Tormenta escrita por Katherine
Três dias se passaram.
Tempo o suficiente para que os Cullen tentassem de todas as formas possíveis fazer com que a ruiva conseguisse manter o sangue em seu estômago por mais de meio minuto, mas ainda não havia nenhum avanço. A diferença era que agora o seu corpo pedia piedosamente por ele, mas seu organismo não conseguia aceitar. Estava mais magra do que deveria, com uma palidez excessiva e nada saudável. Sua barriga estava a cada dia maior, parecia estar com cerca de quarto meses. O tempo era o maior inimigo. Carly já estava com os movimentos limitamos, não conseguia se mover sem a ajuda, por conta da fraqueza. Não passavam a maior parte do tempo no castelo, Jane convenceu Aro de que o melhor a fazer era deixar com que Carly, Alec e o bebê tivessem o seu próprio canto, o que ocasionou em um pequeno chalé – porém muito luxuoso – ainda no enorme jardim do castelo.
— Está tudo bem – Calisle garantiu, guardando os equipamentos – Com o bebê. Você está fraca e muito debilita, Carly. E isso está avançando cada vez mais e tenho medo de não conseguir pará-lo antes que seja tarde.
Edward pigarreou.
Ele, Bella, Jane e Renesmee sempre estavam presentes nas consultas.
— Existe outra forma de parar? – ele perguntou, com a voz controlada, mas qualquer pessoa podia jurar que ele surtaria a qualquer momento.
Calisle olhou para a garota a sua frente antes de virar-se para o filho.
— O sangue ajudaria muito, como foi com Bella.
Houve alguns suspiros pesados tornando o momento ainda mais tenso.
— Quero tentar de novo – Carly sussurrou, sabendo que todos ali ouviriam. Os olhares caíram sob si e ela engoliu seco – Ele está com sede.
— Você não precisa fazer isso – Alexander sentou ao lado da noiva, enquanto a mesma agarrou-se ao seu braço com dificuldade.
— Eu preciso.
Calisle se levantou, parando ao lado de Jane Volturi.
— Não, Carly. Você não precisa! – Edward rebateu – O seu organismo rejeita, não adianta tentar.
Renesmee grudou-se mais ainda a sua mãe. Aquele momento havia feito com que as duas estreitassem os laços, a híbrida podia ver tudo o que Bella havia passado para que um dia tivesse-a em seus braços.
— Não conhece mesmo outra forma? – Alec perguntou, a tortura explícita na voz - Não, eu lamento.
Jane levantou-se de seu lugar.
— Eu vou buscar um pouco – disse, indo até a cozinha.
— Uma pré vampira que odeia sangue – ela riu – Não existe ninguém igual.
Ness rolou os olhos para a fala da irmã, mas não conseguiu esconder o sorriso.
— Toma – a gêmea lhe entregou o copo com o líquido dentro.
Ninguém se mexeu um centímetro. Todos nervosos demais com a situação.
Carly tocou a barriga antes de levar o canudo à boca, pedindo silenciosamente que o bebê ajudasse, aquilo era para o bem dele. Tudo era sobre o bem dele! Edward lançou um sorriso incentivador para a filha, mais uma vez. E então o líquido começou a descer por sua garganta, lembrando-a do motivo por seu corpo rejeitar, aquilo era tão ruim!
— Tudo bem? – Isabella perguntou, quando a ruiva colocou o canudo novamente na boca, para tomar mais um gole – Pode parar quando quiser, o importante é que se mantenha dentro de você.
Ela assentiu. Estava bem!
Quando a metade do copo foi deixada de lado, nas mãos de Alec, a garota se esticou no sofá para deitar. Não conseguiria tomar mais aquilo. Então lembrou do que sua mãe havia dito, o importante era que ele se mantivesse ali. E foi o que aconteceu, daquela vez seu organismo não rejeitou e aos poucos o tom de vida foi voltando ao seu corpo.
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