O segredo de Sara escrita por Carol S G


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Hey, meninas! Venho pedir desculpas, mais uma vez.
Obras de duplicação da rua aqui em frente e os caminhões vivem estourando os cabos de internet e telefone. Aí fica muito difícil.
Mas cá estou com o 24º para vocês!
Aproveitem e espero que gostem. Beijos!



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— Sara, eu não sei o que fazer... – apontou para ambos.

— Tá, Grissom! – Sara rumou para a porta. – Eu sei que lhe custa falar sobre sentimentos e tudo mais. – foi sensata. – Eu só quero que me responda. – sorriu. – Vou para a cena agora... Me mande uma mensagem com a sua resposta. – piscou para ele. – É mais fácil dizer o que se sente quando não se está olhando nos olhos. – e saiu atrás de Catherine, tinham uma cena para periciar.

        Grissom ficou atordoado. Por que não conseguia falar de seus sentimentos quanto o Grissom que falava tão habilmente de insetos? Pegou o celular em mãos. Era contraproducente e batia de frente com muita gente assumir esse sentimento. Um conflito do seu ego, querendo pender para o Id, mas tendo seu superego lhe controlando o tempo todo lhe dizendo que não era certo. Mas era certo que uma decisão tinha que ser tomada.  Abriu a caixa de mensagens. Respirou fundo, pensou um pouco. Digitou devagar o que precisava ser dito. Sara teria que entender. Mas hesitou em enviar, não teve coragem. Esperaria que Sara fosse embora e assim enviaria. Sentia-se criança novamente, enviando cartas e pedindo que o destinatário lesse depois que o remetente fosse embora. Riu de si mesmo, era tolice. Arquivou a mensagem e saiu pelo laboratório para dar continuidade a casos em aberto.

         Na cena do crime Sara olhava para o celular a cada 10 minutos. Será que ele não mandaria uma resposta, mesmo que negativa?

— O que você tanto olha nesse celular, Sara? - Catherine perguntou.

— Só estou esperando uma mensagem. – sorriu enquanto repunha o celular no bolso.

— Só espero que não seja de um cúmplice combinando o assassinato de mais uma dançarina! – fez Sara rir.

— Só você mesmo, Cath! – recolheu uma amostra de sangue no chão. – Mas admito... Dei a entender que era uma serial killer.

— Deu mesmo. – Catherine se levantou. – Eu quase mandei o Grissom te prender para interrogá-la! – riu abertamente.

— Se eu já quase fui presa por estar dançando, imagina se tivesse mesmo matado as moças! – contribuiu com a piada.

           De volta ao laboratório, e ainda sem deixar de olhar para seu celular, Sara espera na sala de reuniões com Catherine. Estava quase na hora de ir para casa. Grissom ainda não mandara sua resposta. O que estaria esperando?

            Todos retornaram de seus casos e esperavam por Grissom para que pudessem saber se iriam dobrar o plantão ou ir para casa descansar.

— Olá, gente! – Grissom cumprimentou-os entrando na sala de descanso. – Sem turno duplo hoje. Podem ir descansar. – meneou a cabeça.

— Alguém quer ir ao Franks tomar um belo café da manhã? - Nick perguntou.

— Eu topo! – levantou de um pulo a morena.

— Então vamos! – Catherine se pôs de pé também.

— Quem convidou paga. – Greg riu e se juntou as peritas.

— Vamos, Grissom? - Sara olhou-o docemente.

— Hã... – foi pego de surpresa, mas sorriu amigavelmente. – Por que não? - Sara Sorriu mostrando seu diastema, um charme para Grissom.

         Já na lanchonete e servidos de café e alguns lanches a conversa rolava solta. Sara sentada em frente a Grissom não parava lhe encarar. Se até agora ele não respondera, mesmo ela tendo dito tudo o que disse, ela teria que mudar de tática. Ele responderia, por bem ou por mal.

         Aproveitou a distração de todos e retirou um de seus tênis sem que ninguém notasse. Relanceou rapidamente pela mesa para confirmar de que não estavam lhe prestando atenção. O que faria poderia lhe dar uma passagem só de ida para uma demissão certa, mas não se importava. Quase perdera a vida. Não queria partir sem ter feito o que lhe desse vontade.

         Seu pé, envolvido por uma meia, tateou o chão vagarosamente em direção a Grissom. A conversa sobre a mesa era alheia ao que acontecia sob a mesma. O pé de Sara chegou ao pé de Grissom que prestava atenção a conversa, mas, a princípio, imaginou ter sido somente um esbarrão. Ledo engano. Sara insinuou seu pé pelo tornozelo de Grissom fazendo-o abrir a boca e olhar diretamente para Sara que fingia prestar atenção na conversa, mas olhava para Grissom desafiando-o a tirar a perna. Ficou no tornozelo por pouco tempo e subiu seu pé pela perna de Grissom e parou próximo ao joelho. A essa altura Grissom já tinha os olhos arregalados e em sua mente só conseguia distinguir duas palavras: “Maldita mulher!”. Sara alimentava a conversa com os amigos como se não fosse nada o que estava fazendo por baixo da mesa. Seus olhos iam da conversa para Grissom, desafiando-o. Seu pé massageando a perna do entomologista que fechou os olhos com força e reprimiu um gemido, sua respiração já descompassada.

— Você está bem, Grissom? - Catherine percebeu o amigo ofegante.

— Ah... Sim. – passou a mão pela cabeça. – Sim, Cath! É só uma azia. – respondeu. “Uma azia morena e linda!” pensou ao olhar para Sara e vê-la rir discretamente.

        Todos voltaram a conversar e Grissom ainda não entendia o que diziam. Para ele soavam palavras desconexas, sem sentido algum. O pé de Sara ainda em seu joelho, talvez esperando que a atenção voltasse a conversa, porém não demorou muito e ela tornou a movimentá-lo subindo pela parte interna da coxa do supervisor. Grissom arregalou os olhos ainda mais e mirou Sara com olhar de desespero. As mãos cerradas com os nós dos dedos brancos sobre a mesa.

— Eu vou ao banheiro. – levantou-se de súbito puxando disfarçadamente sua jaqueta para baixo fugindo do alcance de Sara. – Preciso jogar uma água no rosto. – informou aos demais e rumou para o banheiro. Precisava esfriar a cabeça.

           Sara esperou todos retornarem a conversa, repôs seu tênis disfarçadamente e saiu de fininho atrás de Grissom com a desculpa de que precisava aliviar a bexiga. E esperou à porta do banheiro masculino. Ele teria que sair de lá em algum momento.


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Notas finais do capítulo

Beijos, meninas! Até o próximo!



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