Tormenta escrita por Katherine


Capítulo 23
2 Temporada - Capitulo 4




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 Carly Cullen.

 

— Como está se sentindo? – Alexander perguntou.

Odiava andar de avião. Sempre era entediante demais e qualquer lugar do mundo seria mais divertido ir nas costas dos meus pais ou de Alec. Mas, meu noivo havia optado por fazermos essa viagem daquela forma. Eu tinha total consciência de que ele só tentava adiar o tempo, mesmo que a proposta tivesse surgido dele. O Volturi era um pouco cauteloso de mais quando se tratava da minha relação com a sua família, e aquele momento não poderia ser diferente.

— Aro sabe que estamos indo? – perguntei.

Ele suspirou.

Alec usava óculos escuros.

Eu odiava aqueles malditos óculos que não me deixavam ver os seus olhos.

— Não me respondeu.

— Nem você – retruquei – Ele não sabe, né?

— Jane deve ter contato – disse simplesmente.

Franzi o cenho.

— Como assim Jane deve ter contato, Alec?  Estou indo morar no castelo dele. Acho que o mínimo que poderíamos ter feito é comunica-lo, não?

— Você está bem? – repetiu.

— Estou! – respondi um pouco alterada.

Alexander me tirava do sério em segundos de paz.

— Ótimo – me beijou nos lábios, por um momento fazendo com que esquecesse que deveria estar furiosa com ele – Não ficará no castelo.

— Como?

Ele encarou um ponto qualquer no corredor.

— Não ficaremos no castelo – disse – Falei com Jane, ela está cuidando de tudo.

— Onde ficaremos?

— Ainda não sei – foi sincero – Pedi a ela que fosse uma casa, um pouco afastada das casas, mas próximo ao castelo.

— Aro permitiria? – perguntei com receio – Quer dizer, eu amei a ideia. Vai ser incrível ter mais privacidade. Mas, eu achei que não pudesse sair do castelo sem as ordens dele.

— Vantagens de ser uma das joias de Aro – falou.

— Não gosto quando fala assim, Alec – ele me encarou – Você não é só isso.

Me inclinei mais próxima a ele para que pudesse tocar seus lábios e me arrependi no momento em que o fiz, me afastando rapidamente.

— Carly, o que foi? – perguntou com o cenho franzido.

Me levantei do acento sem responde-lo e rumei em direção ao banheiro. Por sorte Alec era reservado e havia pego as poltronas mais próximas do mesmo, se não, não saberia se conseguiria chegar a tempo. Despejei tudo o que havia ingerido no vaso sanitário ouvindo os apelos do vampiro para que abrisse a porta. Não conseguia me mover. O que aquilo significava? Toquei o meu ventre por um momento. Uma criança? Não podia ser. Alec e Jane eram acostumados a viver com o perigo, mas eu não. Teria que aprender. Essa criança corria tantos riscos quanto qualquer outra no mundo.

— Abra essa porta – Alec continuava a pedir quando eu atendi. Ele entrou na cabine, fechando a mesma – Você está bem?

Fez com que eu ficasse de frente para si.

— Alec... – não consegui concluir.

— Tudo bem – me abraçou – Está tudo bem. Eu ouvi!

— Você sabe o que significa, não sabe? – perguntou.

— Eu sei – disse – Vamos ficar bem.

Não sei por quanto tempo ficamos naquele banheiro, saindo algum tempo depois para voltarmos a nossas cadeiras. Eu estava exausta, mas não consegui pregar os olhos durante a viagem inteira. Quando o avião pousou em Volterra, nos levantamos o mais rápido que pudemos e Alec saiu me puxando para fora do mesmo.

— O que foi? – perguntei, percebendo a sua tensão extrema – Ei, Alec. O que houve?

Percebi o motivo quando encontrei minha família bem ali, nos olhando atentamente. Soltei a minha mão dele, correndo para os braços da minha mãe. Eu não conseguia ouvir, mas por cima do ombro conseguia ver Alice, Alec, meu pai e Calisle conversando.

— Vai ficar tudo bem – me garantiu.

— O que Alice viu? – perguntei, abraçando o meu pai rapidamente.

— Nada – suspirou – Alice viu Alec tomando a decisão de nos ligar assim que chegasse, então viemos de pressa.

— Onde estão os outros? – precisava que todos estivessem ali naquele momento.

— Querida, calma – minha mãe me segurou pelos braços – Estão no castelo. Não sairemos daqui até que esteja tudo como tem que ser, ouviu? Não há o que temer.

— Não? – indaguei – Mãe!

Alice segurou a minha mão fortemente.

— Vocês ficarão bem, eu garanto – ela disse, logo depois me puxando para um abraço – Vamos, precisa descansar.

O meu vampiro caminhou ao meu lado, de mãos dadas enquanto fazíamos mil cálculos em nossa cabeça. Fomos até o castelo dos Volturi e eu sabia que Alec não havia planejado me levar ali, pois no momento em que entramos senti sua tensão, apertei a sua mão para conforta-lo, mas no momento em que Jane apareceu, todos os problemas pareciam ter acabado. Ele soltou a minha mão e abraçou a irmã por um longo momento. Nunca havia o visto tão fragilizado e aquilo cortou o meu coração. Minha irmã também se aproximou com o resto de nossa família e cada um deles me abraçou, e confortou de certa forma. Renesmee ainda estava com os braços em torno do meu ombro quando Jane se separou do gêmeo e caminhou até minha frente, sorrindo docemente. E num gesto inesperado ela abriu os braços e eu me acomodei ali dentro. Não era um clima ruim. Minha família parecia mais leve naquele momento e eu estava feliz por estarem todos juntos.

— Precisa de alguma coisa? – ela perguntou quando nos soltamos. Neguei – Tem certeza?

— Tudo bem, Jane.

Concordou com um aceno.

Alec voltou a abraçar a minha cintura.

— Aro espera na sala de reuniões – ela falou – Todos nós.

— Sala de reuniões? – Alec perguntou ao meu lado. Percebeu a minha expressão de duvida – É usada apenas para os assuntos mais sérios.

— E esse não é um? – perguntei.

— Achei que não para Aro – deu de ombros.

Jane Volturi nos guiou até o lugar com Alec ao seu lado, segurando a minha mão. Quando as portas foram abertas por eles mesmo encontramos uma enorme mesa ao centro, com Aro Volturi sentada na ponta da mesma, ele se levantou cordialmente, com um sorriso no rosto.

— Queridos, que ótimo vê-los!


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