Revenge escrita por ACLFerreira


Capítulo 12
Filler: Visita a Uzushio


Notas iniciais do capítulo

(Obs.: Minha internet tava horrível, por isso não postei ontem.)
Naruto e Jiraya estão na estrada novamente. Será que eles encontrarão a lendária Biblioteca perdida dos Uzumaki?



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As duas figuras iam pulando de galho em galho, querendo ganhar terreno o mais depressa possível. Não tinham tempo a perder e não podiam se arriscar a ser vistos.

Quando enfim pararam para descansar, ao final da primeira noite, o menino parecia exausto e se jogou no chão da caverna enquanto o senhor camuflava a entrada. Jiraya suspirou quando terminou, olhando para o garoto que já preparava a fogueira. Nunca um dia sonhara em passar por aquela situação, mas rapidamente mascarou suas emoções.

Sentou-se ao seu lado, pensando no quão jovem ele era, mas conhecera ninjas que já eram extremamente habilidosos com sua idade. Era só ter paciência…

— Me contaram que você não tirava boas notas na Academia…

— Era tudo teórico demais e ninguém me dava tempo – disse o garoto, remexendo a fogueira.

— Com seu nível de chakra, é complicado mesmo concentrar-se. As pessoas que tem maior concentração são aquelas que têm o nível mais baixo.

— Custava alguém ter explicado isso para o Iruka-sensei?

Jiraya riu.

— A maioria das pessoas não tem paciência. É menos complicado lidar com quem aprende mais rápido. Venha vou lhe mostrar algo.

Os dois foram até a entrada da caverna onde a luz da fogueira iluminava as árvores.

— Já viu alguém escalar árvores sem usar as mãos?

O menino negou. Então, o mais velho foi até uma das árvores e, calmamente, começou a subir pelo tronco como se estivesse caminhando pela floresta. Ele sentiu o queixo cair.

— É um ótimo exercício para controle de chakra. Basta você concentrar seu chakra em seus pés e ir… Você tem até o sol apontar no horizonte.

— Isso é fácil!

Ele correu e começou a escalar, mas não chegou a metade do caminho antes de cair e se esborrachar no chão. Naruto resmungou, esfregando a cabeça, ainda mais ao perceber que Jiraya ria a valer.

— É mais difícil do que parece. Você tem de se concentrar – disse, pulando do alto da árvore até o chão.

O garoto se levantou e olhou para a árvore. Eu tenho de me tornar forte… para proteger os meus amigos como eles me protegeram naquele dia, pensou, focalizando sua mente naquela noite quando seus jovens amigos se colocaram na frente do ninja que havia tentado apunhalá-lo. Isso não é nada… vou ter de enfrentar muito mais e se não for capaz nem de fazer isso quem dirá quando for enfrentar o Uchiha?

Ele andou pé ante pé, observado de perto pelo companheiro, e começou a galgar o desafio. Ele fechou os olhos assim que pôs o primeiro pé no tronco da árvore e continuou, tentando não pensar no que fazia.

De repente, ele piscou, acabou se desconcentrando e derrapou, mal tendo tempo de marcar até onde chegou antes de cair e novamente se esborrachar no chão. Ele se sentou, esfregando a cabeça enquanto Jiraya rolava de rir.

— Ei, Ero-Senin, só foi um erro momentâneo – gritou, zangado, apontando um dedo para ele. – Por que está rindo? Aposto que você não teve tanta facilidade assim também.

Jiraya continuou a rir, corando levemente.

— Na verdade, não mesmo. Mesmo porque, veja você mesmo – disse, apontando e fazendo-o olhar para o lugar onde ele tinha deixado a marca e o garoto quase não pode acreditar ao ver a marca de adaga quase no topo da árvore pelo menos há seis metros do chão. O velho ninja bateu em seu ombro.

— Tente de novo...

 

Os dois continuaram a viagem e com treinamentos simples, coisa básica. Jiraya sabia que, na atual situação, os jutsus teriam de esperar até a volta para Amegakure, mas estava seriamente inclinado a admitir que o garoto realmente tinha talento. Precisava somente de alguém que tivesse paciência.

Levaram bastante tempo para chegar a Uzushio onde a névoa da amanhã encobria as casas em ruínas. Parecia que ninguém mais vivia ali há muito tempo.

Os dois caminharam pela Vila abandonada em silêncio, mas o garoto olhava ao redor assustado.

— Cadê todo mundo?

— Foram embora – disse Jiraya, sério, parando no meio do caminho calçado e olhando ao redor. – Durante a Terceira Guerra, a Vila foi atacada e a maior parte de seus moradores assassinada. Os que conseguiram sobreviver tiveram de fugir e esconder suas identidades. Na verdade, eu só conheci três Uzumaki, Mito, avó paterna de Tsunade, sua mãe Kushina e Nagato.

O menino engoliu em seco enquanto Jiraya se concentrava tentando localizar a energia que devia alimentar o jutsu de selamento da biblioteca. Rapidamente, encontrou o rastro, uma linha de energia invisível que serpenteava pela Aldeia, saindo de todos os lados na mesma direção.

— Acho que encontrei o que procurávamos.

