Viúva negra- Parte 1 escrita por Laura Araujo


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Karen, a cada dia conhece mais sobre Antônio. Abraham começa a se interessar por Luzia, já que está sendo tão difícil conquista lá.



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A médica, preocupada com a situação, tenta acalmar e explicar o que houve com Karen para Antônio.
—Qual é o nome do senhor?
—Antônio. Eu estava na enfermaria, mas fui liberado .
—O senhor tem algum grau de parentesco com a paciente?
—Não... Sou só um amigo.
—Ok. O senhor deu entrada no hospital junto com ela certo?
—Sim.
—Conhece ela há quanto tempo?
—há algumas semanas.
—Entendi . — a médica respondeu. —Pode ser que ela tenha perdido a memória recente dela- sussurra a médica para si.
—O que? Perca de memória?
—Sim, quando ela desmaiou, bateu com a cabeça na região que guardamos a memória. Não sabemos qual o grau da perca, mais pelo visto, foi a perca de memória recente.
Antônio fica em choque por alguns segundos. Desnorteado e sem saber o que fazer
—Senhor,vai para casa,descanse. Esta muito abalado.
—Eu não tenho para onde ir.
   ......

Abraham chega em casa. A preocupação com sua irmã toma conta de seu ser. quando se lembrou da faculdade, foi estudar, mas não parava de pensar nela e no drama que viveu. Resolve então ir para a faculdade, pois pensou que no ambiente académico conseguiria estudar.
Ao chegar num laboratório, encontra uma colega de sala, e tenta corteja la.
—Oi.
Essa colega para de ler um livro da faculdade e olha friamente para a mão de Abraham, que estava no balcão.
—Olá.
—Você tem a matéria dos últimos dias?
—Sim. Quer a matéria?
—Sim.
—toma. Vai tirar xerox.
—Obrigado. Você poderia ir comigo. De la poderiamos tomar um café.— Abraham se insunua para a jovem.
—Se continuar assim nunca ira se formar senhor Abraham. Ah, 5 minutos para devolver meu caderno.
.....

Antônio chega em casa. Um pequeno apartamento desarrumado. Fotos e papeladas sobre a equipe de viúvas, e principalmente, informações sobre Karen em cima  da cabeceira. Um recado em seu telefone, era o síndico avisando o vencimento do aluguel. Antônio apoia se na parede que divide a sala do quarto e passa a mão no rosto, repleto de aflição e preocupação.
Sua mente estava um caos. Pensamentos de momentos que viveu com Karen e lembranças do seu misterioso amor que viveu a 8 anos atrás tomavam conta da sua mente. As vozes das suas lembranças eram mais barulhentas que o trânsito da cidade.
Antônio estava confuso. Seu sentimento por Karen já tinha ultrapassado a cede de vingança. Porem de uma coisa ele estava convicto, de não se afastar dela. Mesmo tendo que enfrentar o seu irmão.
Amanheceu, e Antônio não parou de pensar nela por um instante. E Karen, angustiada com a sensação de ter sentido algo a mais por alguém, porém não lembrar.
Abre o horário de visita e, lá estava Antônio, sentado em uma das cadeiras que ficam no corredor. A médica autoriza a sua entrada na sala onde Karen está.
Antônio da dois toques na porta enquanto a abre.
—Olá,  bom dia, será que podemos conversar?
—Sim.
—Posso me sentar?
Karen acena com a cabeça, dizendo que sim.
—Eh... Acho que não me apresentei como deveria desde há  última vez que nos vimos. Me chamo Antônio Lopes, tenho 28 anos. Nos conhecemos há algumas semanas.
—Olá Antônio. Eu não me lembro de você.
Antônio respira fundo. Atribulado com a situação. 
Karen, intrigada, questiona Antônio.
—O que sabe sobre mim? Fale a verdade.
—Irei te responder com outra pergunta: O que você sabe sobre você?
Os dois ficam em silêncio por alguns instantes.
Abraham chega na sala de Karen e se depara com a cena.
—Irmã bom dia... Estou interrompendo algo?
—Não, o senhor não está. Eu já estou de saída. Karen, pensa na pergunta que lhe fiz. Bom dia a todos.
Antônio  levanta e se retira.
Abraham, irritado com o ocorrido, interroga Karen.
—O que ele veio fazer aqui?
—Por que implica com o rapaz?
—Ele esconde algo, e eu vou descobrir.
—Eu estou bem. Já que se importa mas com que o rapaz faz ou deixa de fazer.
—Desculpe irmã, eu estou um pouco atorduado ainda.
Abraham olha para a maca e vê um fio de cabelo preto liso. Pega um pedaço de papel e coloca o fio.
—Irmão, o que vai aprontar dessa vez?
—Nada—fala Abraham com tom de irônia.
—Abraham, minha cabeça doi muito.
—Esta tomando os remédios?
—Sim. Mas acho que preciso descansar.
—Tudo bem. Eu ja vou, mas tarde venho lhe ver.
—Obrigada.
Abraham beija a mão de Karen e vai embora. Entra no carro e vai direto para a faculdade, chega ao laboratório e encontra novamente a jovem.
—Você vive aqui?
—É você não tem outras pessoas para procurar?
—Nossa, uma moça tão linda, e tão grossa.
—O senhor so me procura quando precisa de ajuda.
—Isso não e verdade.
—Estou nessa faculdade há 4 anos. E o senhor so me procurou quando quis algo.
—Realmente quero algo— diz Abraham, novamente se insunuando.
—Com licença.
A jovem pega o seu material e tenta sair do laboratório.
—Nanão, desculpe,  eu lhe desrespeitei. Luzia, preciso que descubra o DNA deste fio de cabelo.
—Está muito mal conservado. Vai ser difícil, e o senhor sabe que demora.
—Por favor, me chama de Abraham, me incomoda ver você me chamando de senhor. Quando estará pronto?
Não garanto, mas no máximo 3 meses. 
—Ta ótimo!  Muito obrigado. Preciso ir para aula.
De nada.
Luzia fica olhando o enquanto vai embora.
......

