Revenge escrita por ACLFerreira


Capítulo 8
Decisões


Notas iniciais do capítulo

Enquanto isso na Arena...



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Os jovens pareceram em duvida quando ouviram o anuncio do Hokage e esperaram para ouvir se haveria algum protesto, mas não ouve nenhum. Desistir não era uma opção viável, seria desonroso, então prosseguiram.

No lugar reservado aos participantes, um silêncio palpável podia ser sentido enquanto todos esperavam pela sua vez. De repente, a jovem com a mascara felina disse:

— Se sentirem que não tem mais chance, desistam. Eles não merecem suas vidas.

— O que você entende disso? – perguntou um dos companheiros de Sasuke, sem se voltar. – Desistir não é uma opção.

— E morrer é? Eles querem ver sangue, nada mais, não se importam conosco.

— Cale essa maldita boca! – resmungou outro, um Hyuuga. – Nossas vidas nunca valeram nada mesmo… desde que nosso líder nos abandonou nesse lugar amaldiçoado.

— Isso…

— Já chega! – disse o com a máscara de raposa, fazendo-a se calar imediatamente. – Você deu sua opinião, é escolha deles segui-la ou não.

A jovem a custo se controlou, baixando o olhar. Sasuke quase podia sentir seu corpo tremendo de raiva. Ela sempre fora boa demais para o seu próprio bem e não o surpreendera ouvi-la dizer aquilo. O que o surpreendera fora o vislumbre que tivera dos olhos do rapaz com a máscara da raposa. Olhos profundamente azuis que só se lembrava de ter visto uma única vez.

Naruto?, perguntou, surpreso, lembrando-se do dia anterior que seu irmão lhe contara a verdadeira identidade de seu velho companheiro e o segredo em torno de seu nascimento. O filho de Minato Namikaze está vivo? Isso está indo de mal a pior...

Embora não fizesse a mínima ideia das habilidades do menino, justamente pelo fato dele ser muito jovem na ultima vez em que o vira, ainda se lembrava das histórias em torno de seu pai e do lendário Clã de sua mãe. Mas o mais surpreendente era o fato dele ainda estar vivo depois da remoção da Bijuu de dentro dele. Sempre ouvira que o simples fato de removê-las significaria a morte do hospedeiro. Ele era a última pessoa que esperava ver ali.

Quando a primeira luta foi anunciada, Sasuke ficou olhando seu companheiro se preparar para enfrentar Naruto.

— Não! – disse em tom de voz baixo para somente o rapaz ouvir. – Desista, não tem chance contra ele. Ele é o filho de Minato Namikaze.

Ao ouvir o nome, o rapaz estremeceu, mas desceu. Quando juiz anunciou o início da luta, ele olhou fixamente para o rapaz e surpreendentemente anunciou:

— Eu desisto…

O juiz piscou, surpreso, enquanto vaias ecoavam pela plateia e vozes acusavam o rapaz, um Uchiha de uma família extremamente respeitável, de covarde. Embora humilhado, ele se manteve firme e voltou para junto de seus companheiros com a cabeça baixa.

 

As lutas sucederam uma atrás da outra.

Sakura enfrentou Akemi Hyuuga, a menina que resmungara quando ela tentou convencê-los a não entrar em uma luta perdida, e enfrentou dificuldades. Contudo, acabou vencendo no final com uma chave de pescoço que fez a jovem desistir antes de morrer sufocada.

Os três jovens da Areia também venceram suas lutas e graças aos céus não houve nenhuma morte. Sasuke enfrentou um de seus companheiros, mas felizmente a luta terminou também por desistência. Dos nove de Amegakure, apenas três seguiam na disputa: Sakura, Naruto e um terceiro que podia jurar ser um Yamanaka, mas não tinha certeza.

Depois que as lutas da primeira rodada terminaram, os oito restantes foram novamente reunidos no centro da Arena enquanto um Hokage de expressão fria anunciou:

— Foram oito lutas… decepcionantes – disse ele, fazendo a plateia ficar estática, mas nada disseram. – Não esperava que houvesse tantos covardes em uma geração tão promissora.

Os oito jovens se mantiveram em silêncio, mas se entreolharam.

— Um verdadeiro ninja é capaz de enfrentar a morte de peito aberto, ser capaz de sacrificar a vida pela sua Vila e sua família. Enfrentar e superar seus medos é o dever de todo shinobi – disse ele, sem fazer questão de esconder sua decepção. – Se não são capazes de lidar com isso, não serão capazes de sobreviver nesse mundo.

