O segredo de Sara escrita por Carol S G


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Como estão meninas?
Aqui vai o 19º todo lindo todinho para vocês!
Aproveitem!



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— Gil... – sangue escorria de sua boca. – Eu... – fazia força para respirar. – Eu te amo. – seus olhos se fecharam vagarosamente e sua cabeça pendeu para o lado. Grissom permitiu-se chorar.

            A porta se escancarou de repente. Era Brass com a equipe médica. Sara fora retirada rapidamente dos braços de Grissom e levada à ambulância do lado de fora. Sirenes ligadas e velocidade máxima rumo ao hospital mais próximo.

        Brass amparou o colega e instruiu aos policiais procurarem pela suspeita na região.

— Desfibrilador agora! – gritava um dos paramédicos dentro da ambulância. – Liguem para o Desert Palm. Chegamos em 10 minutos.

                A ambulância saiu, sirenes ligadas, cortando as ruas da grande Vegas como o vento.

— Preciso ir atrás dela, Brass! – Grissom finalmente conseguiu falar. Estava em choque. – Chame os outros para periciar a casa. – e saiu rumo ao hospital.

~~~~♥~~~~

— Algumas costelas quebradas e pneumotórax. O ar ocupou o espaço pleural e também houve um acumulo de sangue no local. O que comprimiu o pulmão direito, dificultando muito a respiração. Mas por sorte não houve perfuração do pulmão. As costelas seguraram o impacto da faca. Ela perdeu muito sangue. Tivemos que fazer uma transfusão, drenar o sangue e retirar o ar, mas está estabilizada. Deverá acordar em poucas horas. – sorriu o médico, após, pelo menos, 4 horas no centro cirúrgico. – Ah, também retiramos o material sob as unhas para vocês. Está com a enfermeira.

— E quando eu posso vê-la? - perguntou o entomologista.

— Ela está desacordada, não responderá. – alertou o médico.

— Não tem problema. Só preciso vê-la. – insistiu.

— Okay. Mas não demore muito. Ela tem que repousar. – sorriu. – Ela está no quarto 430. – apontou o corredor.

— Obrigado, doutor! – agradeceu e seguiu pelo corredor.

          Havia esperado 4 longas horas para que ela saísse do centro cirúrgico. Precisava ter certeza de que estava bem.

          Entrou na sala. Ela estava dormindo calmamente, obviamente dopada por medicamentos. Seu rosto levemente machucado transparecia calma. Grissom imaginou, horas antes, tê-la perdido, mas a angustia havia passado. Sara não estava em situação grave, mas teria longas semanas de recuperação.

— Senhor Grissom? - uma moça chamou-o da porta. Vestia um jaleco branco com o símbolo do hospital no bolso esquerdo. – Sou a enfermeira Jones. – apresentou-se. – Aqui estão as amostras das unhas da moça. – entregou-lhe uma caixinha.

— Muito obrigado! – agredeceu o perito.

— Ela é muito forte! – comentou a moça. – Já vi muitos na mesma situação não saírem com vida... Ela, com certeza, tem muita vontade de viver. – sorriu e saiu.

           Grissom aproximou-se da cama da perita e segurou uma de suas mãos.

— Que bom que está bem! – exclamou sorrindo à moça adormecida.

           Ficou no quarto por mais alguns minutos, não podia demorar. Sara não acordaria tão cedo e sua presença ali não lhe faria curar-se mais rápido. Beijou-lhe o dorso da mão e despediu-se. No corredor encontrou Brass.

— Como ela está? - preocupado.

— Ela está bem, Jim! – Grissom sorriu levemente. – Encontrou a mulher que fez isso a ela?

— Não, mas sem um retrato ou nome não podemos ir muito longe!

— Tenho algo mais valioso que um retrato. – sorriu. – Tenho DNA! – entregou a caixinha com as amostras das unhas de Sara a Brass. - Peça para Wendy analisar. Com sorte a nossa assassina já terá uma ficha.

— Você não vai voltar para o laboratório? - perguntou o detetive.

— Não, meu amigo. Preciso de um banho. – abriu os braços para mostrar sua camiseta suja de sangue.

— Isso não seria uma prova contra a assassina?

— Creio que não seja necessário. Temos uma vítima que pode fazer reconhecimento facial e temos DNA... Sem contar que eu sou uma testemunha agora. Também a vi. – sorriu Grissom e saiu pelo corredor.

— Okay! Precisamos fazer uma caricatura, então. – Brass gritou para Grissom que já não estava ao seu lado. 

— Sim, Jim... Logo após meu banho. – respondeu sem se virar e levantou a mão se despedindo.

         Jim foi até o quarto de Sara, fez-lhe uma breve visita e então voltou para o laboratório. Precisava pegar a tal mulher que já havia matado, pelo menos, meia dúzia de mulheres e ferido Sara. Wendy já começara a analisar as amostrar de tecido epitelial que Brass lhe trouxera e estava esperando os resultados.

         Grissom já havia tomado banho e estava tentando descrever a assassina para uma perita de representação facial humana. Assim que a imagem ficou pronta foi encaminhada para todas as delegacias para divulgação. Bastava apenas sair o resultado do DNA para saber se a tal mulher era fichada ou não.

         Horas depois Sara acordou em seu quarto com uma enfermeira que lhe trazia os medicamentos do início da noite.

— Onde estou? - sua voz saiu estranha, rouca.

— No Desert Palm, querida. – a moça foi acolhedora. – Está tudo bem agora. Você passou por uma cirurgia, mas já está se recuperando.

— Alguém veio me ver? - seu peito doía. Sentia dificuldade para respirar.

— Dois homens até agora. – sorriu, injetando analgésicos no frasco de soro. – Disseram que retornariam mais tarde... Um deles ficou aqui a sua cirurgia toda. – Sara sorriu.

— Obrigada! – sua voz falhou. Respirava curto e dificultosamente. Expandir seu pulmão pressionava suas costelas. – Sabe me dizer como eu cheguei aqui? - perguntou. – Quero dizer, fisicamente, como eu estava?

— Você chegou com algumas costelas quebradas, pneumotórax e hemotórax em decorrência das facadas. – a moça leu o prontuário ao lado da cama de Sara. – Mas o ar e o sangue foram drenados e os ferimentos fechados. Agora é só você descansar e se recuperar.

— Muito obrigada. – a voz ainda falhando. Sorriu para a enfermeira.

          A enfermeira saiu deixando Sara com seus pensamentos. Lembrava da dor, essa era a lembrança mais forte. Mas lembrava de Grissom ajoelhado ao seu lado. Lembrava de sua mão quente tocando sua pele fria. Lembrava que sentia muito frio. E o medo! O medo de morrer. E com esses pensamentos seus olhos foram ficando pesados, a dor de respirar diminuiu e ela sentiu seu corpo relaxar e, por fim, dormiu.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Até o próximo capítulo! Beijos... ♥♥♥



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