Tormenta escrita por Katherine


Capítulo 16
Capitulo 16




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O quarto em diferentes tons de vinho – e branco – havia encantado a humana, no momento em que pisou no mesmo. Tudo era tão perfeitamente a cara de Alexander, que até então ela não fazia ideia do que combinava com ele, que fazia com que Carly se sentisse completamente imersa ao mundo do Volturi. O piano no canto do quarto deixava extremamente claro que ele não havia metido e, que realmente tocava. Desejou com todas as suas forças poder vê-lo ali, tateando as teclas e fazendo com que o som saísse dentre as quatro paredes do quarto. Jane encarava a cunhada com um semblante curioso no rosto. Por um momento desejou ter o dom do leitor de mentes para que pudesse saber o que se passava na cabeça da humana.

— Precisa de alguma coisa? – perguntou amigavelmente – Acredito que Alec vai demorar com Aro.

Carly deu de ombros, sentando na ponta da cama.

— Tá tudo bem – sorriu para a loira – Onde fica o banheiro?

Jane apontou para uma porta não muito distante do closet.

— Tome um banho e descanse – ordenou – Vou pedir para algum dos nossos criados desfazerem suas malas.

A ruiva não respondeu, apenas procurou por algo que pudesse vestir, seguindo as ordens tentadoras da gêmea.

Quando Alexander retornou ao seu quarto, encontrando tudo perfeitamente organizado. Pode perceber que Carly dormia de forma desajeitada em sua cama, segurando um livro em mãos. Soltou uma risada abafada ao aproximar-se de sua garota. Por um momento, esqueceu de tudo o que seu mestre havia dito, e o quanto ele discordava de cada palavra e atitude. Na tentativa de não acorda-la, o vampiro arrumou-a enquanto a mesma se remexeu, abrindo os olhos assustados.

— Alec – arfou, levanto suas mãos ao peito.

Ele riu.

— Te assustei? – perguntou, irônico.

— Não estou com medo – rolou os olhos, ajoelhando-se na cama, para que pudesse ficar mais próxima dele – Mas, estou em um castelo cheio de vampiros, não é? Tenho que dormir de olhos bem abertos.

— O corredor é privado, anjo – explicou, mexendo nos cabelos ruivos da mesma – Ninguém não autorizado entraria.

Ela assentiu, engolindo seco.

— Como foi com Aro? – quis saber.

Reprimiu a vontade de rir por parecer aqueles casais típicos que sempre diziam “Como foi no trabalho?”.

— Ele quer conhece-la – deixou a tensão tomar conta do quarto – No baile de hoje anoite.

Ela engoliu seco, sorrindo para o vampiro.

— Então, devemos nos arrumar.

— Não pode estar mesmo gostando disso – disse.

— Não estou – assumiu – Mas gosto de você, Volturi. Então, terei que tolerar.

Foi a vez do vampiro de rir, entregando o seu celular nas mãos da humana.

— O que é isso?

— Um celular – falou como se fosse obvio – Ligue para os seus pais, estão preocupados.

Depois de pouco mais de uma hora no telefone com os Cullen, Carly começou a se arrumar juntamente a Alexander. Com pouca demora, Jane apareceu no quarto do irmão, apressando o casal por conta de faltarem poucos minutos para o baile começar. Ambos seguiram de mãos dadas para o enorme salão de festas, encontrando alguns vampiros com olhares curiosos no caminho. Assim que aproximaram-se dos mestres, três pares de olhos se focaram na garota, fazendo com que os gêmeos se entreolhassem rapidamente.

— Meus queridos! – Aro sorriu ao vê-los logo em sua frente – Seja bem vinda, pequena Cullen. Espero que sua estadia no meu castelo seja incrível.

— Será – Carly retribuiu o sorriso.

— Ah, antes que eu me esqueça – novamente chamou a atenção dos três – Seja bem vinda a nossa família.

Ninguém levou a sério as palavras proferidas por eles. Não eram uma família. Os Volturi eram o maior Clã do mundo, mas não uma família.

Alexander preocupou-se em apresentar a garota apenas para os mais próximos, que certamente estavam ali. Outros, por pura inconveniência aproximavam-se com curiosidade. Mas, logo se afastavam por um olhar matador do vampiro.

