmo assim, não pude evitar em me sentir culpada com a desconfiança. Afinal, Itachi havia me salvado de Kabuto apenas algumas horas atrás, e parecia realmente determinado a ajudar o irmão. Ele não tinha feito nada para que eu duvidasse de suas intenções.

Isso é, até onde eu sabia.

— Você deveria ligar para a garota. – ele continuou focado na estrada a sua frente, seu timbre estável e calmo. – A ruiva.

Karin! Com a confusão de deixar Sasuke e entrar no carro com um estranho – provavelmente – imortal, eu tinha esquecido completamente que Karin levaria Temari para lá quando ela acordasse para que resolvêssemos para onde iríamos a seguir. Peguei meu celular que, de algum jeito, ainda tinha bateria, e disquei o número de Temari. Karin tinha que ter lembrado de pegar o telefone dela, certo? Era o único meio que eu poderia avisá-las para não ir pra lá.

O chamador tocou uma vez. Três vezes. Sete vezes.

Caixa-postal.

— Ninguém não atende. – calma, Sakura. Calma. Tente mais uma vez.

Redisquei os dígitos mais devagar dessa vez, checando duplamente se estão todos na ordem certa. O telefone tocou e tocou e foi pra caixa-postal mais uma vez.

Eu tinha que continuar tentando. Itachi e eu já começávamos a nos afastar de Tóquio e logo, o sinal seria só uma lembrança. Liguei mais duas vezes, mais quatro, até que, na quinta milagrosa tentativa quando eu só tinha uma barrinha no celular, a voz de Karin respondeu.

— Estávamos no metrô, porque você não parou de ligar?! – sua voz irritada foi como música para os ouvidos.

Mas eu não tinha tempo para agradecer a nenhuma entidade. Se elas estavam saindo do metrô, é porque estavam perto demais de Sasuke. Meu estômago deu um nó.

— Karin, escuta, vocês não podem ir ao apartamento.

— O quê? Porquê não?

Abri a boca para responder qualquer desculpa que a fizesse obedecer e rápido, mas Itachi puxou o celular da minha mão e fez meu trabalho por mim.

— Venha para Nagoya, templo de Atsuta. – ele fez uma pausa. – Não, você tem que vir sozinha.

E desligou sem dizer mais nada nem esperar uma resposta. Além de perceber uma grande frieza e calculismo de sua parte, aquela conversa me rendeu mais uma nova informação – estávamos indo para Nagoya. Ou, pelo menos, para algum lugar próximo de lá.

Cheio de sua atitude estoica e áspera, Itachi não disse mais nada durante a viagem. Com o passar do tempo ele começou a me checar esporadicamente para ver seu havia dormido ou alguma coisa, mas não se incomodou em fazer mais nenhuma colocação depois da conversa no celular.

Com o cair da noite, tomamos uma curva para dentro da floresta densa, e não foram nem dez minutos levantando poeira na estrada até que o carro parasse e ele desligasse o motor.

— Porquê estamos aqui?

A pergunta deve ter sido muito estúpida, pois Itachi saiu do carro sem dizer nada. Soube que, se eu não o seguisse, ficaria sozinha lá dentro a noite inteira. Bati a porta atrás de mim e, no breu da mata, fiz o meu melhor para segui-lo de perto. Itachi caminhava por uma trilha invisível sem o auxílio de luzes ou mapas. Sua silhueta esguia era difícil de diferenciar das árvores e arbustos dançantes, e numa tentativa impulsiva de chegar mais perto meu pé acabou preso em alguma coisa. Só senti o chão coberto de folhas me acolhendo.

Se Sasuke estivesse lá, provavelmente riria, me chamaria de algo como “jeitosa” ou “articulada” e diria algo pra que eu me sentisse melhor. Itachi mal se incomodou em olhar pra mim. Foi impossível não me sentir pelo menos um pouco melancólica com o pensamento.

Me agarrei a uma pedra pra me pôr de pé novamente, e foi só com essa queda que pude perceber; aquela pedra era uma estátua-guardiã.

Lembrava de visitar um templo com Temari no verão passado, e todas as esculturas pequenas e escondidas que rodeavam o lugar, protegendo os monges de espíritos tentadores e maléficos. Foi o que eles nos disseram no passeio turístico, pelo menos.

