Tormenta escrita por Katherine


Capítulo 25
2 Temporada - Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Estava em dívida com vocês, né?
Boa leitura!



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Quando Carly abriu os olhos sentindo-se um pouco melhor do cansaço, o lugar de Jane Volturi havia sido substituído pelo outro gêmeo que largou o livro que estava nas mãos lançando um sorriso carinhoso para a sua cantante. Em segundos ele estava ao seu lado na cama, enquanto a mesma se acomodava melhor para sentar, sentia-se melhor, mas de qualquer forma parecia que um caminhão havia passado encima de si.

— Como está se sentindo? – perguntou o garoto, afagando o seu rosto com as mãos geladas.

A humana fechou os olhos deixando que aquele toque a acalmasse.

Alec afastou a mão em seguida, quebrando o contato.

— Estou bem – suspirou – E você? Está aqui a muito tempo?

Ele assentiu.

— Você dormiu bastante – comentou – Jane não queria sair, parece uma leoa protegendo os seus filhotes.

Carly riu.

— Quem diria – deu de ombros – Onde você estava? Antes, quando Jan me trouxe para o quarto.

Ele se levantou, caminhando até a janela. Abriu a cortina encarando algo que havia além disso.

— Demetri e Félix estão conosco, caso algo aconteça.

A ruiva se levantou, caminhando até a janela.

— Todos os Volturi estão – tocou o ombro de Alexander – Você não precisa se preocupar tanto.

Alec não respondeu. Puxou-a para os seus braços onde permaneceu durante toda a noite, até quando o céu apareceu no céu nubloso de Volterra. Eles tinham algumas missões destinadas por Aro para fazer, então a Cullen passou o restante do dia inteiro com a sua família, no quarto que Aro Volturi havia oferecido a seus pais, conversando sobre qualquer outra coisa que não envolvesse bruxos.

— O que você acha que é? – Renesmee perguntou, balançando os pés no alto, enquanto estava deitada de bruços encarando a irmã.

— Eu não sei.

— Como não sabe? – a híbrida olhou para a mãe – Mães tem sexto sentido, não é? Elas sempre sabem de tudo.

Bella rolou os olhos e sentou na cama ao lado das filhas.

— Dê um tempo à sua irmã, Ness. Ela descobriu a poucas horas que será mãe, ainda não sabe usar seus poderes – piscou para a ruiva que riu sem mostrar os dentes.

— Não corte o meu barato, quero saber qual será o sexo do meu afilhado – virou-se para Alice – Tia, você consegue ver?

— Você está envolvida até o pescoço nisso, Renesmee. Não consigo enxergar um palmo! – suspirou frustrada – Odeio ser inútil.

— Não, Alice! – Carly disse se agarrando ao cobertor que cobria as suas pernas – Você não é inútil.

Aquele lance de gravidez havia deixado-a sentimental demais.

— Mas, estou me sentindo. Por isso tomei a liberdade e comecei a pensar em alguns nomes de bebês – anunciou – Aposto que serão ideias melhores que as de Isabella.

Bella olhou a cunhada com divertimento, mas não disse nada.

— Tente imaginar – Rose disse, olhando para a sobrinha – Feche os olhos e tente imaginar o que pode ser.

Renesmee acenou, incentivando-a.

Carly fechou os olhos mesmo que contragosto. Ouviu a porta sendo aberta e logo em seguida fechada, mas manteve os olhos como estavam buscando a concentração necessária.

— O que ela está fazendo? – ouviu a voz de Jane sussurrando para alguém.

Forçou ainda mais os olhos e tentou imaginar.

Estava com Alec no meio da floresta, não conhecia muito o local mas pode ver de longe o moreno lhe olhar sorrindo antes de estender os braços e de cima de uma das árvores pular um garotinho que aparentava ter cinco anos, seis no máximo. Mas Alec não o pegou, o garoto de cabelos escuros tocou os pés no chão em um salto perfeito e empinou o nariz na direção do Volturi que bateu as mãos com a da pequena criança. Seus olhos tinham um azul vivo, cabelos castanhos e pele bem clarinha. Carly jurou ser uma réplica do noivo bem a sua frente e então abriu os olhos, enfrentando olhares desconfiados, curiosos e entusiasmados.

— Um menino – disse, recebendo sorrisos ainda mais felizes em respostas – Se for como em meus pensamentos.

Alice suspirou batendo palmas.

— Nunca cuidei de um menino – ela falou entusiasmada – Isso vai ser tão incrível, ele será o mais lindo do mundo!

— Você não vai cuidar dele, Cullen – Jane cuspiu as palavras – Fora de cogitação.

— Quem vai, Jane? Você? – Renesmee provou.

— Claro que sim, ou você acha que pode contra uma mosca, Renesmee?

— Calem a boca – Bella pediu gentilmente.

