Tormenta escrita por Katherine


Capítulo 15
Capitulo 15




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— Carly – Alexander chamou-a atraindo não só a sua atenção, mas a de outras pessoas que estavam próximas o suficiente para ouvirem a voz melodiosa do vampiro – Quer me falar alguma coisa?

Depois do baile e, despedir-se de sua família, o casal seguiu rumo ao aeroporto, onde dentro de poucas horas estariam em Volterra. Alec achou melhor que fizessem uma viagem de avião para que a ruiva não estivesse tão cansada quando chegassem ao destino. O aeroporto não estava cheio, pelo contrario, ambos optaram por um voo durante a madrugada, para que pudessem ter mais privacidade, ao invés de estarem em um local cercado de humanos durante o dia. Por todo o caminho, o moreno pode perceber que a humana não estava bem, pois não trocava nenhuma palavra com ele, tão pouco ousava cruzar o olhar com as lentes azuis do mesmo. Enquanto estavam na fila de embarque, fazendo os últimos ajustes ele resolveu quebrar o silencio, deixando a privacidade – que ele tanto prezava, por ela – de lado.

— Não – deu de ombros, olhando-o com o cenho franzido – Por quê?

— Não me parece bem – comentou, acariciando as costas da mesma, com suas mãos geladas – Quer voltar? Ainda dá tempo.

Ela riu, sem mostrar os dentes.

— Você quer isso! – provocou – Eu vou, estou nervosa, apenas.

O vampiro não poderia negar o quão satisfeito ficaria se ela concordasse em ficar por ali. Volterra não era lugar para Carly, longe disso. Já havia visto e, passado por muita coisa naquele lugar. Não queria que a menina tivesse as mesmas experiências, ou ainda pior. Por sorte, sua irmã o ajudaria com o fato, Felix e Demetri também, mas ele preferiria não confiar.

— Vem – guiou-a para que caminhassem até o avião, acomodando-se em suas devidas poltronas – O que te deixa nervosa?

Ele pode observar o rosto dela ficar levemente ruborizado enquanto olhava no fundo daqueles olhos, encontrando a camada vermelha, mesmo que por baixo das lentes. Alexander amava aquilo. Corar era humano e tão bonito quando se tratava de Carly, mesmo que odiasse tão ato em qualquer outro humano estupido.

— Será que vão gostar de mim?

Alec franziu o cenho, sem entender onde ela queria chegar.

— Anjo, você não está indo conhecer a minha família – disse, segurando o rosto da garota entre as mãos – Não vamos tentar humanizar essa situação, tudo bem? Aquele lugar não nada comparado ao que te contam dele, pode acreditar. Volterra é um filme de terror, Carly. Não serão dias felizes.

— Com você, vai ser – rebateu, alojando-se em seu abraço, para que pudesse ao menos descansar.

Quando o pouso foi anunciando, a menina ainda dormia, o que fez bem tanto pra ela, quanto para o vampiro que também estava tenso com a situação. Eles desembarcaram do avião com calma, olhando-se muito durante o trajeto. Da parte dele, para certificar-se de que ela estava bem, e da parte dela pois não sabia o que fazer. Jane os esperava em uma parte mais afastada, olhando com descrença para os humanos que caminhavam por ali. Carly pode dizer que nunca sentiu-se tão aliviada por encontrar alguém involuntariamente, jogando-se nos braços da vampira que estranhou a atitude da cunhada, mas riu, retribuindo.

— Já está fugindo do meu irmão? – brincou.

— Bom encontrar você – a humana sorriu, voltando-se para o abraço do namorado.

— Trouxe? – Alexander perguntou.

— Oi, maninho – rolhou os olhos – Trouxe!

Dito isso, Jane jogou chaves pretas na direção do mesmo, que pegou-as ainda no ar.

— Se tiver um arranhão ... – deixou a frase morrer no ar, enquanto a irmã rolava os olhos, puxando Carly dali.

— Ele não precisa, mas.. é louco por carros – comentou – Pretos, principalmente. E esse é o xodó.

O caminho para o castelo foi tranquilo, porém silencioso. Carly e Jane trocaram algumas palavras ao entraram no mesmo, onde, diversos vampiros presentes encaravam a humana de forma estranha. Alexander abraçou a cintura da ruiva para evitar qualquer problema que tivessem.

— Alec, não – Jane o impediu – O mestre quer vê-lo.

— Eu sei, estou indo fazer isso – disse, como se fosse obvio.

— Ele quer apenas vê-lo e, não ela – esclareceu – Carly e eu estaremos no seu quarto. Aro quer um baile de boas vindas para o casal e, segundo ele, será melhor se poucas pessoas conhecerem a sua Cantante até lá.

O vampiro suspirou, não gostando nada da ideia. Até gostava de bailes, mas não quando sua namorada humana seria a única entre tantos vampiros.

Ele prendeu o seu olhar na namorada, que não sabia direito o que achar sobre tudo aquilo.

— Tudo bem? – ela assentiu rapidamente – Jane vai te mostrar tudo, encontro vocês depois.


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