Limpei minhas roupas e procurei por Itachi. Ele estava parado em frente a uma longa escadaria de pedra, com arcos de madeira a uns dez metros de distância uns dos outros. Ainda era difícil enxergar e dizer qual degrau era seguro e qual estava quebrado. Decidi confiar nele – e em sua visão noturna – e não saí de sua sombra até chegarmos o topo da colina íngreme.

Quando a escadaria finalmente a terminava, já era possível ver a proporção do santuário. As paredes de madeiras seguiam longe no meio da floresta, e um pequeno riacho corria gracioso entre pedras com musgo. Entretanto, as portas de papel estavam todas abertas ou rasgadas, o poço artesiano havia secado e a única luz que me permitia ver tudo isso era a da lua. Aquele lugar estava abandonado há muito tempo.

Minha mente indagou se Sasuke seria capaz de encontrar um lugar daqueles. Itachi havia afirmado que ele nos acharia, mas parte de mim começava a duvidar e a desconfiança cresceu mais um pouco.

— Dizem que quando Susanoo foi banido da terra dos deuses ele caiu aqui, no templo de Atsuta. – Itachi andou com as mãos dentro dos bolsos como se estudasse o lugar. Sentou num dos degraus de madeira que ficava em frente à porta e acendeu uma das lanternas de papel que estava caída com um isqueiro que carregava em seu bolso. – Ele então se casou com a filha mais nova de um casal que morava na região e era atormentado por espíritos, na promessa de protegê-los. Depois disso, Susanoo foi nomeado para governar corretamente a terra, e quando ele já havia cuidado do país, entregou sua nação à sua irmã, Amaterasu. É o que está nas lendas, pelo menos.

Susanoo, Amaterasu e Tsukiyomi, todos eram deuses. Não sei como me recordei disso, a memória era desgastada e sem cor – porém algo especial veio com a lembrança. Todos eles eram filhos de Izanagi.

Sentei ao lado de Itachi.

— Você fala isso, mas ultimamente lendas parecem bem reais pra mim. – ele solta um som que se assemelha a uma risadinha. Na luz erma da única lanterna, não conseguia ver o que estava acontecendo em seu rosto. – Itachi, o que aconteceu com o Sasuke?

Ele finalmente olha pra mim. É difícil ler sua expressão ou ter qualquer pista do que ele está pensando – mistério parece ser um traço de família.

— A Marca é muito mais do que a consequência do contrato que ele quebrou. Ela é um Selo, não diferente do que o que eu fiz, feita para segurar algo muito forte que está dentro do corpo de Sasuke.

— Susanoo.

Uma pausa.

— Eu realmente espero que ele tenha acordado, Sakura. – sua voz séria camufla qualquer tipo de preocupação que seu rosto pudesse mostrar. – Um problema de cada vez.

Minha traqueia se apertou. Kabuto havia mudado o jogo como um coringa, e todas as certezas que eu sabia – todas as meias-verdades incompletas e histórias fragmentadas – se dissolveram dentro de mim com o medo de que o plano de Sasuke, seja lá ele qual fosse, pudesse não acabar como ele esperava. Que talvez ele tenha nadado tudo isso pra morrer na praia.

Que eu estava, de fato, fadada a uma morte que se aproximava ligeira e sem freios.

 – Você devia entrar e descansar por agora. Se tudo ocorreu bem, Sasuke deve chegar em algumas horas.

Apertei minhas pernas contra o corpo.

— Não acho que consigo dormir agora.

Itachi não se moveu, mas a tensão em seus ombros e costas ficou clara de onde eu estava. Ele continuava tão quieto que conseguia ouvir sua respiração, e parecia compartilhar, a sua maneira, de algumas das minhas preocupações. Em seu emaranhado austero, ele escondia alguém com mais sentimentos do que se imaginaria.

— Tem alguns sacos de dormir e café lá dentro. – ele espera um segundo – Vou checar se a garota ruiva já chegou. Fique à vontade.

E, só com isso, Itachi desapareceu escada à baixo.

Desejei que ele não tivesse feito isso. O monastério era silencioso e carregava muitas energias estranhas, ao ponto que alguém tão leiga no espiritual como eu conseguia sentir. Deixei o degrau que usava se assento e, com algum tipo destorcido de coragem em mim, adentrei as portas quebradas do santuário.

Itachi não estava mentindo quando disse que tinha alguns sacos de dormir, mas o único café que eu achei estava sendo tomado por camundongos. Todos os ratinhos correram pra se esconder quando me viram. Meu estômago se revirou com a ideia de passar a noite toda ali.

