Viúva negra- Parte 1 escrita por Laura Araujo


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Abraham finalmente descobre quem Antônio e de verdade. Mas é agora? Como Karen irá saber? Como serão as coisas daqui em diante?
Música do capitulo: Bruno Mras e Lil wayne; Mirror



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Abraham sai as pressas para a faculdade. Chega ao laboratório, curioso e aflito.
—Luzia! Cadê o resultado?
—Abraham... Respira...
Luzia,também aflita,entrega uma pasta para ele.
—Quer saber de mim, ou quer ler?
Tenso, Abraham olha nos olhos de Luzia.
—Pode falar.
—Acho que esse resultado deu errado. Ou é muito revelador.
—Por que diz isso?
—Qual é o nome desse rapaz?
—Antônio.
— De onde ele diz ser?
— De outro estado. Luzia, aonde você quer chegar com isso?
Luzia respira fundo.
—O nome dele não é Antônio. É Joseph Mercedes. E ele não é de outro estado. E das Ilhas Malvinas.
Abraham fica em choque com a notícia. Com os olhos arregalados, tenta questionar o resultado, e o pouco que consegue falar, e gaguejando.
—Ma-mais ninguém sobreviveu ao desastre das Malvinas.
—Ele sim. E o único no mundo registrado como refugiado.O governou autorizou a entrada dele aqui. Eu pesquisei e até saiu nos jornais da época, ele é o único que foi encontrado com vida pelos bombeiros. 
—Não... Isso não é possível. Não...
Abraham passa a mão no rosto, abalado e com lágrimas nos olhos.
Ao recordar de seu passado, percebeu que perseguiu na verdade, o seu melhor amigo. Confuso, lembra de sua última lembrança de Joseph, que o viu  desacordado no chão antes de ir embora para o norte da ilha.
A sua reação facial causa curiosidade em Luzia.
—Está tudo bem?
—Eu preciso ir.
—Espera! Não pode dirigir nesse estado. E perigoso.
Abraham vira e olha intensamente para Luzia. Já na porta do laboratório, volta e da um beijo na bochecha dela.
—Muito obrigado,  por tudo.
Abraham sai as pressas. Luzia  fica olhando para ele enquanto sai do laboratório,  demonstrando afeto e felicidade pelo beijo.
Abraham pega o carro, e sai descontroladamente em rumo ao hospital. Ao chegar lá, depara se com Joseph no corredor. Abraham fica paralisado. Joseph levanta da cadeira e vai até ele.
—Olha Abraham... Não quero causar transtorno entre você e sua irmã.
—Como pode?— interroga com lágrimas nos olhos.
Joseph olha,confuso, sem entender a pergunta de Abraham.
—Tantos anos, tantos anos e eu achando que minha irmã e eu éramos os únicos malvinos do mundo.
—Desculpe Abraham, mais eu não sei do que está falando.
—Veja com seus próprios olhos.
Abraham entrega um evelope para Joseph, ao abrir, vê umas papeladas. Essas papeladas era sobre seu registro naquele país. Constatando que ele era um refugiado das ilhas Malvinas. E comprovava a sua verdadeira identidade.
    Ao lê o seu nome e ver sua foto no papel, fica paralisado, sua única reação foi uma lágrima,  que caiu no papel. Pois tinha reconhecido Abraham desde o dia em que estava no campo durante o sequestro, quando percebeu naquele momento que aquela moça há sua frente ,que estava prestes a matar, era na verdade a sua amada. Que não via a 8 anos.
Joseph olha para Abraham, que já estava em lágrimas.
—Me... Me perdoe... Eu não podia falar antes.
Os dois, olham um para o outro e depois se abraçam fortemente.  E as lágrimas,que já eram muitas, se tornaram pequenas diante das quais que derramaram naquele momento.
Quando os dois se afastam. Abraham pergunta:
—Como vamos contar isso para Karen?
—Eu não sei. Tenho medo de sua reação.
A médica chega para avisar los que o horário de visitas está aberto. E os dois decidem que não irão contar para ela agora.
Abraham e o primeiro a entrar na sala.
—Karen?
—Oi .
—Minha irmãzinha ja está na enfermaria!Mais...Está tão abatida. Houve alguma coisa?
—São só os exames. Os médicos me enchem de perguntas como se fosse uma louca. Eu não sou louca. Sem contar com os raio x e as tomografias. E cansativo.
—Eles so querem o seu bem. Em breve estará fora desse hospital.
—Que esse dia chegue logo... Você não costuma vir aqui esse horário. Houve algo?
—Não,  só quis ver minha irmã mesmo.
—Antônio está lá fora?
—Quem?
—Antônio, Abraham.
—Ah! Sim. O Antônio, e , ele está la fora. Por que a pergunta?
—Nada, só para saber.— Responde Karen com o rosto corado.
—Irmã... Posso te perguntar algo?
—Pode.
—Você se esqueceu do Joseph?
Karen,  estranha a pergunta. Mas responde mesmo assim.
—Abraham. Eu nunca, nunca vou me esquecer do Joseph.
Abraham, discretamente, respira fundo e faz outra pergunta.
—Karen, como será de agora em diante? Você em breve saíra do hospital,  so falta mas alguns exames para ver se está tudo certinho. Está aparentando uma mudança em seu comportamento. Mas... Volto a lhe perguntar, e agora?
—Eu com certeza não... Não trabalho e nem voltarei para a vida de antes. Não entendo como cheguei aquele ponto. E pelo pouco que lembro, tenho fé de que viveremos bem.
—"Fé" ?—Questiona Abraham, com ironia.
—As vezes e necessário ver a morte, Abraham,  para ter fé. Fé de que as coisas de agora em diante serão mas simples.  Porém seremos mais felizes. Respondi a sua pergunta?
—Sim, respondeu. Vou falar com a médica a previsão de sua alta.
Quando Abraham sai, entra Joseph,  porém ela ainda acha que e Antônio. Ao ve ló entrando, desabrocha um lindo sorriso.
—Antônio.
—Oi Karen. Como tem passado?
— Você me pergunta isso todo dia —afirma Karen entre risos.
—E verdade. Mas pergunto sempre crendo que vou ouvir um : "Sim, estou bem". — Fala demonstrando constrangimento.
—Karen, posso te perguntar algo?
— Vocês tiraram o dia hoje eim!
Antônio ri, ainda constrangido.
—Qual é o seu maior sonho?  Aquele que você diz para si mesma:  " é impossível".
—Meu sonho impossível?  Reencontrar, ou ver, nem que seje pela última vez,  o meu grande amor.
—Quando foi há última vez que o viu?
—Faz muitos anos. Ele já morreu...
—Quando sair do hospital,  aceita passar o dia comigo em um quiosque, na praia? Para conversarmos mas sobre isso.
—Isso é um encontro?
—Você não lembra, mas,  da última vez que nos encontramos. Você e eu fomos sequestrados. Então eu prefiro não chamar isso de encontro. Aceita meu pedido?
—Aceito.
— Que Ótimo! Agora tenho que ir, antes que a médica me expulse como da última vez.
—Tchau!
—Tchau!
Quando Joseph sai da sala, Abraham estava lá esperando o.


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Notas finais do capítulo

Karen descobre antes do previsto. E decide mesmo assim ir ao encontro, e lá, os dois contam o que viveram nesses oito anos .



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