Ele ergueu a mão quando o Kazekage ao seu lado fez menção de dizer alguma coisa.

— Agora, para mostrar que são mesmo capazes, não haverá direito a desistência. Todas as lutas serão até um dos dois morrer.

Raza nada disse, mas se manteve obviamente preocupado. No entanto, Fugaku não pareceu reparar nisso.

A primeira luta foi anunciada: Temari, da Vila da Areia, vs Hirotu Uchiha.

A menina não pareceu muito feliz, mas manteve a expressão séria e impenetrável de sempre, observada de perto pelos outros participantes.

— Ela não tem chance contra um Uchiha – disse o rapaz de cabelo espetado, para seu outro companheiro, mas Naruto ouviu a conversa.

— Temari é capaz de muito mais do que você pensa. O que ela tem que fazer é acabar logo com isso na primeira oportunidade.

E foi o que ela fez. Usando o imenso leque que sempre levava consigo, ela usou todo seu poder para lança-lo contra a parede da arena. Antes do juiz se lembrar de ir verificar, ela guardou a arma e se pôs a caminhar em direção aos outros competidores.

Pelo caminho, no entanto, os guardas a interceptaram, fazendo-a lançar mão do leque novamente.

— Ele ainda respira – alertou um dos guardas, apontando para o garoto. – As regras são claras.

— Eu concordei com as regras antigas. Não estamos em um campo de batalha, não há razão para matar alguém que nem consegue se levantar.

Os dois guardas avançaram, erguendo as armas.

— Vai respeitar as regras ou não?

Ela deu um passo atrás já retirando o leque do suporte nas suas costas. Mas os dois subitamente se detiveram, paralisados.

Um som de surpresa subiu na arena quando um rapaz, aparentemente da mesa idade dela com uma mascara de cervo, parou atrás dos guardas. Sua máscara, aliada a habilidade com as sombras que claramente ele usou, deixava claro que ele era membro do Clã Nara.

— Calma aí, amigos! Achei que a disputa fosse entre novatos.

— Como se atreve? – resmungou o guarda, lutando contra as amarras. – Quem você pensa que é?

O rapaz retirou a mascara que usava.

— Meu nome é Shikamaru Nara, líder do Clã Nara.

Logo em seguida os dois desabaram no chão enquanto uma jovem com uma máscara em forma de javali surgiu na Arena.

— Hirotu… – exclamou Sasuke, descendo a arena junto com os demais competidores.

Logo a arena estava cercada pelos guardas e pelo próprio Fugaku.

— Foi o que eu imaginei – disse o Hokage, rindo cruelmente. – Os remanescentes dos traidores.

— Traidores? Dobre a língua antes de nos ofender – disse a jovem com a máscara que lembrava o rosto de um javali. Como que complementando suas palavras, um terceiro jovem extremamente pesado com uma máscara estranha e indefinível se juntou aos dois.

O Hokage deu um sorriso de arrepiar.

— Os filhos de Inoichi, Chouza e Shikaku. Isso vai ser interessante! – disse e, de repente, os olhos dele se alteraram. – Amaterasu…

Sasuke, que estava logo atrás dos três jovens, cobriu os olhos, sem acreditar que seu pai usaria a técnica suprema do Mangekiou em crianças. Esperava já pela morte quando sentiu a poeira da arena se abaixar.

Quando ele e os demais olharam novamente, uma imensa parede de areia se erguia protegendo-os do ataque.

— Nada disso – gritou o jovem ruivo da Vila da Areia, já armado para a batalha. – Se quer lutar, pegue alguém do seu tamanho.

Fugaku riu novamente e armou seu Susanoo em segundos antes de derrubar o jovem guenin da areia com uma patada. Ele ia armar um segundo ataque quando foi acertado em surpresa, fazendo-o recuar dois passos quando o próprio Kazekage desceu colocando-se entre ele e os jovens.

— Nem pense em encostar nos meus filhos – disse, armando sua própria defesa, muito semelhante a do filho ruivo.

Fugaku ergueu a enorme espada de seu Susanoo, planejando acabar com aquilo rapidamente, mas pareceu mudar de ideia no ultimo segundo. Desfez sua defesa, embora a cor vermelha de seus olhos permanecesse.

— Então me desafiando? Acham que são poderosos o suficiente para me vencer? Vou lhes mostrar.