Carly se levantou da cama, não aguentaria mais nenhum minuto deitada. Queria saber onde estava Alec, mas estava passando por um momento legal com as meninas e não queria estragar isso. Havia um espelho pouco à frente, levantou um pouco a blusa, deixando a barriga exposta. Bella a olhava pelo espelho, se pudesse estaria chorando. Todos os olhares tão atentos e tensos que nem mesmo Jasper poderia ajudar. Era um fardo pesado demais para carregarem, mas passariam por cima de qualquer coisa para mantê-los em segurança. Carly e seu filho com Alexander. Nada era mais importante naquele momento.

— Consegue senti-lo? – Jane perguntou, os olhos haviam um brilho diferente.

Carly negou.

— Nenhuma costela quebrada até o momento – riu sozinha da própria piada – Estou bem, foi só uma brincadeira.

— Não brinque com isso – sua mãe alertou.

Deu de ombros.

— Estou com fome – resmungou – Onde está Alec?

— Você comeu a pouco tempo – Renesmee disse.

— Na salão principal conversando com Aro sobre a missão – a gêmea respondeu.

— Vou buscar algo pra você comer! – Esme se levantou do pequeno sofá que havia ali, mas foi impedida por Carly.

— Posso fazer isso sozinha. Obrigada vovó! – disse – Chega de clube da Luluzinha por hoje. Preciso encontrar uma figura masculina.

Ao sair do quarto encontrou com seu pai parado ao corredor.

— Tudo bem, amor? – perguntou para a filha que se acomodou em seus braços – Elas estão encomendando você?

— Me deixando maluca na verdade! – riu – Quero comer alguma coisa, me acompanha?

— Claro.

Edward não a colocou nas costas, nem nada. Apenas andaram em passos lentos até a cozinha sem que nenhuma palavra fosse trocada entre eles, ao chegarem, Carly sentou sob a bancada alta da pia, sendo repreendida pelo olhar atento do leitor de mentes.

— Não vou quebrar – ironizou – Eu prometo, pai.

Ele bufou e em seguida abriu a geladeira buscando algo humano e que não estivesse a séculos ali. Carly achou que ele havia tomado tal atitude por sua fala, mas percebeu que não quando o noivo adentrou pela porta pedindo licença, o que não era nenhum pouco comum dele.

— Ei, você chegou!

Pulou da bancada, mas antes que seus pés estivessem no chão os braços dele envolveram a sua cintura, impedindo o ato. Alec beijou os cabelos ruivos dela e cumprimentou o sogro.

— Não acho que tenha nada saudável de ser ingerido nessa geladeira – reclamou. Houve um minuto de silêncio até que ele olhasse para Alec com receio. Havia lido a sua mente – Acha certo?

O moreno deu de ombros.

— Fizemos. Mas, estava no final – mais uma pausa – Pode estar certo, se começarmos antes menos riscos teremos. Claro, se ela quiser.

— Eu ainda estou aqui e não aprendi a ler mentes – a ruiva reclamou – O que está acontecendo?

— Podemos comprar comida depois – Alec sugeriu – Mas, estive pensando. Quando Bella engravidou de Renesmee ela.. tomou sangue.

Carly fez uma careta.

— Para saciar a vontade da sua irmã – Edward continuou.

— Acham que... ele pode estar com... sede?

— É provável – falou – Não completamente sedento ainda, não sabíamos o que Renesmee queria até que Jacob tivesse a ideia. Se pudéssemos começar agora talvez não chegue ao estágio que chegou com Bella. Eu não aguentaria ver você passando pelo mesmo.

— Só se você quiser – Alec lembrou.

Carly assentiu com receio.

— Mesmo? – o leitor de mentes confirmou.

— Sim, pai! – concordou – Anda logo antes que eu mude de ideia.

Eles suspiraram, não muito contentes.

Pouco tempo depois Alec voltou com um copo em mãos, ele era coberto então não dava para ver, mas o cheiro era de sangue, o que fez com que a ruiva torcesse o nariz antes de tomar. Não disse nada até que a última gota fosse sugada dele, sob o olhar atento dos dois homens a sua frente. Bateu com o copo na bancada quando finalmente terminou, o gosto não era bom, mas ela podia suportar. Era para o bem estar de seu filho.

— Tudo bem? – Alec perguntou pela milésima vez no dia.

Ela assentiu antes de esconder o rosto na curva de seu pescoço, enquanto as mãos afagavam suas costas.

Não conseguiu aguentar muito tempo e se separou da pele de mármore correndo para o banheiro mais próximo que havia ali e despejando todo o líquido vermelho que havia demorado para ingerir. Quando finalmente acabou teve a ajuda de seu pai para sentar e só depois percebeu que Alec entrou no cômodo com Calisle.

A ruiva suspirou pesadamente.

— Isso não vai dar certo!

 


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Notas finais do capítulo

E então? Alguma ideia do que eles farão?
Ao que parece ela não gostou tanto do sangue, rs.



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