Tormenta escrita por Katherine


Capítulo 19
Capitulo 19


Notas iniciais do capítulo

Oi, mores.
Chegamos ao ultimo capitulo da temporada.
Sim!
Teremos uma segunda, se isso for da vontade de vocês.
Não me matem, por favor.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/730853/chapter/19

Você só se dá conta do quanto é bom estar em casa depois de algum tempo fora dela. Carly estava envolvida no abraço de sua tia Alice desde que desceu do avião. Algumas pessoas encaravam a cena com o cenho franzido, estranhando tanto afeto entre as duas. Na verdade, a humana apertava tanto a vampira contra si, que nem se ela quisesse conseguiria sair dali. Alexander e Jasper apenas encaravam as duas, sem dizer nada para não estragar o momento. A Cullen mais nova certamente precisava daquilo. Não fazia sol, mas tinham a impressão de que Forks parecia mais iluminada desde a chegada da ruiva.

— Eu estava com tanta saudade – Carly apertou ela mais uma vez, por fim soltando e indo abraçar seu tio – Oi, tio Jas.

— E ai, baixinha – ele beijou seus cabelos – Como foi a viagem?

— Boa – respondeu, voltando a unir sua mão com a do namorado – Mas eu realmente prefiro estar em casa. Como está todo mundo?

— Estão bem – a fada disse – E nem imaginam que vocês estão de volta.

A ruiva riu.

— Como conseguiu esconder isso do meu pai?

Ela deu de ombros.

— Muito treinamento – falou.

Não continuaram a esperar por muito tempo, logo eles se colocaram dentro do carro de Alice e partiram para a mansão dos Cullen. Logico que não esperavam pela surpresa, e no momento em que viram a ruiva se estapearam para abraçar a caçulinha. Demorou mais tempo com Edward e Bella, que conversaram sobre tudo o quê havia acontecido. Isabella checou por diversas vezes se existia algum arranhão em sua filha, e disse para o genro que se encontrasse qualquer coisa, o mataria ali mesmo. Alec riu, pois ele mesmo tinha se certificado de que nada teria acontecido com a sua Cantante.  

— Onde está Renesmee? – perguntou, percebendo que nem ela e nem Jacob estavam ali.

— Treinando – Edward respondeu.

Carly franziu o cenho em duvida.

— Ela se envolveu muito com o arco e flecha desde que foi embora – Bella se justificou – Acho que de alguma forma ela precisa de armas. Que não sejam o seu dom. Nessie se sente melhor assim.

— Ela está por perto. Por quê não vai vê-la?

A ruiva sorriu para a proposta do pai.

— Eu já volto – disse ao namorado, beijando-lhe nos lábios.

Renesmee estava mais próxima do chalé do que da própria residência dos Cullen, o que dificultou o processo de achar a hibrida. Quando estava próxima o suficiente, podendo ver a irmã adotiva, Carly tentou não fazer barulho, afim de não atrapalhar a garota que estava com o arco apontado para uma arvore qualquer, entre tantas outras. O cheiro de sangue atraiu a atenção de Nessie, mas não era um cheiro comum. Era o cheiro de sua irmã. Ela sorriu, ainda de costas pra mesma, e se virou na direção da ruiva, acertando a flecha pouco acima de sua cabeça. A humana arfou enquanto a morena riu da atitude da mesma, e correu para que pudesse abraça-la, ainda com as mãos trêmulas.

— Você quase me acertou! – disse, batendo no braço da irmã.

— Eu sabia que era você – deu de ombros – Não ia te acertar.

Elas caminharam juntas para o chalé, sem dizer muita coisa, apenas aproveitando o momento que era estar ao lado uma da outra.

— Senti a sua falta – Renesmee falou, puxando a irmã para deitar em sua cama.

— Eu também.

— Como foi lá? Com os Volturi? – quis saber.

— Tudo bem – disse – Não tive muito contato. Sempre estava com Alec ou Jane.

— Hum.

— E por aqui?

— Tudo bem, também – desviou  o olhar.