— Carly – Jane chamou a humana – Vem comigo, vamos pegar algo para você beber.

As meninas saíram do salão, para uma área mais reservada onde havia uma mesa com algumas bebidas. Obviamente, a da humana era bem diferente do que a dos vampiros. Jane a serviu, entregando uma taça de vinho para a mesma.

— Jane – Caroline chamou a colega – Vai me apresentar a sua cunhada?

A loira rolou os olhos.

Até gostava de Caroline, mas achava-a extremamente inconveniente.  

— Carly – a humana apresentou-se – Prazer.

— Me chamo Caroline – piscou – Pode me chamar quando cansar dessa daí. Onde está o seu homem? Não vi Alec desde que voltaram.

— Ela namora Felix – Jane sussurrou para a menina – Se é que não percebeu de onde vem tanta falação.

Carly sorriu brevemente, procurando o namorado com o olhar.

Alexander tinha uma taça em mãos, com uma morena absurdamente bonita e vulgar ao seu lado. A ruiva não fez menção em serrar os olhos com a cena. Quem era a garota e por que estava tão próxima de Alec daquela forma? As loiras ao seu lado acompanharam-na com o olhar. Jane cerrou os dentes no momento em que viu, já a vampira mais nova engoliu seco.

— Quem é? – Carly perguntou, simplesmente.

— Ninguém que deva se importar – Jane respondeu ríspida.

— Você deve se importar sim! – rebateu a outra – Heide não perde tempo. Jane, Renata e eu tentamos mata-la desde que a conhecemos, e tenho certeza de que acrescentarei seu nome no grupo de agora em diante.

— Por que odeiam-na? – interessou-se.

— Como pode ver – Caroline cruzou os braços na altura do peito – Ela não pode ver um homem, principalmente se for da guarda principal.

A ruiva engoliu seco.

— Ela e o Alec já...?

Jane a cortou.

— Ela e o castelo todo já! – bufou.

Carly depositou seu copo sob a mesa rudemente, saindo do salão sem chamar nenhuma atenção do vampiro e de sua companhia. Jane rolou os olhos com raiva do próprio irmão por ainda dirigir a palavra para aquela biscate e, juntamente com Caroline, caminharam até os dois que rapidamente pararam de falar. Alexander franziu o cenho, sem entender onde estava a ruiva.

— Onde a Carly está? – quis saber, fuzilando a irmã com o olhar.

— Em algum lugar, sem você – Jane respondeu – Oi, Heide. Tudo bem? Por quê não cai fora?

— O quê você está esperando, Alexander? – Caroline bufou – Vá atrás dela e lhe dê um bom motivo por estar conversando com uma vampira de quinta categoria.

— Ele não estava falando com você, amor – Heide rebateu.

Alec não ficou para ouvir a discussão das três. Saiu apressadamente em direção ao jardim, onde o cheiro de sua Cantante estava mais forte. De longe, pode observa-la conversando com um dos guardas que haviam ali. Benjamim não tinha o semblante assustador e nem ela, muito pelo contrario. Ela parecia triste e ele confortado em ouvi-la.

— Alec não vai gostar de encontra-la por aqui sozinha – o guarda disse.

— Você está aqui sendo o responsável pela minha segurança – brincou, fazendo com que o vampiro risse.

Alexander trincou o maxilar aproximando-se.

— Carly – chamou, assustando a garota que logo retomou a postura, encarando-o severamente – Vem, vamos sair daqui.

— O quê você quer? – perguntou, rudemente.

— Sair daqui – disse, lançando um breve olhar para Benjamim que virou o rosto no mesmo momento.

— Eu não vou... – ele a cortou.

— Sinto muito, amor – sua voz grave e autoritária diziam que ele não iria tomar uma atitude muito razoável.

A nevoa preta saiu das mãos do vampiro, fazendo com que Carly arregala-se os olhos, antes de fecha-los sendo dominada pelo efeito do dom do vampiro. O guarda engoliu seco, encarando a cena.

— Fica longe dela – disse pela ultima vez, antes de pega-la em seu colo e leva-la para o seu próprio quarto.


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