Seus olhos brilharam e logo em seguida um grito se ergueu no horizonte fazendo todos estremecerem. Os jovens mascarados recuaram instintivamente ouvindo o som de seus piores pesadelos se tornar terrivelmente real.

— Shikamaru, leve-os daqui imediatamente – ordenou o jovem com a máscara da raposa, fazendo o amigo assentir. – Isso vai se tornar perigoso demais.

— Eu posso ajudar – disse o jovem ruivo, se aproximando cautelosamente, pois o chakra daquele rapaz lhe pareceu subitamente familiar.

— Por mais forte que seja, Gaara, não tem a mínima chance contra uma Bijuu. Leve seu filho daqui.

— Ele também é um jinchuuriki – alertou Raza, surpreendendo o jovem loiro. – Eu ordenei que Ichibi, a besta de uma calda, fosse selada nele quando tinha um ano de idade e dos meus filhos revelou ser o mais habilidoso.

— Como sabe quem eu sou?

— Conheci seu pai muitos anos atrás… um valoroso e honrado guerreiro, diga-se de passagem. Fico feliz que os boatos sobre a morte de seu único filho foram infundados. E, além disso, vai precisar de ajuda.

— Não se ele não tiver total controle de Shukaku.

De repente, a parede da arena foi derrubada e uma imensa raposa surgiu. O desgraçado nem esperou que as pessoas fossem evacuadas, pensou o jovem loiro sacando sua adaga.

— Vocês… ajudem a evacuar as pessoas – disse, fazendo os amigos se mexerem quase imediatamente, inclusive os dois membros da equipe de Gaara que, depois de hesitar, se foram depois que o Kazekage fez um movimento quase imperceptível com a cabeça.

Na arena, ficou apenas Raza, Gaara, Sakura e Naruto contra Fugaku e seu exercito. Sasuke olhou de um lado para o outro, sem saber o que fazer.

— Como eu te disse, Sasuke, na hora certa vai ter de escolher um lado – disse a menina, retirando a máscara e revelando o rosto. – Ele nem se preocupou com sua segurança quando lançou o Amaterasu e nem com a segurança dos outros quando convocou Kurama.

O menino olhou para o pai com lágrimas nos olhos e apertou a katana em suas mãos. Depois do que pareceu uma eternidade, ele ergueu a arma e a apontou para o pai, seus olhos revelando o Sharingan já com três marcações.

— Os dias de sua ditadura acabam aqui.

— Traidor – resmungou o homem, erguendo a mão e fazendo a besta se aproximar obedientemente. – Verá o que faço com quem me trai.

 

Não muito longe dali, Itachi, Izumi e Jiraya ouviram a explosão e a fumaça que se erguia da Arena.

— Droga, estamos atrasados.

Os três correram mais rápido vendo as pessoas correrem para fora da Arena em pânico. Foi quando alguns guardas surgiram armados até os dentes ameaçando os jovens que fugiam.

— O que estão fazendo? – perguntou Itachi, detendo-se diante dos guardas.

— Nossas ordens são para que ninguém deixe a Aldeia – disse o homem com os olhos perolados característico dos Hyuugas.

— Eles estão fugindo para salvar suas próprias vidas. Não pode ameaça-los – disse o homem de cabelos brancos, chamando a atenção dos homens. O que vinha mais a frente de súbito empalideceu e assumiu uma posição de ataque.

— Vejo que a fama me precede – resmungou Jiraya, também assumindo uma posição de ataque.

De súbito, no entanto, uma adaga cravou entre os dois e mais um grupo de ninjas se uniu a batalha comandados por uma mulher loira imponente que fez os guardas recuarem. Enfrentar dois senins lendários era o pesadelo de qualquer um, mas o que mais os assustou foi o homem que estava ao seu lado.

— Se juntem a Naruto e os outros. Eu cuido desses aqui – disse o homem de olhos perolados, assumindo a posição de luta característica de seu Clã.

— Tem certeza, Hiashi? – perguntou Tsunade, mas recebeu por resposta apenas um olhar determinado. Voltou-se então para os poucos guerreiros Hyuugas sobre suas ordens e ordenou: – Fiquem com ele; o restante venha comigo.

Hiashi permaneceu ali, protegendo o avanço de seus companheiros, sem desviar o olhar do traidor que o forçou ao exílio se aliando a escoria que agora chamava de Mestre.


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Notas finais do capítulo

A luta decisiva está se aproximando, mas qual deles sairá vencedor?



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