Tormenta escrita por Katherine


Capítulo 31
O fim


Notas iniciais do capítulo

Sim! Infelizmente o fim chegou.
Muito obrigada a todos que acompanharam a Fanfic!
Boa leitura.



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Carly.

Podia ver os olhos de minha mãe brilharem no espelho, encarando a minha imagem refletida. Sabia que se pudesse estaria chorando. Renesmee também estava no quarto, com um vestido longo rosa claro que caia perfeitamente em seu corpo. Passei as mãos nervosamente pela saia do vestido branco, tomara-que-caia, ao perceber que já estava atrasada. Alec provavelmente iria me matar depois disso. Inalei o ar com força, na tentativa desesperada por me acalmar. Alguns hábitos humanos são incapazes de serem mudados. Podia considerar que estava muito bonita. Alice cuidou do vestido, e por incrível que pareça não ficou exagerado como eu imaginei. Haviam alguns brilhos na saia, que não o deixavam ser completamente branco e dando um toque ainda mais especial. Minhas sandálias eram abertas, no mesmo tom do vestido que cobria boa parte delas. Meus cabelos ruivos ficaram como responsabilidade de Rose, ela definitivamente tinha acertado. O cabelo estava solto, em cachos, com um detalhe na lateral esquerda. Eu decidi fazer a minha própria maquiagem, mas estava tão nervosa que o máximo que consegui fazer foi borrá-la inteiramente, então Jane me obrigou que cedesse para que ela pudesse tomar conta daquele trabalho. Relutei, com medo de que a Volturi fizesse algo que não ficasse do meu agrado, mas Jane foi um verdadeiro anjo. A maquiagem era bem discreta, deixando os olhos em destaque, era exatamente o que eu queria.

— Eles não parecem mais tão escuros – comentei.

Bella tocou o meu ombro nu.

— Você já se alimentou da nossa dieta algumas vezes, seus olhos ficarão da cor dos nossos.

É claro que aquela ideia não tenha agradado nenhum pouco Alec e Jane ou qualquer outro membro da guarda Volturi, acontece que o sangue de um animal parecia mais atrativo do que o sangue humano mesmo depois que eu houvesse me tornado uma vampira. De qualquer forma, não sabiam explicar o motivo do meu bloqueio com o sangue, eu simplesmente não me sentia bem.

— Estão quase saindo do vermelho – Renesmee comentou – Você está linda, Carly.

Sorri agradecida em sua direção.

Algumas batidinhas na porta atraíram a nossa atenção, sabendo exatamente quem estava do outro lado, minha mãe caminhou até ela, abrindo-a. Anthony correu em minha direção, aparentando pouco mais de quatro anos de idade. Carlisle estimava que nessa nova fase à cada três meses ele evoluiria um ano, o que era bastante rápido, mais do que a própria Renesmee.

— Mãe!

O peguei em meus braços com a ajuda de Nessie, para que não afetasse o vestido. O pequeno enrolou seus curtos bracinhos em torno do meu pescoço.

— Oi, amor – beijei o seu rosto.

— Thony, vem com a Tia Nessie – ela pediu, o tirando dos meus braços – Cadê o papai?

Meu filho começou a responder algo à ela, que eu não soube dizer exatamente o que era, pois estava com a imagem fixa em meu pai.

— Uau – murmurou – Você parece uma princesa.

Sorri sem jeito, querendo muito chorar naquele momento. Maldita imortalidade!

— Ainda falta algo.

Franzino cenho sem entender.

Pude ver uma caixa em suas mãos, e minha mãe se aproximou, sob os olhares atentos de Renesmee.

— O que?

Mas não foi ele quem respondeu:

— Você precisa de algo velho – minha mãe tocou os brincos que ela mesmo havia usado em seu casamento – Algo novo – tocou a pulseira cravejada em brilhantes que Alec havia pedido que eu usasse – Algo emprestado – toquei o anel que Vó Esmee havia pedido que eu usasse, e ela sorriu.

Edward sorriu.

— E algo azul – eu continuei, percebendo que não havia pensado nesse detalhe.

