Não que o leitor de mentes achasse realmente necessário a presença dos Volturi perto de sua filha mais nova, já que quiseram fazer tão mal para a primogênita. Sem contar que havia estranhado a atitude de Aro, ele realmente parecia odiar os seres que causaram mal a Carly, mas parecia gostar do fato de a garota ser uma Cullen, e de certa forma, ligar os dois Clãs. Odiava a ideia de estar correndo ao lado dos vampiros que mais temia e odiava no mundo, mas eles certamente sabiam mais sobre esses seres do que o próprio Calisle, e tudo o que queria era que sua filha ficasse bem, o mais rápido possível.

Para os Volturi também não era algo extremamente emocionante ir até a cidade dos Cullen, onde teriam que conviver com aquele cheiro repugnante de cachorro molhado o tempo todo. Mas, qualquer outro lugar do mundo parecia ser melhor do que Volterra nos últimos dias, tudo por lá estava sem graça. Aro os preservava, pois não queria os Aswangs perto de suas joias mais preciosas.

O dia havia amanhecido no chalé e todos estavam com os ânimos a flor-da-pele ao receber a ligação de Edward contando que estaria chegando em pouco tempo, junto de alguns membros da guarda.

Bella e Renesmee estavam abraçadas no sofá da sala de estar enquanto Calisle examinava Carly, com Jasper ao lado, que havia trabalhado muito para acalmar a garota perante todas as crises que teve na madrugada anterior.

— Eu preciso olhar seu ferimento agora, Carly – o medico anunciou – Pode ficar de pé ?

Ela assentiu fracamente, e os vampiros ajudaram-na. Calisle levantou a lateral de sua blusa com cuidado, e a mesma a segurou enquanto ele tratava de retirar o enorme curativo. Jasper prendeu a respiração e Isabella franziu o cenho e se aproximou da cena ao ver que o ferimento havia diminuído em grande quantidade.

— Calisle? – Bella o chamou.

— Sim, está melhorando – anunciou.

Houve um coro de suspiros aliviados e cansados. Finalmente uma noticia boa que poderia o deixar mais descansados.

— Eu posso tomar um banho? – a ruiva perguntou com a voz fraca.

— É claro – o vampiro disse – Depois farei um outro curativo.

Ela foi em direção ao banheiro de seu quarto e Renesmee a seguiu, provavelmente com medo de deixar a menina sozinha, todos estavam. Bella pegou o telefone rapidamente discando o numero de seu marido.

— Alô?— ouviu a voz do outro lado da linha.

— Onde você está?

— Na floresta, perto de casa— se apressou em dizer – O que está acontecendo?

— Calisle acabou de examina-la – falou – Carly está melhorando.

O vampiro sorriu do outro lado da linha e Rosalie abraçou o marido no mesmo momento. Alexander estava achando aquilo tudo um tanto quanto curioso. Queria saber por qual motivo os Aswang achariam que ele se envolveria com o inimigo, mas toda vez que tocavam no nome da garota, sua curiosidade despertava cada vez mais, e não podia negar ao ouvir a noticia sentiu um pingo de felicidade o tocar.

— Irmão – Jane chamou, se aproximando do mesmo – Tudo bem?

Ele assentiu.

— Parece distante – comentou – Nada vai nos acontecer. Vamos esperar até que aquele bruxos imundos venham atrás da garota, e depois os matamos e poderemos seguir normalmente. Estamos juntos nessa.

— Eu amo você irmã – beijou a cabeça da garota – Nada vai nos acontecer.

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Eles seguiram para a mansão dos Cullen, onde passariam a maior parte do tempo, e foram recebidos por Esmee que sorriu amigavelmente ao abrir a porta para o Clã inimigo. Eles se sentiam bem com ela e Calisle, sem aquele ar de julgamento que todo o resto da família fazia. Não que fossem santos, os Volturi estavam longe disso, mas com o casal mais velho, era mais fácil de lidar.

— Obrigada por virem – Calisle agradeceu, aproximando-se de Esmee – Vamos, o resto da família está no segundo andar.

— Carly está aqui? – Edward perguntou.

— Sim – Esmee sorriu para o filho – Jasper a trouxe.

Em um piscar de olhos ninguém se encontrava mais no primeiro andar. Renesmee estava agarrada com Jacob, ao lado do sofá onde sua irmã estava sentada, juntamente com sua mãe adotiva. Edward parou na frente da filha, com receio de se aproximar de mais, ela ainda poderia estar em choque, como da ultima vez que se viram.

— Tudo bem, Pai – disse sorrindo, tentando se levantar, mas seu pai rapidamente chegou mais perto, ajudando-a a ficar de pé, e abraçou a garota, tentando não apertar muito forte – Senti sua falta.

— Eu também, amor – ele beijou a cabeça da menina – Eu também.

Todos estavam com os olhos fixos de mais na cena para perceber a reação de Alexander Volturi ao estar no mesmo cômodo do que a garota. Jane franziu o cenho ao ver o irmão de punhos fechados segurando o rosnado que quase escapava da sua boca.

— Alec – sussurrou, o chamando, mas nem isso fez com que ele desviasse o seu olhar da cena.

Edward soltou a filha, olhando para o vampiro a pouca distancia. Ele sabia, Carly Katherine Cullen era a La tua Cantante de um Volturi.