A médica entra na sala de Karen.
—Karen, está na hora do seu almoço.
—Não estou com fome.
—Mas precisa se alimentar.
Karen, fica olhando para o nada por alguns segundos.
—Doutora, aquele rapaz que veio aqui mas cedo. Como, como nos encontraram?  Qual era o nosso estado quando a ambulância chegou?
—Qual e o nome do rapaz?
—Antônio.
A médica respira fundo, e procura conversar com Karen da forma mas tranquila possível.
—Querida, vou lhe contar tudo o que sei, ok?
—Uhum.
—Eu estava aqui no hospital, quando os enfermeiros chegaram com você, Antônio e Abraham. Abraham estava ileso, Antônio tinha levado dois tiros de raspão em ambos os braços e.... E você Karen... Você era o caso mas crítico...
Quando ouvi a movimentação dos médicos no corredor, fui correndo ver o que estava acontecendo.
—3 batimentos por segundo.
—Atenção! Paciente com fratura no nariz ematomas em todo corpo corte na nuca e desnutrição!
—O que está acontecendo?
Vi o desespero dos para-médicos em salvar sua vida. E me propus em ajudar los.
—Levem ela imediatamente para o CTI.
Fiquei assustada com o estado do seu rosto e sua desidratação.
A cirurgia foi feita. Você já estava fora de risco. Fui conversar com algumas enfermeiras na hora do almoço, uma delas era a que estava cuidando de Abraham.
—Nossa, ele é um rapaz lindo!
—Que isso jovem haha
—Pena que já esta comprometido.
—Sério?
—Parece que sim. Enquanto eu fazia os curativos, ele n parava de perguntar por uma tal de Karen, parecia estar tão preucupado. Achei que ele fosse namorado dela.
—Isso é verdade?— pergunta Karen para médica.
—Sim. Ele gosta muito de você.
—Sabe me dizer o motivo de virmos parar aqui?
—Disseram que vocês foram sequestrados.
—Humm.
—Seu irmão também se preucupa muito com você.
—Abraham?
—Sim!
Karen, demonstra estar intrigada com algo, mas guarda para si.
—Obriga doutora, me ajudou muito contando o que sabe, me faz sentir menos confusa.
—De nada, aceita almoçar agora‍‍‍‍‍?
—Sim — afirma Karen com um belo sorriso.
Algumas semanas se passam, Antônio todo dia pela manhã ia visitar Karen, e ela, parou de ter medo dele. Os dois contam um ao outro alguns momentos de suas vidas, Karen sempre ri das piadas sem graça de Antônio, e ele, sempre admira seu jeito doce de ser. Karen fez alguns dos vários exames que deveria fazer. E todos eram bem cansativos para ela, Antônio sempre ia vê lá, e Abraham também, porém sua implicância com Antônio falava  mas alto do que sua preocupação com sua irmã.
Durante a manhã,  como todas as outras, Antônio estava na sala de Karen. E Abraham em casa, e recebe um telefonema.
—Alô?
—Abraham? E a Luzia.
—Oi, pensou bem na proposta do jantar?
—O resultado do DNA saiu.—afirma Luzia. Incomodada com o jeito de Abraham.
—SAIU?— respondeu Abraham, demonstrando aflição e curiosidade.
—Sim,  acho melhor você ver esse laudo com os próprios olhos.


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Notas finais do capítulo

Abraham descobre algo sobre Antônio. Ele não é quem diz ser. E isso mudará tudo.



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