Viúva negra- Parte 1 escrita por Laura Araujo


Capítulo 3
capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Karen está muito machucada, e quando acorda de fato, Antônio fala o real motivo de ter ido até ela. E mais uma vez,Antônio tenta protege-lá, porém dessa vez, ele não conseguiu 100%.



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—Não, por favor , eu não sou a chefe de tudo.... Não..
Antônio acorda com os sussuros de Karen, e tenta acorda-la.
—Karen, acorda, acorda.
Karen consegue abrir somente um olho, pois o outro está bastante inchado com os socos que levou. Vai se debruçando e gemendo de dor, e aos poucos saindo do colo de Antônio.
—Você ta bem? está muito machucada, e bom não fazer nenhum tipo de movimento, pode ter quebrado algum osso... Por quê eles fizeram isso com você?
—Todos ali tem motivo de sobra para me matarem, e a única coisa que eles quebraram, foi o que ainda me restava, minha dignidade... Por quê está aqui?
—Me trouxeram para cá junto com você, lembra?
—Sim, disso eu lembro, mas não me refiro a isso. Você nem deveria estar aqui, eles vão querer te matar.
—Está preucupada comigo?
—Eu? eu não! não posso...
—Por quê não pode?
—Chega, já falei demais.
Antônio respira fundo e, olhando para a grade da sala em que estavam, conta o real motivo de ter se aproximado de Karen.
—Steve Johnson, você não deve se lembrar, ele era o meu melhor amigo. O único que acreditou em mim desde que.... Desde que cheguei nesse país. Eu engraxava os sapatos dele, ele era um cara humilde e muito alegre. Ao longo dos anos viramos amigos, ele comprou uma casa para eu morar, do lado da dele. Tudo ele me contava, tudo eu contava para ele. Ele me ajudou a conseguir um emprego digno, e estabilizar minha vida. Até que, um dia veio falar comigo que estava namorando uma garota. Para mim isso não era novidade, já que ele era bem mulherengo, mais ele mesmo dizia que tinha algo diferente nela, e realmente tinha. Na semana seguinte, ele me disse que iria passar o final de semana num hotel com essa tal namorada. Ele como sempre, estava feliz, porém tinha algo diferente nele, me entregou uma pasta e disse-Termina o serviço para mim irmão. Desconfiança nunca será uma certeza absoluta. Minha mãe não esta em casa,diz para ela que eu a amo muito-. Foi a última vez que vi Steve. Na pasta estava uma foto sua e dele, e alguns documentos. Parecia que você fazia parte de uma rede de assassinas profissionais, que matava quem era considerado inimigo no presente ou no futuro. Eu jurei vingança, e fui atrás de você, mudei de cidade, e passei a te investigar, mais ...
—Mais?
— Eu não consegui...
—Você também quer me matar?
—Queria.
Os dois se olham por um instante, de repente as grades se abrem, uma mulher de salto e vestida com roupa de dançarina de tango entra, causando medo em Karen. Esta mulher para diante de Karen e fica encarando- a por alguns instantes.
—Era para ter sofrido muito mais.
— O que você quer Nancir?
— EU QUERO QUE MEU MARIDO VOLTE!- diz Nancir ente lagrimas- Mais já que isso não será possível, quero que sinta a dor que eu senti.
Nancir sai da sala, ainda chorando.Demonstra em suas lagrimas mais ódio do que tristeza.
— Você era amante do marido dela?
—Pessíma hora para interrogatórios.- Diz Karen enquanto se arrasta para se encosta na parede.
Novamente a sala se abre, mais dessa vez outra pessoa entra, causando não medo em Karen, mais desepero.
—Olá senhorita Gonzáles, está bem aconchegada?
Avozani pega a ponta do seu cetro e coloca no queixo de Karen, levantando o seu rosto.
—Oh não! parece que alguém estragou seu rostinho, olha como seu nariz está inchado, está suja... Me diga quem foi o mostro que fez isso?
—Foi o senhor... - sussura Karen.
—Eu não ouvi, pode falar um pouco mais alto, se conseguir claro.
—Foi o senhor.
—Você sabe ser humilde, isso é bom. mais não e o bastante, sabe ao menos por quê esta aqui?
—Não.
—Vou lhe explicar, você matou muita gente importante, que era uma ameaça para Adam. Sim, conheço o Adam. Os parentes de alguns dos mais importantes que você matou, resolveu fazer o mesmo que você.
—O que quer dizer com isso?
—Você vai ver.
Avozani pega o seu cetro e taca na cabeça de Karen, jogando ela no chão e deixando Antônio desesperado.
—Covarde! deixa ela em paz, o que mais você quer?
—Era tudo o que eu queria saber.
Antônio a pega e tenta protege -lá , Avozani sai da sala. Antônio levanta o rosto de Karen
—Um marfioso? um marfioso Karen! aonde você tava com a cabeça?
Karen, ainda zonza com a pancada, não responde. As grades da sala são abertas novamente e três homens entram, um leva Karen, o outro desamarra Antônio e o levam também, cada um dentro de um carro diferente, só assim Antônio conseguiu ver a claridade do dia e aonde estava, agitado e preocupado com Karen, da trabalho para os homens. Cinco carros saem do local, que era uma casa abandonada no meio da floresta, todos esses carros vão para o outro lado da floresta, perto de um lago com uma linda paisagem, bem longe da civilização.