Passei por portas que levavam à aposentos apertados, desviei de teias de aranha – que pareciam quase quilométricas – e atravessei por grandes salões que, um dia, deviam ter sido sede de muitas reuniões importantes. Todo aquele lugar, os móveis quebrados e os pedaços de pergaminho largados no chão, tudo era impregnado de história. E, do jeito mais estranho, aquilo me afetou.

Mesmo com os camundongos bebedores de café, as teias de aranha tão grandes quanto cortinas, e a solidão vasta da floresta, eu entendi porque Itachi estava ficando naquele lugar.

Após cruzar quase todo o templo, dei de cara com a última porta. Um pátio mal-preservado com raízes de árvore quebrando o pavimento e destruindo o que o dia deve ter sido uma grande obra de arte estendia-se diante de mim. E o que era mais estranho – desse lado do santuário, os animais não soltavam um pio. Nem a brisa da noite parecia querer desafiar o que quer que estivesse reinando naquele lugar, deixando as árvores paradas como esculturas.

Eu tinha que sair dali. Uma energia superior fazia com que minhas pernas quisessem correr pra longe e meus olhos não ousassem olhar pra trás. Respirei fundo e dei um passo pra frente. Escolhas instintivas só tinham conseguido o pior de mim até agora. Usei qualquer resquício de razão que tinha sobrado em mim e avancei para dentro do pátio.

A sensação crescia e crescia a ponto de quase esmagar meu peito, mas eu não dei o braço a torcer. Minhas costelas espremiam meus pulmões e eu o sentia mais perto, mais perto, chegando mais perto.

Nas sombras estáticas da floresta, um espectro mais escuro que o escuro se erguia. Meu coração estourava nos ouvidos, e eu não sabia se corria ou ficava imóvel, na tentativa patética de não ser percebida. O espectro aumentava, chegando mais perto, e no trem bala de meus pensamentos eu não consegui fazer nenhum escolha. Estava completamente apavorada, mais apavorada do que quando vi Kabuto, mais apavorada do que quando ele tentou me matar.

A silhueta pendeu para os lados, orbitando sobre o próprio centro de gravidade, e então caiu dura para fora da mata.

As roupas de Sasuke estavam rasgadas e sujas, pedaços de pano e sangue caindo ao seu redor. Eu sabia que era ele, mas parte de mim ainda não queria se aproximar. Parte de mim tinha medo do que ele podia fazer.

Me odeio por sentir aquilo. Foi o mesmo repulso que me conteve no hospital, na primeira vez que eu o conheci. Dessa vez, consegui destruir o pânico que me necrosava por dentro. Corri para frente, em sua direção, me ajoelhando no chão com tanta velocidade que meus jeans queimaram minha pele.

— Sasuke, Sasuke – o puxei para meu colo, virando-o para cima para vê-lo melhor. Seus olhos estavam abertos, mesmo que por muito pouco, e seu rosto estava manchado com sangue seco. Tive medo de descobrir de quem era aquele sangue – Isso, continue olhando pra mim. Não durma.

Ele deu esse ínfimo sorriso, e mesmo algo tão simples como aquilo pareceu quase esgotá-lo.

— Acha que eu sou um dos seus pacientes, esperta?

Lágrimas se acumularam nos cantos dos meus olhos. Vê-lo tão fraco, tão destruído era esmagador. Me esforcei ao máximo para sorrir de volta.

— Você gostaria disso, não é? – afastei seus fios escuros de cabelo para procurar algum machucado. Sua pele estava inteira, aparentemente intacta, mas eu ainda conseguia traçar onde ele havia se ferido antes. – Mais uma dessas fantasias clichês pra adicionar ao seu livro.

Sasuke apertou minha mão contra seu rosto e abaixou as pálpebras por alguns instantes. A Marca em seu ombro girava sobre o próprio eixo, quase parando, e me recordei de como ela estava antes. Se Sasuke havia feito com que ela recuasse sozinho, não era surpresa estar tão cansado.

— Eu vou apagar de novo. – ele não abriu os olhos de primeira. Esperou mais um pouco até me olhar, e eu soube que ficaria ao seu lado a noite inteira. – É melhor você estar lá quando eu acordar dessa vez.

Deus, eu estaria. Nunca mais o deixaria pra trás de novo.


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Notas finais do capítulo

(ΦωΦ)



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