O segredo de Sara escrita por Carol S G


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo! Estou muito feliz que tenha algumas meninas acompanhando e comentando.
Agradeço a todas. Grande abraço. E aqui vai mais um:



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— E agora com vocês – disse o apresentador após o fim da dança flamenca. – uma dança especial. Esta dança, vinda do outro lado do oceano, traz a técnica e ousadia ao mesclar os movimentos do corpo com o seu equilíbrio. – virou-se de perfil para o público. – Com vocês... Dança do ventre! – apontou para a coxia do palco principal.

— Grissom? - Catherine chamou a atenção do amigo. – Os policiais estão aqui hoje, não?

— Sim! – Brass respondeu ainda olhando para o palco. – Qualquer pessoa estranha durante essa apresentação será levada para interrogatório. – explicou. – São policiais designados de outras equipes. Assim não corremos o risco de interferir em seus trabalhos.

— Sem com contar que hoje é dia de diversão e descanso. – Warrick sorriu.

                No palco principal umas cinco dançarinas entraram pela lateral. A música já tocava enquanto elas entravam, descalças, parecendo flutuar sobre o chão. Nos palcos menores surgiram, pelo menos, três dançarinas em cada. Vestidas de todas as cores. Azul, negro, amarelo, vermelho, rosa, branco, roxo, cinza, verde. Cores de vários tons diferentes.

                No palco próximo à mesa dos peritos surgiram três dançarinas. Uma negra, linda, trajando roupas na cor azul com detalhes pingentes em dourado, um lenço cobrindo o rosto, deixando aparentes somente seus olhos, tornozeleiras douradas com guizos em ambos tornozelos.

 

Roupa da dançarina de azul.

A outra tinha etnia asiática, evidente pelos olhos puxados e cabelos negros e lisos por trás do lenço cor vermelha que lhe cobria o rosto combinando com seus trajes em vermelho e prata. Usava também pulseiras e tinha piercings nas orelhas e nariz.

 

Roupa dançarina de vermelho

A outra moça no mesmo palco era branca, os cabelos num tom achocolatado e olhos castanhos. Como todas as outras dançarinas, cobria o rosto com um lenço, o seu era verde. Em seu braço um bracelete, no pescoço uma corrente dourada com uma medalha pendurada entre seus seios e em uma das orelhas muitos brincos. Usava um top verde com enfeites dourados e sua saia, também com pingentes dourados, deixava à mostra ambas pernas, dando-lhe um ar muito sensual.

Roupa dançarina de verde

— Uaaaau! – Nick deixou seu queixo cair e se arrumou na cadeira.

— Cara! Deveríamos ter vindo aqui todos os dias da nossa vida! – comentou Greg.

— Olha a moça negra, que linda! – Greg admirou a dançarina.

— Cara, eu prefiro a dos olhos puxados! – Nick falou sem tirar os olhos da moça de vermelho. – E você, Warrick?

— Eu, cara? - assustou-se o perito de olhos verdes. Ele olhou de relance para a loira ao lado dele. Ela também esperava a resposta. – Eu sou mais uma loirinha, cara. – e fez Nick e Greg rirem.

— Grissom? Archie? - insistiu no assunto o perito texano.

— Eu sou mais a de verde. – sorriu Archie após analisar com cuidado.

— Grissom? - Nick continuou.

— Mulheres não são pedaços de carne, Nick. – Grissom pareceu incomodado.

                Nick levantou as duas mãos ao alto se rendendo.

                Mas Grissom era homem, mesmo que seus princípios de respeito e ética falassem mais alto ele ainda era homem. As mulheres, dançando ali na sua frente, eram realmente muito lindas. Mas a moça de verde lhe chamara a atenção mais que as outras.

                Quase congelou quando as moças escolheram alguém do público para dançar mais perto. A moça de verde veio para perto dele e começou a dançar na sua frente. Ele tinha dificuldades em manter o contato visual com a moça em sua frente, mas ela o olhava fixamente enquanto seu quadril dançava ao som da música parecendo ter vida própria. Grissom ateu-se a ficar admirando o belo corpo da moça. Magra. Alta. Pele alva. Muitas pintas pela pele do abdômen. Uma pinta muito charmosa na coxa esquerda. E aquele olhar insistentemente sedutor. Deu graças por Sara não estar ali para ver a cena. Ouvia seus amigos gritarem qualquer coisa, já estavam altos, não se preocupou com isso. Viera ali para se divertir e iria aproveitar a noite. A moça brincava com o som dos guizos e pingentes pendentes em sua saia.

                A música começou a diminuir e as moças voltaram para o centro do palco. Lá haviam espadas no chão e cada uma das moças se apossou de uma. Grissom não sabia como as espadas haviam chegado ali, mas sabia que estivera ocupado demais olhando para a dançarina para ver qualquer movimentação no palco.

                A música então aumentou o ritmo e as moças, equilibrando as espadas na cabeça, no quadril, acima da crista ilíaca, e no queixo voltaram a dançar. Pingentes e guizos tilintando entre os véus das saias. Até que a música acabou e as moças agradeceram ao público em reverência e saíram ao som das palmas. A moça de verde, que dançara em frente a Grissom, agradeceu ao público sem tirar os olhos dos dele e saiu sem prestar muita atenção no caminho a sua frente, pois ainda olhava o entomologista de olhos azuis. Grissom sentiu seus pêlos se arrepiarem pelo seu corpo ante a insistência daquele olhar. Não era um olhar que procurava encrenca. Era um olhar sedutor. Culpou-se por isso, mas desejou poder olhar mais de perto aquele olhar.

— Uau! – balançou a cabeça o detetive, que já estava em seu quarto copo de whisky, assim que as dançarinas saíram. – O que foi isso, hein?! – admirou-se.

— Realmente a melhor coisa que poderíamos ter feito hoje! – Nick concordou com Brass.

— Pobres policiais à paisana que tiveram que perder esse show todo. – Greg ressaltou.

                Catherine já estava encostada no ombro de Warrick cochichando algo que para eles soava muito engraçado, pois não paravam de rir. Sequer prestaram atenção nas moças dançando. Estavam muito à vontade depois de alguns copos de refrigerante e cerveja.

                Grissom ainda tinha seus olhos vidrados por onde a moça de verde saíra. Sua imagem ainda gravada em seus olhos. Culpou-se. Seu coração desejava estar com sua subordinada, num lugar reservado. E não ali, flertando com uma dançarina. Mas ele dissera a ela tantas vezes para ter uma vida que, a essas horas, ela já deveria ter terminado o tal cinema com o tal Tyler e já deveriam estar bem à vontade no apartamento de um deles. Sentiu-se tolo. Mal sabia ele que Sara estava ali, mais perto do que ele imaginava.


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Notas finais do capítulo

Tentei colocar as fotos das moças, mas pelo visto o site só comporta uma imagem por texto, então pus os links.
Espero que tenham gostado e até o próximo! Beijoos ;*



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