— Por quê sinto que precisa me dizer algo? – Carly perguntou.

— Talvez eu precise – a morena suspirou.

A mais nova se sentou na cama, para que pudesse encarar melhor a irmã.

— Fala, Renesmee. O quê aconteceu? – ela deu de ombros – Nessie!

Houve um suspiro.

— Eu não sei – disse – Ainda não tenho certeza.

— Tem alguma coisa te enlouquecendo e eu preciso saber o quê é.

Algumas lagrimas se formaram no rosto de Renesmee mas ela não as derrubou.

— Tenho sonhado com algumas coisas... Na verdade, é algo como premunição – ela engoliu seco – Tenho visto muitas coisas sobre a nossa família, Carly. Ninguém sabe disso, eu precisava falar com você.

— Um dom?

— Acho que sim. Muito parecido com o dom de Tia Alice, mas só acontece quando eu durmo.

— Você tem expandido seus dons, Nessie. Isso não deveria ser bom? – Carly perguntou sorrindo, Renesmee negou – Por que está chorando?

— Porque sei o que vai acontecer – a hibrida puxou a irmã para um abraço – É como se eu fosse você e pudesse sentir toda a sua dor. Toda a sua dor, Carly!

A ruiva sentiu o peito doer. Será que estava falando da maldição?

— Tá tudo bem – sussurrou para a irmã.

— Não, não está! – disse – Eu sei que já aconteceu, mas você precisa correr. Sua formatura é em menos de uma semana. Eu te amo e não te pediria isso se não conseguisse ver o seu fim. Vá pra a faculdade que quiser, mas não fique em Forks! Você precisa se afastar do Alec e de tudo isso.

— Eu vou morrer? – perguntou com cautela – É o quê você viu?

— Você – ela engoliu em seco.

— Tá tudo bem – repetiu – Eu não vou morrer.

— A criança.

— Não tem criança nenhuma, Renesmee.

— E nem pode ter! – suplicou – Ninguém vai suportar isso, nem mesmo o Alec. Por favor, Carly. Por favor!

Elas se abraçaram mais uma vez, molhando-se completamente uma na lagrima da outra. Sabiam desde sempre que abririam mão de qualquer coisa por um membro da família, por alguém que conhecessem. Renesmee abriria mão de tudo pra proteger a irmã. Carly não queria que ninguém se machucasse. Sacrifícios tinham que ser tomados. Por quem quer que fosse. A ruiva se levantou da cama e caminhou até o seu quarto, com a irmã mais velha atrás de si. Pegou uma das maiores mochilas que havia ali dentro e começou a guardar apenas as coisas mais importantes e algumas peças de roupas. Teria que se virar quando chegasse na faculdade.

— Pra onde vai? – Renesmee perguntou, ajudando-a, entregando o passaporte à ela.

— Fui aceita em Yale – disse – Não tinha contado ainda, mas é o que eu quero.

— Harvard era o seu sonho – a hibrida disse.

— Não quero que me achem, Nessie – deu de ombros – Harvard seria o primeiro lugar a procurarem.

— Vai mesmo ficar bem? – perguntou.

Carly limpou as lagrimas mais uma vez.

— Vou – segurou as mãos da irmã – Obrigada por me contar. Ninguém pode saber disso, tudo bem? Eu fugi, pra todos os efeitos. Nunca nos encontramos desde a minha volta, tá legal?

Renesmee assentiu.

— Vou escrever uma carta – suspirou – Volte a treinar, só pare quando te chamarem.

Elas se abraçaram por longos minutos, chorando alto.

— Eu te amo, como a minha própria vida – Nessie beijou os cabelos ruivos da irmã.

— Eu te amo, Renesmee. Cuide de todos por mim!

A morena concordou, deixando o cômodo aos prantos, enquanto a mais nova demonstrava total concentração na caneta e papel em sua frente. Alice não conseguiria ver. Não enquanto Renesmee fizesse parte daquilo. Ela era um borrão, e de agora em diante, Carly também seria. Um breve borrão na vida de todos eles.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijos e os vejo nos comentários.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tormenta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.