O segredo de Sara escrita por Carol S G


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas! Tudo bem com vocês?
Lá vai o 18º capítulo.
Obrigada, mais uma vez às meninas que vem comentando. Isso é muito importante.
Espero que gostem!



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O corpo de Sara lhe estava alheio. Não respondia. A cabeça doía. Seus olhos estavam pesados demais para serem abertos, mas mesmo assim fez um esforço. Estava de bruços. O chão frio se opondo à maçã de seu rosto. Levou ambas mãos ao lado de seus ombros e fez força para levantar. Sentia-se fraca. Não sabia onde estava. Estava com medo!

Ouviu passos reboarem pelo assoalho de madeira. Vinham em sua direção. Olhou rapidamente em volta. Era uma sala com pouca mobília, mas o pouco que tinha era velho e maltratado. Se pôs de pé o mais rápido possível e seguiu para a porta a sua frente. Precisava se defender de quem quer que fosse.

— Ah! Você realmente quer brincar de esconde-esconde, Sara? - uma voz feminina lhe chamou do cômodo em que acabara de sair. – É perita criminal? - pegou a carteira de Sara em cima do sofá velho e empoeirado. – Já deve ter analisado uma cena de crime minha, não? - brincou. – Pois bem! Vamos direto ao ponto... – a voz fez uma pausa. No cômodo ao lado Sara parou de respirar. Tinha medo que sua respiração ofegante a denunciasse. – Você está drogada. E em poucos minutos irá cair no chão como um saco de batatas. E é aí que eu entro. – riu. Sara tremeu. – Garanto que nem irá sentir minha faca lhe rasgar a pele.

Sara congelou no quarto ao lado. Já havia procurado alguma janela onde estava e a única estava travada com madeiras e pregos. Bom, se o que a voz lhe dizia era verdade, então morreria ali. Mas não sem lutar. Tinha mais chances se a atacasse agora do que esperando a droga fazer efeito para depois ser esfaqueada.

Inspirou fundo. Agora era a hora. Suas suprarrenais a todo vapor jogando adrenalina na corrente. Saiu de trás da porta onde estava, não sabia o que lhe esperava. Só queria salvar sua vida. Não queria morrer.

~~~~♥~~~~

Muito mais rápido que um raio, Grissom chegou a Henderson e estava procurando o número da casa, já estava na rua certa. O desespero tomando conta de todo o seu ser. Seu corpo transpirava medo. E se não chegasse a tempo. Não se perdoaria.

Uma tempestade começara a cair de repente, dificultando a visão das casas e seus números. Precisava chegar no número 592 e precisava chegar logo.

Reduziu a velocidade de sua Denalli. Precisava ter calma. E finalmente encontrou o tal número. Ligou para Brass.

— Brass! – falou assim que o amigo atendeu. – Já cheguei. Vou entrar e não me diga para esperar por vocês!

— Okay, Grissom! – concordou o detetive. – Mas tome cuidado, por favor. – alertou. – Já estamos a caminho.  Chegamos em 5 minutos. – e desligou.

~~~~♥~~~~

Sara se atirou para cima da mulher e a agarrou pelos punhos mantendo a faca longe de si. Ao menos era páreo fisicamente para a mulher. Seus corpos, atracados, batiam pelas paredes numa batalha entre a vida e a morte. As unhas de Sara dilaceravam a pele de sua atacante. Sara já sentia as drogas fazendo efeito. Se não conseguisse dominá-la logo seria seu fim.

A mulher então conseguiu empurrar a perita contra a parede, que bateu com a cabeça e caiu ao chão. Ainda consciente Sara rastejou para longe da mulher.

— O que você quer comigo? - gritou.

— Só a sua morte. “Dançarinazinha” de quinta categoria. – a mulher riu. – Está preparada para morrer, Sara?

— Pergunta retórica, não? - foi sarcástica, mas ainda, com medo, se arrastava para longe a mulher.

~~~~♥~~~~

Grissom saltou do carro e desejou que tivesse tirado o porte de armas. Poderia proteger a si mesmo a sua subordinada, mas não o tinha. Não tinha nem sequer uma faca. Sentia-se desprotegido e indefeso. Mas precisava ser forte. Atravessou o gramado encharcado pela chuva e rumou para a porta não sabendo o que encontraria ao certo.

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A mulher chegou ao lado da morena e lhe aplicou um chute no abdômen. Sara se contorceu no chão. Mais um chute, seguido de outro e outro. A dor era lancinante. Sentia como se seus órgãos se rompessem dentro de si. E então sentiu a maior dor que já sentira em sua vida. Sentiu-se atordoada, como se entrando numa vertigem. Suas costas ardiam. E depois disso um segundo ápice de dor acompanhado de uma vontade enorme de tossir. Seu corpo o fez. E tudo o que via era sangue. Ouvia batidas na porta. Ou seria sua imaginação?

A porta se abriu. Fora arrombada. Estava de frente para ela. Mas não sabia se aquilo era um sonho. A visão desfocada lhe deu a imagem de um homem, vestido de jeans e camiseta. Ouviu os passos da mulher que lhe atacara correr no sentido contrário do homem. Quem era ele? Sua visão cada vez mais embaçada não lhe permitia saber a resposta. O homem deu passos apressado ao encontro dela. E então, com o rosto próximo ao seu, ela o reconheceu.

— Grissom... – gaguejou com dificuldade.

Grissom olhou para ela, caída no chão, ferida. Trajava as vestes verdes com pingentes dourados. Mas isso não interessava no momento. Pegou apressadamente o celular no bolso e discou o número da emergência.

— Preciso de uma ambulância na tropical West, 592, em Henderson. Perita ferida por arma branca. Logo! – apressou e desligou a ligação.

Suas mãos nas costas da perita, tentando estancar o sangramento.

— Eu estou aqui, Sara! – ele disse a ela. – Fique comigo.

— Griss... – respirava com dificuldade. – Eu a arranhei. – levou algum tempo para conseguir falar tais palavras. Estava fraca. Respiração falhando. A mão levantada no ar com o punho cerrado procurando proteger sua amostra de DNA recém colhida. 

— Não fale, Sara! A ajuda está vindo. – ele acariciou seus cabelos.

— Eu pre... – tossiu. Sangue! – Preciso... – gaguejou fracamente. – te dizer.

— Sara poupe suas energias. A ajuda está chegando. – advertiu ele.

Os olhos de Sara já não focavam em mais nada, lagrimas rolavam sobre sua face.

— Gil... – sangue escorria de sua boca. – Eu... – fazia força para respirar. – Eu te amo. – seus olhos se fecharam vagarosamente e sua cabeça pendeu para o lado. Grissom permitiu-se chorar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até o próximo! ;)



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