Ainda dentro do carro, Antônio e Karen recebem uma arma. Alguns saem do carro, incluindo Avozani, Nancir, Karen, Antônio e mais três capangas de Avozani, todos armados. Os capangas colocam Karen diante de Antônio, e diante deles, todas as outras pessoas, como se fossem assistir um show. Avozani da um passo para frente.
—Linda paisagem, não? vocês dois devem estar se perguntando por quê estão aqui, e por quê estão um de frente para o outro. Como sou um homem de bem, irei explicar. Lembra do que falei la na cela com vocês? então, vocês terão que se testarem, ou você atira nela, Antônio, ou ela atira em você.
Karen imediatamente aponta a arma na direção do braço de Antônio, causando espanto nele. E fazendo Avozani rir.
—Acha mesmo que e só isso? Não e para apenas dar um tiro, sua tola, mais é para matar! se um de vocês atirarem em locais não letais, um de nós, irá matar os dois. E caso queiram me enganar, trouxe uma garantia.
Avozani estala os dedos e, um dos comparças vai até um carro, abre a maleta e tira um rapaz de lá, muito assutado e amordaçado. Esse comparça tira o pano que estava em sua boca e aponta uma arma em sua cabeça.
—Irmã, o que você fez dessa vez? por quê me trouxeram para cá?
Quando Karen olha definitivamente para trás e vê que e Abraham, entra em desespero e começa a chorar.
—Não!!! meu irmão não, seu monstro! vem aqui e lida com alguém do seu tamanho, meu irmão não. Meu irmão não...
Antônio fica olhando para Abraham assustado. Reconhece o rapaz do seu passado e, ao olhar para Karen, um filme passa em sua cabeça. Deixando o ainda mais assustado com tudo que estava aos seus olhos.
Karen, entra em desespero ao se ver entre seu irmão e o rapaz que tanto gosta, desde há primeira vez que o viu. Essa confusão de sentimentos e de pensamentos se demonstra em dor, o que faz ela chorar, e até mesmo gritar.
O clima de tensão se espalha no local, e todos em sua volta ficam esperando e apreciando a dor que Karen demonstra sentir. Antônio vê que Karen está com o seu emocional totalmente abalado e aparenta sinais de fraqueza, como se a qualquer momento fosse desmaiar. Antônio aproveita e aponta a arma na direção de Karen e olhando para Abraham, quando Abraham olhou para ele, ele olhou para a arma do compraça e de volta para Abraham, como se quisesse transmitir uma mensagem. Avozani vê e se irrita
—Chega dessa palhaçada! Se um dos dois não atirarem em um minuto, eu mato os três!
Karen olha para Antônio, e ele percebe o quão fraca ela está, e diz bem baixinho
—Ei, calma, confie em mim. Todos nós iremos sair daqui, vivos.
Avozani aponta a arma para Antônio, e ele aponta para Karen, ela começa a fechar os olhos e desmaia, no mesmo instante Antônio atira na direção da árvore que estava atrás dela, em seguida atira em Avozani, Nancir consegue dar dois tiros de raspão no braço de Antônio, que se esconde atrás de uma árvore. No mesmo momento Abraham da uma cotovelada no capanga que estava com a arma em sua cabeça, pega a arma e atira nos outros capangas. Nancir consegue fugir. Antônio e Abraham ficam vivos, eles só não contavam com uma coisa...


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Notas finais do capítulo

Karen, quando desmaiou, bateu a cabeça em uma pedra. Antônio e Abraham tomam consciência disso minutos depois, para o desespero deles, Karen só acorda dias depois.



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