Grissom sorriu. – Vamos? - se dirigiu a todos.

                Chegando ao local do crime, Grissom distribui as tarefas e cada um se ocupa de recolher algum tipo de evidência. O local do crime era uma casa abandonada numa rua do subúrbio da cidade, um bairro muito violento, segundo as estatísticas. A moça fora encontrada pelos policiais que receberam denúncias acerca de atividades suspeitas na casa. Ela estava em um dos cômodos, todos vazios, no chão, envolta por uma poça de sangue indicando que fora morta ali e não apenas desovada. O corpo estava de bruços e em seu dorso via-se a causa provável da morte. Múltiplos sinais de facadas. A moça trajava uma roupa de dança do ventre, negra, contrastando com sua pele alva. Era dançarina, provavelmente. Já sabia o como e onde. Só restava saber quem e por quê.

                Catherine coletou fibras da roupa da moça e marcas de pegadas saindo da cena. Sara analisou se havia algo no resto da casa. Mas não encontrou nada e tampouco conseguia se concentrar. Aquele caso era diferente e a imagem da moça não saía de sua cabeça.

                Brass havia conseguido imagens da câmera de vigilância de uma casa vizinha e já havia mandado com Dave e o corpo para o laboratório para Archie analisar.

                Evidências coletadas, era hora de voltar para o laboratório e analisar tudo. Sara ficou com a tipagem sanguínea e banco de dados, Grissom analisaria as pegadas e a Cath restaria as fibras da roupa da moça.

                Sara processou a amostra de sangue da vítima e jogou no banco de dados, esperando encontrar um nome para poder descobrir de onde ela veio e entregar o corpo a família posteriormente. Catherine não obteve muito sucesso com as fibras. Eram verdes, Era tudo o que sabia.

— Talvez seda! – ela sussurrou ainda olhando no microscópio.

— Achou algo, Cath? - Sara perguntou.

— Fibras verdes! – a loira olhou para Sara. – Eu acho que é seda. Vou pedir para Greg analisar! Levando em conta que a roupa dela também aparenta ser desse material, só que preto, já é um bom começo... – e continuou: - Para quem nunca deixou pista alguma. É um alivio encontrar algo que possa ajudar!

— Ah, que ótimo! – exclamou Grissom da porta. – Também descobri a numeração e o tipo de calçado usado pelo assassino. – sorriu. Sara sorriu discretamente. Adorava aquele sorriso. Nutria por seu supervisor uma paixão sem tamanho. Mas também se recriminava por sentir algo tão bom por alguém tão sisudo, que não se permitia entregar. – Ele calça 37 e usava uma bota, como um coturno. E tem mais! – emendou. – Archie conseguiu uma imagem dele, não é muito boa, mas nos dará uma idéia de estatura e porte físico dele. – ele parecia radiante aos olhos de Sara, há algumas semanas esse assassino deixava sempre uma dançarina do ventre morta em algum lugar de Vegas, deitada de bruços, com marcas de facadas nas costas. Uma por semana. Já fazia, pelos menos, umas seis semanas que isso vinha acontecendo. Seis mortes em um mês e meio. – Parece que o nosso prudente serial killer, metódico e completamente minucioso não é tão cuidadoso assim.

— Espero que não! – Sara concordou. – Vou dar uma olhada se o CODIS achou alguma coisa. – caminhou até o computador na outra extremidade da sala. – Achou alguém com alelos em comum! – exclamou. – Pela idade, uma irmã! Samantha Finn. Mora em Summerlin.

— Ótimo! Mande o endereço ao Brass. – disse Grissom e a morena assentiu com um breve sorriso.

                Já era fim de turno e estavam todos aguardando que Brass voltasse da casa da possível irmã da vítima para que soubessem se teriam que dobrar turno ou se poderiam ir para casa descansar e voltar na noite seguinte.