"Dom" escrita por trueLilith


Capítulo 3
"Hair Cutter"




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O celular despertou como sempre, e roberto pôde ver a luz que irradiava atrás da janela, pelas cortinas. Levantando com os dois pés juntos e os descendo exatamente ao mesmo tempo nas chinelas que estavam ao pé da cama, ele se levantou.

Pegou os óculos em cima da mesa de cabeceira, e os colocou sem flexionar muito as hastes, como ditava sua mania. Finalmente abriu as cortinas e deixou que a luz do sol entrasse sem cerimônia no cômodo. Seus cabelos arrepiados, opacos e bastante claros, brilharam com a luz matinal. Seus olhos de gato, frios, passearam pela vizinhança, onde apenas algumas crianças com uniformes conversavam no caminho para a escola.

Caminhando pelo quarto exatamente iniciando com o pé direito depois de se levantar, ele abriu a porta sem fazer muito ruído. As manias de Roberto giravam em torno de que as coisas estivessem corretamente em seu lugar, como sua escova de dentes e a pasta, que precisavam estar retas, sem inclinarem para qualquer um dos lados. Ele as pegou, e, sem apertar muito, colocou a pasta na escova, tentando ao máximo, seguidamente, realizar os movimentos de escovação corretamente. Mais algumas ações para terminar sua rotina da manhã e ele estava pronto para ir à escola.

Foi no caminho da escola que seu olhar frio reparou em um urso de pelúcia em pé, no meio da estrada.

[***]

Moana estava escondendo alguma coisa? Ou aquilo que ela estava falando era verdade? Infelizmente não tinha como saber. Nada provava que ela não estivesse enganando Elizabeth para sugar sua energia vital, ou algo assim. Ela tinha que arriscar, sua intuição dizia isso, afinal ela parecia estar dizendo a verdade, e o benefício era grande o suficiente para se considerar.

Elizabeth observava Moana fazer um passo de dança muito estranho, mas a ursa parecia dominar o que quer que seja aquela dança no mundo dela.

— É assim, SE VOCÊ NÃO SE ESFORÇAR NO MOVIMENTO, NÃO CONSEGUE MARIDO – A ursa completou levantando as patas, séria.

— Ei, Moana, como é mesmo a minha habilidade?

— Ah, a “hair cutter”, acho que você pode chamar de “cabelereira” aqui, bem, por algum motivo, psicologicamente falando, foi essa habilidade que retirei da sua essência durante o contrato, que estranho. Enfim, não há segredo, possuindo um fio de cabelo da pessoa, você pode saber, em detalhes, tudo que essa pessoa fez e viu nas últimas 8 horas, e essa habilidade é válida somente uma vez para cada pessoa. Resumindo, uma vez que tenha usado a hair cutter em uma pessoa, não poderá mais usar uma segunda vez nela.

— Hmm, e quanto a mim? Posso usar ela em mim?

— Sim, óbvio que obedecendo as mesmas regras.

— Moana, acho que mudei de ideia, vamos caçar algum syai.

— Ah, por que decidiu?

— Não importa como se veja, é quase certo que outros vão fazer isso, um syai fraco ficaria pacífico e viraria presa fácil para outros que tenham “evoluído”, quando outros de vocês vierem para cá, acho, muito provavelmente, que é isso que a maioria vai fazer – “bem, esse era o meu objetivo desde o início, esse poder pode ser muito útil” Pensou Elizabeth.

“Melhor assim” pensou Moana ajeitando o laço vermelho em sua cabeça que tinha saído de lugar com seus movimentos.

— E então, por onde começamos?

— Hmm – pensou a garota.

Ela pegou uma caneta preta com uma das mãos, e começou a girá-la em uma velocidade assustadora, até que parou e apontou para o vazio:

— A gente pode começar visitando os lugares mais movimentados dessa cidade, lá eu penso em algo melhor. – Ela, então, apontou a caneta para Moana: - Você é capaz de identificar alguém que tenha contrato olhando para ela, não é?

— Bem, sim, mas o syai dele também me veria.

— É verdade, será se a gente tomar uma distância segura e observar um lugar muito movimentado, diminuiria as chances disso?

— a-acho que sim – respondeu a ursa um pouco nervosa: aquela garota era assustadoramente inteligente.

— É muito difícil que alguém ande cem por cento do tempo observando todas as pessoas ao seu redor, e em todos os lugares que vai, e ainda por cima, de todas as distâncias possíveis em sua visão, isso diminui bastante as chances de que sejamos descobertas.

— No caso de que outros venham a fazer isso - continuou - A chance de encontro é bem baixa, já que cada um escolherá apenas um lugar, e se estivermos no mesmo lugar observando, a batalha será inevitável, de uma forma ou de outra, vamos ter que nos arriscar, e acabar lutando em algum momento.

— S-sim – respondeu Moana.

— YOSHI, VAMOS NESSA. – Beth levantou as mãos.

—EI, EU QUE SOU A ALEGRINHA AQUI.


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Notas finais do capítulo

Arigatô >



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