Tormenta escrita por Katherine


Capítulo 11
Capitulo 11




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Assim que a noite deu lugar ao dia Alexander já não se encontrava mais no chalé. Carly se deu conta no momento em que abriu os olhos, sem encontra-lo encostado na janela, onde tinha costume de ficar, ou então do seu lado, onde havia o visto antes de dormir. Tudo o que acontecera era realmente real ou não havia passado de um sonho bom? O melhor deles, ousava dizer. Mas, o cheiro do Volturi ainda estava ali, ela quase conseguia sentir o adormecer dos lábios, como se o beijo houvesse acabado de acontecer. Porém, era hora de encarar o dia, e ao que parecia, todos poderiam ir a escola hoje, o dia estava chuvoso, o que já era um habito por ali.

— Filha? – Edward se pôs entre a porta, chamando a atenção da ruiva – Podemos conversar?

Ela assentiu, sentando-se na cama. O vampiro caminhou até ela, ficando ao lado de Carly.

— Aconteceu alguma coisa? – perguntou, estranhando a atitude do pai. O dia mal havia amanhecido e ele queria conversar, dificilmente poderia significar uma coisa boa – Quer me contar alguma coisa?

— Está tudo bem – sorriu sem mostrar os dentes – Renesmee não vai a aula, tudo bem? Ela anda pensando em muita coisa, achei melhor dar um descanso.

— Claro, pai. Eu não me importo, acho mesmo que ela precise disso.

— Mas, eu não vim aqui pra falar da sua irmã – disse.

— Foi por que então?

— Eu vim pra falar de você amor – anunciou – E preciso que seja sincera comigo.

— Tá me assustando – franziu o cenho – Me fala.

— Quem tem que me falar é você, linda.

— Pai, começa a fazer sentido, por favor – pediu.

— Eu vi o beijo – disse, franzindo o cenho – Você e o Alec.

Carly engoliu seco.

— Vai me dar um sermão? – perguntou.

— Não – deu de ombros – Você é grande, sabe o que faz, e eu confio em você. Mas, tenho que saber o que quer.

— Se não quisesse eu não teria feito – garantiu.

— Você sabe no que isso pode levar, não sabe? – perguntou e ela assentiu – E está disposta a tentar mesmo assim?

— Vale o risco, pai.

— Eles vão conseguir o que querem – lembrou-a.

— Não tem criança nenhuma – rebateu.

— E se tiver? – perguntou, aumentando o tom de voz.

— Não tem! – respondeu no mesmo tom – E se tiver, a gente dá um jeito.

— Eu não queria você metida nisso, pra ser bem sincero.

— Sei que não – ela segurou a mão dele – Mas, vai ter que confiar em mim.

— Em você, ou nele? – perguntou.

— Não vou apressar as coisas – disse – Nem sei o que isso significa.

— Significa muito – sussurrou – Eu leio mentes, amor. Sei o que pensam.

— Parece que você entende – observou.

— Sei o que é lutar por algo que parece impossível – a garota sorriu, ao perceber que estava falando da relação dele com sua mãe – Por quê acha que aceito a relação da sua irmã com o cachorro? E agora, você com Alec.

— Por que é um vampiro de cem anos e os caçaria até no inferno? – deduziu, brincando.

— É um bom olhar sobre a situação – entrou na brincadeira – Também. Mas, já passei por tudo isso.

— Por que mamãe não está fazendo parte desse momento família? – perguntou.

— Ela confia em mim e acha que você se abriria melhor se tivesse só um de nós.

— Possivelmente ela esteja certa – deu de ombros.

— Estaremos com você, seja lá o que decidir – puxou-a para um abraço.

— Lutamos por nossas famílias, não é? – ele riu – Você quem me ensinou isso.

— Vejo que aprendeu – beijou os cabelos ruivos da garota.

 

 

*****

 

 

Educação Física realmente não era uma das melhores aulas do mundo, mas Carly tinha que admitir que com Jane Volturi aquilo ficava bem mais interessante. Jane descontava toda a sua raiva – escondendo boa parte da força – nas outras meninas da classe usando apenas uma bola. Tirando que seus movimentos faziam com que todos ficassem de bocas abertas com seu desempenho dentro de campo.

— Você já fez aula de vôlei, ou algo assim? – uma garota do time perguntou ao aproximar-se da loira.

— Algo assim – deu de ombros.

— Deveria tentar entrar para o time – sugeriu – Estamos precisando de alguém como você.

— Sério? – fingiu entusiasmo – Prometo pensar.

— Legal! – a garota disse e sumiu do nosso campo de visão.

— Você? Jogadora de vôlei? – a ruiva riu.

— Logico que não – rolou os olhos – Disse que pensaria pra ela me deixar em paz. Por que não jogou?

— Digamos que vôlei não é o meu esporte preferido.

— Quebra as unhas? – provocou.

— Não enche, Jane – empurrou a vampira de leve.

— Carly – chamou – Aconteceu algo com o Alec?

— Não que eu saiba – deu de ombros – Por que?

— Seu pai apareceu na mansão querendo falar com ele hoje – disse – Estavam cheios de segredinhos, e meu irmão não quis me contar nada.

— Meu pai? – perguntou e a vampira assentiu.

— Alias, ele está aqui – disse, rolando os olhos.

— Meu pai?

— Não – a vampira bufou – Meu irmão.

— Garotas – Carly virou-se para a figura que estava logo atrás de si, arrumando os botões da camisa social. Jane se pôs ao lado da humana sem entender o que o irmão estava fazendo ali – Vejo que tiveram um bom jogo.

— O que meu pai queria com você, Alec? – perguntou, diretamente.

O vampiro fuzilou a irmã com o olhar, antes de voltar sua atenção para a ruiva.

— Jane não sabe ser discreta – o vampiro acusou.

— Então, o que ele queria com você? – voltou a perguntar.

— Conversar sobre o que aconteceu – disse com naturalidade.

— E por que nós não conversamos sobre o que aconteceu? – perguntou.

— O que aconteceu? – Jane interrompeu.

— Quer mesmo falar sobre isso aqui? – o vampiro retomou a conversa – Temos tempo Carly, podemos conversar quando chegar em casa.

— Eu não tô entendendo mais nada – Jane bufou, se afastando.

— Não pode ser agora? – ela perguntou. Ele assentiu – O que falou pro meu pai?

— Não falei muito – disse – Ele passou a maior parte do tempo lendo a minha mente.

— E o que disse?

— Que espera que eu esteja certo.

— Sobre? – franziu o cenho.

— Que você não vai se machucar e que no final, vai ficar tudo bem.

— Você acredita mesmo nisso? – ele assentiu.

— E você? – perguntou.

— Acredito – sorriu, fazendo o vampiro também sorrir.


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