Ele seguiu o rastro e o garoto, vendo que ia ser deixado sozinho naquele lugar fantasmagórico, correu para acompanha-lo.

Poucos minutos depois, se viram diante do que parecia uma caverna onde uma pedra enorme bloqueava a entrada.

— É, mas onde está a biblioteca.

Jiraya coçou a cabeça. O rastro terminava ali, mas não parecia ter nada. Naruto, já impaciente, se apoiou na pedra e foi pego de surpresa quando ela de súbito desapareceu fazendo-o desabar no chão de um saguão espaçoso.

Ele se levantou rapidamente, resmungando, olhando surpreso a sua frente.

— Parece que está explicado por que ninguém nunca encontrou o lugar – disse Jiraya, entrando no lugar. – Além de saber o Senjutsu, somente um Uzumaki poderia remover o Selo.

Naruto manteve-se na entrada, surpreso demais para se mexer. Até gritar e correr atrás do Sensei.

 

Em Amegakure…

Como Naruto, os jovens de Konoha já começavam a tomar as primeiras lições como se já fossem guenins. Alguns já haviam tido as primeiras lições dentro de seus próprios Clãs, mas outros precisavam de maior atenção.

Tsunade observava os jovens, separados de acordo com suas aptidões e elementos base, os pensamentos longe. Muitos deles, em circunstâncias normais, seriam guerreiros de nível mediano, até mesmo baixo, mas agora essa opção não era mais acessível a nenhum deles. Via que todos tentavam melhorar, muitas vezes treinando a exaustão, mas não desistiam.

Fora uma surpresa quando Hiashi ofereceu seus guerreiros como supervisores e pediu que suas crianças fossem incluídas no treinamento. Logo percebera um grande potencial oculto debaixo da fachada fria do jovem Neiji e a jovem herdeira do Clã, embora parecesse tímida e bem menos talentosa que o primo, assim que começou a treinar revelou que só precisava de um novo direcionamento.

Mas sua atenção foi atraída para uma outra criança que treinava taijutsu. Não sabia exatamente por que ela chamou sua atenção até se lembrar do episódio em que ela foi a primeira a sair em defesa de Naruto quando o ninja havia tentado mata-lo durante a jornada. Lembrou-se disso bem quando ela derrubou uma árvore com apenas um soco, deixando os outros que treinavam com ela de queixo caído. Como alguém aparentemente pequena e frágil, membro de uma família de civis, podia ser tão forte?

Minutos depois, uma agitação no portão foi precedida pela chegada de Jiraya e Naruto. Todos foram ao encontro dos dois, felizes dos amigos terem voltado a salvo, as crianças cercando Naruto.

— Conseguiram? – perguntou, sem delongas.

Jiraya sorriu enquanto desenrolava um longo pergaminho.

— Veja você mesma.

Havia vários compartimentos selados que, ao serem abertos, revelaram os mais diversos pergaminhos.

— Há muitos mais da onde esses vieram. Parece que os Uzumaki eram estudiosos tenases e obsessivos. Sua biblioteca estava muito bem organizada, mas nunca conseguiríamos pegar todos. Pegamos os mais interessantes e voltamos a selá-la para mantê-la a salvo dos curiosos. Por sorte, lá também tinha uma descrição precisa do jutsu de selamento que a escondia.

— Como sabe que não será aberta de novo? – perguntou Kakashi, aproximando-se.

— Porque ela não era selada apenas com base em Senjutsu, mas também com sangue Uzumaki. Mesmo que a encontrassem, apenas um Uzumaki seria capaz de abri-la.

Os Jounins e alguns dos ninjas mais velhos começaram a analisar os pergaminhos e pareceram instantaneamente surpresos. Uma jovem morena, uma iro-nyn da mesma geração de Kakashi e sua amiga de infância, se concentrou imediatamente nos pergaminhos de medicina enquanto seu amigo mascarado desviava o olhar.

Ela era obcecada em encontrar uma forma de reverter os efeitos do experimento que, ao mesmo tempo em que salvara o amigo deles, Obito, lentamente estava ceifando sua vida. Não adiantava argumentar que ele estava morrendo e não havia o que fazer, por isso ele havia se afastado da Vila. Na verdade, os dois estavam juntos nos arredores da Vila quando estourara a Guerra e ele os havia ajudado na evacuação dos sobreviventes antes de partir em busca de Jiraya.

Obito salvou minha vida, argumentava, fazendo-o lembrar do dia em que se viram cercados por inimigos e o amigo que eles julgavam morto havia aparecido do nada e os salvado. Ajudá-lo é o mínimo que posso fazer.

Poucos sabiam que ela também era uma jinchuuricki e era melhor que continuasse assim.

— Hiashi – chamou Jiraya, atraindo a atenção do chefe dos Hyuugas. Quando ele se aproximou, ele lhe estendeu um pergaminho que havia mantido separado. – O que você me pediu…

O homem simplesmente assentiu enquanto pegava o grosso pergaminho, observado pelos membros do Clã que estavam no Campo de Treinamento.


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Notas finais do capítulo

Agora, finalmente, sairemos dos Fillers e voltaremos a época atual. Por isso, vai demorar mais um pouco.



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