O segredo de Sara escrita por Carol S G


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Como estão?
Aqui vai o o próximo capítulo para vocês.



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Sara desligou o telefone sem dar chance para que a voz se despedisse. Sentiu-se estupida por não dar chance da voz se despedir, afinal, ela sabia seu segredo e poderia delatá-la a qualquer instante. Mas tinha outras coisas com que se preocupar também. Precisava achar algo para que, usando-o, não notassem que era ela. Mas já era madrugada, precisava descansar.

                Colocou o cinto de segurança e foi para sua casa descansar.

Os dias se arrastaram semana adentro no trabalho para Sara. Tentava fugir das investidas constantes de Catherine e tinha que mentir toda vez que perguntavam de Tyler. O mais frustrante é que sempre que perguntavam do seu provável namorado Grissom estava por perto. Sentia que estava estragando todas as chances que pudesse ter com seu supervisor. Mas por outro lado, sempre tentava algo com ele era repelida. Sentia que mexia com ele. Via isso no fundo de seus olhos azuis, mas não sabia como contornar essa carapaça dura e impermeável que ele vestia toda vez que ela se aproximava.

Também teve que tomar cuidado com as suas coisas. Tinha certeza que Catherine sabia a senha do seu armário e tratou de muda-la na primeira oportunidade. E anotou mentalmente que nunca mais deixaria seus pertences no armário. Era muito arriscado. E por via das dúvidas ela tomaria muito cuidado quando estivesse indo, sábado, ao Boulevard Dream. Se asseguraria de que não a seguiriam e que nem a reconhecessem no local.

Também se certificou de atender suas ligações sempre longe dos outros. Não queria que pegassem qualquer pedaço de conversa entre ela e Tyler. Assim não interpretariam nada erroneamente.

                E então, a muito custo, a noite de sábado chegou. Era folga do grupo e Sara sabia que eles já estavam se organizando para ir. Até mesmo recebeu uma mensagem de Nick, perguntando se ela realmente não queria acompanha-los, que ela negou educadamente. Não queria ser grossa e levantar mais suspeitas. Ela queria viver a vida dela sem que tivesse que dar satisfações sempre que perguntassem. E foi pensando nisso que ela foi para debaixo do chuveiro tomar seu banho e se preparar. Seria uma noite longa, ah, seria.

                Tomou seu banho, quente, relaxante. Habilmente prendeu seus cabelos. Hidratou sua pele. Passou maquiagem sobre os olhos, sombra negra esfumaçada. Batom neutro, cor da pele. Colocou uma roupa que sabia que seus amigos não reconheceriam ser dela. Jaqueta cinza, calça jeans preta e um tênis preto qualquer. Colocou tudo o que precisava na mochila e então voltou novamente para frente do espelho. A adrenalina já começando a circular nas suas veias. Sorriu para seu reflexo. Se sentia mortalmente linda. Admirou-se por algum tempo até encher seu peito de coragem e então virou as costas para o seu reflexo e saiu do banheiro. Passou pela sala e pegou as chaves do seu carro. Conferiu mentalmente se não havia esquecido de nada e então foi para o estacionamento.

                Já dentro do seu carro, de cinto e a mochila no banco ao lado, ela ligou o som. Uma música forte, ritmada, que acompanhava as batidas do seu coração. O seu carro atravessava correndo as ruas de Vegas enquanto o vento entrava pela janela aberta e refrescava seu rosto. Sempre olhando pelo retrovisor para ter certeza de que não a estavam seguindo.

                Já perto da Boulevard ela toma o cuidado de fechar o vidro antes de se aproximar. No estacionamento identifica os carros dos colegas e estaciona o seu longe deles e da saída para não correr o risco de reconhecerem seu carro. Pôs seu carro lá nos fundos do estacionamento.  

                Antes de sair do carro olhou para os lados. Ninguém à vista. Saiu do veículo e colocou o capuz da jaqueta na cabeça para lhe cobrir a face.

                O lugar era um salão amplo, com muitas mesinhas espalhadas por ele, um palco grande no fundo do salão, um bar no outro extremo e uns cinco mini-palcos espalhados por entre as mesas. Aconteciam apresentações no palco grande e as pessoas tinham a liberdade de dançar nos mini-palcos espalhados, exceto quando as apresentações aconteciam nos pequenos palcos. O que era muito divertido na opinião de Sara, pois as dançarinas dançavam cara-a-cara com o público, como se público fizesse parte do espetáculo.

                Ainda na porta lateral do lugar, não se atrevera a entrar pela porta principal do lugar, não sabendo que seus colegas estavam por ali. Sara tentava identificar em que mesa eles estavam. Bingo! Bem no centro. Deu a volta por todo perímetro do salão e entrou no banheiro. Estava nervosa. Precisava esvaziar a bexiga.

                Entrou no banheiro de olho na mesa dos peritos. Não conseguia ver todos, havia muita gente obstruindo sua visão, mas conseguia ver Brass, Nick, Greg e Warrcik. Faltava Archie, Catherine e Grissom. Onde estariam? Deu de ombros e entrou no banheiro. Abriu um box, pendurou sua mochila no gancho, tirou o capuz da cabeça, desabotoou seu jeans e aliviou sua bexiga. Sentiu-se mais leve. Arrumou sua roupa, pôs sua mochila nas costas e abriu o box para sair. Quase saltou de susto. Catherine entrava no banheiro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e amanhã tem mais.
Beijos!



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