A caixa de veludo foi aberta nas mãos de meu pai, revelando uma gargantilha com uma pedra azul. Engoli seco. Azul sempre foi a minha cor favorita, mas naquela joia ficava ainda mais bonito. Era o mesmo tom dos olhos de Anthony. O mesmo tom dos olhos de Alec quando ainda era humano.

Eu definitivamente sentia que podia chorar.

Ele caminhou alguns passos e abriu os braços para que eu pudesse me alojar neles.

— Obrigada, pai.

— Eu amo você – disse – Muito.

Assenti, percebendo que eu era incapaz de responder.

A joia foi colocada em meu pescoço e Renesmee soltou Anthony para que viesse em minha direção.

— Você é linda, mamãe.

Beijei os seus cabelos.

— Você também, anjo. Muito lindo!

Ele sorriu, feliz, deixando todos extasiados com os seus sentimentos.

— Vem, Thony – minha mãe chamou – Vamos começar a cerimônia antes que o seu pai venha buscar a mamãe.

O pequeno despediu-se de nós dois, saindo do quarto acompanhado de Bella e Renesmee, que desejaram-me boa sorte. Verifiquei mais uma vez se tudo estava pronto, já com o detalhe da pedra azul destacando completamente o meu traje. Edward esticou a mão na minha direção e eu rapidamente aceitei. Descemos a escada juntos, até que por fim chegássemos próximo ao salão do castelo. Algum tempo depois que Anthony nasceu tivemos que voltar para Volterra por conta dos deveres de Alec. É claro que o menino sentia falta da família Cullen, mas ninguém conseguia ficar longe dele, então os Cullen também mudaram-se para a Itália, em uma cidade um pouco afastada de Volterra, ficávamos com eles pelo menos uma vez na semana. Anthony também era a alegria do castelo, completamente. Não havia se quer um vampiro que não gostasse de sua presença, é claro, ele amava o lugar.

— Esses corredores nunca pareceram tão grandes – murmurei quando meus pés pararam.

— Está pronta? – meu pai perguntou.

— Sim. Eu estou pronta.

As portas foram abertas revelando a figura de Alec no outro canto. Suspirei. A cor de seu traje combinava com o tom do colar. Agarrei-me firmemente ao buquê, e afrouxei o aperto ao perceber que as flores estavam se dilacerando entre os meus dedos. Seus olhos vermelhos estavam presos em mim, até que finalmente estávamos juntos e ele teve de desviar para encarar o meu pai.

— É. Eu sei – Edward disse, depois de ler algo em sua mente. Entregando minha mão para ele, mesmo que contrariado.

Alec e eu ficamos lado-a-lado para que pudéssemos prestar atenção nas palavras ditas pelo cerimonialista. É claro que não optamos por um padre. Sentia o seu olhar cair sobre mim, fazendo com que eu ficasse ainda mais nervosa, tentando em vão focar a minha concentração.

— Você está linda – elogiou.

Estremeci me sentindo hipnotizada.

— Você também.

O homem retomou as palavras até que pedisse as alianças. Anthony apareceu, sorrindo de orelha a orelha, arrancando suspiros da maior parte dos presentes. Ele esticou os anéis, e depois juntou-se aos meus pais para assistir o restante da cerimônia. Quando o homem deu-a por encerrada e finalmente podemos nos beijar, o garoto correu em nossa direção, agarrando-se em nossas pernas. Alec o pegou nos braços, para que ficasse de nossa altura e ele nos puxou para um abraço.

— Eu te amo – sussurrei para Alec.

— Eu também te amo, senhora Volturi.

Fiz uma careta com o apelido. Levaria tempo para me acostumar.

— Ei! – rimos para o pequeno que atraiu a nossa atenção.

Beijei o seu rosto.

— Nós também amamos você, filho. Mais do que a nossa própria vida.

Encarei o meu – agora – marido e filho sabendo que por mais assustador que algo pudesse parecer, tudo sempre acabaria bem, pois lutaríamos com a nossa arma mais preciosa.

O amor.

 


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Notas finais do capítulo

E fim!



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