Tormenta escrita por Katherine


Capítulo 14
Capitulo 14




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— Só pode ser uma piada – o leitor de mentes riu, enquanto sua filha mais nova continuava parada em sua frente, com o semblante rígido – Você não pode achar mesmo que vou deixa-la ir a Volterra com Alexander.

Durante uma noite inteirinha Carly pensou no que faria se o Volturi realmente fosse embora. Ela não entendia, mas o vampiro dizia ter ordens a cumprir com o seu mestre e, teria que cumpri-las. Prometeu por mais de dez vezes que voltaria, mas não adiantava para a ruiva. Demorou por tempo demais para encontrar alguém como ele, mesmo com seus milhões de defeitos. Não queria correr o risco de ficar longe de Alec, afinal, os dois – juntamente de Jane – estavam na mira daqueles vampiros/bruxos malucos. É claro, ela não esperava que seu pai fosse aceitar tão facilmente, mas teria que lutar com todas as suas armas para dobra-lo novamente. Não que fosse falta de confiança, por parte de sua filha. Mas, Edward não conseguia imaginar sua princesinha nas mãos dos Volturi, sozinha e tão longe de casa. Mesmo sabendo que Alexander não seria capaz de fazer mal à ela, depois de ler sua mente.

— Não é uma piada, pai – disse calmamente – Não espero que aceite tão facilmente, mas, eu quero ir junto com ele. Não é como se eu estivesse caminhando para a morte.

— Tem certeza que não? Porquê, eu vejo exatamente dessa forma.

O vampiro caminhou em direção a floresta, mesmo que fosse de madrugada, queria sair dali e fugir do assunto, antes que acabasse cedendo.

— Não pode estar falando sério! – ela segurou os pulsos do mais velho, fazendo com que o mesmo olhasse em seus olhos – Você mesmo já me disse, o quanto Alexander lembra você no sentido “ser apaixonado por uma humana”. Eu sei de quando você foi embora e deixou ela pra trás. Lembra de como ela ficou? Ou de como você ficou? Não quero que eu, e muito menos, Alec sinta isso, acredito que você também não.

Edward suspirou.

— Não quero que ninguém sinta isso – disse por fim – Carly, e a sua vida como humana? Quis isso por tanto tempo, sinto que está abrindo mão por causa dele.

— Desde que me entendo por gente tenho a noção de que vou me transformar um dia, pai – deslizou a mão, até que se entrelaçasse com a do homem – Minha vontade não mudou em nada. Eu vou sim me transformar depois da faculdade, só depois disso. A diferença é que agora tenho um motivo maior pela qual lutar. Assim como você!

O vampiro puxou a menina para um abraço apertado, enquanto jurava poder sentir seu coração voltar a bater.

— Tudo bem – fechou os olhos, deixando-se levar pelo momento – Vou falar com a sua mãe.

— Você é o melhor pai do mundo todo! – a garota riu, contra o peito do mais velho.

— Mas, quero que vá ao baile de Outono, hoje anoite – tocou a ponta do nariz da ruiva – Pode ser a sua ultima experiência como humana.

— Não vai ser – prometeu – Tenho tempo.

— Não sabemos o dia de amanhã, princesa – lembrou-a – Vou conversar com Alexander, pedir para que não demorem a voltar, se não, eu mesmo vou busca-la.

Toda a família sabia o afeto que havia na relação de Edward com suas filhas e esposa, mas era algo extraordinário a forma que lidava com a mais nova. Como se fossem amigos, além de pai e filha, enquanto Renesmee não se sentia tão a vontade com o pai, e tinha esse habito com Isabella. Sem essa história de filho preferido, mas, por questão de semelhança. A ruiva era idêntica ao pai, não apenas fisicamente como em seus atos.

Carly não tinha noção de como seu pai havia conseguido a aceitação de Bella, mas a mesma acabou cedendo, por fim, que a mais nova viajasse até Volterra. Onde toda a família Cullen tinham como cenário de horror dos piores momentos de suas vidas, enquanto esperavam que com a caçula fosse diferente.

— Ainda não sei como conseguiu o artefato de conseguir dobrar nossos pais – Renesmee riu, entregando um colar nas mãos da irmã mais nova – Usa esse, vai ficar lindo.

Deu de ombros.

— Vou sentir sua falta – confessou, olhando pelo reflexo para a morena – Muito.

Renesmee rolou os olhos, tentando segurar as lagrimas que já se alojavam nos mesmos.

— Não demora – pediu, arrumando a peça no pescoço da ruiva – Você sabe que não estou falando do baile.

— Tudo vai depender da vontade de Aro, Nessie.

— Isso me preocupa – confessou – Mas, eu sei que Alec vai estar com você, e isso me conforta.

— Está na hora – sorriu, unindo suas mãos com a da irmã – Um baile nos espera.

Estava tudo planejado. Depois do baile, os Volturi e Carly seguiriam de volta para a Itália, até sabe-se lá quando Aro precisasse da ajuda dos vampiros. Edward tinha imposto alguns limites a sua filha, e ao namorado dela também, é logico.

As irmãs caminharam para fora do quarto, encontrando seus pares lado-a-lado, e pela primeira vez na vida, perceberam o quanto eram diferentes, e o tanto que aquilo era bom. E mesmo que seguissem caminhos diferentes, sempre estariam juntas.


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